Ainda assim, o rapaz continua desconectado do mundo.
Olívia porém, prometeu que não desistiria de fazer com que Flávio despertasse deste longo sono, não importasse o tempo que precisasse para isto.
Certo dia, acompanhando-o no hospital, sonhou que o filho andava sozinho na escuridão de São Paulo. Caminhava em um lugar que lembrava o Anhangabaú. Passou pelo Viaduto do Chá.
Fazendo-lhe reverências, parou em frente ao Teatro Municipal.
Neste momento, Olívia começou a chamá-lo. Acabou despertando.
Ao percebendo que Flávio permanecia inerte, pegou o cobertor e cobriu o filho. Acariciou seu rosto.
Dizendo baixinho, comentou que havia sonhado com ele, correndo, fazendo reverências. Comentou que sabia que ele a ouvia. Respondeu que não faria mais nenhuma maluquice para tentar ajudá-lo, e que esperaria o tempo que fosse necessário para que ele se recuperasse.
Disse ainda que começaria uma novena, e que só pararia de rogar pela sua recuperação, quando ele estivesse de pé, sem seqüelas, conversando e sendo feliz como ele sempre fora. Depois pagaria sua promessa indo até a Aparecida e participando de uma missa.
Pensando nisto, começou a pensar que outras pessoas deviam estar passando pelo mesmo problema.
Resolveu pesquisar sobre o assunto.
Com a ajuda de Cecília passou a vasculhar a rede mundial de computadores, conhecida como internet. Acessando a internet, deparou com relatos emocionados de pessoas que passavam por dramas semelhantes.
Descobriu histórias de pessoas que despertaram e mesmo com seqüelas, retomaram suas vidas.
Porém para seu filho, sonhava em um final diferente, acreditava em um milagre.
Certo dia, chegou a perguntar a Gilberto se estava sendo egoísta em querer que seu filho ficasse completamente recuperado.
O homem respondeu que não.
E assim, Flávio permaneceu nesse estado por dias, semanas, meses.
Enquanto o tempo passava, mais o desespero das famílias de Flávio e Letícia aumentava.
Cecília, a irmã mais nova de Flávio, também estava noiva, e em virtude do acidente, tivera que adiar os planos de casamento.
Alessandro ficou frustrado com a decisão de Cecília. Dizendo que eles já estavam providenciando onde iriam morar e onde comprariam o enxoval, Alessandro comentou que já estava economizando dinheiro.
Cecília argumentou então que a situação exigia que eles deixassem de lado seus interesses pessoais.
Confiante de que Flávio não tardaria a se recuperar, a moça disse que gostaria que ele e Letícia fossem seus padrinhos de casamento.
Alessandro abraçando a moça, concordou em esperar um pouco.
Gilberto – seu pai – a cada dia que passava, sentia como se houvessem roubado os dias da vida de seu filho.
Certa vez comentou com Olívia que se era para alguém ir embora, esse alguém deveria ser ele, e não seu filho. Argumentava que ele era muito jovem para passar por isto, e que tinha direito a uma vida toda pela frente.
Cecília, ao ouvir isto, retrucou:
- Não fale assim, pai!
Olívia respondeu que ninguém iria morrer.
Alessandro, o noivo de Cecília, por fim, acabou concordando com o adiamento.
Dizendo-se amigo da família, respondeu que eles somente se casariam quando Flávio estivesse recuperado. Tentando amenizar o clima tenso, comentou que poderia neste ínterim, organizar a casa em que dentro em breve, iriam morar.
Sim, sempre que se encontrava com Gilberto e Olívia, insistia em dizer que Flávio era forte, que antes do que eles poderiam supor, despertaria daquele torpor.
Os pais de Cecília sempre agradeciam as palavras de conforto de Alessandro.
Letícia também havia sido consolada por Alessandro.
O moço sempre lhe dizia que os próximos a se casarem, seriam ela e Flávio, e brincando, dizia que fazia questão de ser padrinho do casal.
Letícia por sua vez, também procurava conforto nas palavras de sua mãe, que na medida do possível, procurava incentivá-la. Dizendo que a recuperação era demorada, mas que ele iria se recuperar, Karina procurava incentivar Letícia a não desanimar.
A moça porém, tinha dúvidas de que isto poderia realmente acontecer.
Karina porém, insistia nisto.
Letícia comentou que o cunhado de Flávio também acreditava em sua recuperação.
Quase todos os dias a moça chorava ao voltar do hospital depois de visitar Flávio.
Mas só restava esperar.
E assim, a vida das duas famílias permaneceu em suspenso.
Olívia por sua vez, mesmo diante do prognóstico ruim do médico, permanecia com o firme propósito de ver o filho melhorar.
Todos os dias se dirigia ao hospital, e sempre que adentrava o quarto em que o filho permanecia inconsciente, conversava com ele como se estivesse a falar com qualquer pessoa.
Comentava com ele que a irmã pretendia se casar, e que Letícia o esperava ansiosamente para que lhe fizesse companhia na cerimônia de casamento.
Argumentou que Cecília havia escolhido a ambos com padrinhos de seu casamento.
Disse também seus primos, tios, vizinhos e amigos, perguntavam sempre sobre ele.
E assim, muito embora nos primeiros momentos, ver o filho naquele estado a fizesse chorar, passado o momento de desespero, e percebendo que Flávio dependia de sua força, começou a se preocupar com os aspectos práticos da nova condição do rapaz.
Ciente de que o rapaz não deveria permanecer mais tempo no hospital, Olívia começou a pesquisar preços e aluguéis de equipamentos hospitalares.
Tencionava montar um espécie de hospital, em domicílio.
E mais! Mesmo diante da resistência da família, argumentou que faria isto no apartamento de Flávio. Disse que se mudaria para lá.
Gilberto por sua vez, questionou a esposa. Dizendo que a maior parte de sua vida passara na casa onde a família morava, comentou que talvez com a presença dos amigos, e vivendo em um ambiente cheio de lembranças de sua infância, talvez o rapaz se recuperasse rapidamente.
A mulher argumentou porém, que as lembranças mais recentes de Flávio, estavam naquele apartamento, e que por esta razão, gostaria de começar o tratamento por lá.
Gilberto ainda insistiu em questionar a esposa, mas depois de um certo tempo, percebendo que pregava no deserto, decidiu deixar a mulher fazer o que considerava certo. Dizendo que não tinha nada melhor para oferecer, chegou a conclusão de que não poderia tirar as esperanças de Olívia. Logo ele que também acreditava que o filho pudesse se recuperar.
Gilberto porém, lembrou a esposa, de que o tratamento talvez não desse resultado.
Olívia então pediu para ao menos tentar ajudar o filho.
Cecília e Alessandro também prontificaram-se em ajudar.
Os dois se recusavam em aceitar a condição de Flávio como permanente.
A moça rezava todos os dias que o irmão se recuperasse.
Alessandro, percebendo isto, prometeu que também começaria a rezar e que pediria para sua mãe fazer o mesmo.
Olívia por sua vez, rezava todos os dias pedindo a recuperação de Flávio. Rezou sistematicamente durante todo o período em que o moço esteve convalescente.
Havia feito uma promessa e estava confiante que seu pedido seria atendido.
Gilberto sempre que podia, também a acompanhava em suas orações.
Aposentado, aproveitava as oportunidades que apareciam para continuar trabalhando.
Formado em contabilidade, aproveitava para fazer Declarações de Imposto de Renda de amigos, escriturava livros comerciais, entre outras burocracias administrativas.
Tudo para não ficar ocioso, e para ganhar um dinheiro extra.
Ainda mais agora que Flávio inspirava cuidados.
Olívia por sua vez, dizia que por enquanto o escritório onde o filho trabalhava estava arcando com todas as despesas médicas.
A mulher respondeu que o próprio Otávio disse que continuaria depositando o salário de Flávio, e que se eles precisassem de alguma coisa, poderiam entrar em contato com ele.
Gilberto respondeu porém, que não podia contar sempre com isto. Dizendo que as coisas mudavam, argumentou que não podia contar com a sorte.
Mais tarde descobriram que Flávio havia feito um Seguro de Acidentes Pessoais, o qual cobria despesas médicas, no importe de até cem mil reais.
Ao tomarem conhecimento disto, após vistoriarem os pertences de Flávio, Olívia comentou com Gilberto que eles precisavam acionar o aludido seguro.
Gilberto conversou com Cecília, a qual pediu para que ele tirasse uma cópia do contrato de seguro, e da apólice para que levasse ao escritório. Respondeu que conversaria com seus patrões para obter maiores informações.
Contudo, interessada no assunto, leu o contrato. Disse que pelo que havia entendido, não havia empecilhos para acionar o seguro, já que foram preenchidas todas as condições para tanto. Perguntou então se eles teriam em mãos os documentos solicitados em contrato.
Olívia perguntou quais os documentos haviam sido exigidos.
Cecília explicitou a relação.
Olívia respondeu que precisaria solicitar alguns dos documentos no hospital.
Nisto, Cecília levou as cópias para a apreciação de Flora e Euclides.
Ao lerem o documento, comentaram que se as condições foram preenchidas, não haveria óbice para que o seguro fosse acionado.
E assim, a família de Flávio tratou de contatar a Seguradora e solicitar a cobertura do seguro.
Ocorre que até o seguro ser liberado, foram meses de espera. Enquanto isto, o escritório de advocacia e contabilidade cobriu as despesas médicas de Flávio, o qual possuía plano de saúde.
E assim o tempo foi passando.
Letícia continuava trabalhando, realizando palestras sobre direito ambiental, realizando pesquisas. A moça estava trabalhando em um projeto sobre educação ambiental.
Todo o dia encarava a cidade utilizando o metrô, e caminhando em meio a um mar de gente.
A noite ia visitar Flávio, às vezes contava-lhe como havia sido o seu dia.
Certa vez, depois de mais um dia de visitas, sonhou com Flávio caminhando pela cidade de São Paulo.
O moço caminhava pelo viaduto Santa Ifigênia, pelo Elevado Costa e Silva, pela Praça da Sé.
O sonho não tinha muito nexo. Em dado momento, o moço sentou-se num banco da famosa praça, colocou as mãos sobre o rosto. Depois levantou-se.
No sonho o rapaz segurava um livro. Parecia declamar poesias numa improvável Praça da Sé vazia a noite.
Depois apareceu caminhando no Parque do Ibirapuera.
Surgiu depois na Praça do Monumento, fazendo piruetas em meio o monumento.
Letícia começou a chamá-lo.
Karina que estava por perto, ouviu a filha chamando por Flávio.
Em dado momento, percebendo o desespero da filha, a mulher sacudiu-a levemente para que despertasse.
Preocupada, perguntou com o que ela estava sonhando.
Letícia respondeu havia sonhado com Flávio. Que o moço percorria a cidade de São Paulo. Disse que parecia que o moço queria dizer-lhe algo.
Karina comentou que talvez o moço estivesse tentando encontrar uma forma para se comunicar com ela.
A mulher comentou que poderia ser uma viagem astral.
Curiosa, Letícia perguntou o que ela estava querendo dizer com aquilo.
Karina comentou então, que pessoas em aparente estado de vigília, podem estar em contínua atividade. Isto por que, segundo ela, não seria somente através do corpo físico que poderíamos executar atividades. Dizendo que mesmo dormindo poderíamos visitar lugares, conversar com pessoas e agir, comentou que mesmo uma pessoa em estado de coma, possuía esta capacidade e que havia relatos de pessoas que passavam por este tipo de experiência.
Letícia duvidou das palavras da mãe, dizendo que as pessoas poderiam dizer que passaram por experiências extra-sensoriais por se encontrarem sugestionadas. Poderiam ter sonhado com coisas as quais julgaram estar acontecendo. Ressalvou que poderia nem estar havendo má fé por parte destas pessoas, e sim uma confusão mental.
Karina argumentou dizendo que num mundo onde as pessoas não tem certeza de quase nada, poderia haver a possibilidade ainda que pequena, deste conceito ou teoria ser verdadeiro. Comentou ainda que os sonhos podem ser uma manifestação do consciente registrando fatos ocorridos no plano astral.
Intrigada, Letícia perguntou:
- E desde quando você se interessa por estes assuntos?
Karina respondeu que também já havia sonhado com o moço.
Emocionada, Letícia perguntou:
- Já?
A mulher respondeu então, que via a filha e Flávio juntos, de mãos dadas, caminhando por um lugar com muito verde, árvores, plantas, flores. Bonito lugarejo. Disse que vê-los juntos lhe transmitia uma sensação de paz.
Letícia impressionada, conseguiu visualizar a cena.
Chorando, respondeu que já havia sonhado com o rapaz dizendo que viria buscá-la. Comentou que o cenário dos sonhos era parecido com o que a mãe descreveu.
Em dado momento, disse a mãe que ela não devia fazer pouco de seu sofrimento, brincando com coisas sérias.
Karina, perplexa com a reação da filha, disse que não estava brincando.
Letícia deixou a mãe na sala e foi para seu quarto.
Relembrou os sonhos que tivera com o rapaz, alguns dos momentos que passaram juntos.
Lembrou-se do dia em que estiveram na praia e que entraram no mar a noite. Iluminados pelo luar, brincaram nas águas.
A água estava gostosa, e a lua cheia.
Felizes, brincavam de correr das ondas.
Mais tarde, ao voltarem para casa, já de banho tomado, deitaram-se na cama de casal de um dos quartos e começaram a fazer planos para o futuro. Flávio pretendia se casar com Letícia, formar uma família. Comentou que pretendia ficar ao lado dela até o fim, e que mesmo que ela se enchesse dele, não largaria de seu pé.
Letícia riu.
Agora dava-se conta de que os planos ruíram.
Contudo, ao dar-se conta de que a nova condição de Flávio poderia ser permanente, entrou em desespero. Inconformada, recusou a aceitar a resignação de Olívia.
Dizia que precisavam lutar para que Flávio melhorasse.
- Não. Ele não pode continuar assim. Não pode ser! – disse certa vez, para em seguida chorar copiosamente. – Eu não aceito isso! Ele vai ficar bom! – gritou.
Olívia repreendeu-a com o olhar.
Mesmo entendendo a dor e o desespero da moça, pois sabia que ninguém está preparado para viver uma situação destas, Olívia comentou que no momento, era tudo o que podia fazer por seu filho. Que precisava proporcionar as melhores condições possíveis para que ele pudesse retomar sua vida assim que possível.
Letícia então, calou-se.
Desolada, foi embora para casa, pensando na nova condição de Flávio, no quanto sua vida mudara. Ainda no metrô começou a chorar.
Ao chegar em casa, passou rapidamente por sua mãe. Chorando, ficou trancada em seu quarto.
Karina estava cada vez mais preocupada com sua filha.
Não sabia mais o que dizer, o que fazer, e que conselhos dar.
Aflita, chegou a conversar com Olívia e a perguntar-lhe sobre o que os médicos diziam a respeito do estado de Flávio.
Foi então que Olívia explicou-lhe que os médicos eram céticos quanto a recuperação do moço.
A mãe de Flávio porém, recusava-se em aceitar o prognóstico.
Por isto velava por ele dia e noite abrindo mão inclusive de sua convivência com seu marido e sua filha para viver quase que exclusivamente em função dele.
Karina percebeu isto, ao notar a dedicação de Olívia.
Isto por que a mulher contou-lhe que havia se mudado para a casa do filho, e que Gilberto e Cecília a vinham visitar com freqüência. Disse que de vez em quando passava em sua casa, mas que a maior parte do tempo passava ao lado de Flávio.
Karina pediu para ver o rapaz. Dizendo que estava em falta com suas visitas, comentou que trabalhando com voluntariado e cuidando de sua filha, sobrava pouco tempo para cumprir com outras obrigações igualmente relevantes. Chegou até a desculpar-se com Olívia, salientando que não havia esquecido o moço e que sempre pensava em toda a família, desejando a franca recuperação de Flávio.
Olívia respondeu que sabia disto.
Preocupada, Karina perguntou se estavam precisando de alguma coisa.
Olívia agradeceu a gentileza dizendo que não estava precisando de nada.
Após, Karina foi conduzida ao quarto por ela.
Ao aproximar-se da cama, percebeu que o moço estava sendo cuidado por um enfermeiro de nome Jair.
O profissional fazia exercícios com a perna de Flávio. Dizia que tais exercícios eram necessários para que os membros não atrofiassem.
Karina tentou conversar com o moço, dizendo que torcia muito para que se recuperasse. Dizendo que ele era seu genro preferido, comentou que nenhum outro namorado de Letícia havia despertado tanto a sua simpatia e afeição quanto ele.
Observando que o rapaz permanecia inerte, inconsciente e indiferente a tudo, ficou desolada.
Enquanto esperava na estação a chegada do metrô para voltar para casa, ficou pensando consigo mesma, se era justo que sua filha ficasse esperando indefinidamente pela recuperação do moço.
Algo que por sua vez, infelizmente, poderia não acontecer.
Atordoada porém, resolveu não dizer isto para a filha.
Letícia já estava sofrendo demais.
Nisto, o tempo foi passando e nenhum sinal de melhora se verificou em Flávio.
Olívia tentava de todas as formas despertá-lo deste torpor.
Contava que quando criança, ele e Cecília aprontavam muito.
Contou que certa vez, achando um cachorro abandonado na rua, Flávio resolveu escondê-lo dentro de sua mochila e levá-lo para casa.
Relatou que quando ela descobriu o fato, pensou em repreendê-lo, mas ao ver aqueles olhinhos castanhos, marejados, quase implorando para ficar com o animal, capitulou.
Olívia deixou o menino ficar com o cãozinho.
Feliz, o menino batizou o animal de Nero.
Contou também que uma vez, Cecília quis saber se era verdade que os cachorros nadavam.
Olívia lembrou-se de uma piscina retangular de plástico que eles tinham, e do dia em a criança pegou Nero e colocou-o dentro da piscina.
Admirou-se! Não é que cachorro sabe nadar?
Depois disto, a menina tirou o cachorro da piscina.
O que Cecília não esperava, era que o animal fosse se enxugar na grama, vindo a se sujar de terra.
Quando Olívia viu o animal todo sujo de barro, quis bater na menina. Dizendo que precisaria dar um banho no cachorro, passou um sermão na criança.
Cecília olhou assustada para ela. Pensou que iria apanhar.
Terminando de se recordar deste fato, perguntou a Flávio:
- Você não se lembra disto?
Mas nada. O moço não contraia um músculo de sua face.
E assim, por mais que Olívia contasse histórias, nada do rapaz despertar...
Lembranças.
Olívia ficava a velar o sonho de Flávio.
Jair realizava movimentos com as pernas do moço, com seus braços. Tudo para que os membros de Flávio não ficassem atrofiados.
Por meio de uma cama hospitalar o rapaz era constantemente movimentado.
Olívia era zelosa nos cuidados com o rapaz. Penteava seus cabelos três vezes ao dia, cuidava para que ele sempre estivesse limpo e asseado.
Jair era seu fiel escudeiro.
Às vezes parecia que Flávio estava sonhando.
A mulher tentava imaginar no que seu filho estava pensando...
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
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