Pedro por sua vez, sempre que podia, levava a esposa para passear. Convidava-a para jantar.
Certa noite, Fabrício, acompanhado de uma mulher, viu o casal.
Pedro ao ver o irmão jantando no restaurante, convidou-o para se juntar a ele e a esposa para jantar.
Fabrício aproximou-se então do irmão. Desculpando-se, disse que estava terminando o jantar, e que precisava levar a moça de volta para casa.
Pedro aceitando as desculpas, disse que precisavam marcar um almoço para que pudessem conversar um pouco mais. Argumentou que no trabalho mal dava tempo para falarem, já que ele estava em outro setor da empresa, e raramente se encontravam.
Fabrício concordou. Prometeu que ele poderia fazê-lo. Respondeu que mais tarde poderiam conversar sobre isto.
O moço conduziu a moça até um hotel do centro da cidade.
A jovem perguntou-lhe se voltariam a se encontrar.
Ao ouvir a pergunta da moça, Fabrício respondeu-lhe que não poderia prometer nada. Comentou que talvez telefonasse mais tarde. Recomendou-lhe porém, que não esperasse por ele.
A moça compreendeu. Despediu-se e adentrou o imponente prédio.
Dias mais tarde, ao encontrar o irmão nos corredores da empresa, Pedro perguntou-lhe quem era a moça deslumbrante com quem estava jantando.
Fabrício desconversou dizendo que era apenas uma mulher bonita.
Pedro, ao perceber o desinteresse do irmão pela garota, comentou que ele estava ficando parecido com ele, nos tempos da boemia.
Ao ouvir isto, o moço irritou-se. Disse que ele não estava fazendo nada de mais, e que não devia satisfações de sua vida a ele.
Pedro, ao ver a reação do moço, ficou perplexo.
Semanas mais tarde, por insistência de Angélica, Fabrício foi intimado a comparecer em um almoço organizado por ela, e no qual estariam presentes Pedro e Cecília, além de Eleanor, Irineu, Eduardo e Márcia. Bem como seus avós – Francelino e Ângela, Diva e Odair.
Quando chegou o dia do almoço, os primeiros a chegar foram Eleanor, Irineu, Eduardo e Márcia.
Eduardo, que estava namorando uma moça, resolveu levá-la para o almoço.
Não sem antes consultar seus pais – Eleanor e Irineu –, os quais contataram Angélia, que autorizou a ida da jovem.
Desta forma, ao chegarem na mansão da família, Eduardo e a família trataram logo de apresentar a moça.
Chamava-se Roseli.
Angélica – a anfitriã – desejou-lhe boas vindas.
Roseli agradeceu.
Nisto surgiram Ângela e Francelino.
A seguir, Diva e Odair.
Pedro e Cecília foram os últimos a chegar.
O casal chegou quase na hora do almoço.
Angélica aborrecida, ralhou com o casal.
Disse que aquilo não eram horas para se chegar, posto que todos os estavam aguardando.
Pedro e Cecília, percebendo o atraso, pediram desculpas.
Nisto, passaram a cumprimentar os presentes.
Quando Pedro viu Fabrício, cumprimentou-lhe. Disse-lhe que sentiu a falta do irmão.
Fabrício abraçando o moço, disse que ele não devia exagerar.
Carlos por sua vez, ofereceu uma bebida para os convidados.
Francelino, Odair e Pedro aceitaram a oferta.
Beberam um licor.
Carlos animado, dizia que a bebida servia para abrir o apetite.
Conversaram.
Nisto o almoço foi servido.
Todos se deliciaram com um strogonof.
De acompanhamento, vinho tinto.
Pedro e Cecília, conversaram sobre a viagem que fizeram, os passeios, a beleza de um Rio de Janeiro deslumbrante.
Depois do almoço, Pedro e Fabrício conversaram reservadamente.
O moço abraçando o irmão, pediu-lhe desculpas pela atitude intempestiva. Fabrício argumentou que não queria comentar detalhes da noite e tampouco da moça que o estava acompanhando, por que era um assunto particular.
Pedro disse que entendia. Completou dizendo apenas, que ficara um pouco surpreso com o comportamento do moço. Contudo, não tinha por que se intrometer em sua vida.
Fabrício então, disse que estava tudo bem. Perguntou então, se estava desculpado.
Pedro, ao responder que sim, estendeu a mão para o moço.
Os irmãos se cumprimentaram.
Em seguida, Pedro comentou que precisava voltar para a sala.
Vaidoso, argumentou que sua esposa poderia estar sentindo sua falta.
Ao ouvir isto, o moço recomendou ao irmão, que retornasse a sala.
Pedro ao perceber o ar triste de Fabrício, perguntou:
- E você, não vem?
- Mais tarde. – respondeu o moço.
Nisto, Pedro adentrou a sala.
Fabrício preferiu caminhar um pouco pelo jardim.
Depois, retornou a sala.
Carlos havia oferecido aos convidados, um cálice de vinho do Porto.
Ao ver o filho caçula adentrando a sala, perguntou-lhe se não gostaria de beber um pouco de vinho do Porto.
Fabrício recusou o oferecimento. Disse que não, obrigado.
Por fim, quando Pedro e Cecília decidiram partir, despediram-se dos convidados.
Cecília ao se encaminhar para cumprimentar Fabrício, perdeu o equilíbrio e acabou por cair em cima do moço.
Sem graça, a moça olhou-o nos olhos e tentando se levantar, pediu-lhe desculpas.
Fabrício, segurando seu braço, ajudou-a a levantar-se.
Tentando amenizar a situação, disse que não tinha por que se desculpar.
Cecília então, despediu-se do moço.
Preocupado, Pedro perguntou-lhe se havia se machucado.
A mulher respondeu que não.
Angélica e Eleanor perguntaram-lhe se estava tudo bem.
Cecília respondeu que sim.
Nisto, o casal retirou-se da mansão.
Mais tarde, os demais convidados também partiram.
Fabrício por sua vez, pediu licença aos pais e se encaminhou para seu quarto.
Lá o moço sentou-se em sua cama, estendendo suas pernas.
A cena da despedida ficou em sua memória.
O moço ficou pensando nisto por um longo tempo.
Fabrício continuou a se ocupar de seu trabalho. Fazia serões.
Contudo, estava diferente.
Por várias vezes, seu pai Carlos, percebeu o filho distraído, pensando em coisas alheias ao trabalho.
Certo dia, ao encontrar o irmão, Pedro também notou o ar distante do moço.
Fabrício por sua vez, procurava disfarçar.
Sua mãe, Angélica, também havia notado que o filho andava estranho.
Razão pela qual perguntou-lhe se estava bem.
Fabrício desconversando, respondeu que estava preocupado com o trabalho.
Angélica por sua vez, não estava convencida.
Preocupada, comentou com o marido, que Fabrício andava estranho.
Carlos por sua vez, argumentou que era somente impressão. Comentou que o moço estava até mais animado.
Luciana Celestino dos Santos
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Poesias
quinta-feira, 18 de março de 2021
A FLOR DO ALTO - CAPÍTULO 14
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