Poesias

quinta-feira, 18 de março de 2021

A FLOR DO ALTO - CAPÍTULO 15

Pedro e Cecília por sua vez, passaram a usufruir da vida de casados.
Cecília cuidava da casa, lavava as roupas do casal, passava-as, limpava a cozinha, o banheiro, tirava o pó dos móveis, varria o chão, cozinhava.
No jantar, preparava um arroz, com salada e carne, além de suco.
Estava feliz.
Trabalhava ao som do companheiro inseparável, o rádio.
Uma vez por semana ia a feira comprar frutas e verduras.
Ia ao açougue para comprar carne bovina e de frango, e na peixaria para comprar peixe.
Também ia ao mercado.
Cecília, sempre que precisava de algum dinheiro, pedia ao marido.
Pedro sempre lhe dava mais dinheiro do que pedia.
Gentil, dizia que ela poderia utilizar o que sobrava com seus alfinetes.
Cecília ria.
Falava que com tantas roupas que havia ganho de sua sogra, não precisaria se preocupar com isto tão cedo.
Pedro porém, insistia para que comprasse algo para ela.
Cecília então, guardava parte do dinheiro em um objeto escondido dentro do armário.
De vez em quando comprava um sapato para ela, um perfume, cosméticos.
Nos aniversários do esposo, a mulher comprava um presente para o moço.
Certa vez, comprou para ele um par de abotoaduras de ouro.
Já havia lhe dado de presente gravatas, e prendedor de gravata.
Nos aniversários de casamento presenteava o esposo, mas também recebia presentes. Geralmente jóias.
Em seus aniversários, a jovem recebia de presente lindos vestidos.
Nestas datas comemorativas, Cecília preparava um belo jantar.
Comidas especiais.
Certa vez, após conversar com a sogra, descobriu uma receita de medalhão.
Com todo o cuidado preparou o prato.
Delicada, montou o arroz com uma forma.
De acompanhamento, um bom vinho.
Na mesa, velas encaixadas em um castiçal.
Pedro ao ver as mesas tão delicadamente arrumadas, sempre elogiava o cuidado da esposa na preparação destas comemorações. Dizia que não poderia escolher melhor esposa, sempre atenciosa e cuidadosa. Nunca se esquecendo de nenhum detalhe para fazê-lo feliz.
Invariavelmente se beijavam.
De sobremesa, Cecília preparava um bolo, ou uma torta.
Nos aniversários de casamento, Pedro levava a moça para jantar em algum restaurante da cidade.
Em uma das festas, um grupo de serestas aproximou-se da mesa, e começou a cantar lindas canções espanholas para a moça.
Atencioso, Pedro oferecia-lhe flores.
Jantavam pratos sofisticados, como frutos do mar, carnes, massas.
Certa vez, o moço levou a esposa para comer paella.
Cecília adorou a iguaria.
Nestas datas, o homem costumava levava a mulher para assistir algum filme. Poderia ser uma chanchada, um filme dos estúdios Vera Cruz, ou um filme americano – um filme noir, uma comédia romântica, um drama, um musical, e até filmes históricos.
Animados, ficavam comentando o filme durante o jantar.
Quando Cecília assistiu ao filme de Antony Dexter, sobre a vida de Rodolfo Valentino, Pedro comentou que sua mãe era apaixonada por Rodolfo Valentino. Contou que sua mãe assistia todos os filmes com o latin lover.
Curiosa, a moça perguntou como eram os filmes.
Pedro respondeu que não tinha a menor idéia.
Cecília aproveitou então para perguntar a sogra, em um dos muitos almoços promovidos por ela.
Certa vez, conversando com sua mãe – Eleanor – a mesma comentou que ele fora um ator que causou frisson entre as mulheres, e muito ciúmes entre os homens.
As mulheres comentaram que ele era um exímio dançarino. Bonito, bem arrumado, com o cabelo sempre moldado por uma pomada, fazia filmes em que arrebatava as mulheres, envolvendo-as com seu ar sedutor.
Irineu sempre que ouvia este tipo de comentário, dizia que ele era homossexual.
Carlos dizia que ele era muito afetado.
Angélia e Eleanor protestavam.
Pedro e Eduardo achavam graça na atitude indignada de Angélica e Eleanor.
Com o tempo vieram os filhos. Dois meninos, Eli e Francisco.
Quando os meninos nasceram, Eleanor fez questão de preparar em sua casa, um almoço em comemoração a cada um dos nascimentos.
Primeiro, o nascimento de Eli, que foi batizado na igreja do bairro onde a mulher morava.
No almoço foi preparada uma bela carne de porco, com arroz, salada.
Carlos providenciou as bebidas.
Francelino e Angela, compareceram a festa.
Odair e Diva a esta época, convalesciam de uma gripe, e não puderam comparecer.
Carlos lamentou a ausência.
Angélica por sua vez, levou uma roupinha para o neto.
Cecília agradeceu o presente.
Eduardo nesta época já havia se casado com Roseli.
Fabrício e Cecília foram convidados para serem os padrinhos do moço.
Eleanor, ao notar a insistência do filho para que o padrinho fosse Fabrício, comentou que esta escolha poderia causar mal estar.
Eduardo, argumentou que não tinha nada contra Pedro, mas que tinha mais amizade com Fabrício.
De fato, os dois sempre que se encontravam nos almoços da família, conversavam animadamente.
Com isto, quando Eduardo ficou noivo de Roseli, aconselhou o rapaz a arrumar alguém. Dizia que Fabrício era muito sozinho.
No que Fabrício respondia que estava bem. Argumentava que não arrumaria alguém só para dizer que não estava sozinho. Agradeceu a preocupação, mas argumentou que no momento certo, encontraria a mulher ideal.
A dupla conversava sobre trabalho, os projetos que tinham para o futuro.
Angélica e Eleanor ficavam felizes com a amizade.
Fabrício também conversava com Roseli.
A moça trabalhava fora. Dizia que precisava trabalhar para auxiliar nas despesas domésticas.
Com efeito, depois de casada, a moça continuou trabalhando fora. Trabalhava como cabeleireira.
Eduardo, trabalhava em um escritório. Era contabilista.
Para o jovem, Pedro era um homem extravagante.
Fabrício dizia que seu irmão não era má pessoa, e que estava tentando se melhorar.
Dizia que o irmão já aprontou muito, e que depois que conheceu Cecília, passou a adotar um comportamento mais comedido.
Eduardo porém, não estava convencido disto.
Eleanor por diversas vezes, disse que o filho era muito desconfiado e ciumento.
E assim, o moço escolheu Fabrício como seu padrinho.
Cecília, ao tomar conhecimento da escolha do irmão, argumentou o porquê da resistência em escolher Pedro como padrinho.
Eduardo comentou que sua amizade era maior com Fabrício.
Ás vezes a dupla se encontrava em festas, e com isto, a amizade se fortaleceu.
E assim, só coube a família concordar.
Pedro por sua vez, ficou melindrado, mas procurou entender.
Tanto que não criou empecilhos para a esposa ser a madrinha.
Roseli escolheu Angélica e Carlos como padrinhos.
A mulher, ao tomar conhecimento da escolha, ficou emocionada.
Feliz, agradeceu a escolha.
Para organizar a cerimônia de casamento, foi preciso fazer alguns ensaios.
Isto por que os pais dos noivos e os padrinhos precisavam saber em qual lugar do altar, ficariam.
E assim, Fabrício e Cecília tiveram que participar dos ensaios.
Com isto, a dupla caminhou de braços dados até o altar.
Pedro ao ver o ensaio, questionou o fato de Fabrício segurar o braço de Cecília.
Argumentou que aquilo não era necessário.
Eduardo por sua vez, disse que todos os padrinhos caminhariam de braços dados até o altar.
Pedro porém, continuou protestando.
Eleanor, ao tomar conhecimento do fato, perguntou ao filho se não era melhor abrir mão daquela formalidade.
Eduardo respondeu que não. Disse para Pedro que eles eram cunhados e que não havia nada de mais no gesto.
Pedro teve que aceitar.
Nervoso porém, questionou com a mulher o fato.
Cecília por sua vez, dizia que não via problemas em caminhar de braços dados com o irmão de seu marido. Argumentou que não via nada de inapropriado nisto.
Certo dia, a moça tropeçou no tapete, sendo amparada pelo cunhado.
Eduardo, ao ver a cena, acorreu em sua direção. Perguntou-lhe se havia se machucado.
Cecília respondeu que não.
Márcia recebeu a incumbência de ser dama de honra.
Desta forma, também participou dos ensaios.
Pedro, ao tomar conhecimento do incidente, perguntou-lhe se estava tudo bem.
A moça respondeu que sim.
Quando finalmente chegou o momento do casamento, Eduardo estava muito feliz. O rapaz usava um fraque preto.
Roseli por sua vez, foi conduzida por seu pai, ao altar. Durante a cerimônia, chorou emocionada.
Usava um vestido rodado branco, de manga comprida.
Fabrício permaneceu ao lado de Cecília no altar.
Carlos e Angélica também ficaram no altar, ao lado dos pais da moça.
Eleanor e Irineu, estavam radiantes e elegantíssimos.
A mulher usava um vestido longo e Irineu usava um terno cinza.
A cerimônia foi muito bonita.
O sacerdote começou a falar do encontro do casal, da união de propósitos. Comentou que os anjos estavam abençoando a união.
Na saída da igreja foi jogado arroz sobre os noivos.
Durante a festa, Roseli jogou o buquê.
Uma vizinha da moça pegou-o.
A festa foi simples, mas muito animada.
Agora a família participava do almoço em comemoração ao batizado de Eli.
A pedido de Cecília, Eduardo e Roseli se tornaram padrinhos da criança.
Por sua vez, no batizado de Francisco, os padrinhos do menino foram Eleanor e Irineu.
A mulher novamente preparou um almoço.
A certa altura do almoço, Irineu sugeriu um brinde em homenagem a linda família que Pedro e Cecília haviam formado.
Todos os convidados brindaram.
Nesta comemoração, todos lamentaram a ausência dos bisavós paternos do menino.
Diva e Odair, haviam falecido recentemente.
Francelino e Ângela, por sua vez, compareceram ao almoço.
Carlos e Angélica também participaram do evento.
Fabrício levou um presente para o menino.
Márcia, a todo o momento pedia para segurar o menino.
Cecília concordou.
Márcia, que nesta época entrava na adolescência, adorou segurar o menino, que tranqüilo, se aninhou em seus braços.
Eli por sua vez, ficou no gramado do quintal da casa, brincando.
Angélica adorava paparicar os netos.
Tanto que ficou segurando os netos no colo.
Angélica brincou com Eli e depois, ficou paparicando Francisco.
Ao voltarem para casa, Cecília colocou os meninos para dormir.
Eli e Francisco dormiam em berços separados, no mesmo quarto.
Quando a moça voltou para o quarto do casal, já de camisola e exausta, Pedro a abraçou.
Certo dia, o moço sugeriu a contratação de uma babá para cuidar das crianças.
Cecília concordou.
Assim, poderiam cuidar de seus afazeres domésticos com tranqüilidade, enquanto os meninos eram cuidados pela babá.
Contudo, em que pese este fato, Cecília não deixava de cuidar da alimentação das crianças.
Brincava com elas.
Em plena era do surgimento da televisão, as crianças assistiam aos programas infantis.
Eli adorava o indiozinho da Tupi.
Cecília gostava dos programas de auditório, as apresentações musicais.
Finalmente poderia ver seus cantores preferidos pela tevê.
Ficou encantada ao descobrir a fisionomia de Ivon Cury, Angela Maria, entre outros.
Pedro por sua vez, comentou que sua mãe gostou da novidade, mas às vezes achava que estava em um cinema.
- Cinema? – perguntou Cecília, intrigada.
No que Pedro explicou que sua mãe estava acostumada a imaginar as imagens, posto que sua geração crescera com o rádio.
Cecília compreendeu. Argumentou que como somente no cinema, ela via imagens em movimento, então, esquecida da novidade, achava que se encontrava em uma sala de cinema.
A jovem achou graça.
Comentou que sua mãe lhe contara que sua avó, não conhecia cinema e que na primeira vez, que viu aquela imensa tela, com imagens em movimento, viu uma carruagem. Assustada, pensou que a carruagem iria sair da tela e passar pelos corredores, conduzida por um homem que açoitava os cavalos.
Rindo, disse que sua avó saiu correndo da sala. Desistiu de assistir o filme.
Pedro comentou rindo:
- Pobre senhora!
Cecília respondeu que era o sinal dos tempos. Falou que tudo estava mudando muito rapidamente.
Pedro completou que a partir dali, as mudanças ocorreriam de forma ainda mais rápida.
Argumentou que a facilitação da industrialização no Brasil, por Juscelino, o Brasil finalmente se tornaria um país moderno.
Cecília concordou.
A noite, antes de dormir, folheava uma revista. Perguntava ao marido se estava indo tudo bem em seu trabalho.
Quando o homem chegava, Cecília o recebia com um beijo e perguntava como havia sido o seu dia.
Invariavelmente o moço respondia que fora bom, que trabalhara muito.
E assim, prosseguia a rotina do casal.
Certa vez, ao folhear a revista ‘O Cruzeiro’, a moça viu um anúncio de eletrodoméstico. Era uma batedeira.
Animada, resolveu comprá-la.
Quando finalmente aprendeu a manusear o equipamento, bateu a massa de um bolo.
Depois colocou-a em uma forma e assou a massa.
Por fim, mostrou um bonito bolo para o esposo.
Comentou que aquele era o primeiro bolo cuja massa fora batida em sua nova batedeira.
Pedro perguntou se o equipamento era de fato mais prático.
Cecília respondeu que sim. Respondeu que agora não mais bater massas com uma colher, posto que a máquina fazia isto.
Mais tarde, Pedro comprou uma máquina de lavar para ela.
Explicou-lhe como funcionava.
Para tanto, leu o manual.
Cecília, ao se familiarizar com o novo eletrodoméstico, agradeceu o presente do marido.
Disse que a máquina facilitava sua vida.
Pedro brincando, disse que assim, Cecília teria mais tempo para a família e para cuidar do marido.
Nisto, o moço a levou para o quarto.
Foram anos de felicidade.
Com o tempo, Pedro passou a ficar cada vez mais tempo enfurnado no escritório, negligenciando a esposa.
Como Carlos começou a atribuir-lhe mais responsabilidades, o moço passou a fazer serões no escritório.
Resultado: passou a chegar cada vez mais tarde em casa.
Num primeiro momento, Cecília compreendeu a necessidade do marido precisar ficar mais tempo em seu local de trabalho.
Mas depois de um certo tempo, a moça começou a reclamar sua presença.
Dizia que ele não estava acompanhando o crescimento dos filhos, que se sentia muito sozinha a noite.
Pedro beijava-lhe e dizia que aquela situação era transitória, que com o tempo, as coisas mudariam.
Mas as coisas não mudavam.
Com o tempo, Cecília começou a sentir falta do dinheiro semanal que Pedro lhe dava.
Isto por que, sempre que se preparava para conversar com o marido sobre o assunto, o mesmo dizia que estava muito cansado.
Se virava na cama e dormia.
Mais tarde, percebendo que fazia semanas que não entregava o dinheiro das despesas semanais a esposa, Pedro, abriu a carteira, e passou a deixar uma quantia para as despesas do lar.
Com o tempo, porém, a quantia passou a ser insuficiente.
Aflita, Cecília passou a procurar emprego.
Desta forma, todas as manhãs, saía de casa para procurar trabalho.
Nesta época, seus filhos estava mais crescidos, dispensando os cuidados constantes de uma babá.
Eli e Francisco, já freqüentavam a escola.
Ademais, não poderia mais arcar com o salário de uma babá.
Por fim, depois de muito procurar, a moça finalmente encontrou trabalho.
Com isto, quando Pedro percebeu que a esposa estava trabalhando fora, ficou furioso.
Argumentou que ela não precisava trabalhar, que ele poderia perfeitamente sustentar a casa.
Tensa, Cecília comentou que há semanas tentava conversar com ele e não conseguia. Disse que tentou lhe dizer que o dinheiro que lhe dava toda a semana, não era suficiente para cobrir todas as despesas da casa. Argumentou que com os filhos estudando em escolas boas, havia necessidade de comprar uniforme, material escolar, preparar o lanche deles, além das despesas da casa, que aumentaram, e a inflação que também não parava de crescer.
Pedro nervoso, argumentou que ela devia ter-lhe falado.
Disse que como não cuidava da casa, não tinha a menor idéia do preço das coisas, e que tudo estava assim tão caro.
Cecília repetiu que tentou conversar com ele.
No que Pedro retrucou dizendo que ela deveria ter insistido um pouco mais.
Irritado o homem abriu a carteira e retirou algumas cédulas de dinheiro.
Nervoso, a cada nota que tirava da carteira perguntava se não era o suficiente.
Cecília, assustada, nada respondeu.
A certa altura, a moça começou a chorar.
Dizia que nunca o tinha visto tão nervoso.
Pedro respondeu que dava um duro danado para colocar comida dentro de casa e ela não reconhecia o seu esforço.
Magoado, respondeu que ela devia achá-lo um frouxo, um molóide.
Respondeu que somente isto justificaria seu desespero em procurar trabalho.
Chorando, Cecília respondeu que não era nada daquilo.
O homem, irritado, começou a fazer suas malas. Disse que sairia de casa.
A mulher, ao ver o homem arrumando as malas, insistiu para que não partisse. Disse que poderiam conversar.
Tentou argumentar dizendo que procurara emprego por que estava cansada de ser humilhada pelo dono do mercado que dizia que sua conta estava atrasada, que fazia um mês que não pagava as despesas.
Nisto, a mulher tocou as costas do marido.
Disse que tinham sido tão felizes até então, e que não seria uma bobagem como aquela, que estragaria tudo.
Irritado, o homem soltou o braço de Cecília e a empurrou, derrubando a mulher no chão.
Ao cair, a jovem lesionou o braço.
Fato este que a fez soltar um gemido de dor.
Pedro, ao perceber que machucara a esposa, tratou logo de acudi-la.
Seus filhos, assustados, acorreram ao quarto, onde viram a mãe caída ao chão.
Ao verem a mãe machucada, começaram a chorar.
Irritado, o homem pediu para as crianças se afastarem.
Nisto, levantou a esposa e auxiliou-a a sentar-se no sofá.
Por fim, ligou para um médico.
Em cerca de vinte minutos, o homem apareceu.
Pediu para que Pedro deitasse Cecília em sua cama.
O homem deitou a mulher na cama.
Em seguida, pediu aos filhos para que ficassem na sala.
Como os meninos resistissem a idéia, irritou-se, e gritando, exigiu que eles ficassem no aludido cômodo.
Chorando, os meninos se retiraram do quarto.
Cecília olhou para o homem, espantada.
No quarto, o médico imobilizou o braço da mulher, e recomendou-lhe repouso.
Eli e Francisco, ao verem o médico se retirar, perguntaram como a mãe havia se machucado.
Pedro respondeu que ela perdera o equilíbrio.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

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