Lúcio comentou que estava namorando Patrícia há mais de um ano. Sem jeito, comentou que precisava dar um passo a frente. Mencionou que não era mais criança.
Lucindo ao ouvir isto, concordou. De fato Lúcio não era mais criança. Contudo deveria tomar cuidado para não fazer uma criança.
Ao ouvir isto, o garoto comentou que sabia muito bem o que era método anticoncepcional, e que sabia usar uma camisinha. Ironizou dizendo que eram os pais que não deviam conhecer métodos contraceptivos, já que estavam no segundo filho sem planejamento.
Lucindo caiu na risada.
- Tem razão. - comentou – Não sou exemplo para você. Aliás, eu e sua mãe somos um péssimo exemplo.
Lúcio concordou.
Comentou irônico, que não queria seguir o exemplo dos pais. Mencionou que não era mais criança, mas também era muito novo para ser pai.
Lucindo concordou.
Cláudia por sua vez, ao tomar conhecimento do fato, ficou contrariada. Argumentou que ele era muito novo para isto.
Lucindo lhe disse que não era. Argumentou que os garotos começavam a vida sexual mais cedo que Lúcio.
Por fim, brincou com a namorada dizendo-lhe que estava com medo de ser avó.
Cláudia ficou revoltada.
- Você não tem mesmo jeito!
Lucindo riu.
Por fim, o homem conversou novamente com Lúcio sobre o tema.
Disse-lhe para que não fizesse nada se sentindo pressionado. Comentou que no início era normal se atrapalhar um pouco, mas que com o tempo, acabariam se acertando.
Envergonhado, recomendou-lhe que usasse camisinha. Falou um pouco sobre pílula, mas constrangido, pediu para que falasse com Cláudia para obter maiores explicações.
Lúcio achou graça no constrangimento de Lucindo.
Chegou a lhe dizer que sua inexperiência o deixava nervoso.
Lucindo ao ouvir isto, pediu a Lúcio que o respeitasse.
O garoto disfarçou a vontade de rir.
Ao término da conversa, o homem saiu do quarto do filho.
Lucindo comentou com Cláudia que Lúcio estava muito confiado. Reclamou do garoto tê-lo chamado de inexperiente. Comentou:
- Ora só, daqui a pouco ele vai querer me dar aulas de educação sexual.
Cláudia caiu na risada ao ouvir as palavras do namorado.
Foi o bastante para deixar Lucindo ainda mais aborrecido.
Ao perceber isto, Cláudia beijou o rosto do moço.
Disse-lhe para que não ficasse nervoso, pois Lúcio estava apenas brincando.
Beijou-o novamente.
Irônica, disse que ele tinha sim, uma vasta experiência.
Acariciou seu rosto e lhe disse que com ele, ela teve a maior experiência de sua vida. Descobriu o que era ser amada de forma incondicional.
Beijou os lábios do namorado.
Lucindo segurou-a nos braços.
Lúcio e Patrícia continuaram estudando juntos.
Romântico, o garoto entregou-lhe um bilhete onde declarava o quanto gostava dela, e o quanto estava feliz por estar ao seu lado.
Mais tarde, o rapaz, pediu licença a Patrícia.
Disse que iria resolver algumas coisas na rua, mas que voltaria logo.
Patrícia perguntou-lhe se não seria melhor ir embora e voltar mais tarde.
Lúcio disse-lhe para não se incomodar.
Assim, a garota continuou estudando no quarto do garoto.
Lúcio então, correu até uma floricultura, onde comprou um buquê de flores para a namorada.
Entrou sorrateiramente no quarto, para que a moça não percebesse.
Passou a seu lado e lhe mostrou o buquês de flores vermelhas.
Patrícia ficou encantada com o presente. Agradeceu a gentileza.
Nisto, Lúcio pediu-lhe que guardasse o livro, pois iriam passear.
Patrícia atendeu ao pedido, guardou seu material escolar.
Quando a garoto perguntou-lhe onde iriam, Lúcio recordou-lhe de uma conversa que tiveram há algum tempo atrás.
Patrícia pareceu não entender.
Constrangido, Lúcio a abraçou. Beijou-a.
Disse que precisavam ficar um pouco a sós. Comentou que já estava na hora de terem algo mais sério.
Patrícia indagou:
- Ora, e o que nós temos não é sério?
Lúcio ficou nervoso.
Disse que não era nada disto. Tímido comentou apenas que queria ter mais intimidade com ela.
A primeira vez que a garota ouviu esta conversa, tentou disfarçar, mas ficou visível seu constrangimento.
Lúcio percebendo isto, o garoto lhe pediu desculpas. Beijou-lhe o rosto.
Falou-lhe que não queria que ficasse constrangida.
Patrícia tentando se recompor, disse que não havia ficado constrangida. Argumentou que estavam namorando há algum tempo e que isto mais cedo ou mais tarde, acabaria acontecendo.
Lúcio ao ouvir as palavras da moça, comentou que achava que a hora já havia chegado.
Patrícia não sabia o que responder.
Nervosa, disse que precisava de um tempo para pensar.
Lúcio ao ouvir as palavras da moça, ficou sem jeito.
Pediu-lhe desculpas. Disse que não queria pressioná-la.
Patrícia pôs a mão em seu rosto.
Disse que não se sentia pressionada. Apenas queria um tempo para pensar.
Lúcio concordou.
Nos dias que se seguiram, a moça respondia que estava pensando no assunto.
Impaciente, Lúcio perguntou-lhe algumas vezes se já havia chegado a alguma conclusão.
Continuou a lhe oferecer flores.
Ultimamente, todas vermelhas.
Agora Patrícia estava diante do moço.
Perguntou-lhe para onde ele a levaria.
Lúcio com toda a delicadeza, segurou suas mãos e lhe contou o que estava planejando.
Patrícia espantou-se:
- Hoje?
Lúcio respondeu:
- Sim, hoje. Mas não precisa ser necessariamente hoje se você não quiser. Não quero que se sinta pressionada.
Nervosa a moça o abraçou.
Lúcio a beijou novamente.
Ao término do beijo, o garoto perguntou-lhe se poderia levá-la para um passeio.
Patrícia assentiu com a cabeça.
O garoto disse novamente para que deixasse seu material em casa. Prometeu que lhe entregaria no dia seguinte na entrada da escola.
Nisto, saíram da casa.
Caminharam pela rua de mãos dadas.
O garoto a levou para a casa de Lucindo.
Ao lá chegar, a moça se espantou.
Lúcio respondeu que não havia problema. Explicou que estava com as chaves da casa e que Lucindo e os tios não voltariam tão cedo para casa.
Patrícia ficou constrangida ao saber que outras pessoas sabiam da combinação.
Lúcio disse-lhe então para não se preocupar. Falou que ninguém sabia de nada.
Patrícia não parecia muito convencida, mas procurou disfarçar.
Lúcio abriu a porta.
Pediu para que entrasse.
A moça olhou em volta e entrou.
Lúcio mostrou-lhe a sala, indicou-lhe o corredor.
Ao chegarem ao quarto de Lucindo, o rapaz abriu a porta para a moça.
Pediu para que entrasse.
Patrícia entrou.
Qual não foi sua surpresa ao ver a cama enfeitada com flores.
Percebeu o porquê da demora. Sorriu para ele.
Lúcio entregou-lhe outro buquê de flores.
O outro a moça deixou na casa do moço.
Lúcio fechou a porta.
Patrícia e ele beijaram-se.
O garoto começou a despir a moça.
Deitaram-se.
Mais tarde, Patrícia levantou-se. Estava usando a camiseta de Lúcio.
O garoto estava enrolado no lençol.
Lúcio despetalou algumas flores e jogou no corpo da namorada.
Patrícia sorria.
Tempos depois, a moça foi ao banheiro se vestir.
Lúcio se vestiu no quarto.
Ao sair do banheiro, a moça lhe devolveu a camiseta.
Os dois riram juntos.
Lúcio ofereceu-lhe um lanche.
Patrícia aceitou.
O garoto então separou pão de forma, frios. Procurou algo para beber na geladeira. Encontrou uma garrafa de refrigerante.
Lúcio preparou o lanche.
Disse que Patrícia iria comer o melhor lanche da cidade. Melhor do que os lanches servidos em bares e lanchonetes.
O garoto, pegou queijo, mortadela, presunto, alface, tomate, azeitona.
Patrícia achou curiosa a mistura.
Por fim, o garoto colocou os lanches em pratos e serviu o refrigerante.
Patrícia agradeceu.
Deu uma mordida no lanche. Apreciou o gosto. Tanto que elogiou.
Lúcio gostou do elogio.
- Faço o que posso. - respondeu.
O casal conversou um pouco. Riu. Comeu o lanche, bebeu o refrigerante.
Por fim o moço guardou as coisas. Frios, refrigerante.
Lavou a louça que usou.
Patrícia enxugou.
O garoto guardou a louça.
Brincou dizendo que precisava arrumar o quarto.
Patrícia o ajudou na arrumação.
Lúcio pegou as flores e colocou-as numa cesta.
Retiraram o lençol e trocaram por outro.
Lúcio colocou a roupa de cama para lavar.
Por fim disse:
- Nem um vestígio de que estivemos aqui!
Nisto beijou a namorada no rosto.
Saíram da casa.
Lúcio trancou tudo.
Levou a moça até sua casa.
Beijou-a novamente. Desejou-lhe que dormisse com os anjos.
Patrícia retribuiu com um beijo. Agradeceu.
Entrou em casa.
Virou-se e acenou para Lúcio.
Por fim, o moço voltou para casa.
Lúcio entrou em seu quarto e se deparou com o buquê de flores.
Pegou o vaso encheu de água e colocou as flores dentro.
Colocou o material de Cláudia ao lado de sua mochila.
Em seguida deitou-se em sua cama.
Recordou-se da tarde passada ao lado de Patrícia.
Olhou para o teto. Sorriu.
Quando Olegário e Juliana entraram em casa, perceberam que tudo estava nos seus lugares, exceto a roupa de cama de Lucindo, que havia sido trocada.
Lucindo ao voltar para casa, também percebeu a troca da roupa de cama.
Ao ver o garoto, o homem comentou que ele estava de parabéns. Não fizera bagunça. Deixou tudo no lugar, e ainda trocou a roupa de cama.
Lucindo o parabenizou. Comentou que ele havia se comportado como um perfeito cavalheiro.
Curioso, seu pai perguntou-lhe se tudo havia dado certo.
Lúcio rindo, respondeu-lhe que estava sendo indiscreto.
Lucindo também riu.
Comentou que ele não precisava entrar em detalhes.
Nisto Lúcio disse que parecia que tudo havia corrido bem. Mencionou que se sentia feliz e que Patrícia também parecia estar.
Lucindo abraçou o garoto.
Comentou que o garoto havia crescido e ele nem havia percebido.
Quando Cláudia soube da novidade, perguntou a Lucindo se ele havia tomado todos os cuidados, todas as precauções.
O homem riu.
Cláudia perguntou-lhe o porquê do riso.
Lucindo comentou que ela era muito ciumenta.
Cláudia não gostou do comentário.
Argumentou que estava apenas preocupada com o bem estar de Lúcio. Disse que não queria que ele repetisse sua história.
Lucindo abraçou a namorada.
Comentou que não havia este risco, pois Lúcio era mais responsável que ela e ele juntos.
Cláudia então se apercebeu da situação. Grávida, prestes a ter seu segundo filho.
Começou a rir.
Reconheceu que não estava em condições de recriminar o filho.
Lucindo comentou que seu comportamento era natural. Mencionou que ele era mais responsável que a maioria dos garotos de sua idade.
Cláudia concordou.
Reconheceu o trabalho da mãe. Indagou se seria capaz de criar tão bem a criança que estava gerando, quanto sua mãe havia criado Lúcio.
Lucindo respondeu-lhe que não tinha a menor dúvida de que ela seria uma ótima mãe.
Cláudia estava preocupada.
Dizia que não era tão jovem.
Lucindo argumentava que tudo daria certo.
Abraçava a esposa.
Sempre que podia, a acompanhava nas consultas.
Na universidade, ao saberem da gravidez da moça, todos a parabenizaram.
As alunas ao saberem quem era o pai do bebê, diziam que ela havia tirado a sorte grande.
Cláudia achava graça.
A moça continuou correndo no parque, mesmo depois de confirmada a gravidez.
Certo dia, Lucindo ao vê-la com roupa de ginástica, pronta para correr no parque, censurou-a.
Argumentou que estava grávida, e que não deveria fazer esforço.
No que Cláudia respondia:
- Consultei o médico. O doutor disse que não havia problemas desde que feito com moderação. Ora, Lucindo, estou acostumada a correr. Não será isto que irá me fazer mal.
Lucindo não se convencia.
A mulher então, tentando tranquilizá-lo, mencionou que se sentisse qualquer coisa, pararia na mesma hora.
Nesta época a moça estava com poucos meses de gravidez.
Lucindo tentou convencê-la a não correr, mas não conseguiu.
Só restou acompanhá-la na atividade.
O casal corria juntos. Mesmo antes da gravidez de Cláudia.
Com efeito, mesmo com meses de gravidez, a moça continuou a correr.
Depois, substituiu as corridas por caminhadas.
Lucindo a acompanhava.
Tempos depois, nasceu a criança.
Uma menina de nome Clara.
Lucindo ficou todo coruja ao segurar a menina nos braços.
Comentou que iria cuidar dela com todo o cuidado.
Ana e Jacinto também ficaram encantados com a neta.
A todo o momento diziam que ela era linda.
Lúcio ao ver a criança pela primeira vez, comentou que ela tinha cara de joelho.
Cláudia achou graça.
Lucindo argumentou que Clara era linda, e que nem de longe ela tinha cara de joelho.
Lúcio retrucou dizendo que tem pai que é cego.
Todos caíram na risada.
Letícia e Leandro foram visitar Cláudia e Lucindo. Conheceram a criança.
A moça ficou encantada com a criança.
Comentou que tentaria ter uma menina.
Cláudia sorriu.
Letícia presenteou a amiga com uma roupa de cama para o bebê.
Leandro conversou com Lucindo.
O marido de Letícia deu dicas a Lucindo, sobre como cuidar do bebê.
Lucindo por fim, comentou:
- Como a vida é engraçada, não é mesmo? Eu tenho um filho adolescente, mas não sei nada do que é cuidar de um bebê. Já você, pai de primeira viagem, tem mais experiência do que eu. Chega a ser irônico.
Leandro começou a rir.
Lucindo também.
Ana preparou um almoço.
Letícia e Leandro almoçaram com a família. Assim como Leonardo.
Lucindo pegou a criança no colo. Mas assim que a segurou, o bebê começou a chorar.
Leandro pegou o filho e começou a embalá-lo.
Lucindo ficava admirado com sua habilidade.
Dizia que quando crescesse, queria ser igual a ele.
Todos riram.
Mais tarde, o casal se despediu.
Cláudia e Lucindo, por seu turno, estavam bastante atrapalhados.
Para fazer a criança dormir era uma dificuldade.
Cláudia e Lucindo se revezavam nesta tarefa.
Ana às vezes ajudava o casal.
Embalava a criança. Cantava canções de ninar.
Dizia que cuidar de Clara a fazia lembrar dos tempos em que cuidava da filha, e também do neto.
Lúcio também ajudava a cuidar da criança.
Cláudia levavam a criança para passear pelo bairro.
Era comum ver as mães empurrando o carrinho com seus bebês.
Paravam, conversavam.
Certa vez, Cláudia encontrou Fabrício.
O rapaz espantou-se ao vê-la empurrando um carrinho de bebê.
Cláudia apresentou-lhe seu filho.
Fabrício desconcertado, comentou que estava noivo, e que em breve iria se casar.
A mulher ao ouvir as palavras do moço, parabenizou-o. Desejou-lhe muitas felicidades.
Fabrício também a parabenizou pela criança.
Quando Cláudia comentou que viu Fabrício circulando pelo bairro, deixou Lucindo um tanto enciumado.
O homem perguntou irritado:
- Agora ele vai ficar te rondando?
Cláudia riu. Disse que ele a viu com Clara.
Mencionou que ele sabe que estão juntos e que teve um filho. Comentou que ele estava noivo.
Lucindo ao ouvir estas palavras, acrescentou:
- Assim, espero! Que se case e seja muito feliz. Bem longe daqui.
Cláudia teve que se segurar para não rir.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Poesias
quinta-feira, 22 de julho de 2021
DELICADO - CAPÍTULO 32
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