Poesias

quinta-feira, 18 de março de 2021

A FLOR DO ALTO - CAPÍTULO 18

Quando Cecília chegou de seu trabalho, ficou admirada com a presença de Jurema.
Abraçaram-se.
Jurema contou-lhe então, que o apartamento em que ela morara com Pedro fora alugado.
Ao ouvir isto, Cecília ficou perplexa.
Isto por que o apartamento estava no nome dela e de Pedro.
Ao pensar nisto, chegou a conclusão de que somente com a autorização de Pedro, o imóvel poderia ser alugado.
Com isto, o quarteto jantou.
No dia seguinte, Jurema passou a tarde cuidando dos meninos, verificando seus cadernos.
Recomendou-lhes que fizessem os deveres de casa.
Mais tarde, os meninos brincaram com carrinhos de madeira, um peão, e uma bola de capotão.
Cecília, antes de sair para o trabalho, recomendou para que não voltassem sozinhos da escola.
Disse-lhes que Jurema iria buscá-los no final da aula.
Com efeito, ao término das aulas, lá estava Jurema.
E assim, os meninos fizeram o caminho de volta para casa, brincando e conversando com a mulher.
Ao avistarem uma vitrine repleta de doces, os meninos pediram a Jurema para comer um doce de abobora.
Jurema, ao se ver diante do olhar pidonho dos meninos, capitulou.
Comprou dois doces, mas recomendou que não se acostumassem, pois não poderia comprar doces todos os dias.
Eli e Francisco, ao se verem com os doces na mão, agradeceram.
E assim, se seguiram os dias, com o trabalho de Cecília no escritório, para onde ia, sempre impecavelmente vestida. Pegava um ônibus e se dirigia ao trabalho.
Os meninos iam a escola, participavam das aulas, onde tinham noções de matemática, alguns fatos históricos.
Francisco e Eli faziam desenhos, e às vezes faziam lembrancinhas alusivas a alguma data comemorativa.
No dia das mães fizeram um cartão, onde foram colocadas mensagens de felicitações sobre o dia.
Quando Cecília recebeu os presentes, ficou felicíssima.
Agradeceu o carinho e o capricho.
Comentou que a escola estava de parabéns por estimular com que as crianças aprendessem trabalhos artesanais.
Jurema preparou um almoço especial. Providenciou até flores para a data.
Emocionada, Cecília agradeceu o carinho de todos. Relatou que aquele era um dia muito especial para ela.
Almoçaram carne, salada.
Desta forma, Cecília e os meninos brincaram enquanto Jurema lavava a louça e limpava a cozinha.
Mais tarde, o quarteto foi ao cinema.
Foram assistir a mais um filme da Disney.
Jurema se ocupava dos meninos, levava e buscava os meninos na escola.
Enquanto os meninos se ocupavam dos estudos, na escola e em casa, fazendo os deveres escolares, Jurema aproveitava para lavar e passar roupa. Limpava a sala de estar, de jantar, o banheiro, os quartos, a cozinha, a área de serviço. Preparava as refeições.
Para Eli e Francisco, Jurema era uma cozinheira quase tão boa quanto sua mãe.
A mulher ficava satisfeita quando ouvia o elogio.
Cecília a esta altura, estava organizando os arquivos do escritório.
Por conta do aumento no volume de trabalho, voltava sempre a noite para a casa.
Em razão disto, os meninos começaram a reclamar da ausência da mãe. Diziam-lhe que estava trabalhando muito.
Cecília então explicava que era uma situação transitória, e que depois de organizar os arquivos voltaria a normalidade.
Eli e Francisco porém, reclamavam. Diziam que ela iria se esquecer deles.
Cecília ao ouvir isto, respondeu que jamais se esqueceria deles, e que trabalhava tanto, para proporcionar-lhes uma vida confortável.
Nesta época, houve dois passamentos na família de Pedro.
Primeiramente a morte de Francelino, que já vinha enfrentando problemas de saúde.
Meses mais tarde, Ângela faleceu.
Angélica ficou arrasada.
Carlos consolou-a.
Dizendo que sabia pelo que estava passando, relembrou que passara por situação semelhante quando seus pais faleceram.
Nisto o casal se abraçou.
Nos velórios de ambos, compareceu a família de Cecília. Eduardo e sua esposa Roseli, Márcia, Eleanor e Irineu.
A família da moça desejou condolências.
Preocupado com a tristeza da esposa, Carlos nem se lembrou de perguntar aos pais de Cecília onde a moça estava.
Tal fato foi observado por Eleanor e Irineu, ao retornarem para casa.
Márcia já era uma bonita moça, freqüentando o curso normal.
Eleanor, em conversa com Angélica, disse-lhe que a jovem estava se preparando para ser normalista.
Angélica parabenizou a mulher.
Fabrício, ao saber do ocorrido, compareceu no velório dos avós.
Comentou pesaroso com sua mãe, que lamentava a perda. Considerava-os pessoas muito especiais.
Pedro, ao tomar conhecimento do falecimento dos avós, apareceu na mansão dos pais.
Interessado no patrimônio deixado pelos avós, perguntou diretamente a Carlos, se os avós não haviam deixado alguma herança para ele.
Carlos, ao ouvir as palavra do rapaz, perguntou-lhe onde estava que não compareceu nem no enterro deles. Ressaltou que ele não vira o enterro do avô e tampouco da avó, o qual ocorrera recentemente.
Seu pai perguntou-lhe onde andava, por que abandonara a família, por que desistira da esposa e dos filhos. Argumentou que não o reconhecia mais, que aquele não era o filho que havia criado.
Irritado, Pedro disse que não estava interessado em volteios, e sim na situação jurídica do patrimônio dos avós.
Irritado, Carlos respondeu que o testamento ainda não fora aberto e que somente após a abertura do mesmo, saberia quais eram as disposições testamentárias.
Argumentou que o filho, sendo bacharel em direito, deveria saber destas formalidades.
Nisto Pedro perguntou se Diva e Odair não haviam deixado nenhum patrimônio, nada para ele.
Carlos aborrecido respondeu que o testamento de seus avós paternos já haviam sido lidos há muito tempo, e que ele estava cansado de saber que Diva e Odair, haviam deixado a herança para o filho e esposa.
Pedro nervoso, argumentou que também fazia parte da família.
Carlos com desdém, comentou que o curioso era que somente naquele momento ele se lembrava disto.
Disse que estava decepcionado com ele.
- Comigo! Ora vejam! Comigo! Que me casei, constitui família, deixei herdeiros ... e Fabrício, que não se casou, que vive em noitadas. Ele é motivo de orgulho? – comentou Pedro com rancor.
Carlos respondeu que muito embora ele tenha se casado com Cecília, abandonou a esposa e os filhos. Argumentou que depois da briga, nunca mais vira os meninos. Tampouco demonstrou interesse em vê-los.
Pedro retrucou dizendo que os meninos estavam bem. Mencionou que Cecília sempre fora melhor mãe do que ele fora pai.
Carlos concordou. Disse também que ele não era um bom pai, pois não soubera criar seu filho mais velho. Amargurado, respondeu que Pedro só lhe dava desgosto.
Revoltado, o homem retrucou dizendo que se o filho que só trazia desgosto a ele, iria sumir.
Pedro mencionou que eles só voltariam a se encontrar no momento da leitura do testamento.
Com efeito, no momento da leitura do testamento, feito em casa de Angélica e de Carlos, descobriu-se que o casal deixara alguns bens para Fabrício.
O moço, que havia comparecido a leitura do testamento a pedido da mãe, ficou surpreso.
Pedro, que também esperava ser mencionado ao menos como legatário, ficou desapontado, ao ver que os avós não lhe legaram nada. Nem as jóias de Ângela foram deixadas para ele.
Para Angélica, ficou a maior parte do patrimônio.
Nos dias seguintes foram tomadas as providências burocráticas para a transferência da titularidade dos bens deixados para Fabrício para seu nome, e também, para os bens deixados para Angélica.
O moço, ao se ver dono de casas no Rio de Janeiro e no Uruguai, ficou a pensar no que faria com tais bens.
Angélica recomendou-lhe alugar, ou até mesmo vender algumas propriedades, e investir o dinheiro em outros bens. Sugeriu-lhe até ações.
Fabrício ficou surpreso com a sugestão.
Brincando, disse a mãe estava se saindo uma mulher de negócios.
Rindo, Angélica comentou que embora não pudesse trabalhar, Carlos sempre a colocava a par de tudo o que acontecia em sua empresa, assim com seu pai fizera com sua mãe, Ângela, que embora não trabalhasse fora, sempre soube do andamento dos negócios da família.
Fabrício comentou que um dia, no que dia em que as mulheres tomassem as rédeas do mundo, a vida seria completamente transformada.
Angélica comentou que este era o curso natural das coisas.
Mais tarde, depois de umas visitas aos pais, o moço, usando da desculpa de que faria uma viagem a trabalho, despediu-se do casal.
Comentou que talvez precisasse ficar alguns meses fora.
Angélica perguntou-lhe então, se a viagem era realmente necessária.
Fabrício respondeu que sim.
Nisto, o homem arrumou suas malas.
Viajou para algumas cidades do interior do estado, até se deparar com a cidadezinha onde Cecília estava morando.
De fato, Fabrício estava a trabalho. Porém, aproveitando o ensejo, aproveitou para visitar a cidade onde a moça estava morando.
Quando Jurema se deparou com o moço batendo em sua porta, evitou atendê-lo.
Acreditava que evitando o homem, Fabrício acabaria desistindo, e voltaria para São Paulo.
O moço contudo, era persistente.
Durante três dias, bateu na porta de Jurema.
Certo dia, perguntou a um vizinho se não havia ninguém em casa, sendo informado que havia uma mulher e duas crianças na casa.
Quando Eli e Francisco souberam que se tratava de Fabrício, pediram para que Jurema o deixasse entrar.
Jurema porém, exigiu que os meninos se calassem e ficassem em seu quarto.
Eli e Francisco, mesmo contrariados, obedeceram a ordem.
Nisto, Fabrício, que não se dera por vencido, ficou espreitando a casa.
Certa vez, ao ver Cecília se dirigindo para a casa, caminhou discretamente em sua direção, surpreendendo-a, no momento em que abria o portão da casa.
A moça então, olhou-o assustada.
Fabrício, dizendo que não queria prejudicá-la, pediu para abrir a porta para ela.
Trêmula a moça deixou-o entrar.
Ao entrar na residência, o moço cumprimentou as crianças e perguntou a Jurema se ela estava bem.
A mulher surpresa, respondeu que sim.
Jurema pediu então aos meninos, para que deixasse a mãe a sós com o tio.
Eli e Francisco tentaram retrucar, mas ao perceberem o olhar severo de Jurema, trataram de se dirigir ao quarto.
Jurema argumentou que se fosse possível, mais tarde poderiam conversar com o moço.
Os meninos reclamaram, mas tiveram que acatar as ordens da mulher.
Jurema era uma segunda mãe para eles, e tinha autoridade sobre os mesmos.
Tanto que Eli e Francisco não ousaram desobedecer as ordens.
Nisto Cecília e Fabrício ficaram conversando.
O moço, percebendo o nervosismo da jovem, comentou que não estava ali para atrapalhar sua vida e tampouco iria contar a seu pai, onde ela estava.
Segurando as mãos da moça, contou que conhecia sua luta, que sabia que as coisas não andavam nada fáceis para ela, e entendia o fato de haver sumido de São Paulo. Relatou que descobriu que Carlos a ameaçara alegando que tiraria a guarda dos meninos.
Fabrício questionou apenas o fato dela não haver-lhe contado os fatos, e por que não lhe pedira ajuda. Por que não contara que iria sumir da cidade?
Cecília começou a chorar.
Preocupado, Fabrício pediu para que ela se acalmasse.
Como a moça não parasse de chorar, Fabrício pediu licença para ir a cozinha e ficou procurando onde ficavam os copos, o bebedouro com água, e o açúcar.
Desajeitado, preparou uma água com açúcar para a moça.
Cecília, com as mãos trêmulas, segurou o copo, e após alguma insistência de Fabrício, sorveu o líquido.
Fabrício então, insistindo para que se acalmasse, disse-lhe que ela não deveria temê-lo.
Cecília foi se acalmando.
Fabrício percebendo que a moça ia se tranqüilizando aos poucos, disse-lhe que Carlos não sabia que onde ela estava. Prometeu-lhe que iria ajudá-la.
Cecília, tentando coordenar as palavras, perguntou-lhe como havia descoberto sua localização.
Fabrício explicou-lhe que contratara os serviços de um detetive particular.
Dizendo querer se precaver contra as ameaças de Carlos, decidiu se antecipar e tratou logo de contratar os serviços de um profissional. Contou que conversava semanalmente com o detetive para se inteirar dos progressos.
Quando finalmente descobriu que havia se instalado em uma cidade do interior do estado, aproveitou uma viagem de negócios, e se dirigiu a cidade onde estava.
Cecília ao ouvir o relato, tornou a ficar nervosa.
Aflita, disse que Carlos já sabia onde estava, e que precisava arrumar suas coisas e sair o quanto antes dali.
Fabrício, percebendo a exaltação da moça, insistiu em dizer-lhe que não havia perigo.
Comentou que Carlos pensara em partir em seu encalço mas que ele, combinado com Eleanor, Irineu e seus irmãos, conseguiram convencer o homem de que ela poderia estar em casa de parentes, em outra região do país.
Cecília parecia não compreender as palavras do jovem.
Fabrício então, agachou-se e explicou em detalhes a moça, o plano que engendrara, auxiliado pelos parentes da moça.
A jovem parecia não acreditar no que estava ouvindo.
Quando Fabrício frisou que até Irineu participara do plano, a moça sorriu.
Tornou a chorar.
Fabrício aflito, perguntou:
- Oh meu Deus! Pra que chorar?
Cecília explicou que não estava chorando de tristeza. Argumentou que estava feliz por seu pai ajudá-la.
Fabrício abraçou-lhe.
Mais calma, Cecília falou a Fabrício que não poderia permanecer na cidade.
Fabrício, dizendo que seria questão de tempo para Carlos encontrá-los, relatou que os auxiliaria desta vez.
Argumentou que havia recebido uma herança dos avós, e que após as providências de praxe, se tornara proprietário de alguns imóveis, os quais pretendia vender.
Comentou que possuía alguns bens no exterior.
Pensando nisto, o homem chegou a conclusão de que a melhor solução, seria que ela e os filhos fossem para o exterior.
Cecília ficou surpresa com a idéia.
Fabrício então, tentando convencê-la, argumentou que estando no Brasil, seria mais fácil para Carlos encontrá-los. Relatou que vivendo no exterior, ficariam longe da perseguição do homem. Alegou que poderiam viver em paz.
Mais tarde, depois de fazer os meninos dormirem, não sem antes conversar muito com os garotos, Jurema retornou a sala.
Ao ouvir a proposta do rapaz, a mulher sugeriu a Cecília que aquela era uma boa proposta, e que ela não estava em condições de recusar.
Cecília tentou argumentar.
Jurema respondeu-lhe então, que seria questão de tempo Carlos localizá-los. Argumentou que se Fabrício descobrira seu paradeiro, não seria difícil para Carlos fazer o mesmo.
Fabrício concordou.
Disse que o pai era muito determinado, para o bem, ou para o mal.
Brincando, disse que sua mãe sabia muito bem disto.
Jurema perguntou-lhe o que ele estava querendo dizer com aquelas palavras.
O moço respondeu que um dia, quando tudo estivesse mais calmo, explicaria melhor a frase.
Nisto, perguntou como estavam as crianças.
Cecília respondeu que estavam bem.
Fabrício, ao obter a concordância da moça, se comprometeu com os preparativos.
Recomendou que a moça prosseguisse com sua rotina.
Disse-lhe para que não se preocupasse.
E assim, Cecília continuou indo para seu trabalho.
Fabrício por sua vez, retornou a São Paulo.
Com efeito, antes de voltar a cidade, visitou os meninos e conversou com eles.
Para Eli e Francisco, conforme combinado com Cecília, disse-lhes que estava de visita, e que dali há alguns dias, voltaria para São Paulo.
Atencioso, o moço levou alguns doces para os meninos.
Eli e Francisco adoraram.
E assim, o moço brincou com os meninos por horas.
Em São Paulo, Fabrício retornou ao escritório.
Para vender alguns imóveis no Uruguai e no Rio de Janeiro, pediu afastamento do escritório onde trabalhava.
E assim Fabrício, se desfez de alguns imóveis.
Com o dinheiro ganho, investiu em um imóvel em outra localidade.
O restante do dinheiro foi depositado em uma conta em nome de Cecília.
Carlos por sua vez, cansado das evasivas da família Cordeiro, passou a investigar o paradeiro de Cecília. Decidiu contratar um novo detetive particular.
Cecília estava ansiosa.
A cada dia que Fabrício não dava notícias, ficava mais ansiosa.
Jurema, percebendo isto, dizia para que não preocupasse. Argumentava que o moço estava tomando todas as providências necessárias para a mudança.
Segundo Jurema, esta seria uma mudança definitiva.
Cecília dizia que esperava que sim. Argumentou que ficar o tempo todo se escondendo era muito desgastante.
Dias depois Fabrício enviou-lhe um telegrama informando que as providências estavam tomadas. Orientava que deveria preparar as malas, pois ele voltaria para buscá-la, dentro de poucos dias.
Cecília, ao ler o telegrama, ficou mais tranqüila.
Tratou logo de preparar as malas.
Conversando com Eli e Francisco, Cecília pediu para não contassem a ninguém que iriam partir.
Disse que seria um segredo deles.
Eli e Francisco concordaram.
Cecília, segurando as mãos dos meninos, perguntou-lhes se saberiam guardar o segredo.
Eli e Francisco responderam que sim.
Jurema e Cecília empacotaram objetos.
Conversaram com o locador do imóvel. Cecília informou-lhe que não poderia permanecer no imóvel até o fim do contrato.
O locador informou-lhe que deveria proceder ao pagamento de uma multa.
Cecília respondeu então que não teria condições de fazê-lo em dinheiro.
Diante disto, propôs ao homem, que ficasse com os móveis que guarneciam a casa.
A moça disse que os móveis foram adquiridos há muitos anos, mas eram bons, e estavam em bom estado.
Nisto o locador perguntou-lhe o por quê da mudança.
Cecília surpresa com a pergunta, respondeu que havia recebido uma proposta de emprego em outra cidade. Algo que lhe proporcionaria melhor salário e conforto para os filhos.
Desta forma, o homem não fez mais perguntas.
Concordou com a proposta.
Em seguida, a moça pediu demissão.
Seu patrão ficou surpreso com o pedido, mas Cecília, dizendo que precisava voltar para sua terra natal, argumentou que não poderia permanecer no emprego.
Ao homem, só restou concordar com a demissão.
Comentou que lamentava a demissão de uma de suas melhores funcionárias.
Cecília agradeceu a acolhida. Comentou que desde que se mudara para aquela cidade, só aconteceram coisas boas em sua vida.
Desta forma, despediu-se dos colegas e partiu.
Uma semana depois, a moça assinou o termo de rescisão.
Seu chefe pagou-lhe todas as verbas a que tinha direito.
Alguns dias depois, Fabrício voltou para a cidadezinha.
Cecília ao vê-lo, abraçou-o.
Fabrício, ao ser recebido com tanta cordialidade, ficou emocionado.
O moço perguntou-lhe então se suas malas estavam prontas.
Cecília respondeu que sim.
Fabrício, sorrindo, disse que estava tudo pronto. Comentou que havia comprado um belo imóvel para a moça, e que ela teria uma grande e bela surpresa em sua nova vida.
Cecília, curiosa, perguntou que surpresa seria esta.
Fabrício, fazendo mistério, comentou que ela só descobriria no momento certo.
Disse que Jurema poderia se juntar a eles se tivesse interesse.
Fabrício, perguntou as moças, se estavam bem.
Cecília e Jurema responderam que sim.
Mais tarde, Cecília, Fabrício, Jurema, Eli e Francisco, retornaram para São Paulo.
Lá, Fabrício providenciou passaporte para as mulheres.
E assim, o grupo seguiu para o Uruguai.
Viajaram de avião.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

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