Ao entrar no toalete, Cláudia tentou encontrar uma saída.
Contudo, não havia janelas.
Chorando, a mulher começou a perder as esperanças.
Neste momento uma senhora se aproximou.
Perguntou-lhe se estava se sentindo bem.
Cláudia tentando segurar o choro, respondeu-lhe que sim.
Neste momento havia poucas pessoas no banheiro. Não havia ninguém além das duas mulheres em frente as pias.
Com efeito, percebendo a expressão de Cláudia, a mulher não se convenceu.
Disse-lhe que ela não parecia bem. Perguntou-lhe se não poderia ajudá-la.
Cláudia olhava para a mulher. Tentava dizer alguma coisa mas não conseguia.
A senhora, percebendo que ela estava bastante nervosa, sugeriu que bebesse uma água. Sugeriu que saíssem dali. Falou que tinha uma garrafinha de água, que poderia oferecê-la.
Cláudia percebendo que não poderia envolver a mulher em seus problemas, comentou que preferia ficar mais um pouco por ali.
A mulher então, lembrou-se que ao entrar no banheiro, havia um homem na entrada. Indiscreta, resolveu perguntar-lhe se estava com medo de se encontrar com aquele homem estranho que estava ali perto.
Ao ouvir isto, Cláudia lançou um olhar de desespero.
A mulher percebeu que havia algo de muito errado.
Comentou que ela estava muito assustada. Preocupada, perguntou-lhe se não gostaria de fazer uma ligação.
Cláudia agradeceu.
Perguntou se poderia fazer a ligação.
A senhora insistiu.
A moça então, ligou para a polícia.
Contou que fora sequestrada por um homem chamado Roberto, e agora estava no banheiro do aeroporto, prestes a sair do país. Relatou que estava indo para a Inglaterra. Mencionou o horário do vôo e o nome da companhia.
O policial perguntou o nome da moça.
Cláudia mencionou seu nome.
Ao constatar que se tratava de um caso de sequestro, o policial informou que seria providenciada uma viatura para o local.
Cláudia agradeceu. Desligou o telefone.
A mulher ao ouvir a conversa, ficou horrorizada.
Cláudia agradeceu-lhe.
Disse-lhe que sua ajuda foi de grande valia, mas recomendou-lhe que se afastasse. Preocupada, prometeu que não diria quem lhe ajudou.
A senhora pegou o celular.
Cláudia, agradeceu novamente.
A mulher afastou-se.
Cláudia disse-lhe novamente obrigada.
Após algum tempo, saiu do toalete.
Roberto estava andando de um lado para outro.
Impaciente, ao vê-la, comentou que estava quase entrando no banheiro.
Cláudia comentou que o banheiro estava cheio, por isto demorou.
Roberto puxou-lhe o braço.
Nervoso, disse que já estava perdendo a paciência com ela.
Com isto, se afastaram do banheiro.
Roberto e Cláudia sentaram-se próximos, na sala de embarque.
Cláudia procurava disfarçar o nervosismo. Pegou uma revista. Começou a folheá-la.
Roberto ficava observando a moça e o entorno.
A certa altura, o homem percebeu uma agitação na entrada da sala de embarque.
Foi quando surgiram dois policiais.
Roberto ficou furioso. Olhou para Cláudia. Pediu para que se levantasse.
Antes que a moça dissesse qualquer coisa, Roberto a empurrou.
Um dos policiais ao ver a cena, pediu para o homem parar.
Roberto pegou a arma que trazia e apontou para a cabeça de Cláudia.
Os policiais então, pediram para o homem entregar a arma.
Os passageiros que estavam na sala de embarque, ficaram apavorados.
Todos tentaram se esconder.
Alguns saíram da sala de embarque.
Roberto exigiu sair da sala de embarque.
Os policiais não tiveram como impedir.
Ao sair da sala de embarque, os policiais avisaram outros policiais, que Roberto havia saído da sala de embarque.
Foi questão de tempo para que o homem fosse encontrado.
Ao sair da sala de embarque, o homem escondeu a arma. Exigiu que a mulher continuasse caminhando.
Disse-lhe que iria se arrepender do que havia feito.
Ao passar por alguns policiais, a moça sinalizou pedindo ajuda.
O policial, ao perceber a situação, resolveu agir.
Aproximou-se de Roberto, e exigiu que soltasse sua arma.
Como o homem tentou resistir, um segundo policial apontou uma arma para ele.
Exigiu que ele soltasse a arma. Afirmou que antes que ele conseguisse puxar o gatilho, seria baleado.
Roberto tentou pegar a arma, mas o policial foi mais rápido.
O policial o imobilizou.
Cláudia correu para longe dali.
A mulher só parou, quando um policial pediu para que parasse de correr.
Ao olhar para trás, viu Roberto ser preso.
O homem saiu do aeroporto algemado.
Cláudia foi levada para uma viatura, sob os olhares dos passageiros.
Foi levada para casa.
Ao chegar em sua residência, Ana e Jacinto ficaram aliviados.
A família havia sido avisada que Cláudia fora encontrada e Roberto foi preso.
Cláudia abraçou os pais.
Lúcio também abraçou a mãe. Assim como Lucindo.
A mulher logo perguntou da filha.
Ana respondeu-lhe que a criança estava bem.
Juliana e Olegário também visitaram a família.
Mais tarde Letícia ligou perguntando por notícias.
A moça foi avisada que Cláudia havia sido novamente sequestrada.
Ao ouvir a notícia, a amiga custou a acreditar.
Por fim, disse:
- Céus! Quando isto irá acabar? Minha amiga não tem mais paz!
O tormento porém, estava com os dias contados.
Isto por que, passadas algumas semanas, o homem foi encontrado morto em sua cela.
Onofre foi avisado, e repassou a informação para a família.
Quando Cláudia foi informada do fato, sentiu aliviada. Pensou que finalmente teria descanso.
Contudo, quando Ana tentou contar-lhe detalhes do passamento de Roberto, Cláudia a interrompeu dizendo que não estava interessada em saber detalhes.
Ana então calou-se.
Com isto, prosseguiram os preparativos para o casamento.
Na data combinada, toda a família seguiu viagem para a casa de Florinda.
Em um carro foram Cláudia, seus pais e Lúcio.
No veículo de Lucindo, foram seus tios e a pequena Clara.
Letícia e Leandro seguiram quase juntos, levando consigo Leonardo e Helena.
Patrícia e seus pais, foram mais tarde.
Lúcio e Cláudia explicaram a Soraia e Túlio como fazer para chegar no local.
Em questão de horas, parentes e amigos dos noivos estavam reunidos na propriedade.
Florinda recebeu-os com um sorriso no rosto.
A mulher ficava feliz quando a casa estava cheia.
Com os anos, a senhora construiu uns chalés.
Cláudia sua família, e a família de Lucindo, ficaram hospedados na casa de Florinda.
A família de Letícia e de Patrícia foram acomodadas nos chalés.
Eram construções de dois andares com dois quartos, dois banheiros, varanda. No andar de baixo, uma sala, lavabo, uma pequena cozinha e área de serviço.
Patrícia ao ver a acomodação, achou tudo muito bonito.
Florinda desejou a todos boas vindas.
Questionou Ana por não visitar mais vezes o sítio. Argumentou que fizera todas aquelas benfeitorias para a família.
Ana desculpou-se.
Disse que de fato estava em dívida com ela. Argumentou que a vida corrida na cidade não permitia tantos encontros.
A esta altura, Florinda já sabia que Cláudia havia reconhecido o filho Lúcio.
Cumprimentou Lucindo e comentou:
- Que bela trapalhada vocês fizeram!
O homem ficou sem graça.
A despeito disto, todos riram.
Lúcio ao ver Patrícia chegando, foi logo ao encontro da namorada.
Ao vê-la, foi logo abraçá-la.
A moça foi apresentada a Florinda, que se encantou com a moça.
Disse-lhe que era muito bonita.
Patrícia agradeceu.
Por fim, a mulher foi apresentada aos pais da jovem.
Florinda paparicou o sobrinho bisneto. Também brincou com o filho de Letícia. Mencionou que as crianças traziam renovação.
Ana convidou Onofre, que declinou do convite.
Disse que já tinha outro casamento para comparecer. Sua filha mais nova iria se casar naquele período.
Ana parabenizou-o. Desejou felicidades ao casal.
Lúcio e Patrícia estavam sempre juntos.
Cláudia comentou diversas vezes o quanto eram unidos.
Por diversas vezes, observou o casal estudando juntos, conversando.
Olhava-os enternecida.
Achava linda a união de ambos.
Lucindo também gostava de ver o filho com Patrícia.
Com efeito, o rapaz mostrou toda a propriedade para Patrícia.
Comentou que de vez em quando, visitava o lugar com sua família.
Patrícia ficou encantada com o lugar.
Disse que ali tudo era muito bem cuidado.
Lúcio concordou.
Argumentou apenas, que era uma pena a família visitar tão pouco o lugar.
Patrícia relatou que se tivesse um lugar lindo daqueles para visitar, procuraria visitá-lo sempre.
Lúcio comentou que em toda sua vida, frequentou o lugar umas cinco ou seis vezes.
Soraia e Túlio ficaram com as famílias de Cláudia, Lucindo e Letícia.
O homem relutou um pouco para aceitar o convite, mas diante da insistência da esposa e da filha, acabou concordando.
Nos dias em que ficou no interior, hospedado no sítio de Florinda e Licínio, o homem conversou bastante com Lucindo, Leandro e Jacinto.
Conforme as visitas foram chegando, a mulher recebeu-os com um lauto café da manhã.
Tinha leite, café, sucos, iogurtes, pães doces, salgados, geléias, frutas.
Os convidados comeram tanto, que o almoço acabou saindo tarde.
Túlio comentou que ia voltar para São Paulo rolando, de tanto que estava comendo.
Todos riram.
Licínio também foi conversar com os convidados.
Contou das reformas que fez, da construção dos chalés.
Mais tarde convidou a todos para um passeio a cavalo.
Muitos agradeceram o convite, mas recusaram educadamente.
Letícia, Leandro, Túlio, Soraia, Juliana e Olegário comentaram que não sabiam andar a cavalo.
Licínio argumentou que não havia segredo.
Por fim, acabou convencendo-os.
E assim, todos andaram a cavalo.
Lúcio ajudou Patrícia.
Embora atrapalhados no início, por fim, ao final de algum tempo, estavam todos conduzindo os animais.
Licínio foi mostrando outras partes da propriedade.
Mostrou plantas, frutas e flores nativas.
Comentou que na propriedade havia uma reserva legal. Explicou que se tratava de uma parte da propriedade que estava destinada à preservação da vegetação original, não podendo ser alterada.
O homem reconheceu que no começo questionou a ideia. Argumentou que em seu sítio havia plantas, flores e frutos suficientes. Em seu entender não havia necessidade de haver uma reserva legal. Contudo, ao perceber que a mata nativa preservava os cursos d'água e os impedia de secarem, constatou que aquela medida se fazia necessária. Comentou que agora que quase não chovia, que havia necessidade de se preservar nascentes e cursos d'água, ou não teriam o que beber. Ressaltou que não só as pessoas sofreriam, como também os animais. Argumentou que em outras épocas de seca, a mata nativa, a reserva legal, cumpriu seu papel de preservar os cursos d'água.
Os visitantes viram diversos cursos d'águas, e até um rio.
Voltaram a casa, e foram recebidos com um café da tarde. Repleto de bolos, pães, geleias, sucos, café e leite.
Para o casamento foram montadas mesas e cadeiras. Flores do próprio sítio, enfeitavam as mesas.
Um altar coberto foi montado.
O coreto também foi decorado, pois serviria de cenário para as fotos.
Cláudia usou um vestido amarelo.
A moça foi conduzida ao altar por seu pai.
Lucindo e os padrinhos chegaram antes.
No altar estavam os tios de Lucindo, padrinhos do noivo.
Letícia e Leandro eram os padrinhos de Cláudia.
A família de Florinda compareceu em peso para o casamento.
O padre que celebrou a cerimônia, contou um pouco da história do casal.
Falou da dificuldade para se acertarem. Brincou com o fato de já terem filhos, mas acrescentou que independente da forma como aquela história caminhara até então, eles tinham o mais importante, que era o amor. Comentou que muita gente se preocupava com um papel, mas se esquecia de viver o mais importante.
Todos aplaudiram.
Os noivos disseram sim.
Trocaram as alianças.
Lúcio e sua namorada levaram as alianças para o casal.
Cláudia ficou feliz ao ver o filho, levando o par de alianças ao lado de Patrícia.
Lucindo também ficou comovido.
Fotógrafos de plantão flagraram todos os momentos do casamento.
Cláudia cumprimentou os convivas.
Recebeu os parabéns.
Uma chuva de pétala de flores foi jogada sobre o casal.
Lucindo e Cláudia dançaram uma valsa.
Alguns convidados fotografaram a cena.
Depois, todos dançaram.
Conversaram, apreciaram os comes e bebes.
Celebraram.
A todo o momento, Cláudia e Lucindo eram fotografados.
Poses e mais poses.
Tiraram fotos no coreto.
Em dado momento, a moça jogou o buquê de flores, para cima.
Flores colhidas no sítio, e montadas por sua tia avó Florinda.
Uma das primas de Cláudia pegou o buquê.
Por último, o casal se distanciou dos convidados.
Cláudia levou o moço para observar o lago onde estavam os patos.
Lucindo perguntou-lhe se não estava gostando da festa.
Cláudia argumentou que a festa estava muito linda.
Relatou que sua mãe e sua tia haviam pensado em tudo, colocando carinho e capricho em todos os detalhes.
Abraçou o moço.
Depois falou que estava muito feliz.
Comentou que demorou para perceber o quanto ele gostava dela.
Disse que com o tempo, aprendeu a gostar dele também. Por fim, disse que o amava.
Lucindo chorou.
Cláudia rindo disse que não era preciso chorar.
Beijou o moço.
Ao término do beijo, disse que tinha uma coisa para dizer, e que ele tinha que ser a primeira pessoa a saber.
Comentou que estava novamente grávida.
Lucindo ficou espantado.
Perguntou-lhe se tinha certeza.
Cláudia respondeu-lhe que sim.
Lucindo a abraçou.
Brincou dizendo que Lúcio iria dizer que precisava ensiná-lo a usar métodos contraceptivos.
Cláudia disse que Lúcio era um menino de ouro.
Lucindo concordou.
Acrescentou que ele era bem irônico também.
Mais tarde a notícia foi passada aos familiares.
Todos parabenizaram o casal.
Todos prosseguiram sua rotina.
Cláudia e Lucindo, aproveitavam para ficar mais perto do filho.
Ficavam as tardes ouvindo músicas em vários idiomas ao lado de Lúcio e Patrícia.
Cantavam juntos, desafinavam.
Passaram a morar próximos de Ana e Jacinto, assim como de Juliana e Olegário.
Continuaram a lecionar.
Lúcio foi morar com os pais.
Porém, sempre que podia, visitava os avós.
Passou a trabalhar e estudar.
O filho de Cláudia nasceu.
Lúcio disse que seu nome seria Carlos.
Lúcio e Patrícia passaram no vestibular.
A família toda comemorou.
Clara e Leonardo passaram a frequentar a escolinha.
Letícia engravidou novamente, e teve uma menina de nome Laura.
E a vida, encontros e desencontros se sucederam.
Beijos, abraços.
Lúcio e Patrícia, cursaram juntos a faculdade de letras.
Brigaram, tiveram alguns desentendimentos, mas depois se acertaram.
As flores vermelhas, sempre a sinalizarem um evento feliz ou uma reconciliação.
Simbologia seguida de muitos beijos e abraços.
Certa vez, Lúcio cobriu os olhos da namorada e lhe entregou um buquê de flores.
O moço também já se declarara para a namorada na frente de todos os colegas da faculdade.
Isto depois de uma briga.
Lúcio era ciumento e também alvo de um certo assédio.
Patrícia também era admirada por sua beleza, e invejada também.
O casal se adorava.
Todos achavam linda a relação dos dois.
E conforme os anos passavam, o relacionamento ficava mais forte.
Túlio e Soraia, continuaram casados.
Com o tempo o homem aprendeu a gostar de Lúcio. Percebeu que ele era um garoto esforçado e dedicado. Parou de implicar com ele.
Letícia e Leandro, também foram muito felizes.
Com muito amor, beijos e abraços.
Viviam a namorar e a cuidar dos filhos Leonardo e Laura.
Helena auxiliava nos cuidados.
Olegário e Juliana, assim como Ana e Jacinto, aproveitavam a companhia um do outro, e curtiam os netos.
Sim por que embora não tenham tido filhos, cuidaram de Lucindo como se fosse filho deles.
Então sentiam-se avós de Lúcio, Clara e Carlos.
Para Lucindo e Cláudia, os dois casais eram exemplos de uniões felizes e duradouras.
Cláudia ficava feliz quando via os pais e os tios do marido, abraçados, conversando, unidos, se gostando.
Já Cláudia e Lucindo, sempre eternos namorados.
Mesmo após alguns anos de casados, Lucindo continuava a sentir amor, admiração e desejo pela esposa.
Cláudia certa vez, ao sair do banheiro, esqueceu-se de trancar a porta do seu quarto.
Lucindo, que passava pelo corredor entrou.
A mulher estava se enxugando.
O homem se encantou com o que viu.
Constrangida, a mulher se cobriu com a toalha.
Ao se deparar com a cena, Lucindo começou a rir.
Aborrecida, a mulher indagou:
- Do que está rindo?
Lucindo respondeu:
- De nada. Só estou achando graça. Você acha mesmo que vai conseguir se esconder desse jeito? Não tem nada aí que eu já não tenha visto.
Cláudia ficou constrangida.
Percebendo isto, Lucindo a puxou para perto de si.
Disse para que ela parasse de bobagem. Mencionou que ela era linda.
Beijou-a e sutilmente foi soltando a toalha.
Caminhou pelo quarto trazendo-a junto de si. Trancou a porta.
Ao ver a toalha no caminho, empurrou-a para longe...
Todos foram muitos felizes, e também um pouco infelizes.
Como todo mundo nesta vida.
Vida que segue.
FIM.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Poesias
quinta-feira, 22 de julho de 2021
DELICADO - CAPÍTULO 34
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