Poesias

quinta-feira, 22 de julho de 2021

DELICADO - CAPÍTULO 26

Lucindo por sua vez, passava o tempo dividido entre seu trabalho. Suas aulas na universidade, o planejamento das mesmas, correções de trabalhos e provas. Também tentava se aproximar novamente de Cláudia.
Nos corredores da universidade, tentava conversar, mas Cláudia estava sempre com pressa. Evitava permanecer na sala dos professores quando não havia mais nenhum professor.
Lucindo estava arrasado.
Ligava para a casa da moça.
A esta altura, Ana e Jacinto já sabiam que Lucindo poderia ser o pai de Lúcio.
A universidade, diante do arquivamento do inquérito, convocaram a moça para voltar a exercer suas funções.
O reitor desculpou-se por seu afastamento. Disse-lhe que ela sempre tivera uma postura correta, mas que por medida de segurança, precisou afastá-la de suas funções. Argumentou que foi uma forma de preservá-la.
Cláudia ouviu o que reitor tinha a lhe dizer.
Dias depois, voltou a lecionar.
Desta forma, a moça retomou sua rotina.
Lúcio por sua vez, estudava para as provas ao lado da namorada.
Levava-lhe flores constantemente. Continuava a escrever suas cartinhas, seus bilhetes. Passeavam juntos.
Daniela brincava com a amiga, perguntando quando chegaria sua vez.
Patrícia dizia que logo também encontraria alguém legal.
As amigas riam juntas.
Daniela sempre que via Lúcio se aproximando, pedia licença. Dizia brincando que não queria ficar segurando vela.
Patrícia dizia que era besteira ela se afastar, mas Daniela falava sempre:
- Desculpe amiga, mas eu sei quando estou sobrando!
E nisto se afastava.

Com efeito, quando Soraia e Túlio souberam da confusão envolvendo a paternidade de Lúcio, ficaram chocados.
O homem chegou a questionar o namoro da filha. Disse que ela deveria arrumar um garoto menos complicado para namorar, ou até melhor, ficar nem namorar.
Soraia ao ouvir as palavras do marido, caiu na risada.
Comentou que Túlio não tinha jeito. Ciumento e possessivo, só permitiria que a filha namorasse após os cinquenta anos.
Patrícia achou graça nas palavras da mãe e começou a rir.
Não levou a sério as palavras do pai.
Tanto que de vez em quando o garoto ia para sua casa estudar.
Soraia levava lanches para o casal.
Elogiava o garoto. Dizia que ele não era bagunceiro.
Patrícia comentou que ele era aplicado.
Como resultado de tanta dedicação, Lúcio tirou boas notas.
Patrícia elogiou o desempenho.
Lúcio beijando a moça, disse-lhe que ela foi a responsável por isto.
Ana e Cláudia, ao verem o boletim do garoto, ficaram contentes com as notas.
Elogiaram seu desempenho escolar.
Lúcio ficou contente.

Foi questão de tempo para Cláudia ser informada da ação movida por Lucindo.
Ficou perplexa ao saber da ação de investigação de paternidade movida pelo moço.
Irritada, chegou a se perguntar se isto nunca iria acabar.
Onofre ao saber da intimação, contou à moça que Lucindo a procurou. Dizia estar arrependido e disposto a reparar seu erro.
O advogado comentou que ele estava determinado a reconhecer Lúcio.
A mulher ao ouvir isto, ficou indignada.
Argumentou que estava cansada daquela história.
Onofre aconselhou-a a realizar o exame.
Assim, na data marcada, Lúcio e Cláudia compareceram no laboratório a fim de realizar a coleta de material genético do garoto para o exame.
Lucindo compareceu em outra data.
Algum tempo depois, foi confirmada a paternidade.
Após esta confirmação, o homem solicitou a regulamentação de visitas.
Cláudia ao tomar conhecimento do fato, ficou inconformada.
Onofre ao recebê-la em seu consultório, disse-lhe que teria que alterar novamente o registro de nascimento do garoto.
Cláudia não podia acreditar no que estava acontecendo.
Onofre dizia-lhe que Lucindo tinha direito de visitar o garoto.

Lucindo por seu turno, tentou inúmeras vezes conversar com Lúcio.
Procurava-o na saída do colégio.
Lúcio no entanto, não queria saber de conversar com ele.
Dizia que ele o havia enganado.
Certo dia, o homem resolveu ir atrás do garoto.
Lúcio saiu correndo chorando.
Lucindo foi encontrá-lo em uma pracinha, sentado no balanço. Estava com as mãos cobrindo o rosto.
Lucindo sentou-se ao seu lado.
Também estava chorando.
Disse-lhe que sentia muito.
Tentou tocar os cabelos do garoto, mas Lúcio se afastou. Levantou o rosto e voltou-lhe as costas.
Lucindo por seu turno, não se deixou se intimidar.
Falou-se que entendia sua revolta. Argumentou que agira com um canalha. Foi irresponsável, leviano, egoísta e burro. Muito burro.
Lúcio completou:
- E mau caráter!
Lucindo ao ouvir isto, retrucou:
- Mau caráter não! Eu nunca tive a intenção de prejudicar a Cláudia...
Nervoso tentava encontrar as palavras para se justificar, mas não havia o que pudesse dizer para reparar o mal que fizera. Pensava, pensava … Enfim, disse:
- Naquele dia, eu vi que ela estava precisando de ajuda. Tanto que a segui de táxi. Eu a vi entrando no prédio com Roberto. Depois fui eu que entrei no prédio. Ao chegar lá, encontrei Cláudia. Chamava seu nome, e ela não respondia. Ao ver a cena, chorei, deitei-me ao seu lado... Cláudia ao ver-me deitado ao seu lado na cama, assustou-se.
Lúcio completou dizendo que ninguém ficava grávida por deitar-se ao lado de alguém.
Lucindo concordou. Disse que acabou sendo levado pela situação e acabou por deitar-se com a moça.
O garoto argumentou que ela estava desacordada.
Lucindo disse-lhe que em dado momento, acreditando que Roberto ainda estava ali, Cláudia se aproximou dele. Nervoso, comentou que não era de ferro, e que acabou dormindo com ela.
Em seguida, pediu-lhe desculpas. Disse que não devia falar aquelas coisas para ele. Argumentou que Cláudia era sua mãe.
Lúcio retrucou dizendo que ele era o pai.
Lucindo ao ouvir as palavras do garoto, sorriu-lhe.
- Sou seu pai? - perguntou-lhe o moço.
Lúcio respondeu-lhe:
- Na falta de coisa melhor!
Lucindo ficou chocado.
- Olha! Eu não vou responder a malcriação, por que de certa forma você está certo! Você merecia um pai melhor. Perdão. Desculpa por ter causado tanta confusão. Se eu soubesse que isto iria causar tantos problemas, teria feito diferente.
Lúcio ao ouvir estas palavras respondeu que se ele tivesse feito de forma diferente, ele não estaria ali, naquele momento, conversando com ele. E ainda, ele não seria seu filho, e Lucindo não seria seu pai. Simplesmente não existiria.
Lucindo riu da lógica do garoto. Brincou dizendo-lhe que era um grande filósofo.
Nisto, perguntou-lhe novamente se ele o perdoava.
Aproximando-se do garoto, pôs a mão em seus cabelos.
Lúcio, que não estava gostando daquela situação, foi logo falando:
- Bom! Vamos parar com isto, por que este negócio de ficar tocando em homem não pega nada bem. Eu preferia que Patrícia fizesse isto. Vamos parar com esta melação. Já tá pegando mal isto.
Lucindo percebendo o incômodo, pediu desculpas ao garoto. Chegou a rir.
Nisto, insistiu na pergunta.
Lúcio olhando-o nos olhos, disse que já havia esquecido suas trapalhadas. Comentou que ele sempre esteve presente em vida.
Lucindo concordou. Disse que desde que era um bebê, se importava com ele.
Lúcio contou que Cláudia sempre disse que Lucindo teve carinho por ele. O garoto relembrou-lhe as visitas, os presentes.
Lucindo ficou comovido. Percebeu o quanto Lúcio gostava dele.
Descobriu que o garoto havia se empenhado para que ele e Cláudia ficassem juntos.
Lucindo voltou a chorar.
Lúcio ficou nervoso. Tanto que disse:
- Onde já se viu? Um homem deste tamanho chorando por uma coisinha dessas!
Lucindo riu. Perguntou se estava levando uma bronca.
Por fim, Lúcio o abraçou.
- Obrigado filho!
Levantaram-se.
Lucindo ao final do abraço, comentou que não tinha mais idade para ficar tanto tempo sentado no chão duro.
Lúcio chamou-o de velho.
- Olha o respeito garoto!
Nisto a dupla saiu da pracinha.
No caminho, continuaram conversando.
Lúcio então beijou-lhe o rosto.
Disse-lhe que iria ajudá-lo. Comentou que iria convencer sua mãe a desculpá-lo.
Com os olhos marejados, Lucindo disse-lhe que isto seria mais difícil.
Lúcio pôs a mão em seu ombro e falou:
- Não se preocupe! Eu vou consertar sua burrada. Deixe comigo, eu sei o que estou fazendo.
Lucindo riu.
Lúcio garantiu que eles ainda ficariam juntos.
Lucindo rindo, disse que iria cobrar.

Letícia por sua vez, havia visitado a amiga algumas vezes.
Estava preocupada com Cláudia.
Letícia ficou perplexa com tudo o que a amiga lhe contara.
Cláudia por sua vez, não queria nem saber de Lucindo.
Ralhava com a amiga, quando ela tocava no assunto.
Letícia então perguntava de Lúcio, e dos pais de Cláudia.

Lúcio por seu turno, contou à mãe que havia se entendido com seu pai.
Cláudia ao ouvir isto, ficou perplexa.
Lúcio percebendo isto, contou-lhe que Lucindo não era uma pessoa ruim. Apenas foi irresponsável. Perguntou a ela quem não era irresponsável neste mundo. Nisto completou que Lucindo havia conversado com ele, explicado como as coisas aconteceram, e ele havia entendido.
Cláudia continua a olhá-lo com incompreensão.
Lúcio pediu para que ela conversasse com ele.
A mulher se recusava terminantemente.
- O que ele fez é imperdoável!
Lúcio argumentou que ele era grato a Lucindo, pois se assim não fosse, ele não teria nascido.
Cláudia ao ouvir estas palavras, calou-se.
O garoto disse que do jeito torto dele, Lucindo sempre esteve por perto. Perguntou:
- Quem não erra?
Disse que ele lhe contou alguns detalhes da fatídica noite.
Cláudia gaguejando, perguntou-lhe:
- Ele lhe contou detalhes?
Lúcio respondeu-lhe que não. Mas esclareceu o que havia acontecido. Nisto, insistiu para que Cláudia conversasse com ele. Disse que ele poderia esclarecer muitas coisas.
Beijou seu rosto, e deixou-a sozinha com seus pensamentos.

Nos dias que se seguiram, Onofre informou Cláudia sobre a realização de uma audiência, em que teria comparecer.
Cada dia que passava, Cláudia ficava mais e mais irritada com a história.
Mas que jeito!
No dia marcado estava ela, Lúcio e o advogado no fórum.
Lucindo a viu chegar. Cumprimentou-a.
Cláudia o fuzilava com os olhos.
Lúcio pediu licença a mãe e foi cumprimentá-lo.
Lucindo abraçou o garoto.
Perguntou-lhe como estava.
Conversaram.
Lucindo explicou-lhe que havia ingressado com o processo, por que precisava regularizar a situação.
Lúcio entendeu, mas argumentou que ela não se oporia as visitas.
Lucindo concordou.
Ressaltou porém que queria que as coisas ficassem devidamente regularizadas.
Na audiência o juiz regularizou as visitas.
Cláudia disse ao advogado que não queria ver Lucindo. Autorizou porém, que o garoto fosse a casa do rapaz.
Acatou a decisão do juiz, mas ficou bastante contrariada.
Por fim, houve nova emissão da certidão de nascimento de Lúcio, agora com o nome de Lucindo e Cláudia.
Ao final da audiência, o moço correu em direção a Cláudia.
Lúcio pediu para que ela esperasse Lucindo.
Cláudia argumentou que não tinha nada para falar-lhe.
Nisto, Lucindo alcançou-os.
Pediu para que ela esperasse.
Lúcio insistiu para que ela ouvisse o que ele tinha para dizer.
Cláudia não deu ouvidos ao filho.
Acionou o dispositivo para abrir a porta do carro.
Pediu para Lúcio entrar no carro sem discutir.
Contrariado, o garoto entrou.
Quando fez menção de entrar, Lucindo segurou seu braço e fechou a porta.
Cláudia perguntou-lhe o que estava fazendo.
Lucindo respondeu-lhe que precisavam conversar e que iriam fazê-lo.
Cláudia por sua vez, argumentou que estava com pressa. Disse que conversariam mais tarde.
Lucindo concordou.
Agendou a conversa para mais tarde em sua casa. Mencionou que se ela não fosse até lá, ele se encarregaria de ir até sua casa. Às quinze horas em ponto. Marcou.
Cláudia entrou no carro.
Com isto, Lucindo aguardou a moça em sua residência.
Como fosse quinze e meia e ela não apareceu, o moço se impacientou e foi até a casa da moça.
Ao lá chegar, Ana lhe disse que ela havia saído e não tinha hora para voltar.
Lucindo comentou que iria esperar.
Ana ao perceber que o moço não iria embora, comentou:
- Vocês arrumam suas confusões, e o menino fica no meio de toda esta barafunda.
Lucindo, não disse nada.
Estava nervoso.
Como as horas passassem, Ana ofereceu-lhe água, café, suco. Perguntou-lhe se não queira comer alguma coisa.
Lucindo agradecia mas não aceitava nada.
Por fim, Cláudia e Lúcio chegaram.
O garoto ao ver Lucindo em sua casa, novamente o cumprimentou.
Cláudia ao ver a mãe, disse que iria para seu quarto.
Ana respondeu-lhe que Lucindo estava a horas esperando por ela.
Cláudia a ignorou. Passou pela sala. Nem olhou para Lucindo.
Lúcio a chamou e nada.
Lucindo, enervou-se. Levantou-se e foi atrás de Cláudia.
Quando a moça ia fechar a porta, Lucindo girou a maçaneta e empurrou a porta.
Quase acertou Cláudia.
Lucindo, ao perceber isto, pediu-lhe desculpas.
Perguntou-lhe se ela havia se machucado.
Cláudia ficou espantada com a ousadia.
Lucindo então, entrou no quarto e fechou a porta.
Disse que precisava conversar.
Cláudia respondeu-lhe que não tinham nada para conversar.
Lucindo insistiu.
- Temos sim. E muito... Olhe, eu sei que eu fiz, não foi legal. - nervoso, colocava a mão no rosto.
Tentava encontrar a melhor forma de expressar o que estava sentindo.
Gaguejando um pouco, contou que não agiu por um simples impulso. Relatou que ela ainda sob os efeitos, do que havia ingerido, havia se aproximado dele.
Lucindo constrangido, contou-lhe alguns detalhes. Mencionou que ela se aproximou, colocou a mão em seu rosto. Nervoso, o homem comentou que acabou não resistindo.
Com isto, perguntou a moça se ela não se lembrava de nada.
Cláudia respondeu-lhe que não. Disse que tentava se lembrar mas não conseguia.
Lucindo disse-lhe que deveria fazer um esforço.
Cláudia perguntou-lhe se nunca pensou que ela poderia se lembrar do que havia acontecido.
Lucindo respondeu-lhe que gostaria muito que isto tivesse de fato acontecido. Argumentou que esperou todos estes anos por isto.
Cláudia falou:
- Você é doido!
Lucindo concordou.
Talvez fosse maluco mesmo. Mencionou porém, que quem a levou para o apartamento não fora ele.
Cláudia argumentou que ele havia se aproveitado da situação.
Lucindo respondeu-lhe que sim.
Mencionou que lamentava havê-la magoado, mas que não se arrependia de haver ficado com ela. Argumentou que gostava muito de Lúcio, e que se não tivesse acontecido o que aconteceu, não teria a oportunidade de ter conhecido o garoto. Que ele não teria nascido.
Nisto, perguntou-lhe se estava arrependida, de ter tido Lúcio.
- Claro que não! - respondeu-lhe.
Lucindo respondeu que o garoto foi a melhor coisa que aconteceu em sua vida.
Recordou-se de quando ele era um bebê, das vezes em que o pegou no colo. Comentou que sempre gostou do garoto.
Rindo, acrescentou que Lúcio também parecia gostar dele.
Cláudia o observava.
Lucindo continuou falando.
Lamentou não ter tido coragem de contar antes. Relatou que esta besteira, nunca mais poderia consertar.
Chorando, disse que entenderia se ela o não perdoasse. Dizia que mesmo lhe custando muito, aceitaria o fato. Contudo, argumentou que não poderia ser impedido de tentar se desculpar.
Nervoso, ao perceber que Cláudia estava parada, perguntou-lhe se não diria nada.
Silêncio.
Lucindo perguntou-lhe se não se lembrava mesmo de nada.
Cláudia respondeu que não.
Lucindo pediu para que tentasse se lembrar. Argumentou que era muito importante.
Cláudia nervosa, respondeu-lhe que não.
Chorando, disse que não queria se lembrar de nada. Estava cansada desta história. Falou que não sabia por que tinha que passar por tudo o que estava passando. Relatou que não aguentava mais falar no assunto.
Lucindo, ao perceber isto, desculpou-se. Argumentou que as coisas deviam estar bem difíceis para ela e para Lúcio.
Abraçou a moça.
Cláudia não reagiu.
Lucindo disse que poderia chorar tudo o que tivesse vontade de chorar. Disse que poderia bater-lhe se tivesse vontade.
Cláudia soluçava.
Tomava pela raiva, empurrou-o, disse que sumisse de sua vida. Argumentou que ninguém prestava. Perguntou qual a finalidade de se magoar alguém. Por que criar uma falsa expectativa, e depois frustrar alguém? Que prazer mórbido haveria em prejudicar as pessoas?
Lucindo argumentou que nunca tivera a intenção de magoá-la.
Cláudia argumentou que as pessoas nunca tinham a intenção de magoar, mas mesmo assim magoavam.
Lucindo se desculpou.
Prometeu que nunca mais a magoaria.
Cláudia pediu para que saísse de seu quarto.
Lucindo concordou. Disse porém, que a conversa ainda não havia acabado.
Nisto, saiu do quarto. Ao sair, encostou a porta.
Lúcio o viu sair do quarto em prantos.
Lucindo não o viu.
Acenou para Ana e saiu da casa.
Nos dias que se seguiram, ao sair de casa, Cláudia notou que alguém rondava sua casa.
Preocupada, observava o movimento na rua. Somente quando se certificava que tudo estava calmo, saía de carro de sua residência.

Certo dia, ao sair da faculdade, Lucindo notou alguém cercando o carro de Cláudia.
Percebendo isto, gritou. Perguntou se a pessoa havia perdido alguma coisa ali.
O estranho, ao notar que havia sido descoberto, saiu correndo.
Lucindo aproximou-se do carro da moça. Não viu nada de errado.
Nisto, Cláudia se aproximou do veículo.
Ao ver Lucindo por ali, perguntou-lhe o que estava fazendo perto de seu carro.
Nervoso, o homem comentou que um estranho estava perto de seu carro.
Cláudia espantou-se. Perguntou-lhe se agora era dado a dizer mentiras.
Lucindo ofendeu-se. Tanto que respondeu:
- Um momento! Eu nunca fui dado a mentiras! Você não pode falar isto.
Cláudia ia entrar no carro, mas Lucindo segurou seu braço. Argumentou que deveria tomar cuidado e ver se não haviam levado nada.
A mulher olhou-o com raiva.
Lucindo então soltou seu braço.
Cláudia abriu então a porta de seu carro.
Lucindo ficou observando a mulher sair do estacionamento.
Preocupado, resolveu entrar em seu carro e ir atrás.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

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