Lúcio por seu turno, frequentava o sexto ano do ensino médio.
Suas notas estavam baixas, e Ana o havia advertido de que se não melhorasse as notas, não iria viajar durante as férias escolares.
Lúcio, inconformado com a advertência, foi contar o ocorrido a Cláudia.
A mulher, ao tomar conhecimento da história, resolveu conversar com a mãe.
Ana, ao perceber o questionamento da filha, ficou furiosa e disse que a mãe era ela, e que Cláudia não tinha o direito de se intrometer na criação do menino, da forma como vinha fazendo.
A moça se irritou, mas procurou contar até dez.
Depois de ouvir o que a mãe tinha para dizer, comentou que desta vez ela estava certa. Não iria se intrometer, e que caso Lúcio não melhorasse as notas, não iria viajar com ele, como costumava ocorrer.
Diante disto, Cláudia se comprometeu a conversar com o garoto.
Ana ficou perplexa.
Chegou a comentar com Jacinto, sobre o que estava acontecendo.
O homem disse que a filha estava sendo sensata.
Cláudia conversou então com o garoto, que ficou revoltado ao perceber que ela não havia tomado suas dores, concordando com o que dissera Ana.
Lúcio ficou mais de uma semana sem falar com ela.
Dizia que ela não era sua irmã.
Ana exigiu que ele respeitasse Cláudia.
Mas Lúcio gritando, disse que não iria respeitar ninguém.
Foi o suficiente para Jacinto puxar o menino pelo colarinho de sua blusa, e sacudindo-o, dizer que não era apenas a Cláudia que ele devia respeitar, mas sim a todos os que viviam naquela casa.
Nisto, exigiu que ele confirmasse que havia entendido.
Assustado, Lúcio concordou.
Jacinto exigiu que ele se sentasse, e comesse em silêncio.
Cláudia e Ana se olharam, mas não interferiram.
Jacinto estava cansado das malcriações do menino.
Chegou a dizer que muita coisa iria mudar naquela casa.
Todos se entreolharam.
Quando terminou a refeição, Jacinto mandou o menino retirar a louça e por tudo na pia. Disse que Ana iria lavar, e ele iria enxugar a louça.
Quando o garoto fez menção de reclamar, ele perguntou-lhe se havia alguma objeção.
O menino se calou no mesmo instante.
Furioso, Lúcio enxugou toda a louça.
Conforme secava, ia deixando na mesa da cozinha.
Quando viu isto, Jacinto censurou o menino.
Disse-lhe que sabia onde ficavam as coisas e que poderia guardá-las todas nos seus devidos lugares.
Lúcio aborrecido, obedeceu.
Quando não sabia onde um utensílio ficava, perguntava:
- Onde eu coloco isto?
E Ana pacientemente explicava.
Por fim, a cozinha estava limpa arrumada.
Ana agradeceu a ajuda.
Jacinto perguntou se estava tudo bem.
Ana respondeu que sim.
O homem comentou que no dia seguinte, quando voltasse da escola, Lúcio deveria fazer o mesmo.
O garoto começou a reclamar dizendo que voltava cansado da escola, e que tinha o dever de casa para fazer.
Jacinto argumentou dizendo que primeiro almoçaria, depois lavaria a louça, e em seguida faria os deveres de casa. Mais tarde, poderia brincar com seus coleguinhas na rua.
Relatou que não ficava em casa durante o dia, mas que saberia se ele não cumprira com suas obrigações, e advertiu, que se não obedecesse à Ana, ficaria de castigo.
Lúcio, bufou, pisou duro e saiu batendo a porta.
Ana comentou que ele não era assim.
Disse que estava muito difícil conviver com ele. Cada vez mais impaciente e mal educado.
Cláudia, que observa tudo à distância, aproximou-se dos pais.
Disse que não sabia que Lúcio estava tão malcriado.
Jacinto comentou que como ela trabalhava doze horas por dia, não tinha tempo de ver o que acontecia em casa.
O homem comentou que não se pode mimar as crianças, ou elas ficam insuportáveis. Argumentou que o resultado ela estava vendo.
Cláudia comentou que acreditava que pagando um bom colégio e investindo em sua educação, Lúcio poderia ter um bom futuro.
Jacinto comentou que o desempenho escolar de Lúcio deixava à desejar, e não era de hoje, que o menino tirava notas baixas.
Cláudia perguntou se não o caso de contratar aulas particulares.
Jacinto riu.
Disse que a culpa de um desempenho tão sofrível, eram as conversinhas na sala durante as aulas. Comentou que a diretora chamou Ana para conversar por duas vezes.
Cláudia ficou pasma.
Disse que se a coisa era tão séria ela deveria estar a par do assunto.
Jacinto disse que não queria preocupá-la.
Cláudia retrucou dizendo que não queria ser poupada dos problemas da família, pois afinal de contas, ela também fazia parte dela.
Ana comentou então, Lúcio a desafiava o tempo todo.
Disse que por conta dos presentes, brinquedos, jogos, videogames, passeios, cinema, revistas, viagens, sempre que ela o proibia de fazer alguma coisa, corria para Cláudia, para contar a história de forma distorcida.
Aborrecida, Ana comentou que quase sempre Cláudia ficava contra ela, e a favor do menino.
Nisto, Jacinto contou que toda esta história começou da forma errada, e da forma que começou, não poderia acabar bem.
Ana ao ouvir isto, argumentou que aquele assunto não deveria ser comentado ali.
O homem se calou.
Ana comentou que precisavam mudar a forma como conduziam a educação de Lúcio, ou o menino poderia facilmente se desencaminhar. Disse que ele era muito sensível as influências dos amiguinhos, isto quando não era ele próprio, a má influência para os colegas.
Ao ouvir isto, Cláudia ficou furiosa.
Ana percebendo isto, comentou, que nem sempre os outros é que são má influência para nossos filhos. Salientou que às vezes, os nossos filhos podem ser influências daninhas para os demais. Argumentou que Lúcio era muito inteligente e que sabia ser persuasivo quando queria. Salientou que esta era uma característica e uma qualidade das pessoas dotadas de liderança. Contudo, se má usada, esta qualidade poderia se transformar em manipulação.
Ana aduziu que não estava maldizendo o menino. Apenas estava tentando alertar Cláudia e evitar que Lúcio resolvesse trilhar um caminho tortuoso, ou mesmo errado. Comentou que ainda estava em tempo de colocar o menino nos trilhos, mas que para isto, precisava da ajuda de Cláudia, ou tudo iria por água abaixo.
A moça recordou-se dos tempos em que Lúcio era um bebê com dias de vida e que dependia totalmente dela.
A jovem o amamentava. Depois acalentava o menino com canções de ninar. Balançava suavemente a criança, até que adormecesse. Por fim, colocava a criança o berço, e ficava observando-o por alguns minutos.
Florinda em uma dessas oportunidades, ao ver a sobrinha perto do berço, comentou que o menino era lindo.
Abraçou a moça.
Neste momento, perguntou-lhe se estava preparada para deixar a maternidade aos encargos de Ana.
Cláudia respondeu-lhe com lágrimas nos olhos, que tinha que de ser daquela forma. Tentando disfarçar o choro, enxugou as lágrimas com as mãos.
Disse que iria cuidar de seu futuro.
Florinda concordou.
Colocou uma das mãos no ombro da sobrinha.
As duas ficaram observando o sono da criança.
Cláudia lembrou-se do retorno a casa.
Dos cuidados com o bebê. Os banhos.
As brincadeiras, as cantigas.
Cláudia adorava cantar para o bebê.
Como não conhecia muitas cantigas de ninar, cantava músicas da MPB, Caetano, Chico Buarque, Gal Costa, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Elis Regina, entre outros.
Ana ficava da porta do quarto do bebê, ouvindo as canções.
Por diversas vezes elogiou a voz da filha.
Cláudia achava graça.
Ninava a criança, segurando o menino no colo e balançando-o na cadência da música.
Ana admirava a paciência da moça.
Dizia que a criança tinha sorte por ter duas mães.
Com o tempo porém, começou a ficar preocupada.
Cláudia dedicava muito tempo a criança, e isto poderia despertar a desconfiança das pessoas. Disse que poderiam começar a ligar os fatos, e acabar descobrindo que Cláudia era a mãe da criança.
Jacinto nestas horas, perguntava a mulher se não seria melhor que a verdade viesse à tona. Sempre foi contra isto, e chegou a perguntar a filha se ela concordava com isto.
Cláudia, abatida, respondia que sim.
O homem se preocupava, pois com o tempo, a própria filha sentiria necessidade de assumir o filho.
Jacinto chegou a alertar a mulher, que seu plano, com o tempo, poderia se transformar em uma faca de dois gumes.
Ana questionando o marido, perguntava por que.
E o marido dizia que o que parecia uma solução, poderia se transformar em um problema sério, de difícil solução.
Mas Ana prosseguiu com seu plano.
Cláudia chegou a ouvir uma dessas conversas.
Ouvia e sofria em silêncio.
E Cláudia, mesmo após o retorno às aulas, e depois de seu consequente ingresso no mercado de trabalho, continuou a cuidar do bebê.
Como sempre chegava tarde, raramente encontrava a criança acordada.
Mas fazia questão de ir até seu quarto, e mesmo no escuro, ficar observando dormir, com sua boquinha semiaberta do jeito que todos os bebês costumavam dormir.
Para Cláudia porém, era um momento todo especial.
Quando a criança acordava de madrugada chorando, geralmente era ela a primeira a despertar e correr para o quarto para verificar o que estava acontecendo.
Por diversas vezes amamentou o menino, colocando-o novamente para dormir.
Ana ao chegar, encontrava Cláudia amamentando a criança.
Dizia para a filha dormir, pois tinha que trabalhar e ir para a faculdade no dia seguinte. Argumentava que era sua obrigação cuidar da criança.
Mas Cláudia dizia que não era sacrifício nenhum.
Ana ficava sem argumentos.
Por diversas vezes chegou a comentar com o marido, que sentia muita tristeza por perceber que a filha sofria. Dizia que não fizera o que fez por maldade, e sim para protegê-la. Argumentava que esta gravidez poderia comprometer o seu futuro.
Jacinto penalizado, dizia que se houve erro, este erro deveria ser perdoado, pois fora um gesto de amor.
Dito isto, abraçou a esposa e beijou sua fronte.
Ana também parou e pensou.
Recordou-se dos primeiros tempos e da dificuldade da filha em abrir mão de sua maternidade, para poder se dedicar aos estudos e a profissão que escolhera.
Os pais sempre a apoiaram.
Afinal era a única filha, a moça que iria para a faculdade.
Cláudia fez o ensino médio em escola pública e prestou vestibular para uma faculdade pública.
Não compareceu ao primeiro dia de aula, fugindo do trote.
Letícia por sua vez, fez questão de comparecer e comemorar o momento.
Ficou com o rosto e o cabelo pintados.
Para ela, não houve problemas, mas soube de gente que saiu machucada do trote da faculdade.
Cláudia ao saber disto, ficou horrorizada.
Receosa, só foi comparecer a faculdade, a partir da segunda semana de aula.
A moça, logo de cara gostou do curso.
Chegou a comentar em casa que iria aprender vários idiomas.
Ana ficou contente com a animação da filha.
A moça não tinha gastos com os estudos, mas tinha despesas com passagens, mesmo utilizando passe escolar, e com alguns livros e apostilas.
Vinha de família de poucos recursos, mas sempre foi muito dedicada e estudiosa.
Por isto, quando engravidou, pegou a todos de surpresa.
Para Ana e Jacinto, a filha não tinha o perfil de quem costuma engravidar muito cedo. Sempre acreditaram que a filha demoraria para se casar, e que só depois de casada, pensaria em ter filhos.
Nunca perceberam muito entusiasmo da moça, no que diz respeito a rapazes.
Mal sabiam que ela estava interessada em alguém, e que poderia estar saindo com alguém da faculdade.
E até hoje pensavam em quem seria.
Mas Ana, constatando que não era momento para divagações, retomou a conversa.
Percebeu que a filha também se distraíra.
Chamou Cláudia, e perguntou-lhe se poderia contar com sua ajuda.
A moça respondeu que sim. Mas disse que haveria uma condição.
- E qual é a condição? – perguntou Ana impaciente.
- Eu quero ser informada de todas as decisões com antecedência. Assim, nos três iremos decidir o que é melhor para Lúcio.
Ana fez menção de retrucar.
Jacinto, que se ausentara por alguns instantes, retornou e disse que a filha estava certa.
- Afinal se somos uma família, devemos decidir as questões conjuntamente. Cláudia tem direito de participar, já que é a maior interessada no assunto.
Ana argumentou que a maior interessada era ela, mas Jacinto redarguiu:
- Ana... Ana, você sabe que é importante, mas Cláudia é de fato parte interessada. Não pode se furtar a responsabilidade pelo futuro de Lúcio. Nenhum de nós pode.
Sem alternativas Ana concordou.
Não sem antes reclamar que não tinha mais autoridade naquela família.
Jacinto abraçou a esposa e pediu para que ela parasse de ser reclamona ou se transformaria em uma velha ranzinza.
Cláudia pôs a mão na boca e disfarçou o riso.
Com isto, saiu á francesa.
Foi até o quarto de Lúcio, tentar conversar com o garoto.
Bateu na porta, e perguntou se poderia entrar.
Lúcio disse para ela ir embora.
Cláudia, cansada de malcriações, abriu a porta e entrou.
Lúcio ficou surpreso.
Achou que ela não iria ter coragem de entrar.
Mas Cláudia entrou e logo disparou:
- O que está acontecendo?
Lúcio balbuciando disse que não estava acontecendo nada.
Mas Cláudia pressionou-o.
Lúcio disse-lhe para ir embora. Insistiu para que o deixasse em paz. Disparou que Cláudia não era sua mãe.
Ao ouvir isto, Cláudia sentiu vontade de chorar. Seu semblante se modificou.
Parecia ferida de morte.
Lúcio percebeu e se arrependeu.
Não sabia por que, mas havia se arrependido do que dissera.
Cláudia, tentando se recompor, disse que por tudo que fizera por ele, desde o momento em que nascera, poderia sim se considerar sua mãe.
Disse-lhe que poucas irmãs fariam o que ela fez por ele. Comentou contudo, que de certa de forma ele tinha razão de ficar incomodado com tanta intromissão em sua vida. Argumentou porém, que ele havia dado motivos para isto, ao se descuidar de suas obrigações escolares, e de seus deveres de filho.
Relatou que Ana reclamou de seu comportamento malcriado e agressivo. Paciente, perguntou o que estava acontecendo. Perguntou se havia algum problema na escola.
Lúcio dizia que não gostava de estudar.
Cláudia disse que quando tinha a idade dele, também não era muito afeita aos estudos, mas que a partir de uma nota baixa, resolveu que aquela situação não mais se repetiria. E assim, passou a estudar com antecedência para as provas. Lia toda a matéria dias antes, e várias vezes, até que fosse memorizada.
Com isto, suas notas foram melhorando. As notas melhores foram lhe animando, e ela acabou gostando dos estudos. Virou uma aluna aplicada.
Lúcio dizia que isto era muito chato e cansativo.
Cláudia disse que não existe progresso sem sacrifício. Comentou que nenhum grande atleta tem um bom desempenho se não treinar muito, se alimentar adequadamente e se dedicar ao que gosta. Mencionou que até fazendo o que se gosta, as pessoas se deparam com atividades chatas e repetitivas. Salientou que as pessoas só fizessem aquele que gostam, o mundo deixaria de existir.
Curioso o menino passou a ouvi-la.
Cláudia perguntou-lhe então:
- Você acha que gosto do meu trabalho?
- E não gosta?
- Sim, eu gosto. Mas você pensa que eu gosto do meu trabalho em todos os momentos?
- E não gosta?
Cláudia respondeu:
- Tem horas em que acho meu trabalho extremamente monótono. Afinal, são várias aulas do mesmo assunto para diferentes turmas, ano após ano. Você pensa que isto não fica monótono? E isto, por que todos os anos eu realizo uma programação das aulas e altero um pouco a forma de passar a matéria. Procuro relacionar a literatura, com os assuntos da atualidade, com a música, com a arte, o cinema... Mas mesmo assim, as coisas ficam um pouco repetitivas. Às vezes, isto pode ser bem chato. Mesmo se gostando muito do que se faz. E olha que eu me sinto uma privilegiada, por trabalhar em uma área que eu amo.
Poucas pessoas podem dizer que fazem o que gostam, e eu sou uma dessas pessoas.
Lúcio ficou admirado.
Isto por que sempre a considerou uma pessoa realizada.
Nunca a viu reclamar de seu trabalho, ou das pessoas com quem trabalhava.
Cláudia pediu para que ele pensasse no assunto, e avaliasse o que queria de sua vida. Comentou que ele era muito novo, mas que agora era o momento para decidir o seu futuro.
Lúcio, ficou calado.
Cláudia, disse-lhe havia um jeito de deixar os estudos mais divertidos.
Lúcio ficou curioso. Tanto que perguntou:
- É mesmo? Qual?
Cláudia perguntou se podia sentar-se.
Lúcio respondeu que sim.
E assim a moça começou a jogar vídeo game com o garoto.
Como não tinha nenhuma intimidade com os jogos ou com o joystick, o garoto foi lhe explicando quais eram os comandos, e como fazer para jogar.
Apanhou muito para aprender um pouco.
Morria logo nas primeiras tentativas.
A certa altura desistiu, mas continuou no quarto, acompanhando as jogadas do garoto.
Como o jogo era em inglês, Cláudia aproveitou para explicar um pouco da história. Disse que era uma forma ótima para aprender o idioma.
Aconselhou-a ouvir músicas e prestar atenção na letra e na pronúncia.
Acrescentou que com português, poderia fazer o mesmo.
Cláudia acrescentou que mais tarde, treinaria inglês com ele.
Conversaram longamente.
A mulher comentou que ele poderia usar a matemática, calculando os gastos da família e ajudando a controlar as despesas.
Lúcio foi achando tudo muito interessante.
A certa altura, Ana e Jacinto, estranharam a ausência de Cláudia.
Foram verificar o que estava acontecendo.
Qual não foi a surpresa do casal, ao ver que Cláudia conversava calmamente com Lúcio, em seu quarto.
A dupla ria, sentada no chão, e Cláudia aproveitava para colocar a mão no ombro de Lúcio.
Ana e Jacinto, ao perceber o entrosamento da dupla, resolveu fechar a porta do quarto.
Foram para o próprio quarto. Lá conversaram.
Curiosos, ficaram a conjecturar sobre o que conversavam, e o que fez baixar aquela nuvem de tranquilidade.
Jacinto chegou a dizer que as coisas já estavam começando a mudar, e para melhor. Acreditava.
Mais tarde, Ana e Jacinto, foram dormir.
Cláudia a certa altura, percebendo o adiantado da hora, recomendou que o menino dormisse.
Nisto Lúcio perguntou a ela, poderia se cobri-lo com lençol. Disse que fazia muito tempo que ela não o colocava para dormir.
Surpresa Cláudia perguntou-lhe se sentia saudades.
Lúcio respondeu timidamente que sim.
A mulher então, disse que fosse se arrumar, escovar os dentes, e que depois ela o colocaria para dormir.
Lúcio, pegou um pijama, e foi ao banheiro.
Lá, trocou de roupa, escovou os dentes.
Voltou para o quarto.
Cláudia então puxou o lençol e aguardou Lúcio deitar-se.
Cobriu-o com o lençol. Beijou-lhe o rosto. Desejou-lhe boa noite.
Apagou a luz do quarto e saiu.
Tratou também de se recolher.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Poesias
quarta-feira, 21 de julho de 2021
DELICADO - CAPÍTULO 9 – TEMPO, ETERNO SENHOR DA RAZÃO
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