Mais tarde, Carlos e Angélica foram conduzidos pelo motorista para o Porto de Santos.
Viajariam de navio para a Europa.
Carlos aproveitou para passear com a jovem esposa pela Torre Eifel, pelo Vale do Loire, com seus imponentes castelos.
Em Paris, visitaram o Cemitério Peré Lachaise, os prédios antigos, os cafés. A Torre Eiffel, o Champs Elisées, os museus.
O moço aproveitou para presentear a esposa com perfumes, jóias, e roupas de alta costura.
Angélica parecia encantada com tudo.
A lua-de-mel transcorreu as mil maravilhas.
A moça estava encantada com as novidades. Nunca havia estado antes na Cidade Luz.
Em cartas escritas aos pais, a moça escreveu contando sobre as novidades, os passeios.
Ao ler o conteúdo das missivas, Francelino tranqüilizou-se.
Pela primeira vez, confessou a esposa que sentia que o casamento de Angélica seria feliz. Preocupado, confessou que temia pelo futuro do casamento da filha com Carlos.
Ângela por sua vez, respondeu que tinha certeza que tudo daria certo, já que o moço estava empenhado e com as melhores intenções. E assim, o casamento de Angélica com o jovem, só poderia resultar em um grande êxito.
Atencioso, Carlos atendia a todos os caprichos da moça.
Angélica por sua vez, adorava ser paparicada. Adorou freqüentar os museus, teatros. Almoçavam e jantavam nos melhores restaurantes, assistiam a espetáculos musicais.
Visando impressionar a moça, Carlos presenteou a jovem, com um lindo anel de rubi.
Disse-lhe para que sempre o usasse. O moço comentou então, que sempre que a visse utilizando a bela jóia, saberia que ela estava pensando nele.
Gentil, a moça sorriu para ele.
A noite, o casal passeava pela cidade, caminhavam pelo Arco do Triunfo, pelos belos monumentos da cidade. Passearam pelos arredores do Rio Sena.
Angélica gostava dos plátanos. Encantou-se com a região de Champagne.
Carlos por sua, dizia-lhe que no que dependesse dele, a vida deles seria uma eterna maravilha repleta de eventos inesquecíveis.
O moço por sua vez, também escreveu aos pais. Contou através de cartas, que estava deveras feliz, por se encontrar ao lado de Angélica. Que a jovem lhe correspondia os afetos, e que a estranheza inicial resultara talvez, em admiração.
Nisto, os dias se passaram alegres.
O casal visitou o Vale do Loire, e Angélica se encantou com os castelos.
Comentou sorrindo, que se sentia vivendo um conto de fadas.
Quando chegou o momento de voltar, Angélica lamentou a partida. Respondeu que estava gostando muito do passeio e que gostaria de poder ficar mais um pouco.
Carlos sorriu.
Disse que precisavam voltar a São Paulo, pois tinha muito trabalho esperando por ele. Comentou também, que assim que pudessem, poderiam voltar ao país, e até conhecer outras paragens do velho continente.
Ao ouvir isto, os olhos de Angélica brilharam.
Segurando as mãos da moça, Carlos prometeu que dali um ano, voltariam para comemorarem um ano de casados.
- Promete?
- Sim, eu prometo. – respondeu o moço, beijando as mãos da moça.
Mais tarde, o casal retornou ao Brasil, em viagem de navio.
Durante a viagem, o casal dançou nos magníficos jantares preparados no navio. Conversaram. Passearam pelo convés do navio.
Nadaram na piscina.
Ao perceber que a piscina era funda, Angélica argumentou que não queria entrar, pois não sabia nadar.
Carlos, percebendo o temor da esposa, insistiu para que ela entrasse na piscina. Argumentou que a seguraria.
Angélica porém, permanecia receosa.
Carlos por sua vez, saiu da piscina, segurou-a pelo braço e conduziu-a até a borda.
Nisto, entrou novamente na piscina, empurrando-a para dentro.
Angélica caiu dentro d’água, sendo segurada pelo moço.
Surpresa com o empurrão, insistiu para que ele a tirasse da água.
No que ele recusou. Disse que ela deveria se acalmar pois ele a ensinaria a nadar.
Angélica então, percebendo que não adiantaria continuar se debatendo, concordou em permanecer na piscina, desde que ele não a soltasse.
Sorrindo, o moço disse que por nada no mundo, a soltaria.
Nisto, deitou-a sobre as águas, como para ensiná-la a boiar.
Transmitindo segurança a moça, Carlos foi lhe explicando como ela tinha que fazer para permanecer a tona.
Aos poucos, ensinou-lhe a nadar.
Nisto, o moço comentou que quando retornassem ao Brasil, ela poderia fazer aulas de natação.
Ao ouvir isto, Angélica beijou o rosto do rapaz, que ficou emocionado com o gesto.
Luciana Celestino dos Santos
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Poesias
quinta-feira, 4 de março de 2021
A FLOR DO ALTO - CAPÍTULO 8
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