Poesias

quinta-feira, 4 de março de 2021

A FLOR DO ALTO - CAPÍTULO 7

E assim, começaram os preparativos para o casamento.
Ângela Andrade, encomendou um belíssimo vestido de casamento para a filha.
Foram provas e mais provas.
Carlos, também encomendou um fraque branco, assim como seu pai.
Diva e Ângela também encomendaram vestidos com suas modistas.
Para a festa, foi preparado um enorme bolo, com escultura de um casal de noivos.
Bolo com vários andares e enfeites de flores.
Para acompanhar, doces.
O salão da casa dos Andrade, foi ricamente adornado de flores.
No jardim da mansão foi improvisado um altar, onde seria celebrado o casamento.
Por se tratar de uma família tradicional, o fato foi noticiado nos jornais da cidade.
Enquanto os preparativos se seguiam, Carlos reclamava a presença de Angélica.
Em certa ocasião, foi por pouco que o moço não viu o vestido da noiva.
Ângela aflita, pediu para que a filha saísse correndo para a cozinha.
Carlos por sua vez, insistiu para ver o vestido da noiva.
Ângela, retrucou surpresa:
- Impossível! Ver o vestido da noiva dá azar!
Carlos por sua vez, disse que considerava isto tudo, uma grande bobagem.
Ângela argumentou porém, que a graça residia na surpresa. Disse que a beleza era descobrir, no momento do casamento, o quão bonita era a veste.
O moço achou graça nas palavras da mulher, mas entendeu.
Pediu licença e se retirou da sala. Disse que voltaria no dia seguinte.
Nisto, cada vez mais ocupada com os preparativos do casamento, Angélica mal tinha tempo de trocar algumas palavras com o noivo.
Carlos passou a reclamar com os pais, que estava sentindo a falta da noiva.
Diva, sorrindo, dizia ao filho, que aquela situação era momentânea, e que com o passar do tempo, iriam passar boa parte do tempo juntos.
Carlos sorriu. Comentou que não via a hora de estar definitivamente casado com a moça.
Reclinado na cadeira da sala da confortável casa onde morava, ficava a imaginar-se casado com Angélica. Em seus devaneios, eram todos momentos de alegria, de plena felicidade.
Nisto, quando finalmente chegou o momento do matrimônio, Carlos estava assaz nervoso.
Angélica, também estava tensa.
Enquanto se vestia para o casamento, chegou a dizer que havia mudado de idéia, que não estava pronta para se casar.
Ângela, ao ouvir tais palavras, respondeu:
- Não diga bobagens!
Desta forma, pediu a uma das criadas que providenciasse um copo com água e açúcar.
Bebida que a jovem sorveu a longos e demorados goles.
Preocupada, Ângela pediu a filha para que bebesse a água devagar, ou iria se engasgar.
Quando Angélica bebeu todo o conteúdo do copo, Ângela segurou a filha pelas mãos.
Compreensiva, disse-lhe que estava muito orgulhosa da decisão corajosa que a filha havia tomado, ao optar por casar-se com Carlos. Comentou que havia presenciado a cena do casal se abraçando na entrada da casa, no dia do noivado. Argumentou que aquela cena delineou bem o relacionamento que eles poderiam ter. Disse que ela estava condenada a eterna felicidade, e que só não seria feliz ao lado de Carlos, se não o quisesse, já que o moço estava tentando fazer de tudo para agradá-la.
Angélica respondeu que não amava Carlos. Chegou a dizer que talvez devesse liberá-lo para que pudesse encontrar alguém que gostasse dele.
Ao ouvir o comentário, Ângela censurou a filha. Disse-lhe que aquilo tudo era uma bobagem. Falou que também não se casara com o homem que escolhera, e que isto não a impedira de ser feliz. Mencionou que o entendimento era uma questão de tempo, e que com paciência, acabaria acontecendo.
Ângela argumentou que desistir do casamento naquele momento, seria matar Francelino de desgosto. E que não traria desgosto apenas a eles, seus pais, mas também aos pais de Carlos, e pior, ao próprio Carlos, que ficaria humilhado, e eternamente marcado com aquela rejeição.
Angélica respondeu que não queria prejudicar o moço.
Ângela respondeu então, que casar-se com o jovem, não o prejudicaria. Pediu para que ela confiasse em suas palavras, que tudo se ajeitaria com o tempo.
Nisto, a mulher pediu a moça para se recompusesse.
Desta forma, a maquiagem da moça foi retocada.
Neste momento, Carlos, devidamente acompanhado de seus pais, aguardava a moça no altar.
Todos os convidados haviam chegado.
O moço estava ansioso. A todo o momento perguntava aos pais, se Angélica estava chegando.
Angélica então, se recompondo, finalmente desceu as escadarias.
Francelino seu pai, a aguardava.
Ao ver a filha em seu vestido branco, todo enfeitado, com os cabelos presos, levemente maquiada, disse-lhe que estava radiosa. Comentou que embora não percebesse, aquele momento estava selando, dias felizes em sua vida.
Ao ouvir isto, Angélica começou a prantear.
Francelino, respondeu que ela poderia ter a certeza de que estava fazendo a coisa certa.
E assim, abraçou a filha.
Em seguida, ofereceu-lhe um lenço para que pudesse enxugar suas lágrimas. Disse-lhe que aquele não era momento para lágrimas, e que no que dependia de Carlos, ela nunca mais teria motivos para chorar.
Ângela então, censurou o marido, dizendo que não podia tê-la feito chorar. Comentou que precisavam se apressar.
Nisto Francelino contou que Odair veio lhe perguntar por duas vezes, quando Angélica surgiria no jardim. Argumentou que Carlos estava ansioso.
Com isto, Ângela seguiu em direção ao local onde seria celebrada a cerimônia de casamento.
Disse aos músicos, que dessem início a marcha nupcial.
Em seguida, eis que surgem Francelino e Angélica, caminhando de mãos dadas pelo jardim.
Carlos, ao ver a moça tão ricamente vestida, encheu-se de orgulho. Estava feliz.
Angélica e Francelino, caminhavam lentamente em direção ao altar montado no jardim da casa.
Timidamente, a moça olhava em volta, percebendo que todos sorriam para ela.
O jardim estava repleto de convidados.
Quando a moça finalmente chegou ao altar, devidamente conduzida por seu pai, Francelino deixou-a aos cuidados de Carlos, sob a recomendação de que cuidasse bem dela.
Nisto, juntou-se a sua esposa, que a esta altura, já se encontrava no altar, ao lado dos padrinhos do casal.
Ao término da marcha nupcial, o sacerdote deu início as fórmulas sacramentais.
Disse que o casal Angélica e Carlos se encontravam naquele jardim para formalizarem o matrimônio, e a junção daquelas almas era um projeto de Deus. Comentou que na Bíblia estava a recomendação de crescer e multiplicar, e que o sacramento do matrimônio continha algo de sublime, pois representava o amor, em sua forma mais sagrada.
Pediu ao casal para que dissesse que estavam se casando por livre e espontânea vontade.
Em seguida houve a troca de alianças, com Carlos colocando uma das alianças no dedo de Angélica e a moça, fazendo o mesmo.
Durante a cerimônia foi dito, que se alguém tivesse algo contra o casamento, deveria falar naquele momento ou se calar para sempre. Também disse que o Deus uniu, o homem não separa.
Por fim, recomendou que os noivos, agora casados, poderiam se beijar.
Carlos, aproximou-se então da moça, e pela primeira vez, beijou-a na frente de todos.
Nisto, o casal seguiu de mãos dadas pelo tapete vermelho estendido no jardim, sendo alvejados por uma chuva de arroz.
Ao término da cerimônia, o casal assinou papéis, formalizando o compromisso.
Em seguida, foram cumprimentados pelos convidados, que desejaram toda a felicidade para o casal.
O casal posou para fotos.
Francelino e Ângela, assim como Diva e Odair, recepcionaram os convidados.
Angélica e Carlos, também se ocuparam disso.
De mesa em mesa, conversaram com os convidados.
Depois dançaram juntos uma valsa.
Neste momento, todos os olhares se voltaram para eles.
Angélica colocou suas mãos nos ombros de Carlos. O moço por sua vez, conduziu a moça pelo salão.
Os pais dos noivos estavam encantados com a afinidade do casal. Diziam que eles pareciam se conhecer há muito tempo.
Francelino chegou a comentar com Ângela, que embora a filha não percebesse, estava começando a gostar do moço.
A mulher concordou.
Nisto, em dado momento da dança, a moça encostou sua cabeça em Carlos.
Os convidados por sua vez, aplaudiram a dança.
Mais tarde, todos se ocuparam em dançar.
Francelino conduziu Ângela.
Gentil, comentou que embora sua filha fosse a princesa da festa, ela era sua rainha.
Ângela sorriu.
Diva e Odair comentaram entre si, que eles tinham muita afinidade entre eles e que aquele enlace seria muito feliz.
O casal também dançou.
Enquanto dançavam, o homem chegou a dizer que ela estava tão linda, quanto no dia em que se conheceram.
Nisto, os convidados cearam.
Foram servidos vinhos, arroz, medalhão, acompanhamentos, guarnições, inúmeras entradas, pratos com nomes sofisticados.
Todos comeram, beberam.
Houve brinde em homenagem aos noivos.
Angélica e Carlos, dançaram mais algumas vezes.
Em um das danças, o jovem respondeu que estava muito feliz por haver se casado com ela, e que se esforçaria muito para fazê-la feliz.
Nisto aproximou-se dela e abraçou-a.
Em dado momento, Francelino e Odair chamaram o moço para uma conversa.
Disseram para que tratasse Angélica com toda a delicadeza, por se tratar de moça de fino trato.
Reservadamente, Odair disse para que o filho não se comportasse como um leviano, ou teria que se entender não apenas com o pai da moça, mas também com ele. Argumentou que o matrimônio alçou Angélica, praticamente a condição de filha, e que Carlos tinha por obrigação cuidar de sua felicidade.
Em seguida abraçou o filho, desejando toda a felicidade do mundo para ele.
Diva, parabenizou o filho e recomendou que fosse delicado com a moça.
Ângela igualmente pediu ao genro, para que cuidasse bem de sua filha.
Angélica por sua vez, também foi cumprimentada por seu pai, por Diva e Odair, que recomendaram-lhe que fosse uma esposa atenciosa e gentil.
De forma reservada, Ângela pediu a todos para conversar a sós com sua filha.
Com isto, Angélica e ela seguiram para o escritório.
Nervosa, Ângela recomendou a filha para não se negasse a atender os pedidos de se marido. Orientou-a para que não tivesse medo de ficar a sós com Carlos.
Angélica não compreendeu o que mãe queria dizer.
Nisto Ângela segurou suas mãos, e disse que ela estava começando a dar seus primeiros passos numa vida adulta. Argumentou que o casamento não era uma coisa ruim, e que com o tempo, ela acabaria se acostumando com a idéia.
Por fim, Ângela ressaltou que Angélica permanecesse tranqüila.
A moça ficou confusa.
Contudo, por mais que perguntasse a mãe o por quê daquelas palavras, Ângela respondia que eram apenas preocupações de uma mãe, e que quando ela tivesse filhos, entenderia.
Nisto, a mulher beijou o rosto da filha, e lhe desejou toda a felicidade do mundo.
Em seguida, conduzindo a moça novamente ao jardim, sugeriu que ela dançasse novamente com Carlos.
Por último, a moça jogou o buquê de flores para as convidadas solteiras.
Para surpresa de todos, Cláudia – amiga de Angélica – foi quem pegou o buquê.
Todos brincaram dizendo que ela seria a próxima noiva.
A seguir, a moça se despediu dos convidados, devidamente acompanhada de seu agora esposo.
Depois, o casal adentrou a mansão dos Andrade.
Carlos entrou no quarto de solteira da moça, retirou suas malas. Com a ajuda de um empregado, depositou-as no bagageiro de seu carro.
Em seguida, o moço abriu a porta do carro para Angélica, estendeu sua mão para a moça e auxiliou-a a entrar com seu vestido de noiva, no veículo.
Após, entrou no veículo, que foi conduzido por um motorista particular.
Antes de partir, o casal acenou para os convidados.
Ao chegarem na casa que seria o domicílio de ambos, Carlos ofereceu dinheiro ao motorista agradecendo-lhe pelos serviços prestados.
O homem auxiliou então o moço a colocar as malas de Angélica na sala de visitas.
Depois, Carlos abriu a porta do carro para que Angélica descesse.
Nisto, conduziu a moça até a entrada da casa.
Ao chegarem na porta da mansão, o moço carregou-a nos braços, conduzindo-a até a sala.
Em seguida, o homem partiu.
Angélica, pediu então ao moço, para que a colocasse no chão.
Carlos disse-lhe então, que aquela primeira noite, dormiriam na casa nova, e que no dia seguinte, iriam viajar para a Europa.
O moço, disse-lhe que agora eram casados.
Dizendo: “enfim sós”, abraçou-a.
Ao tentar beijá-la, Angélica disse que as malas não poderiam permanecer na sala.
Carlos então, prontificou-se a levá-las para o quarto.
Nisto, chamou dois criados, que se encarregaram de levar para o quarto do casal, as malas.
Depois, o moço agradeceu os empregados, recomendando que preparassem um bom café da manhã, por volta das dez horas da manhã. Argumentou que por ser dia de festa, não precisavam acordar cedo.
Os empregados agradeceram e se retiraram.
Nisto, o moço comentou que dali para frente, seria ela quem daria as ordens naquela casa.
Abraçando-a, disse que estava muito feliz, e que também a faria muito feliz.
Segurando sua cintura, fez menção de novamente carregá-la nos braços, no que Angélica comentou que preferia subir as escadas sozinha.
Carlos contudo, argumentou que era sua primeira noite de casado, e que queria conduzi-la até o quarto, carregando-a nos braços.
Angélica lembrou-se das palavras da mãe e com isto, acabou concordando com o moço.
Porém, quando o moço tentou segurá-la nos braços novamente, a moça se afastou.
Percebendo isto, Carlos disse-lhe:
- Não precisa ficar nervosa!
- Mas eu não estou nervosa! – retrucou a moça, impaciente.
Carlos então, ao notar a irritação da moça, respondeu que estava tudo bem.
Nisto, aproximou-se novamente da jovem, segurou-a pelas costas e num gesto rápido, carregou-a nos braços.
Em seguida subiu as escadarias, conduzindo-a até o quarto do casal.
Ao lá chegar, colocou a moça no chão.
Angélica olhava para ele sem saber o que fazer.
Carlos também parecia um pouco sem jeito.
Nisto o moço sugeriu que a moça trocasse de roupa. Disse-lhe que havia um vestíbulo, onde ela poderia se trocar.
Ao ouvir isto, Angélica ficou um pouco desconfortável.
Carlos argumentou que ele também trocaria de roupa. Tentando tranqüilizá-la respondeu que ela poderia ficar sossegada que ele sairia do quarto.
Aproximando-se da moça, beijou-lhe a mão e afastou-se.
Em seguida, Angélica encostou a porta.
Abriu a mala e retirou uma camisola.
No vestíbulo, retirou com todo o cuidado seu vestido de noiva. Tarefa que lhe deu um certo trabalho.
Depois, colocou a camisola e deitou-se na cama.
Impaciente, Carlos caminhava de um lado para o outro na sala.
Mais tarde o moço retornou ao quarto, onde percebeu que a moça já estava deitada.
Igualmente abriu uma de suas malas e retirou um pijama.
Vestiu-se e deitou-se na cama ao lado da moça.
Angélica parecia dormir.
Carlos então, começou a chamá-la. Dizia que precisavam conversar.
A jovem porém, parecia não ouvi-lo.
Carlos contudo, continuou insistindo.
Contudo, ao perceber que a moça não lhe respondia, começou a se aproximar dela. Segurou sua cintura.
Angélica despertou. Surpresa, sentou-se na cama.
Carlos repetiu o gesto.
Tocando no ombro da moça, respondeu que eles não precisavam se recolher tão cedo. Argumentou que poderiam acordar tarde, já que a viagem só ocorreria a tarde.
Angélica ficou surpresa.
Carlos começou então a beijar-lhe.
Quando o moço aproximou-se de seu pescoço, a moça tentou se afastar.
Carlos percebeu a reação. Perguntou então, o que estava acontecendo.
Angélica respondeu tensa, que não estava acontecendo nada.
O moço porém, percebeu que Angélica estava nervosa.
Disse-lhe para que não tivesse medo. Comentou que ela era uma pessoa muito especial e que merecia ser muito amada.
Lágrimas começaram a correr dos olhos da jovem.
Carlos pegou um lenço e começou a secar suas lágrimas.
Depois abraçou-a.
Enquanto a mantinha em seus braços, comentou que gostava muito de sua presença. Tocando em seu rosto, disse-lhe tinha a pele muito macia e um rosto muito bonito.
Nisto, beijou-a novamente.
Angélica contudo, permanecia distante.
Carlos, percebendo isto, perguntou enciumado, se ela ainda pensava em Herculano.
Com lágrimas nos olhos, perguntou se ela não tinha nem um pouco de amor por ele.
Aturdido, comentou que desde que pusera os olhos nela, havia se encantado com sua figura, com sua beleza, com seu jeito.
Nisto, afastou-se da moça, virando-lhe as costas.
Angélica ficou visivelmente tocada com o gesto.
Tímida, tentou tocar em seu ombro, mas seu nervosismo não permitiu.
Enfim, depois de um certo tempo, pediu quase sem voz, para que ele a desculpasse. Disse que não pensava em Herculano.
O moço virou-se para ela.
Trêmula, Angélica respondeu:
- Eu não sei por que você está pensando isto de mim. Eu não estou pensando em ninguém... Eu não sei... Não sei... O que está acontecendo... O que você quer de mim?
Segurando-a novamente pelos ombros, disse:
- Eu só gostaria que você gostasse um pouco de mim! ... Só um pouco! Deixe-me, ser feliz, nem que seja por uns breves instantes! – nisto o moço insistiu. – Me deixe tocá-la, abraçá-la, beijá-la. Eu não vou te fazer mal... Só não me faças me sentir tão infeliz!
Ao perceber que novamente as lágrimas corriam no rosto de Carlos, Angélica ficou penalizada.
Gaguejando, disse que não tinha a intenção de fazer ninguém infeliz. Nisto, sem pensar direito, tocou sua mão no rosto do rapaz.
Foi o suficiente para o moço segurar sua mão e beijá-la.
Nisto, foi se aproximando da moça, até tomá-la nos braços, beijando-a novamente.
Angélica por fim, acariciou o rosto do rapaz, que sorriu para ela.
A moça então, enxugou as lágrimas do rosto de Carlos, que ficou enternecido com o gesto.
Mais tarde, podia se ver o moço abraçado a Angélica, ambos enrolados nos lençóis.
No dia seguinte, ao despertar, o moço acordou sorrindo.
Por alguns instantes, ficou velando o sono da esposa.
Esposa. A idéia deste nome, trazia imensa felicidade.
Com isto, depois de um certo tempo, o moço resolveu chamar Angélica.
Sussurrou em seu ouvido:
- Acorda preguiçosa! Acorde minha esposa, Senhora Camargo.
Angélica então acordou. Sonolenta, perguntou as horas.
Carlos respondeu que já eram quase dez horas.
Nisto, beijou o rosto da moça, perguntando se tivera uma boa noite de sono.
A moça respondeu afirmativamente.
Carlos por sua vez, comentou:
- Embora não me tenham perguntado, eu também dormi muito bem. A noite foi ótima!
Segurando uma das mãos da moça, beijou-a.
Agradeceu-lhe pela bela noite que ela havia lhe proporcionado.
Angélica ficou sem graça.
Carlos respondeu que não poderia ter feito melhor escolha. Disse-lhe que seriam muito felizes juntos.
Nisto o casal se arrumou para tomar o café.
Ao descerem as escadas, o casal se deparou com uma mesa repleta de iguarias.
Angélica elogiou a beleza da mesa.
Carlos então, puxou uma das cadeiras, para que a moça pudesse sentar-se.
Em seguida o moço também se sentou.
Gentil, começou a oferecer a Angélica frutas, sucos.
Ofereceu a moça colheradas das iguarias das quais se servira.
Depois do lauto café da manhã, o moço se dirigiu ao escritório.
Antes de viajarem, queria se inteirar dos últimos acontecimentos.
A seu pedido, Angélica o acompanhou.
E assim, enquanto lia o jornal, a moça se entretinha lendo a revista “O Cruzeiro”.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

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