Poesias

sexta-feira, 19 de março de 2021

A FLOR DO ALTO - CAPÍTULO 31

Olavo emendou então, dizendo que se ela quisesse, poderia retornar com o carro para a casa, devendo buscá-lo no horário do almoço, caso tivesse interesse em voltar antes para casa.
O moço comentou então, que Josie já sabia o caminho de volta.
Vilma perguntou então a jovem, se ela sabia dirigir.
Josie respondeu que sim, muito embora não segurasse um volante há algum tempo. Comentou que como morava perto do trabalho, abriu mão do carro.
Olavo retrucou dizendo que dirigir por aquelas paragens não tinha mistério.
Nisto a moça foi servida de um pouco de graspa.
Ao beber o líquido, a jovem começou a tossir.
Vilma recomendou-lhe que comesse algo.
Josie pegou um pedaço de pão e começou a mastigar.
Olavo, ao observar o tempo pela varanda da casa, recomendou a moça que tomasse um pouco mais da bebida, pois o tempo não estava nem um pouco amigável.
Vilma recomendou que a moça bebesse um pouco mais da bebida, vagarosamente.
Enquanto isto, preparou um lanche para ela comer.
Depois, devidamente alimentados, Josie, Olavo e Otaviano seguiram para o parreiral.
Enquanto os homens se ocupavam das uvas, verificando a qualidade das mesmas, e recolhendo algumas espécies para verificar mais atentamente o fruto, Josie estendeu uma toalha na relva e sentada, começou a ler um livro emprestado por Olavo.
Tratava-se da obra “O Tempo e o Vento” de Érico Veríssimo.
O moço respondeu-lhe antes de sair, que tinha a coleção completa da saga.
Brincando, o moço disse que agora ela teria que passar três meses por ali somente para ler a obra.
Mais tarde, os homens dirigiram-se para o local onde Josie estava.
Notaram que a moça estava entretida com a leitura.
Ao vê-la tão absorta, Otaviano chamou-a para comer.
Enquanto se alimentavam, perguntou a moça, se ela estava gostando da leitura.
Josie respondeu que sim.
Otaviano emendou que Érico Veríssimo, materializou em sua obra, o sentimento do que é ser gaúcho. Empolgado, comentou que era verdadeiramente um épico.
Josie respondeu que a obra era conhecida até por quem não era gaúcho. Relatou que sempre tivera vontade de ler a obra.
Otaviano argumentou que era sim, uma grande história.
Nisto, voltou-se para o filho dizendo-lhe que Otávio viria passar alguns dias na vinícola.
Olavo perguntou-lhe como estava o irmão.
Otaviano respondeu que parecia estar bem.
Serviram-se de um pouco de café.
A bebida estava acondicionada em uma garrafa térmica.
Enquanto sorviam a bebida, comiam um lanche.
Em seguida, voltaram ao trabalho.
Josie voltou ao livro.
No horário do almoço, voltaram para a casa.
A tarde, Josie permaneceu na residência.
Ajudou Vilma nos afazeres domésticos.
Ao término da jornada, Olavo resolveu tomar um banho.
Depois jantou.
Ao ver Josie sentada no sofá, ocupando-se de seu livro, perguntou-lhe como havia passado o dia.
Josie respondeu que estivera muito bem acompanhada de Vilma, e de todos as personagens do livro.
Quando Olavo percebeu que a moça já havia lido mais de duzentas páginas do livro, espantou-se.
Comentou então, risonho, que daquele jeito, a moça acabaria lendo o livro todo de uma sentada.
Josie contou que estava adorando ler o livro.
Olavo então, desculpando-se com a moça, respondeu-lhe que nos próximos dias, Otávio voltaria para casa e que poderia fazer-lhe um pouco de companhia.
Ao ouvir isto, Josie argumentou que o moço poderia estar mais interessado em se divertir do que fazer companhia para a ela.
Ao ouvir isto, Olavo respondeu-lhe então, que os dois poderiam se divertir juntos.
E assim, seguiram os dias.
Josie ficou entretida com a saga dos Terra e dos Cambará.
Olavo se ocupava na análise das uvas, e ficava a discutir com Otaviano, quais os produtos que poderiam extrair do produto.
Realizaram a colheita das uvas, com a participação de Josie.
A moça, munida de uma tesoura, ajudou a colher as frutas depositando-as num cesto.
Vilma cantava enquanto colhia as uvas.
Josie, ao perceber que se tratava de um ritual, ficou encantada.
Em um dos dias da semana, o moço acompanhou turistas, explicando-lhes o modo de fabricação das uvas, a produção dos vinhos e demais produtos vínicos.
Josie acompanhou-o no passeio.
Quando Otávio chegou de viagem, foi logo intimado a fazer companhia a Josie.
O jovem concordou, mas disse que gostaria muito de visitar o centro da cidade, e dançar.
Josie concordou.
Como a moça estava dormindo em seu quarto, Otávio teve que dormir na sala.
Josie constrangida, respondeu que não havia problema algum em dormir na sala.
Comentou que não estava interessada em desalojar ninguém.
Olavo disse brincando que a moça poderia dormir em seu quarto.
No que Vilma respondeu com um sonoro:
- Não senhor! Deixe de ser saliente!
O moço ficou desapontado.
Otaviano disse que Josie precisava ficar em companhia de pessoas de sua idade.
Olavo respondeu então, que nos últimos dias, não foi possível fazer nenhum passeio com a moça.
Josie argumentou que estava gostando do dia-a-dia na vinícola e que não estava se queixando de nada.
Olavo prometeu-lhe então, que no fim-de-semana sairiam juntos.
Comentou que iria levá-la para um passeio em Gramado e em Canela.
A moça comentou que não via a hora de rever as cidades.
Otávio, curioso, perguntou-lhe de onde ela era.
Josie respondeu que vivia em São Paulo, sua terra natal.
Simpático, Otávio respondeu que alguns de seus colegas de turma, eram de lá.
A moça respondeu que eles havia andado bastante para chegar a Curitiba.
Otávio concordou.
Nisto contou que estava no penúltimo ano de seu curso, e que dentro em breve, voltaria para casa. Para aplicar os conhecimentos adquiridos.
Desta feita, Otávio aproveitou a ocasião para auxiliar o pai e o irmão, na escolha das uvas.
Olavo e Otávio mais tarde explicaram a moça, que o grau de acidez das uvas, determinaria o tipo de produto a ser produzido. Se vinho tinto, seco, suco de uva, etc.
No dia seguinte, os moços mostraram a Josie a adega, os tonéis, o lugar onde as bebidas eram conservadas.
Olavo comentou que os turistas tinham acesso ao lugar.
Mais tarde, o trio foi até Gramado, onde Josie e Olavo relembraram dos lugares onde passaram.
Atencioso, ao perceber que Josie gostara de um poncho, resolveu comprar o mimo para sua prenda.
Josie agradeceu o presente.
Otávio, brincando com o irmão, respondeu que ele estava caprichando. Estava querendo impressionar.
Olavo respondeu que estava em falta com a guria, e que precisava se redimir.
Brincando, perguntou a moça se estava perdoado.
Josie respondeu que sim.
Olavo, aproveitando a presença do irmão, pediu para Otávio, tirar fotografia deles juntos, filmá-los caminhando pela cidade.
Mais tarde, o trio almoçou.
Comeram medalhão com molho de mostarda, batatas cozidas no vapor, e tomaram um vinho.
Olavo, conversando com o irmão, comentou que contrataram um profissional para avaliar a qualidade das uvas que eram produzidas na vinícola.
Otávio, comentou eles deveriam criar vinhos mais sofisticados para vender. Ressaltou que deveria abrir a possibilidade de vender os vinhos para outros mercados.
Olavo comentou então, que Josie criara um site para divulgar a vinícola da família, e com isto, foi criado mais um canal para venda dos produtos.
Otávio parabenizou a moça.
Brincando, disse que a cunhadinha já estava se inteirando dos negócios da família.
Depois do almoço, o trio continuou o passeio pelas ruas da cidade.
A noite foram aproveitar a noite da cidade onde moravam.
Otávio se acabou, dançando música eletrônica.
Josie e Olavo, que não curtiam muito o ambiente e a música, despediram-se de Otávio.
O casal resolveu ficar a sós.
Malicioso, Otávio recomendou juízo ao casal.
De madrugada, o jovem voltou para casa.
Josie e Olavo por sua vez, não voltaram para a vinícola.
Josie, ao perceber que dormiram no quarto do estabelecimento, espantou-se.
Levantou-se sobressaltada.
Ao olhar a janela, percebeu que já era dia claro.
Tratou logo de acordar Olavo, que dormia.
Olavo, ao perceber que a moça havia despertado, puxou-a de volta para a cama.
Josie insistiu para que ele a soltasse. No que o moço respondeu:
- Agora já devem ter percebido nossa ausência. – disse Olavo sossegado.
De fato, o casal só retornou a casa no meio da tarde.
Quando o casal retornou a casa, Otávio tratou logo de brincar com o irmão dizendo:
- A noite foi boa!
- Mas o dia foi melhor ainda! – respondeu o moço.
Josie não ouviu.
Aproveitando que Josie não estava por perto, Olavo comentou que estava pensando em se casar com ela.
Otaviano, percebendo que o casal estava junto a pouco tempo, indagou se não era cedo ainda para se pensar em casamento.
Olavo comentou então, que já estava apresentando a moça como sua noiva.
Otávio perguntou se ela estava ciente de seu interesse.
O moço respondeu que em breve ela tomaria ciência disto.
Nos dias que se seguiram, Olavo acompanhou a moça em uma viagem que planejara pelo interior do estado.
Comentou animado com os familiares, que havia combinado com Josie de lhe mostrar as Missões.
Otávio respondeu que era um ótimo passeio. Lamentou apenas não poder fazer a mesma viagem em suas férias.
Percebendo o ar de curiosidade de seus familiares, o moço comentou que faria um curso de férias em Curitiba, razão pela qual não voltaria para casa.
Foi o bastante para Vilma ficar desolada.
Otávio, tentando se justificar, respondeu que aproveitara os dias em que a faculdade estava de recesso para ficar um pouco ao lado da família.
Com isto, aproveitou para acompanhar Josie em alguns passeios no centro da cidade.
Otávio apresentou-lhe uma padaria onde segundo ele, era servido o melhor lanche da região.
Josie aproveitou então, para almoçar um lanche com salada, maioneze, catchup, mostard, calabreza, ovo.
Curioso, o moço perguntou-lhe se conhecia seu irmão há muito tempo.
Josie respondeu que não.
Otávio por sua vez, comentou que eles pareciam se conhecer há bastante tempo.
Ressaltou que eles tinham muita afinidade. Segredou que fazia tempo que não via o irmão tão entusiasmado com uma garota.
Contou que Olavo não era santo, mas que agora ele estava calmo, sossegado.
Josie se espantou com o comentário.
Otávio, percebendo que havia falado demais, desculpou-se com a moça. Argumentou que devia ter mais cuidado com o que dizia, já que ela era uma moça de fino trato.
Josie achou graça da expressão.
Otávio então, começou a contar que para os paulistas, o jeito de falar dos gaúchos era engraçado.
Josie respondeu que não era propriamente engraçado, mas os gaúchos tinham uma preocupação maior em pronunciar as vogais, de falar corretamente. Isto causa um certo estranhamento nos paulistas, que não tem esta preocupação. Mencionou que os paulistas tem um jeito mais informal de falar.
Rebateu porém, a brincadeira manjada que faziam de que o paulista pediu um chop’s e dois pastel. Argumentou que ela como paulista que era, nunca falou um absurdo deste, e que não conhecia nenhum paulista que falava desta forma.
Otávio respondeu brincando:
- É mina! Você é da hora!
Josie respondeu que ele poderia passar uma temporada em São Paulo, que não passaria apuros. Passaria por um legítimo paulista.
Otávio respondeu que fazia o que podia. Contou que a despeito das brincadeiras, gostava muito dos paulistas. Argumentou que não gostava da mania besta que havia entre algumas pessoas, de hostilizar quem não é do Sul. Disse que o Sul tinha seus encantos, e que São Paulo tinha a pujança.
Ao ouvir isto, Josie, respondeu que São Paulo não era uma cidade de belezas naturais, de natureza exuberante, mas que a mão do homem fizera prodígios pelo lugar. Comentou que a cidade tem muitos encantos e atrativos.
O moço confidenciou que tinha curiosidade em conhecer a cidade e saber se era realmente o colosso que falavam.
Josie disse que nascera na cidade, vivera e se criara por lá, e não conhecia tudo o que ela tinha para oferecer.
Otávio ficou espantado.
Josie respondeu que a cidade era maior do que muito países, e que havia bairros da cidade que ela desconhecia completamente, não apenas os mais longínquos, mas também alguns bairros menos famosos.
Nisto, a dupla ficou conversando longamente.
Enquanto conversavam e comiam, bebiam milk shake.
Depois do bate papo, a dupla caminhou pelas ruas da cidade.
Otávio comentou que estava interessado em uma moça na faculdade, mas que enquanto o namoro não engrenava, aproveitava para paquerar um pouco.
Dizia que a vida era muito curta e que tinha aproveitar para ser feliz. Afinal de contas, vai que o namoro não dá certo?
Josie achou graça no jeito prático do moço. Perguntou-lhe se estava ou não namorando a moça.
- Infelizmente não! Mas eu bem que gostaria.
Josie desejou-lhe toda a sorte do mundo. Comentou que torcia para que ele se acertasse com a jovem, e que ele fosse muito feliz com ela.
- Amém! – respondeu o rapaz.
Nisto, beijou a mão de Josie, que ficou um pouco sem graça com o gesto.
Mais tarde, a dupla voltou para a vinícola.
Riam as gargalhadas.
Olavo, ao vê-los tão cúmplices, ficou um tanto enciumado.
Durante o jantar, ficou o tempo todo perto da moça.
Otaviano percebendo isto, recomendou ao filho que não tivesse ciúmes do irmão.
Disse-lhe que Otávio jamais se prestaria a um papel tão deplorável quanto este.
Mas não adiantava, Olavo ficara enciumado.
Com isto, o moço decidiu antecipar o passeio pelas Missões.
Mas não pode evitar a convivência de Otávio e Josie, que passavam longas tardes conversando.
Olavo por sua vez, pedira para a mãe ficar sempre por perto.
Vilma respondeu que não havia motivos para tanto zelo, mas percebendo a impaciência de Olavo, prometeu que ficaria de olho na dupla.
Quando Otávio voltou para Curitiba, Josie deu um abraço de despedida no moço.
Olavo também se despediu do irmão.
O moço voltou para Curitiba dirigindo seu veículo.
Nisto, quando se viu a sós com Josie, Olavo argumentou que ela não precisava abraçar seu irmão daquela forma.
Josie respondeu que não fizera nada de mais. Apenas fora gentil com alguém que ocupou seu tempo em ser atencioso com ela. Argumentou que ele não tinha obrigação de ficar pajeando-a.
Vilma, tentando chamar o filho a razão, comentou que o gesto não fora malicioso.
Josie ficou incomodada com a reação do moço.
Olavo por sua vez, não conversou com a moça e tampouco com a mãe naquele dia.
No dia seguinte, aborrecida, Josie comentou com Vilma e Otaviano que estava preparando as malas para partir.
Não fosse a intervenção do casal, insistindo para que ficasse, e a moça teria partido.
Quando Olavo tomou conhecimento deste fato, foi correndo ao quarto onde a moça estava.
Josie distraída, não percebeu que o moço a observava da porta, arrumando suas coisas.
Quando notou a presença do rapaz, Olavo já havia entrado no quarto e encostado a porta.
Ao perceber que a jovem estava disposta a partir, pediu para que ela não fosse. Comentou que precisava conhecer melhor o estado, as Missões. Afinal, como ficaria a viagem que estavam planejando fazer já há algum tempo?
Josie argumentou que não poderia permanecer na casa de uma pessoa que não confiava nela.
Confessou que a desconfiança dele a ofendia.
Olavo, percebendo que se excedera, pediu-lhe desculpas.
Disse que sentira ciúmes da atenção que ela dispensara a Otávio, por que estava se sentindo negligenciado por ela. Comentou que ela nunca reclamava sua presença, e que sentia falta de um pouco de ciúmes.
Tentando provocá-la, Olavo respondeu que a maioria das namoradas que tivera, era ciumenta.
Josie, percebendo a provocação, respondeu que não era ciumenta, e que já tivera namorados ciumentos, com os quais tivera muito problema.
Olavo, ciente do recado que Josie lhe dava, respondeu que estava descobrindo agora, que poderia ser bem ciumento. Confessou que nunca tivera ciúme de suas namoradas, e que se sentira ameaçado com a presença de Otávio.
Josie sorriu.
Ao perceber Olavo vulnerável, sem pose, Josie segurou em seu rosto.
Comentou que naquele momento, ele fizera ela se lembrar do porquê ela o havia escolhido.
Olavo olhou-a com curiosidade.
Josie respondeu-lhe que quando ele queria, poderia ser verdadeiramente encantador.
Nisto a moça beijou-lhe os lábios.
Olavo correspondeu.
Quando Vilma adentrou o quarto em que a moça estava, notou que o casal dormia.
Constrangida, viu Josie e o filho enrolados nos lençóis.
Quando avistou-os, tratou logo de sair do quarto, sem fazer barulho. Encostou a porta.
Otaviano por sua vez, procurou o filho no quarto. Ao notar que o filho não estava em nenhum lugar da casa, pensou com seus botões: “Onde se meteu este moço?”
Vilma contou-lhe então, que Olavo dormia no quarto de Josie, com a moça nos braços.
Otaviano comentou que não adiantou fazer com que dormissem em quarto separados.
Vilma respondeu que não.
Argumentou que Olavo não tinha jeito. De uma forma ou de outra, acabava conseguindo o que queria.
Curioso, Otaviano foi bisbilhotar o quarto.
Ele e Vilma ficaram alguns minutos observando o casal.
Vilma comentou enternecida:
- Eles parecem se gostar bastante! Acho que se entenderam.
Otaviano começou a rir.
Preocupada com o riso do marido, mandou ele sair do quarto e saiu em seguida.
Como Otaviano continuava a rir, ela perguntou:
- Do que você está rindo?
- Nada. Só estou graça do seu acho que se entenderam. Você tem alguma dúvida de que eles já se acertaram?
Vilma então começou a rir.
- Ah! Essas crianças!
Otaviano respondeu:
- Crianças que já são capazes de fazerem outras crianças.
Vilma se enervou:
- Não diga bobagens! Eles não são casados.
Otaviano respondeu que da forma como as coisas estavam se encaminhando, seria apenas uma questão de tempo.
Quando o casal despertou, Olavo comentou sobressaltado que Vilma iria puxar suas orelhas.
Nisto levantou-se e começou a se vestir.
Josie começou a rir.
Enquanto se vestia, o moço perguntou-lhe do que estava rindo.
Josie respondeu:
- De nada. Só estou achando graça um homem do seu tamanho ter tanto medo assim de uma mulher.
No que Olavo retrucou dizendo:
- A questão não é esta, pois a mulher mencionada não é uma mulher qualquer. É minha mãe. E vou te dizer, é brava como o quê!
Quando terminou de se vestir, Josie também começou a se recompor.
Ao vê-la novamente vestida, o moço abraçou-a e brincando, disse que era uma pena não poder ficar mais um pouco.
Comentou que não via a hora de poder ficar o tempo todo ao lado dela.
Discretamente o moço abriu a porta, saiu do quarto e delicadamente conduziu-a fora do ambiente.
Sorrateiros, caminharam até a cozinha.
Quando ainda estavam no corredor, Vilma chamou-os.
O casal ficou visivelmente constrangido.
Olavo, sem saber o que dizer, perguntou se ela estava há muito tempo ali.
No que Vilma respondeu que o suficiente para saber que ele havia entrado no quarto da moça.
Disse que Otaviano procurou-o pela casa inteira.
O sangue de Olavo e Josie gelaram.
Nervoso, o homem perguntou se eles haviam entrado no quarto.
Josie ficou vermelha. Começou a olhar para o chão.
Otaviano tentando amenizar a situação, disse que o amor deles era visível, e que eles deveriam se casar o quanto antes, ou Vilma não os deixaria mais, ficarem sozinhos.
Ao ouvir isto, a moça começou a chorar.
Olavo abraçou-a.
Vilma ao notar que a moça estava constrangida, pediu para Olavo conduzi-la até a cozinha.
Lá a mulher deu um copo de água com açúcar para a moça.
Tentando amenizar o constrangimento, disse que ela não tinha do que se envergonhar pois até então, fora muito discreta.
Vilma comentou que Olavo era terrível, e não deixava por menos.
Por fim, concordou com o marido dizendo que eles deveriam se casarem logo.
Dias depois, o casal partiu de viagem para as Missões.
Não sem mil recomendações de Vilma. A mulher chegou a comentar que tivessem cuidado.
Josie, nos últimos dias, estava sem jeito de ficar a sós com Vilma.
Olavo e Otaviano percebendo isto, tratavam de levá-la junto deles quando iam trabalhar.
Enquanto trabalhavam, Josie lia os volumes da obra “O Tempo e o Vento”.
Por fim, Olavo e Josie, viajaram de carro pelo interior do estado.
Josie se deslumbrou com os pampas, sofreu com o frio extremo.
Olavo, percebendo que as roupas que a moça trouxera não era suficientes para o frio, tratou de levá-la até o comércio das cidades, para que comprasse roupas adequadas.
O moço providenciou chapéu, luvas. De pele.
Animado, comprou-lhe roupas típicas como ponchos, calças.
Ao vê-la trajada com as peças, dizia-lhe que estava linda.
Juntos, conheceram as ruínas de São Miguel das Missões. Passaram por outras cidades onde havia remanescentes das missões guaraníticas tanto do sul do Brasil, quanto do lado argentino.
Dançaram tango, acompanharam apresentações da dança típica da Argentina.
Josie arranhou um pouco de espanhol no país. Foram muito bem recebidos.
Na região, viram alguns homens de bombacha e bebendo chimarrão.
Josie brincou com Olavo dizendo que já havia visto aquela cena antes.
Em certa tarde de frio, a moça se deliciou com uma caneca com chocolate quente. Enquanto isto, Olavo, sorvia chimarrão, preparado em sua cuia.
O casal viu as missões guaraníticas argentinas.
Olavo contou-lhe ainda, no Sul, sobre a lenda do índio Sepé Tiaraju, e do padre Balda, que resistiram até o fim, contra as investidas espanholas. Mas as missões guaraníticas pereceram. A luta era mais por território, e por poder.
Josie brincou com Olavo, dizendo-lhe que estava saindo um ótimo guia de turismo, muito melhor que a encomenda.
O casal caminhou por construções e ruínas de pedras, áreas verdes.
Comeram muito churrasco gaúcho e argentino.
Ao retornarem a serra gaúcha, o casal foi recebido com festa por Vilma e Otaviano.
Olavo, disse aos pais, que pretendia se casar com Josie.
Foi o suficiente para que a moça começasse um acesso de tosse.
Preocupada, Vilma ofereceu-lhe um pouco de água.
Olavo então, aguardando a recuperação da moça, ao vê-la mais tranqüila, ressalvou que pretendia se casar com ela em no máximo três meses.
Nisto, fitou o rosto da moça, e ao perceber o espanto da mesma, comentou:
- Não adianta ficar com esta expressão de pasmo pois nós já tínhamos conversado sobre isto!
Otaviano perguntou ao moço, se Josie concordava com a decisão.
Josie sem jeito, respondeu que eles poderiam esperar um pouco.
Olavo por sua vez, respondeu que não gostaria de esperar mais do que três meses.
Josie respondeu-lhe que tinha um trabalho, e que não estava disposta a abandoná-lo.
Foi o suficiente para deixar o moço irritado.
Nervoso, disse que a mulher devia acompanhar o homem onde quer que ele fosse.
Ao ouvir as referidas palavras, Josie se exaltou.
Disse que sempre fora independente, que fora criada para ser dona do próprio nariz e que não estava disposta a mudar isto de maneira alguma.
Olavo, percebendo a irritação da moça, tentou alterar o discurso dizendo que não havia necessidade dela continuar trabalhando, haja vista que ele ganhava o suficiente para sustentar uma família. Argumentou que logo viriam os filhos e que ela se veria muito atarefada cuidando da educação deles.
Josie respondeu que mesmo que se mudasse para o Sul, procuraria emprego nas redações da região.
Olavo argumentou que na cidade em que viviam, não havia muito trabalho para uma jornalista.
A moça respondeu então, que poderia trabalhar em Porto Alegre.
Ao ouvir isto, o moço se indignou.
Disse que o casamento para trazê-la para perto de si e não para afastá-la.
Vilma, percebendo o clima tenso, comentou que eles poderiam pensar nisto depois.
Argumentou que ainda era cedo para se pensar em tantos detalhes.
Com isto, perguntou como fora a viagem.
Josie contou-lhe detalhes do passeio, de como Olavo fora atencioso com ela. Que dançaram tango.
Vilma admirou-se:
- Tango? Não sabia que meu filho sabia dançar a famosa dança portenha!
Olavo ao ouvir isto, disse-lhe que Josie estava se saindo uma exímia dançarina.
Ao falar sobre a viagem, o semblante do rapaz transformou-se. De carrancudo, passou a trazer um sorriso nos lábios.
Mais tarde, sua mãe conversou com ele.
Vilma aconselhou-o a não querer impor sua vontade a moça.
Disse que Josie tivera uma criação diferente da dela, mais consentânea com os tempos atuais. Argumentou que a moça não fora criada para o casamento, e sim para ser livre, independente, e que ela jamais se casaria por conveniência e sim por amor.
Olavo comentou que não queria forçá-la a se casar com ele.
No que Vilma respondeu:
- Eu sei! Você só quer que as coisas saiam do seu jeito. Quer que a moça se submeta a todas às suas vontades! ... Meu amor, não é assim que se faz um casamento! Numa relação a dois não é a vontade de um que deve prevalecer. Dever haver um consenso entre as partes. Não havendo consenso, é melhor adiar o compromisso até que as partes estejam mais amadurecidas.
Olavo tentou retrucar, mas Vilma respondeu-lhe que ele não estava respeitando a vontade da moça. Pediu-lhe para pensar no que estava fazendo.
Percebendo o aborrecimento do jovem, disse que tinha certeza do amor de Josie por ele, mas perguntou-lhe se tinha o direito de exigir tamanho sacrifício da moça. Impor que ela deixasse para trás, tudo o que havia construído com tanta dificuldade, casa, trabalho e amigos, para segui-lo numa relação que somente o tempo diria se seria feliz e duradoura.
Insistiu para que o filho pensasse nisto, pois Josie tinha muito mais a perder com o fracasso do casamento do que ele.
Olavo insistiu em dizer que o casamento daria certo.
Vilma argumentou dizendo que ele deveria conversar com a moça, tentar entender a situação dela. Ser mais compreensivo. Argumentou que a despeito da criação machista que tivera, não havia criado seus filhos para serem machistas com as mulheres.
Com isto, Olavo se acalmou.
Prometeu que conversaria com a moça. Agradeceu as palavras de sua mãe.
Mais calmo, o moço bateu na porta do quarto onde a jovem estava instalada.
Josie estava sentada na cama, olhando para as malas que ainda não tinham sido desfeitas.
Olavo, aproximando-se, sentou-se na cama.
Josie voltou-se para ele.
O moço então, pediu-lhe desculpas. Aproximou-se da moça e a abraçou.
Disse-lhe que sim, tinha muita vontade de se casar com ela, o quanto antes, mas que a despeito disto, deixaria que ela escolhesse o momento certo.
Josie respondeu que tinha compromissos na redação, e que precisava honrá-los. Comentou que não poderia se casar de uma hora para outra.
Olavo ficou desapontado.
- Então você não quer se casar comigo? – argumentou.
Josie respondeu que não era isto, o que estava querendo dizer e sim, que não estava pronta para se casar em três meses. Argumentou que precisaria arrumar um outro emprego na localidade, para que tivesse condições de se sustentar, sem depender dele.
Olavo retrucou dizendo que ela poderia trabalhar na vinícola da família.
Josie recusou a oferta.
Insistiu que ela própria deveria arrumar um emprego, e não trabalhar de favor para ele.
Nervoso, Olavo chamou-a de teimosa.
Josie retorquir dizendo que só queria ser dona do próprio nariz.
Contrariado, o moço teve que concordar com a moça.
Quando Olavo contou a mãe sobre a condição da jovem para se casar, Vilma comentou que Josie não se parecia com nenhuma das namoradas que tivera. Todas ávidas por um bom casamento, no qual pudessem abandonar seus empregos e viverem às custas do marido.
A mulher argumentou que Josie crescera em seu conceito.
Olavo por sua vez, estava inconformado.
Josie por sua vez, enquanto pensava na conversa que tivera com Olavo, decidiu tomar um banho.
Trocou de roupa, usando um vestuário mais leve.
Olavo ao vê-la usando calça jean’s e uma blusa mais leve, comentou que ela estava linda.
Para o jantar, Vilma havia preparado arroz a carreteiro.
Ao ver o prato sendo servido com carne e vinho, Josie comentou que adorava a iguaria.
Vilma respondeu que aos poucos ela iria se acostumar com os hábitos da terra.
Ao término do jantar, Josie pegou um livro para ler, mas Olavo, encostando-a em seu peito, começou a lhe dizer que estava sentindo saudades dela.
Vilma e Otaviano se afastaram.
Josie por sua vez, respondeu que só voltaria para São Paulo, dali a uma semana.
- Eu sei, e já estou sentindo saudades por antecipação!
Durante a última semana de Josie na vinícola, Olavo procurou convencer a moça a marcar para logo o casamento.
Diante disto, pediu para mãe preparar um jantar caprichado para a moça.
Empenhado em impressionar a jovem, encomendou muitos buquês de flores para enfeitar a sala e o quarto da moça.
Vilma e Otaviano haviam deixado a casa para eles, indo passear em Gramado.
Olavo levou a moça para passear pela cidade durante a tarde, e enquanto isto, Vilma preparava o jantar e enfeitava a casa com as flores encomendadas pelo rapaz.
Quando o casal voltou para casa, Olavo comentou:
- Enfim sós!
Josie ao ver a sala da residência toda enfeitada de flores, percebeu que Olavo estava preparando algo.
O moço contou-lhe que havia preparado uma surpresa para ela, e argumentou que estando ela casada com ele, sempre teria surpresas daquele tipo.
Com isto, perguntou se a moça estava com fome.
Josie respondeu que sim.
Ao perceber que a mesa da sala de jantar estava toda arrumada, a moça elogiou o capricho na decoração.
Olavo puxou uma das cadeiras.
Josie sentou-se.
Nisto, o moço pediu licença, dirigindo-se a cozinha.
Lá estava um recado de sua mãe, dizendo que ela e o marido haviam saído a cerca de quinze minutos. Que a refeição estava pronta, e votos de sorte e felicidades para ele.
Nisto, o jovem serviu a moça de arroz e carne.
Ofereceu-lhe um bom vinho.
Enquanto degustavam a comida, conversaram.
Olavo ofereceu uma sobremesa a Josie.
Dançaram.
Ao término da dança, o moço entregou-lhe uma caixinha.
- Abra! – pediu o rapaz.
Josie se deparou com um anel de prata com um brilhante no centro.
Olavo pediu licença e colocou a jóia no dedo de Josie.
Disse-lhe que aquele anel simbolizava o compromisso de ambos.
Ao receber o presente, Josie tentou argumentar dizendo que não havia necessidade de lhe dar algo tão caro.
No que Olavo rebateu dizendo que ela merecia receber presentes muito mais caros do que aquele, mas que o maior presente que ela poderia receber, era ele próprio.
Josie riu.
Olavo brincou dizendo que ele era um presente caro sim.
A moça retrucou falando que ele era um presente caro e modesto.
Olavo riu.
Respondeu que modéstia não era o seu forte, mas que também não era seu maior defeito, já que graças a sua falta de modéstia, havia conhecido a melhor mulher do mundo, para a qual poderia proporcionar as melhores coisas da vida.
Enquanto Josie sorria, Olavo pegou a moça pelo braço e convidou-a para dançar novamente.
Ensaiaram alguns passos de tango.
Olavo pegou um cravo e entregou nas mão de Josie.
A moça por sua vez, tocou o rosto do rapaz com a flor.
Nisto segurou as mãos da moça, estendendo os braços e caminhando lentamente de um lado e de outro.
- El dia en que mi quieras, la rosa que engalanas. – cantou Olavo.
Como em uma dança dramática, o casal ficou se olhando, se observando.
Dançaram, e a certa altura, beijaram-se.
Por fim, conversaram um pouco.
Olavo fazia planos. Fazia questão de que a moça se mudasse para o Sul. 
Josie, por sua vez, dizendo que estava cedo para isto, comentou que precisava terminar seu trabalho na redação para depois, pensar no que faria de sua vida.
Olavo sorriu.
Disse-lhe que esperaria o tempo que fosse para isto.
Brincando respondeu-lhe que ela não se livraria tão facilmente dele.
Em seguida, convidou a moça para ir a seu quarto.
Josie lembrando-se do incidente envolvendo os pais do moço, se esquivou.
Olavo por sua vez, insistiu.
Apertando-a contra si, beijando-lhe, disse-lhe que sentia sua falta, e acabou conduzindo-a a seu quarto.
Dormiram juntos.
Contudo, seguindo as recomendações da moça, Olavo trancou a porta do quarto.
Risonho disse que agora estavam sós, e que teriam todo o tempo do mundo para eles.
Abraçado a Josie, Olavo sorria.
Após, ficou algum tempo velando o sono da moça.
Em seguida, dormiu.
Quando Otaviano e Vilma retornaram a casa, perceberam logo que o casal não havia acordado ainda.
O homem ficou espantado.
No que Vilma argumentou:
- Você se esquece que já teve a mesma idade que ele?
Otaviano riu.
Concordou com a esposa.
Quando o moço despertou novamente, chamou Josie, que permanecia deitada.
Carinhosamente sussurrou em seu ouvido para que acordasse.
Ao despertar, a jovem perguntou as horas.
Olavo olhou o relógio que ao lado da cama, e disse:
- Dez horas.
Josie ficou espantada.
- Dez horas?
Nisto começou a procurar suas roupas, que estavam espalhadas pelo quarto.
Olavo, percebendo o afobamento da moça, disse que poderia se vestir com calma, e se quisesse, até tomar um banho.
Nisto o moço abraçou-a.
Josie por sua vez, argumentou que já era hora de levantar.
No que foi questionada por Olavo que argumentou que pretendia ficar mais um pouco no quarto.
Josie então, segurando o lençol no corpo, pediu licença ao moço e dirigiu-se ao banheiro. Respondeu que iria tomar um banho.
Olavo recomendou que ela não fechasse a porta, pois iria tomar banho também.
Mais tarde, a moça saiu do quarto.
Rapidamente entrou no quarto onde estavam suas coisas e trocou de roupa.
Quando dirigiu-se a sala, já era quase meio-dia.
Otaviano, ao ver o filho, perguntou-lhe se tinha sido boa a noitada.
Vilma criticou o marido dizendo que aquele não era modo de se falar, pois além de invadir a intimidade do filho, estava também tirando a privacidade da moça.
Sorrindo, Olavo respondeu que não poderia entrar em detalhes, mas que estava muito bem e que a noite tinha sido muito boa.
Quando Josie apareceu na sala, o trio mudou de assunto.
Olavo comentou que agora estavam comprometidos oficialmente, e que em breve conversariam sobre a data do casamento.
Otaviano e Vilma, parabenizaram o casal.
Nos dias que se seguiram, Olavo se desdobrou para ficar ao lado da moça.
Mesmo cansado, a convidava para passear.
Nisto, quando o dia da partida chegou, o moço estava todo jururu.
Vilma ficou preocupada ao ver o filho tão desanimado.
Quando a moça retornou a São Paulo, Olavo conversava todos os dias com Josie pelo skype.
Dizia-lhe que estava morrendo de saudades, e que assim pudesse, iria ao encontro dela.
Por semanas mergulhou no trabalho.
Não tinha vontade de sair, nem quando seu pai o convidava.
Josie também sentia saudades do moço.
Contou as amigas sobre suas férias e mostrou-lhes seu anel de noivado.
Roberta por sua vez, disse que não estava mais conseguindo contatar Leonardo. Comentou ter ouvido da secretária do moço, que ele estava trabalhando como repórter em um país em conflito, e que não tinha previsão de quando ele retornaria a redação do jornal onde estava trabalhando.
Aborrecida, contou que isto faria com que o divórcio demorasse mais para ocorrer.
A moça ansiosa, disse que André retornaria ao Brasil dentro de poucos dias.
Lucineide comentou que ela estava mais interessada no retorno do amante do que na volta do marido.
Roberta irritada, respondeu que André não era seu amante, e que ela e Leonardo não mais juntos há meses.
Razão pela qual não traíra ninguém.
Josie por sua vez, percebendo que Lucineide iria retrucar, disse que estava sentindo muita falta de Olavo, mas que não estava segura em deixar tudo para trás, e começar tudo do zero no Sul.
Lucineide incentivava a amiga.
Dizia que emprego existia em todos os lugares, e que ela poderia se estabelecer noutro lugar.
Roberta por sua vez, dizia que ela deveria tentar ser feliz.
Nisto as amigas continuaram o trabalho na revista.
Medeiros não se cansava de elogiar as fotos que Josie fazia para suas matérias.
A última matéria na qual trabalhara, era sobre restaurantes que não dedicavam apenas a gastronomia.
Lucineide e Roberta também trabalharam na matéria, cobrindo diferentes regiões da cidade.
Enquanto isto, Roberta continuava a tentar contato com Leonardo; e Josie conversava com Olavo via skype, ou mesmo, em seu celular.
O moço comentava animado que as vendas dos produtos da vinícola haviam aumentado em relação ao ano anterior. Disse que tudo era resultado de melhorias que estavam sendo implementadas.
Josie o felicitava pelas novidades.
Vez ou outra o moço dizia que estava interessado em casar-se no ano que se seguiria.
Josie dizia-lhe que poderiam pensar no assunto.
Quando o fim do ano começou a se aproximar, Olavo convidou-a para passar o Natal com sua família.
Animado, disse-lhe que se quisesse, poderia chamar suas amigas que seriam muito bem recebidas.
Prometeu que uns dias antes, tentaria visitá-la em São Paulo, mas que não poderia garantir nada, já tinha muito trabalho na vinícola.
Josie respondeu que adoraria se ele pudesse ir a cidade, mas que se não fosse possível, ela iria até o Sul.
Roberta e Lucineide, ao tomarem conhecimento do convite, ficaram animadas.
Depois disto, silêncio.

Luciana Celestino dos Santos
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