Cláudia ia guiando seu carro até sua residência, quando notou que aparentemente alguém a seguia.
Resolveu mudar seu trajeto, para verificar se suas suspeitas desapareciam, mas a cada volta que dava, o veículo estava próximo.
Cláudia começou a ficar nervosa.
Resolveu procurar uma delegacia.
Lucindo que estava atrás, percebeu um veículo, o qual estava sempre atrás do carro de Cláudia.
Percebeu que a mulher mudou o trajeto. Entrou por outras ruas.
Preocupado, Lucindo pensou em ligar para a polícia. Pegou então seu celular, ligou.
No telefonema disse que um veículo estava sendo seguido. Mencionou o nome da rua onde estava trafegando e a placa dos veículos.
O policial que atendeu ao telefonema, informou que seria enviada uma viatura ao local.
Lucindo por seu turno, agradeceu.
Desligou o celular e o guardou.
Continuou dirigindo o veículo. Mantendo distância, acompanhou o trajeto de Cláudia.
Contudo, em dado momento, um guarda sinalizou para que parasse seu veículo.
Contrariado, Lucindo parou seu carro.
O guarda aproximando-se, pediu para ver seus documentos.
Lucindo mostrou sua CNH.
Nervoso, disse ao policial que havia um veículo sendo seguido. Mencionou as placas e contou que os carros haviam acabado de passar por aquele local.
O policial prometeu que iria verificar a região.
Contudo, aplicou-lhe uma multa. Disse que ele fora pego dirigindo ao celular.
O policial informou-lhe que estava sendo multado por esta infração.
Lucindo pegou o papel. Pediu para o policial chamar uma viatura. Enfim fazer alguma coisa.
O policial disse que seriam tomadas providências e liberou o motorista.
Lucindo aborrecido, tentou localizar o carro de Cláudia em vão.
Ao ser parado, perdeu o veículo de vista.
Aflito, parou o carro em um posto de gasolina e ligou novamente para a polícia. Mencionou que o perdeu os veículos de vista.
Enquanto isto, Cláudia continuava guiando.
Em dado momento, uma viatura se aproximou.
Foi o suficiente para que o veículo que seguia em sua direção, entrasse em outra rua e sumisse.
Nisto, Cláudia encostou seu carro e parou.
O policial desceu do carro. Bateu no vidro do carro da moça.
O homem perguntou-lhe se estava tudo bem. Disse-lhe que alguém havia ligado para a policia dizendo que seu carro estava sendo seguido.
Cláudia confirmou que um veículo suspeito a seguia. Relatou que tentou mudar o caminho que fazia, mas mesmo assim o motorista do outro veículo não mudou o percurso. Nervosa, comentou que estava procurando uma delegacia.
O policial recomendou-lhe que fosse a uma delegacia e registrasse a ocorrência.
O homem disse que iria segui-la em sua viatura.
Nisto, a mulher dirigiu até encontrar uma delegacia.
Estacionou seu carro.
Nisto, a viatura partiu.
A mulher ao entrar na delegacia, disse que precisava registrar uma ocorrência.
A escrivã perguntou-lhe o que havia acontecido.
Cláudia relatou o ocorrido em breves palavras.
A funcionária pediu licença. Foi até uma sala.
Em seguida, ao retornar, chamou Cláudia.
Disse que iria registrar a ocorrência.
A escrivã registrou os fatos.
Nervosa, Cláudia perguntou-lhe se poderia fazer um telefonema.
A escrivã disse-lhe que sim.
Nisto Cláudia pediu-lhe licença.
Neste momento, antes que fizesse qualquer ligação, seu telefone tocou.
Era Lucindo.
Cláudia resolveu atender.
O homem perguntou-lhe onde estava.
Cláudia respondeu-lhe que estava em uma delegacia.
Lucindo assustou-se. Perguntou o que havia acontecido.
A mulher contou sobre o estranho que a seguia.
O moço ao ouvir o relato, perguntou-lhe em que delegacia estava.
Cláudia explicou-lhe.
Foi questão de tempo para Lucindo chegar ao local.
Ao entrar na delegacia, encontrou a moça sentada num sofá.
Cláudia ao vê-lo levantou-se.
Lucindo perguntou-lhe se estava tudo bem.
Cláudia respondeu:
- Agora, eu acho que sim.
Lucindo perguntou-lhe então, se poderiam voltar para casa.
Cláudia concordou.
Quando a mulher se aproximou de seu veículo, Lucindo perguntou-lhe se ela conseguiria dirigir até sua casa.
Cláudia respondeu-lhe que sim.
Lucindo disse que poderia dirigir devagar, que ele a seguiria logo atrás.
Cláudia entrou no veículo.
Ligou o carro. Partiu.
Lucindo em seguida, entrou em seu carro.
Seguiram até a residência de Cláudia.
Lucindo aguardou a mulher entrar com o carro na garagem.
Ao perceber que a moça estava em segurança, buzinou e continuou seu percurso.
Quando Cláudia entrou em casa, Ana e Jacinto a aguardavam.
Estranharam a demora.
Cláudia contou-lhe então que havia sido seguida, e precisou ir até uma delegacia para registrar uma ocorrência.
Ana ao ouvir as palavras da filha, relatou que devia ser Roberto que estava fazendo isto.
Cláudia se perguntava com qual intuito alguém faria isto.
Jacinto, respondeu-lhe:
- Para intimidá-la oras!
Cláudia argumentou que não entendia por que ele havia cismado com ela.
- Minha filha, pessoas assim, não gostam de receber nãos. Estão acostumadas a terem tudo o que querem.
Cláudia ficou pensativa.
Jacinto beijou-lhe a testa. Disse que iria conversar com Onofre e verificar que medida judicial poderia ser aplicada ao caso. Comentou que se fosse preciso, iria tirar ela e Lúcio dali.
Ana argumentou que se Roberto a seguia, não iria adiantar muito, pois acabaria descobrindo onde ela estava.
Jacinto desapontado, acabou concordando com a esposa.
Cláudia continuava pensando. Dizendo estar cansada, pediu licença. Foi dormir.
No dia seguinte, Ana perguntou-lhe se não seria melhor ir de táxi para a universidade. Chegou a sugerir ligar para alguém acompanhá-la.
Cláudia refutou a ideia. Disse que não queria incomodar a ninguém.
Contudo, atendendo o pedido da mãe, chamou um táxi.
Lucindo ao vê-la chegando a pé, estranhou.
Perguntou-lhe onde estava o carro.
Cláudia respondeu-lhe que chegara de táxi.
O moço ao ouvir isto, perguntou-lhe se estava tudo bem.
Cláudia respondeu-lhe que sim.
Nisto, Lucindo perguntou-lhe como voltaria para casa.
Cláudia respondeu-lhe que já havia combinado com o taxista de buscá-la mais tarde.
Ao ouvir isto, Lucindo ficou um pouco desapontado. Disse porém, que caso precisasse, poderia oferecer-lhe uma carona.
Cláudia agradeceu, mas argumentou que não seria necessário.
Nisto pediu licença.
Caminhou em direção ao prédio.
Lucindo a acompanhou de longe.
Cláudia ficou alguns minutos na sala dos professores.
Depois, seguiu para sua aula.
Ao término das aulas, a mulher saiu do prédio da universidade.
Caminhou em direção ao ponto de táxi.
Lucindo ao vê-la caminhando sozinha, chamou-a.
Disse que iria acompanhá-la.
Cláudia voltou-se para ele.
Disse que não era necessário.
Lucindo insistiu. Disse que não deveria circular por ali sozinha. Relatou que não precisava conversar se não quisesse.
Cláudia concordou.
Caminharam até o ponto de táxi.
A moça ao ver o motorista, acenou-lhe.
Nisto voltou-se para Lucindo, agradeceu-lhe e foi embora.
Conforme havia prometido, Jacinto foi conversar com o advogado.
Agendou uma consulta.
Onofre orientou-o sobre a possibilidade de ingressar com uma ação para que Roberto não pudesse se aproximar de sua família.
Jacinto argumentou que o sujeito se escondia, se esgueirava.
Argumentou que precisava de uma medida mais efetiva.
O advogado sugeriu que Cláudia ficasse algum tempo na casa de alguém.
Jacinto argumentou que também havia pensado nisto. Mas depois percebeu que isto era inútil, já que o homem sabia onde ela trabalhava.
Onofre concordou.
Pensando em uma solução, cogitou pedir proteção policial para Cláudia e Lúcio.
Jacinto ao ouvir a proposta do advogado, agradeceu a boa vontade, mas argumentou que a polícia dificilmente executaria este papel.
Onofre concordou.
Orientou a moça a não sair sozinha de casa, que procurasse observar o entorno antes de sair de casa, que ficasse atenta para não ser seguida.
Cauteloso o homem recomendou que a moça não andasse sozinha por lugares ermos.
Jacinto disse ao homem que já estava seguindo a recomendação.
Conversaram por algum tempo mais.
Onofre pediu para que Cláudia comparecesse ao seu escritório. Disse que precisava de documentos, e até de testemunhas para mover uma ação contra Roberto.
Jacinto se despediu do amigo.
Cláudia por fim, alguns dias depois, compareceu no escritório do advogado.
A moça apresentou o novo Boletim de Ocorrência.
Onofre comentou que reunindo a documentação anterior, mais o depoimento das testemunhas, eles teriam mais oportunidades de conseguir que Roberto fosse proibido de se aproximar da família.
Cláudia argumentou que Roberto agia nas sombras. Relatou que não sabia se a medida teria alguma efetividade.
Onofre disse que tudo o que fosse feito para ela se resguardar, era bom. Mencionou que Roberto acabaria aparecendo, e esta seria sua oportunidade para chamar a polícia. Argumentou que se ele se aproximasse dela havendo uma ordem judicial para se afastar, seria preso.
Cláudia acabou concordando.
Lucindo continuava acompanhando-a na saída da faculdade.
Vez ou outra a seguia de carro.
O moço pedia para acompanhá-la em seu carro.
Cláudia não se opunha.
Jacinto às vezes via a moça chegar de carro e Lucindo buzinar.
O moço seguia seu caminho.
Tudo parecia bem.
De manhã, ao ir para a faculdade, Cláudia percebeu que um carro a seguia.
Nervosa, a mulher resolveu fazer um caminho diferente.
Procurava uma delegacia de polícia.
Com isto, percorreu ruas e caminhos movimentados.
Tentou contatar a polícia.
Depois de algumas tentativas, conseguiu contatar a polícia. Disse que estava sendo seguida, informou o endereço onde estava passando, bem como a placa de seu veículo. Ao ser perguntada sobre a placa do veículo que a seguia, Cláudia afirmou que não tinha como ver, pois o veículo estava a uma certa distância. Com isto, descreveu o modelo e a cor do veículo.
O policial que a atendeu informou que uma viatura seria enviada para o local.
Cláudia continuou atenta.
Dirigindo, a moça tentava a todo custo se desvencilhar de seu perseguidor.
Quando Lucindo chegou a faculdade, estranhou o fato de Cláudia ainda não ter chegado.
Chegou a comentar com um dos professores, que ela era pontual, não costumava se atrasar.
Preocupado, Lucindo foi ministrar suas aulas.
Ao final da manhã, o moço procurou por Cláudia.
Surpreendeu-se ao saber que a moça não havia aparecido para ministrar suas aulas.
Preocupado, pegou o carro. Foi à casa de Cláudia.
Ao chegar lá, percebeu que Ana e Jacinto não sabiam do sumiço de Cláudia. Acreditavam que a moça havia chegado à universidade.
Ana ficou desesperada.
Jacinto tentou acalmar a esposa. Em vão.
Lucindo ligou para a polícia, mencionou que uma moça havia desaparecido.
Foi orientado a ir a uma delegacia.
Nisto, Lucindo, Ana e Jacinto compareceram em uma delegacia.
Relataram o ocorrido.
Conforme as horas passavam, nada da moça aparecer.
Lucindo ligou para a universidade.
Avisou o reitor que não voltaria para ministrar aulas. Mencionou que Cláudia havia desaparecido.
O homem pediu para ele lhe deixasse a par da situação.
Impaciente, Lucindo relatou que iria de carro percorrer as ruas da cidade.
Jacinto argumentou que a polícia já estava cuidando do caso.
Mais tarde, a família soube que Cláudia ligou para a polícia avisando que estava sendo seguida.
Lucindo ao saber do fato, ficou inconformado.
Perguntou o porquê de não haver sido feito nada. Aflito, comentou que Roberto havia conseguido o que queria.
Jacinto comunicou Onofre do fato.
O advogado compareceu a delegacia.
Acompanhou o fato de perto.
O carro de Cláudia foi encontrado em uma rua com pouco movimento.
Jacinto foi até o local para buscar o veículo.
Conforme as horas passavam, Lucindo e a família ficavam mais preocupados.
Lúcio, ao voltar da escola, ficou ciente do ocorrido.
Brigou com Lucindo e os avós ao descobrir que a mãe vinha sendo seguida.
Perguntou por que não havia sido tomada nenhuma providência.
Lucindo argumentou que Cláudia havia registrado a ocorrência. Mencionou que passou a acompanhá-la.
Lúcio nervoso disse-lhe que não foi suficiente.
Lucindo ficou entristecido com as palavras do garoto.
Jacinto repreendeu-lhe. Disse que Lucindo fez tudo o que pode para ajudar a mãe.
Cláudia foi retirada à força de seu carro.
Um carro a fechou.
A mulher foi obrigada a parar o veículo.
Dois homens bateram em sua porta. Estavam armados.
A Cláudia só restou sair do veículo.
Foi levada para outro carro.
Saíram do local.
Cláudia perguntava a todo o momento para onde estava indo.
Os homens nada diziam.
A mulher só entendeu o que estava se passando quando o veículo parou.
Antes disso a moça foi vendada.
Cláudia pediu para que não a vendasse, mas os homens disseram que ela não tinha alternativa.
Ao sair do veículo, a mulher estava chorando.
Foi levada a uma casa.
Ao entrar no imóvel, a venda foi retirada.
Um homem estava de costas.
Quando o mesmo se voltou, Cláudia viu que se tratava de Roberto.
Diante disto, Cláudia ficou chocada.
Roberto sorriu para ela.
- Ora, ora, ora. Finalmente nos encontramos de novo... Você realmente pensou que estava livre de mim?
Cláudia não conseguia dizer uma só palavra.
Roberto disse para os homens se retirarem.
Cláudia não conseguia entender o que estava se passando.
Roberto falou então:
- Surpresa?
Cláudia não respondeu.
Roberto continuou falando. Disse-lhe que ela ficaria hospedada no hotel cinco estrelas.
Ao ouvir isto, a moça argumentou que precisava voltar para casa. Mencionou que seus pais deviam estar preocupados.
Roberto riu.
Disse que ela não iria voltar tão cedo para casa.
Cláudia perguntou-lhe o que queria. Disse que se a intenção era assustá-la, ele havia conseguido. Argumentou que se ele queria tripudiar, havia conseguido. Pediu para ele deixá-la. Prometeu que não contaria nada do que havia acontecido a ninguém.
Roberto, percebendo o nervosismo da moça, perguntou-lhe se estava com medo dele.
Irritada, Cláudia respondeu-lhe que não tinha medo. Apenas raiva. Falou gritando.
Roberto achou graça.
Nisto a moça perguntou-lhe:
- Por que você está fazendo isto? O que você ganha com isto? Eu não sou rica, não tenho fortuna, não sou uma pessoa influente, Lúcio não é seu filho. Por que isto? É maldade, sadismo? Você me odeia tanto assim? Qual o intuito de me prejudicar tanto assim? Por conta de toda esta confusão, eu quase perdi o amor do meu filho, o meu emprego, e a amizade da pessoa que eu mais considero do mundo...
Nervosa, a moça relembrou-se dos últimos acontecimentos.
Roberto, olhava para a moça com deboche.
Cláudia se irritou.
Disse que sua intenção era de fato destruir sua vida. Mencionou que ele devia ter muita raiva dela. Só não sabia o porquê.
Roberto bateu palmas.
Riu.
Falou que a interpretação de seu drama estava quase convincente. Mencionou que havia ficado comovido. Irônico, relatou que estava morrendo de pena.
Cláudia o olhava com olhar de reprovação.
Roberto se aproximou da moça.
Cláudia assustou-se. Tentou se afastar.
Segurando o braço da moça, Roberto empurrou-a contra a parede.
Nervoso perguntou:
- Você quer saber por que isto está acontecendo? Você realmente não entende que o está se passando?
Cláudia estava cada vez mais assustada.
Roberto ao perceber isto, riu.
Comentou novamente que ela estava com medo. Rindo, disse que gostava disso.
Cláudia neste momento tentou empurrá-lo. Tentou afastar-se.
Roberto se irritou.
Empurrou-a com mais força. Disse para que não fizesse mais isso.
A moça bateu a cabeça na parede. Colocou a mão na parte atingida.
Roberto ao ver isto, percebeu que a havia machucado. Pediu para ela mostrar o local da pancada.
Como Cláudia parecia não ouvi-lo, o homem pediu-lhe licença e afastou a mão da moça.
A expressão da mulher era de dor.
Roberto ficou olhando, procurou um edema, um inchaço.
Aparentemente não havia ferimento.
Nervoso, pôs a mão na rosto da moça.
Cláudia tentou se esgueirar mas a cabeça doía.
Roberto a abraçou. Pôs a mão em seus cabelos.
Disse que ela o obrigava a ser rude. Pediu para que ela se comportasse. Mencionou que se ela fosse boazinha com ele, tudo iria acabar bem.
Ao ouvir estas palavras, Cláudia começou a chorar.
Roberto ao perceber isto, soltou a moça.
Perguntou-lhe se estava se sentindo mal, se a cabeça doía.
Cláudia não conseguia parar de chorar.
Em dado momento, disse que queria voltar para casa.
Roberto ao ouvir isto, argumentou que aquele não era o momento. Disse-lhe que primeiro, precisavam se entender.
Colocando as mãos na cabeça, a mulher perguntou-lhe o que ele queria dela.
Roberto se aproximou dela e perguntou:
- Você ainda não percebeu?
Cláudia não compreendia.
Roberto sorriu. Colocou a mão no local da pancada. Perguntou-lhe se doía.
A mulher não respondeu.
Roberto disse-lhe para que fosse dormir. Mencionou que se a dor não passasse, chamaria um médico. Pediu para que fosse dormir e descansasse. Argumentou que ele acabariam se entendendo.
Nisto pediu para a mulher se levantar.
Cláudia não teve outra alternativa, senão acompanhá-lo.
O homem levou-a para um quarto. Lá apontou uma cama.
Disse-lhe que poderia dormir ali.
Pediu para que ela entrasse.
Cláudia assustada, balançava a cabeça negativamente. Não queria entrar.
Roberto porém, gritou com ela. Exigiu que entrasse. Disse-lhe que não lhe faria mal.
Cláudia contudo, continuava resistindo a ideia.
Roberto insistiu.
Disse que não faria nada contra ela. Relatou que não entraria no quarto.
Com isto, afastou-se e indicou-lhe o caminho do quarto.
Chorando, a mulher entrou no lugar.
Roberto então, ao se certificar que a mulher estava dentro do quarto, trancou-a.
Cláudia começou a chorar. Acreditava que ele iria matá-la.
Nervosa demorou para deitar-se na cama. Pouco dormiu.
A todo o momento olhava para a porta.
Durante a noite teve um pesadelo. Roberto a sufocava com um travesseiro. Soltou um grito de socorro.
O homem ao ouvir o grito, correu em direção ao quarto onde estava Cláudia.
Abriu a porta.
Ao entrar no ambiente, percebeu que Cláudia se debatia.
Chamou-a.
A mulher acabou despertando.
Deu um pulo ao ver que Roberto estava sentado, a seu lado na cama.
Roberto disse que entrou no quarto, por que a ouviu gritando.
Cláudia disse então:
- Por favor, acabe com este sofrimento. Se você quer me matar, acabe logo com isto.
Roberto ficou pasmo.
- É isto que você acha que eu vou fazer?
Aproximou-se da moça e beijou-lhe a face.
Disse que a amava.
Cláudia olhou-o com perplexidade. Parecia não acreditar no que o homem dizia.
Roberto pôs a mão em seus cabelos.
A mulher tentou se afastar.
Roberto se aproximou e puxou seu cabelo. Beijou sua boca.
Quando o homem a soltou, levantou-se da cama.
Lembrou-se da festa da faculdade. Chegou a pensar que a história se repetiria.
Quando Roberto levantou e caminhou em sua direção, Cláudia exigiu que ele parasse.
Disse para não se aproximar.
O homem não lhe deu ouvidos e continuou se aproximando. Parecia gostar de sentir o medo nos olhos de Cláudia.
A moça olhou em volta procurando algum objeto que a ajudasse a se proteger de Roberto.
Ele por sua vez, percebendo a intenção da moça, segurou-a pelo braço. Empurrou-a novamente contra a parede.
Cláudia tentou empurrá-lo, mas Roberto era mais forte.
Começou a gritar dizendo para sair do quarto. Exigia que a deixasse sozinha.
Nervoso Roberto deu-lhe um tapa no rosto.
Gritou dizendo para que se calasse.
Cláudia correu para outro canto do quarto.
Exigiu que não se aproximasse mais. Prometeu que se ele a soltasse, ela não contaria o que aconteceu.
Roberto riu. Disse que ela não estava em condições de negociar coisa alguma.
Cláudia abriu mão do orgulho, implorou para que ele a deixasse ir.
O homem respondeu:
- Agora que eu estou quase conseguindo o que eu quero? Não mesmo!
Os olhos de Cláudia estavam cheios de água.
Nisto, o homem completou:
- Eu é que tenho uma proposta para fazer. Você fica aqui comigo, e não conta a ninguém nada do que acontecer nesta casa. Assim, eu prometo que não vou fazer nada contra ninguém da sua família.
Cláudia começou a chorar.
Roberto, percebendo o nervosismo da moça.
Revelou que já sabia que havia alguém. Citou o nome de Lucindo. Perguntou-lhe se ele realmente significava alguma coisa para ela. Rindo, comentou que o rapaz parecia bastante apaixonado. Irônico, comentou que lamentava o fato deles não poderem ficar juntos, já que ele teria que dar cabo no rapaz.
Cláudia ao ouvir isto, falou:
- Você é louco!
Roberto investiu contra ela. Tentou beijá-la novamente.
A mulher começou a gritar.
Pedia para ela a soltar. Pedia por socorro.
Roberto pôs a mão em sua boca. Mandou calar-se.
Cláudia mordeu sua mão.
Roberto então a soltou.
A mulher aproveitou para correr do outro lado do quarto, passou a bater na porta.
Gritava por ajuda.
Roberto a puxou.
Mandou novamente parar de gritar. Ameaçou bater nela.
Cláudia se encolheu.
Por fim, o homem disse-lhe que o futuro de seus parentes e amigos estava em suas mãos. Disse-lhe que não havia necessidade de matar ninguém. Mas que ela precisava colaborar.
Cláudia não conseguia entender. Dizia que não tinha como ajudá-lo.
Roberto enervou-se.
Disse que ou ela colaborava com ele, ou as coisas não iriam terminar bem.
Cláudia voltou a chorar. Disse que poderia matá-la se quisesse, mas deixasse as outras pessoas em paz.
Roberto se aproximou da moça, e disse-lhe alguma coisa no ouvido.
A mulher ficou horrorizada.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Poesias
quinta-feira, 22 de julho de 2021
DELICADO - CAPÍTULO 27
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