Poesias

quinta-feira, 18 de março de 2021

A FLOR DO ALTO - CAPÍTULO 28

Quando o casal se apercebeu o do adiantado das horas, Olavo respondeu que talvez não conseguisse encontrar um táxi para voltar ao hotel.
Josie, ao olhar o relógio, percebeu que já passava da meia-noite.
Percebendo que o moço não encontraria um táxi, sugeriu que ele dormisse em sua casa.
Olavo, todo cerimonioso, respondeu que não queria incomodar.
Josie respondeu que ele poderia dormir na sala do apartamento.
Disse que providenciaria travesseiros e cobertores.
A moça então pegou lençóis, travesseiro e cobertores em seu guarda-roupa, e tentou ajeitar o sofá.
Porém, ao perceber que Olavo não ficaria confortável em um espaço tão diminuto, ficou indecisa.
Sugeriu que o moço dormisse no chão.
Josie dirigiu-se então ao quarto.
Retornou com mais duas cobertas.
Olavo por sua vez, respondeu que não havia necessidade de tanto zelo.
Argumentando que poderia dormir em qualquer lugar, disse que ela não precisava ter tanto trabalho.
Mais tarde, o moço deitou-se na cama improvisada.
Josie, perguntou-lhe se estava confortável.
Olavo respondeu que a ‘cama’ estava macia, mas muito quente.
A moça então, percebendo que o calor que fazia São Paulo, constatou que o rapaz não passaria bem com tantos cobertores. Contudo, argumentou que sem aquela providência, ele teria que dormir no chão duro.
Olavo respondeu que não se importava.
Desta maneira, pediu licença a moça, retirando alguns cobertores.
Mais tarde, a moça se recolheu, vindo a se deitar na cama instalada em seu quarto.
O moço por sua vez, não dormira bem.
Com o calor, os cobertores se tornaram muito quentes.
De maneiras que, o rapaz se viu compelido a dormir no sofá, permanecendo boa parte da noite encolhido.
Durante a madrugada, o moço aproveitou para observar a moça.
Segurando a maçaneta da porta, ficou de longe observando a jovem dormindo.
A moça dormia com a luz colorida do abajur acesa.
Olavo olhou-a enternecido.
Mais tarde, foi a vez da moça observar que o rapaz estava dormindo bem.
Josie ao ver o rapaz todo contorcido no sofá, ficou penalizada.
Ao constatar que o rapaz não estava confortável, decidiu acordá-lo.
Ao ser despertado, o moço perguntou se já era hora de despertar.
Josie perguntou-lhe então, se não preferia dormir em seu quarto.
Olavo respondeu que não, que estava bem.
Como a moça não ficara convencida, insistiu para que ele dormisse na cama.
Preocupado, o rapaz perguntou se havia outra cama na residência.
Josie respondeu que não.
- E onde você irá dormir? – perguntou.
A moça respondeu então, que iria se ajeitar no sofá.
Olavo, ao ouvir tais palavras, ficou indignado.
- Como assim? Não tem cabimento uma coisa dessas! Eu não vim aqui para desalojar ninguém!
Josie argumentou que não havia problema.
Olavo protestou.
O casal só chegou um acordo, quando a moça aceitou continuar dormindo na cama junto com ele.
Nisto, Josie tentou demarcar seu espaço.
O moço concordou.
Porém, conforme o sono chegava, o rapaz aproveitava para se aproximar da moça.
Enquanto fingia estar dormindo, aproveitava para tentar se encostar em Josie.
Sonolenta, a jovem mal percebia o contato.
Com isto, Olavo aos poucos se aproximou da moça.
Primeiramente tocando em seus pés, se aproximando lentamente.
Tocou em seus cabelos, sentiu o seu perfume.
Em dado momento o rapaz tocou em seu ombro.
A certa altura, a moça que estava de costas para ele, virou-se.
Olavo tentou acariciar seu rosto, mas se conteve.
Por um momento, teve medo que a jovem se ofendesse com seu gesto, e decidisse se afastar dele.
O moço ficou então contemplando o rosto da jovem.
Josie, que dormia tranqüila, despertou.
Ao vê-lo observando-a, sorriu para ele.
Perguntou-lhe por que não estava dormindo.
Olavo respondeu nervoso, que havia perdido o sono.
Josie, preocupada, perguntou se estava tudo bem.
O homem respondeu que sim.
Ela porém, notou intranqüilidade nos olhos do moço.
Insistiu para que dissesse o que estava acontecendo.
Tenso, o rapaz tentou desconversar, mas Josie pressionou-o.
Olavo sem jeito, pediu para dormir no chão.
A mulher respondeu que não.
- Afinal de contas, não está tudo bem?
Como Olavo permanecesse tenso, abraçou o moço, acariciando suas costas.
O moço começou a sentir arrepios.
Ao notar isto, Olavo pediu para que a jovem o soltasse.
Josie ficou surpresa.
- Mas por que? Ficar perto de mim é tão desagradável assim?
Nisto, a moça soltou o rapaz, que olhou-a envergonhado.
Ao fitá-lo, Josie percebeu o que ele estava tentando dizer.
Ao notar que o que o jovem estava tentando educadamente dizer, ficou nervosa.
Sem saber o que fazer, ficou olhando para ele.
Olavo não sabia onde enfiar a cara.
Estava com vergonha.
Constrangido, disse que em nenhum momento de sua vida, se sentira tão desconfortável.
Nisto, pediu desculpas a moça e insistiu em voltar a pé para o hotel onde estava hospedado.
Josie protestou.
Disse que São Paulo era uma cidade perigosa, e que o hotel onde estava hospedado ficava muito longe dali.
Argumentou que sua presença não era um incomodo para ela.
A moça então, pediu-lhe desculpas.
Disse que não estava sendo hospitaleira como deveria.
Olavo então, num impulso, segurou-a pelo braço e beijou-a.
Josie não se opôs.
Com isto, o rapaz abraçou a moça e continuou a beijar-lhe a boca.
Acariciou suas costas.
Josie colocou as mãos em seu rosto.
A moça vestia uma camisola.
O rapaz usava uma camisa.
A certa altura, Olavo estava a beijar o pescoço e o colo da namorada.
Despidos, o moço ajeitou delicadamente a moça sobre a cama.
Mais tarde, Olavo procurou na cozinha do apartamento da moça, mantimentos para servir como café da manhã para sua namorada.
Desajeitado, preparou café, leite, chá, encontrou torradas, queijo branco, uvas, manteiga.
Procurou uma bandeja onde ajeitou todos os alimentos com todo o cuidado.
Cuidadoso, entrou no quarto da moça com todo o cuidado.
Depositou a bandeja na cama.
Em seguida, aproximou-se da moça. Sussurrando em seu ouvido, disse:
- Acorda, dorminhoca!
Josie, olhou para o rapaz, sonolenta.
Ainda em estado em torpor, respondeu:
- Bom dia!
Nisto Olavo insistiu para que ela não voltasse a dormir.
Apresentou-lhe a bandeja de café da manhã.
Josie então acomodou-se na cama, para o moço pudesse colocar a bandeja a seu lado.
Atencioso, o homem sugeria que ela se servisse de tudo o que estava na bandeja.
A jovem não sabia por onde começar.
Olavo pegou o cacho uvas e começou a colocar as frutas na boca da moça.
O casal tomou o desjejum juntos, com Olavo colocando comida na boca de Josie, e a moça fazendo o mesmo com ele.
Entusiasmado, o moço comentou que ela precisava voltar para o Sul, agora na qualidade de convidada dele.
Vaidoso, Olavo argumentou que havia muito o conhecer do estado, as praias, a Lagoa dos Patos, as Missões. Disse que o Rio Grande era um estado de muitas tradições.
Josie olhava-o com ternura.
A moça, tentando provocá-lo, respondeu que só voltaria ao Sul, se ele se trajasse conforme as mais rigorosas tradições gaúchas.
A mulher queria vê-lo pilchado.
Olavo começou a rir.
Josie indagou o porquê das risadas.
O moço respondeu, que imaginando que seria cobrado para que assim procedesse, trouxe em sua mala, toda a indumentária tradicional gaúcha.
Josie ficou entusiasmada.
Olavo contudo, respondeu que havia uma condição para assim proceder.
- Que condição? – perguntou Josie.
- Simples! Eu só vou me vestir assim no lugar apropriado. – redargüiu o moço.
- Como assim? – insistiu ela.
- Eu só vou me vestir assim, em um ambiente com música gaúcha.
Josie sorriu.
Prometeu que procuraria um restaurante com comida típica, mas que não poderia garantir a música.
Olavo insistiu na música tradicional.
Diante disto, a moça respondeu:
- Está certo! Em uma cidade como São Paulo, acho que não vai ser difícil encontrar um lugar nestas condições.
Olavo sorriu triunfante.
- Então está acertado!
Mais tarde, o moço tomou um banho.
Josie passou a camisa amassada do moço.
Olavo comentou que precisava voltar para o hotel.
Pediu a moça para que não demorasse para encontrar o restaurante.
Nisto, Olavo se despediu da moça.
Disse que mais tarde, telefonaria para ela.
Josie então, passou a procurar um restaurante.
Pesquisou na internet.
Para sua surpresa, não teve trabalho para encontrar um bom lugar.
Desta maneira, ligou para o celular do rapaz. Estava ansiosa para contar a novidade.
Quando Olavo foi informado do fato, foi logo intimado pela moça a se paramentar, pois jantariam no aludido restaurante.
Sorrindo, o rapaz concordou.
A noite, Olavo foi buscar Josie em seu apartamento.
A moça estava impecável em seu vestido verde de manga única.
O homem elogiou a elegância da jovem.
Josie também ficou encantada com a indumentária do moço.
Elogiou-o dizendo que estava muito garboso.
Olavo ficou envaidecido com o elogio.
Com isto, estendeu o braço para a moça.
De táxi, o casal rumou para o restaurante na região do aeroporto.
Olavo, reconhecendo a região, comentou que conhecia o lugar.
Josie sorriu.
Ao chegarem no restaurante, foram conduzidos pelo garçom.
Olavo puxou a cadeira para a moça sentar-se.
O garçom explicou que se tratava de um rodízio.
Ofereceu arroz à carreteiro, que Josie de pronto aceitou.
Olavo também se serviu um pouco do arroz. Mas o que lhe interessava mesmo, era o churrasco.
Ao começarem a ser oferecidas carnes, o moço se serviu de frango, carne bovina, lingüiça.
Até salada o rapaz comeu.
Enquanto se deleitava com a comida, Olavo matava as saudades de sua terra, ouvindo as típicas canções gaúchas.
No restaurante, os cantores usavam bombacha, lenço, chapéu, botas.
Olavo ficou encantado.
Comentou que parecia estar em um evento cultural de seu estado.
A moça sorriu satisfeita.
Com isto, Josie, também comeu um pouco de carne.
Mas nada que se comparasse ao apetite do moço.
Animado, a todo o momento Olavo perguntava se ela não iria comer mais.
Josie respondeu agradecida que não. Disse que estava satisfeita.
Olavo por sua vez, argumentou que ela havia comido pouco.
Chegou até a lhe sugerir uma sobremesa.
Josie recusou, reafirmando que estava satisfeita. Insistiu para que ele não se preocupasse.
Nisto, estendeu sua mão para tocar no rosto do moço.
O jovem, ao perceber o toque da mão de Josie, segurou-a beijando seu dorso.
A moça então, pediu ao moço que parasse de beijar sua mão, posto que todos os observavam.
Olavo chamou-a de boba. Argumentou que ninguém reparava neles.
Josie porém, ficou um pouco constrangida.
Percebendo isto, Olavo disse-lhe que pagaria e conta e saíram do restaurante.
Com isto, mais tarde pegaram um táxi e foram até o apartamento de Josie.
Solicitando que o taxista aguardasse um pouco, Olavo conduziu a moça até a entrada do prédio. Conversando com ela, sugeriu para que fosse com ele para hotel.
Disse-lhe que poderia fazer uma pequena mala, e assim passar a noite com ele.
Josie hesitou.
Olavo por sua vez, insistiu para que ela não o deixasse sozinho.
Dramático, argumentou que não conseguiria dormir depois dos momentos tão especiais que passaram juntos.
Aproximou-se então da moça, e beijou-a.
Constrangida, Josie falou que o taxista o estava aguardando.
Olavo insistiu delicadamente para que ela fizesse uma mala.
Meio sem jeito, ela acabou concordando.
Olavo sorriu.
Enquanto via a moça se afastar disse em voz alta:
- Volte logo!
Nisto, voltou para o táxi onde pediu para o taxista aguardar mais um pouco.
Josie entrou então em seu apartamento.
Abriu a porta do guarda-roupa, escolheu uma camisola, um jogo de roupas limpas para usar no dia seguinte, um sapato confortável, roupas íntimas, creme para o cabelo e um livro.
Depois de vinte minutos, a moça desceu carregando uma pequena mala.
Olavo estava ansioso.
Indiscreto, o taxista perguntou se era começo de namoro.
Olavo respondeu que já estavam namorando à distância há alguns meses.
Com isto, quando Josie abriu o portão de entrada do prédio, o moço saiu do táxi e conduziu-a até o veículo.
Gentilmente, abriu a porta para que ela pudesse entrar.
Segurou sua mala.
A seguir, entrou no veículo.
Por fim, partiram.
Ao chegarem no hotel, Olavo pagou a corrida.
Conduziu a moça até seu quarto.
Ao entrarem no ambiente, Olavo pediu para que ela ficasse à vontade.
Josie sentou-se no sofá.
Um pouco tenso, Olavo perguntou se ela queria beber alguma coisa.
Josie respondeu que não.
Com isto, o moço pegou a mala da jovem e colocou no armário.
Perguntou-lhe se queria dormir.
Josie respondeu então, que gostaria de usar o banheiro.
Olavo mostrou-lhe a porta.
Enquanto a moça se arrumava, o moço ligou para a recepção.
Mais tarde, um funcionário do hotel dirigiu-se até o quarto levando champagne e uma cesta com pétalas de rosas.
Com efeito, quando a jovem saiu do toilet, ficou admirada com a arrumação do quarto.
Havia pétalas de flores espalhadas pela cama, e champagne.
Olavo sugeriu um brinde.
Elogiou a camisola da moça. Disse-lhe que estava linda.
Nisto, ofereceu-lhe um pouco de champagne, servindo-lhe a bebida em uma bonita taça.
A esta altura, Olavo estava de roupão.
Josie achou-o encantador.
Olhando-o admirada, percebeu que nunca havia sido tão bem tratada por alguém.
Ao constatar isto, ficou emocionada.
Lágrimas correram de seus olhos.
Emocionada, bebeu a champagne.
Olavo sugeriu um brinde.
Feliz, disse que deveriam brindar a beleza do momento.
Brindaram.
Nisto, ao perceber que Josie continuava emocionada, aproximou-se e beijou suas lágrimas.
Parecia querer enxugá-las com seus beijos.
Por fim, tomou-a nos braços.
Beijou-lhe os lábios.
Encantador, disse-lhe que naquela noite, seria seu príncipe.
Josie riu.
Ao perceber que a moça estava mais alegre, Olavo respondeu que valera a pena a brincadeira.
Segurou sua mão e beijou-a.
Malicioso, o moço tornou a beijar seus lábios.
Retirou seu roupão.
Conduziu a moça até o leito.
Cobriu a moça de flores.
Passaram a noite juntos.
Feliz, Olavo dormiu com Josie em seus braços.
Ao despertar, percebendo que a moça não estava mais no leito, levantou sobressaltado.
Porém, ao perceber que Josie tomava banho no chuveiro, acalmou-se.
Quando a jovem saiu do banheiro, estava vestida com uma blusa branca e uma calça jeans. Calçava um sapato confortável.
Olavo permaneceu na cama.
Josie então, percebendo a existência de uma cesta com pétalas de rosa, começou a lançá-las sobre o dorso de Olavo.
Beijou seu pescoço.
Disse-lhe sussurrando que gostaria de passear. Perguntou-lhe se gostaria de continuar dormindo.
Olavo então espreguiçou-se.
Mexendo seus olhos, disse que iria se arrumar.
Josie respondeu que assistiria um pouco de televisão.
E assim, enquanto Olavo tomava banho e se perfumava, Josie assistia aos noticiários.
Quando saiu do banheiro, o moço estava usando uma calça jeans e uma camisa pólo.
Sentado na cama, calçou um tênis.
Olavo pediu então, para a moça desligar a televisão.
Saíram juntos do quarto.
Dirigiram-se para o salão.
Lá, deliciaram-se com um lauto café da manhã composto de iogurtes de variados tipos, sucos, leite, café, chás, frutas: como mamão, melão e morango. Croissant’s de frios, brioches, torradas com óleo e orégano, pedaços de bolo de coco, de fubá. Havia também, biscotinhos amanteigados.
Curiosa, Josie pegou um pouco de cada um dos itens e colocou em três pratos. Serviu-se de um iogurte e de suco de laranja.
Olavo ao vê-la com tanto apetite, comentou:
- Benza Deus!
A moça riu.
Enquanto saboreava os alimentos, a jovem oferecia pedaços a Olavo, que os aceitava prontamente.
Por fim, devidamente alimentados, o casal saiu de mãos dadas.
Caminhando pela cidade de São Paulo continuaram a se deslumbrar com a grandeza e a imensidão da capital.
Observaram prédios históricos, construções abandonadas, visitaram museus.
Josie mostrou ao rapaz a região da Luz, sua bela e antiga estação, a Pinacoteca do Estado, a Estação Pinacoteca, o Museu da Língua Portuguesa, a região do Bom Retiro, e o comércio popular.
Mais tarde, voltaram a região do centro, onde Josie apresentou o rapaz ao Páteo do Colégio, o Solar da Marquesa de Santos, e outros prédios históricos.
Almoçaram juntos em um dos restaurante da região.
Em outro passeio, visitaram o Memorial da América Latina, conheceram o Museu do Imigrante – onde passearam de trem.
Brincando, Josie disse-lhe em São Paulo também havia um passeio de trem antigo.
Olavo estava adorando conhecer uma São Paulo tão atrativa.
Insistindo para que o rapaz permanecesse mais alguns dias na capital, Josie acabou convencendo o rapaz a ficar.
Desta forma, Olavo hospedou-se na casa da moça.
Contatou seus pais. Informou-lhe sobre os progressos na negociação com o fornecedor. Disse que o negócio estava fechado e que já poderiam começar o fornecimento dos vinhos.
Otaviano ficou entusiasmado. Contudo, ao notar a demora do moço na capital, indagou o porquê da demora em retornar.
Olavo respondeu-lhe que não estava mais hospedado no hotel, e que a pedido da namorada, havia decidido permanecer mais alguns dias na capital.
Feliz, comentou que estava adorando conhecer a São Paulo de Josie, tão encantadoramente bela quanto ela.
Otaviano sorriu.
- Meu filho está me saindo um grande galanteador! – comentou o homem.
Vilma também conversou com o filho.
Quando o moço contou-lhe que estava hospedado na casa da moça, a mulher argumentou:
- Mas meu filho! Já está se espalhando?
Nisto, o jovem explicou-lhe que se hospedara em casa de Josie, a pedido da própria.
Vilma ficou espantada. Chegou até a comentar:
- Mas quanto progresso, hein meu rapaz!
Olavo não cabia em si de contente.
Sua mãe percebeu. Desejou-lhe felicidades, mas também recomendou-lhe para que tivesse juízo.
O jovem respondeu que procuraria ter juízo, mas que estando perto de Josie, seria difícil.
Ao ouvir isto, Vilma caiu na risada.
Comentou que ele estava muito saidinho. Disse que havia gostado muito da moça e que deveria ser cuidadoso com ela. Vilma argumentou que ela não parecia ser uma deslumbrada e sim uma moça para um relacionamento duradouro.
Olavo retrucou dizendo:
- Mas eu não estou brincando! Eu a adoro! Josie é muito especial! Eu nunca conheci uma garota igual a ela.
Seu filho proferira estas palavras com tanto sentimento, que Vilma percebeu a sinceridade e o afeto de Olavo.
Nisto, o moço comentou que estava tentando fazer com que cada minuto ao lado dela se tornasse especial.
Mãe e filho despediram-se então.
Vilma por sua vez, comentou com o marido, que o relacionamento do casal estava sério.
Otaviano conversando com a esposa, respondeu que adoraria ver o filho casado e feliz. Disse que era feliz em seu casamento, e que desejava o mesmo para o filho. Argumentou que ele não nascera para viver sozinho.
Durante a semana, Josie comentou exultante que sua matéria estava na nova edição da revista.
Animada, a moça ligou para o apartamento, informando Olavo que a revista já estava nas bancas.
O moço, curioso, tratou logo de procurar uma banca para comprar a revista.
Ao ler a matéria e apreciar as fotos, comentou consigo que Josie era muito cuidadosa e caprichosa.
Mais tarde, ligou para a moça parabenizando-a.
Disse-lhe que a matéria fora muito bem feita.
Josie agradeceu o elogio.
Medeiros – seu chefe – também elogiou a moça. Comentou que seu trabalho estava muito bem feito.
Com isto, Olavo ligou para seus pais, recomendando-lhes que comprassem um exemplar da revista em que havia uma matéria de Josie.
Vilma, respondeu que assim que fosse para a cidade, trataria de comprar uma edição.
Olavo disse o nome da revista, e comentou que a matéria estava na edição daquele mês.
Nisto, assim que conseguiu uma folga, Josie aproveitou para levar seu namorado para passear no Parque Ibirapuera.
Com efeito, o casal passeou pelas margens do lago, caminhou por entre as árvores, visitou o MAM, onde passaram pela marquise, e o Museu Afro Brasil.
O moço se impressionou pelo acervo do Museu Afro.
Impressionou-se com a estrutura do navio negreiro, e o jogo de luzes e de sons quando o visitante se aproximava do barco.
O barco, desconstruído, lembrava um fóssil.
Ao término do passeio aos museus, o rapaz comentou que São Paulo não era a selva de pedra que todos diziam.
Alegou que a cidade era encantadora, e que não era somente uma forte economia impulsionando o país.
Josie ressaltou que o estado é muito desenvolvido, a locomotiva do país, mas o estado e a cidade de São Paulo, não são impessoais a ponto de somente se reduzirem a números.
Outro dia, o casal visitou pela região do Ipiranga, visitaram a Praça do Monumento, admiraram a Casa do Grito, e o Museu Paulista – também conhecido como Museu do Ipiranga.
Caminharam pelo entorno, se deslumbraram com as mansões.
Entristeceram-se com as construções abandonadas.
Em novo passeio pela região da Avenida Paulista, conheceram o MASP.
Passearam pelo Parque Trianon.
Olavo comentou que o Parque era contraste em relação a Avenida tão movimentada.
Por fim, quando se aproximou o momento da partida de Olavo, Josie ficou um tanto desapontada.
Chegou a pedir para ele esperar só mais uma semana.
O jovem porém, dizendo que precisava continuar seu trabalho no Sul, comentou que necessitava dar uma satisfação para seus pais. Argumentou que já fazia quase um mês que viajara. Disse que estava sentindo falta de seu trabalho na vinícola.
Josie entendeu.
O moço então, perguntou-lhe quando entraria de férias.
Josie respondeu que dentro de dois meses, poderia usufruir de suas férias.
Olavo redargüiu que ficaria morrendo de saudade.
Quando finalmente chegou o momento da viagem, Josie visivelmente entristeceu-se.
O moço também estava triste, mas procurava disfarçar. Dizia que os dois meses chegariam depressa e que assim que fosse possível, eles se encontrariam.
E assim, Josie levou Olavo de táxi, até o aeroporto de Congonhas.
Quando a moça se dirigiu ao andar superior e viu o avião decolar, ficou com o coração apertado.
Mais tarde Lucineide foi visitar a amiga.
Josie estava se sentindo um tanto quanto solitária.
Lucineide percebia que a moça estava feliz, mesmo sentindo-se sozinha com a partida do moço.
Com isto, Josie comentou sobre os passeios que fizeram com Olavo.
Os momentos encantadores que passara ao lado do moço.
As amigas passaram a tarde juntas conversando.
Lucineide confidenciou então, que estava feliz com a alegria da amiga, mas que sentira sua falta durante o quase um mês em que ela se dedicou a Olavo.
Josie sorriu para a amiga e desculpou-se.
Comentou que estava em falta com ela.
Lucineide respondeu que não havia problemas pois eram coisas do amor.

Luciana Celestino dos Santos
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