Poesias

quinta-feira, 11 de março de 2021

A FLOR DO ALTO - CAPÍTULO 13

Cerimônia esperada com ansiedade pelas famílias dos noivos.
Eleanor, ficou encantada quando viu a filha vestida de noiva, penteada e maquiada.
Por diversas vezes, mãe e filha compareceram ao ateliê da costureira da família, para que Cecília fizesse a prova do vestido.
Cada vez que a peça era experimentada, Eleanor considerava a roupa mais bonita.
Cecília estava esfuziante.
Márcia por sua vez, ao ver a irmã com seu deslumbrante vestido de noiva, comentou que gostaria também de se casar.
Eleanor e Cecília riram.
Chateada, a criança comentou que também tinha direito de se casar.
Eleanor então, tentando consolar a menina, comentou que sim, ela poderia casar-se. Mas somente dali há alguns anos. No momento, ainda era muito jovem para isto.
Pedro também havia se preparado para o casamento.
Para tanto, contratou os serviços de um alfaiate. Foi então, confeccionado um belo terno para a ocasião.
Carlos, ao ver o filho alinhado em seu belo terno, comentou que ele estava impecável.
Angélica falou-lhe que ele estava lindo.
Contudo, faltava uma coisa.
Nisto, Angélica pegou um cravo dentre as flores que havia em um vaso, quebrou seu caule e colocou a flor no terno.
O moço agradeceu a gentileza.
Nisto, seguiram pela igreja.
Angélica usava um vestido bordado com brilhos, e seu pai usava um terno escuro.
Na igreja estavam presentes Angela e Francelino, além de Diva e Odair.
Todos estavam felizes com o casamento do neto.
Ao conhecerem Cecília, comentaram que ela era um encanto.
Por fim, Cecília chegou em uma limousine.
Eleanor adentrou a igreja.
Em seguida, conduzida por seu pai, a moça adentrou a igreja.
Ao som de “Ave Maria” de Gounod.
Pedro, ao ver a noiva, abriu um largo sorriso.
Cecília, portava um lindo vestido branco, cheio de rendas, saia rodada, com uma alça que contornava toda a parte superior do vestido.
Ao chegar ao altar, Irineu entregou a moça aos cuidados do noivo.
O sacerdote disse que todos os que estavam ali reunidos, o faziam com a intenção de acompanhar o matrimônio de Pedro e Cecília.
Durante a cerimônia, mencionou a responsabilidade de um casamento, falou das obrigações dos nubentes, da vida em comum que passariam a desfrutar.
No momento da troca das alianças, Cecília se atrapalhou um pouco, sendo auxiliada por Pedro.
Ambos juraram fidelidade na alegria e na tristeza, na saúde e na doença.
Ao término da cerimônia, na saída da igreja, o casal recebeu uma chuva de pétalas de flores.
Receberam os cumprimentos dos convidados.
Durante a festa, o casal dançou juntos a noite inteira.
Fabrício durante todo o período do noivado, se enfronhou no trabalho.
Passava as noites mergulhado em papéis.
Chegava tarde em casa.
No dia da cerimônia do casamento, o moço usava um terno escuro.
Durante a festa, o moço dançou com algumas convidadas.
Angélica, ao ver o filho tão ensimesmado, comentou com Carlos que estava preocupada com ele.
O homem respondeu que aquilo era apenas uma fase. Com o tempo passaria.
Carlos, animado, convidou a esposa para dançar.
Enquanto dançavam, o homem comentou que aqueles momentos o faziam recordar-se de seu casamento. Desejou ao filho e a nora, que eles fossem tão felizes, quanto ele.
Cecília sorriu.
A certa altura, Cecília jogou o buquê que trazia consigo.
Logo depois disto, Francisco e Angela, despediram-se de Pedro e Cecília.
Momentos depois, foi a vez de Odair e Diva se despedirem.
Os anfitriões e seus pais, permaneceram na festa, até o último convidado.
Cecília e Pedro, seguiram para sua nova morada.
Um apartamento montado por Carlos, no centro de São Paulo.
Pedro e Cecília, ao chegarem ao apartamento, observaram uma grande quantidade de presentes dispostos pela sala.
Antes, o homem segurou a moça no colo. Disse que ela precisava ser primeiramente apresentada a seu novo lar, para depois poder caminhar por ele.
E assim o jovem apresentou-lhe a sala, com os presentes, caminhou com a moça nos braços até chegar ao quarto.
Fabrício por sua vez, durante a festa, se excedeu um pouco na bebida.
Angélica, preocupada com isto, recomendou que o filho voltasse para casa.
O jovem porém, argumentou que estava tudo bem.
E assim, passou a fazer algazarra pelo salão.
Galhofeiro, brincou com Pedro.
Disse-lhe que estava saindo melhor do que a encomenda.
Pedro sorrindo, disse-lhe que Fabrício estava muito saidinho, para alguém que parecia ser tão certinho.
Carlos por sua vez, ao perceber que o filho estava se tornando inconveniente, puxou-o para um canto do salão.
Nervoso, disse-lhe que Pedro já havia lhe dado muito trabalho, e que não estava disposto a ver seu outro filho enveredar pelo mesmo caminho.
Com isto, Carlos disse-lhe que o motorista o conduziria até a casa.
A Fabrício coube apenas obedecer as ordens do pai.
Não sem antes dizer ao irmão que havia feito uma ótima escolha.
Pedro concordou.
Rindo, comentou que estava muito feliz.
Carlos, tentando disfarçar o riso, exigiu que ambos se comportassem.
Fabrício então, conduzido pelo motorista, foi deixado em casa.
Contudo, ao ver o motorista se afastar, o rapaz saiu furtivamente da residência.
Para desespero de Angélica, o moço só voltou para casa, no dia seguinte.
Pedro e Cecília, por sua vez, partiram em viagem.
Viajaram para o Rio de Janeiro, hospedando-se no famoso Hotel Copacabana Palace.
Reduto de artistas e personalidades.
Cecília, ao adentrar o monumental edifício, comentou que nunca havia estado em um lugar tão bonito.
Pedro achou graça no encantamento da moça.
Juntos, freqüentaram a piscina do hotel. Passearam pela orla da famosa praia de Copacabana.
A jovem usava um maiô frente única. Discreto e elegante.
Cecília ficou acompanhando as ondas. Colocou os pés na água, e conforme as ondas se aproximavam, a moça se afastava.
Pedro resolveu entrar na água.
Mergulhou e em seguida, chamou a mulher para entrar.
Cecília se negava.
Pedro porém, insistia.
A moça então, tomando coragem, resolveu entrar na água.
Ao sentir a água molhando suas pernas, gritou dizendo que a água estava gelada.
Pedro por sua vez, continuou a chamá-la.
Cecília resolveu continuar na água. Continuou caminhando até chegar onde Pedro estava.
A moça, ao se aproximar do moço, ouviu o comentário:
- Até que enfim!
Nisto, uma onda quebrou em cima do rapaz e da moça.
Pedro abaixou-se, mas Cecília, pega de surpresa, foi derrubada pela onda.
O moço levantou-se mas ao ver que a mulher sumira, mergulhou e ajudou Cecília a se levantar.
Brincando, disse-lhe que deveria tomar cuidado, pois não queria ficar viúvo no primeiro dia em que estava casado.
Cecília começou a tossir.
Preocupado, o moço perguntou-lhe se estava bem.
Cecília balançou a cabeça afirmativamente.
Pedro contudo, conduziu a moça para a areia.
Perguntou-lhe novamente se estava tudo bem.
Cecília respondeu que sim.
O moço abraçou a jovem.
Como Cecília insistisse em voltar para água, o rapaz perguntou-lhe novamente se estava tudo bem.
A moça respondeu que sim.
E assim, a dupla ficou brincando na água.
Pedro jogava água na moça.
Cecília fazia o mesmo.
Depois de um tempo, a mulher deitou-se em cima de uma esteira.
Pedro ficou observando-a.
Mais tarde o caminharam pela famosa calçada.
Admiraram as construções, o Forte de Copacabana.
Almoçaram frutos do mar, beberam vinho branco.
Feliz, Pedro sugeriu um brinde a esposa.
Cecília e ele brindaram a felicidade no casamento.
A tarde passearam pelo centro da cidade, passearam pela Cinelândia, visitaram prédios históricos.
Ao voltarem ao hotel, o homem sugeriu a moça que permanecessem no hotel.
A noite, pediriam comida no quarto.
Galante, o moço comentou que poderiam desfrutar do conforto do belo aposento, e apreciar a bela vista para o mar.
Com isto, o homem conduziu a jovem até o hotel.
Pegaram o táxi e no caminho ficaram apreciando a vista da cidade.
Cecília se encantou com a beleza da paisagem.
Pedro achava encantador o ar de admiração da moça.
Ao chegarem ao quarto onde estavam hospedados, Pedro sugeriu que a moça usasse seu melhor traje.
A jovem, ao se tornar noiva de Pedro, ganhou roupas novas encomendadas por Angélica.
Sua sogra insistia em dizer que em sua nova condição de mulher de um empresário, a moça deveria sempre se apresentar de forma impecável.
E assim encomendou vestidos, saias rodadas, blusas, casacos, para a moça.
Cecília constrangida, tentou recusar a oferta, mas Angélica não aceitou a recusa. Disse que era um presente e que o mesmo não poderia ser recusado. Argumentou que não estava questionando sua elegância, já que sempre estava bem vestida, mas os ambientes que passaria a freqüentar exigiam roupas de gala em profusão.
A moça riu.
Com isto, acabou concordando com a proposta.
E assim, duas vezes por semana, acompanhava a futura sogra, em visitas a costureira.
Pedro, ao notar que a noiva passava mais tempo com sua mãe do que ao seu lado, chegou a comentar que ela estava roubando Cecília dele.
Angélica ao ouvir o comentário, riu. Argumentou que não estava roubando-a dele e sim auxiliando-a a realçar o que ela já tinha de bonito.
Pedro brincando, respondeu que se a beleza de Cecília fosse realçada, teria que trancá-la dentro de casa, ou teria sérios problemas.
Angélica censurou a brincadeira do filho. Argumentou que aquele comentário era de mal gosto. Retrucou dizendo que a beleza era algo a ser realçado e não escondido.
Ademais, deveria sentir muito orgulho em se casar com alguém de alma tão nobre e beleza tão encantadora.
Pedro concordou.
Abraçou a mãe e disse-lhe que estava brincando.
Com efeito, Cecília procurou vestidos no armário.
Escolheu um vestido longo, com alça lateral e saia rodada.
Cecília prendeu os cabelos.
Pedro por sua vez, vestiu um terno.
Quando a moça apresentou-se para ele, o rapaz elogiou sua elegância.
O jovem, pegou a vitrola e colocando um disco, convidou a jovem para dançar.
Sorrindo, a moça dançou com o homem.
Ao som de chorinhos de Waldir Azevedo, Pedro falou no ouvido da moça que a noite estava apenas começando.
Nisto, o garçom bateu na porta do quarto.
Trazia o jantar em um carrinho. O garçom adentrou o quarto do hotel, serviu a comida, a bebida e por fim, retirou-se do aposento.
Pedro, conduzindo o homem até a porta, deu-lhe uma gorjeta.
O casal saboreou filet au chateaubriand, com vinho tinto.
Ao término da refeição, Cecília comentou sorrindo que não imaginava que a alta gastronomia fosse tão saborosa.
Pedro respondeu-lhe que ela conheceria mais pratos saborosos, e que o trivial também era muito gostoso, mas que de vez em quando um prato sofisticado era ótimo.
Cecília concordou.
Depois do jantar, o moço brincando, disse:
- Poderia me conceder o prazer de mais uma contra-dança?
Cecília riu de ver o homem em pé ao seu lado, fazendo um gesto cerimonioso.
Nisto, o jovem colocou outro disco na vitrola.
Pedro estendeu o braço a moça.
Cecília e o jovem, dançaram juntos.
Apreciaram a vista do mar sob a luz da lua.
Para dormir, a moça usou uma camisola branca.
Pedro abraçou a moça. Perguntou-lhe galante, como era possível que ela ficasse mais bela.
Cecília agradeceu o elogio.
O moço aproximou-se da jovem. Beijou-a.
Pedro conduziu a moça para o leito.
Quando um novo dia surgiu, a luz do sol penetrou uma parte do aposento.
Cecília, ao despertar, ficou encantada com a beleza do sol penetrando o quarto.
Olhou pela janela a praia, e viu o mar convidativo.
Mais tarde, depois de tomarem o café da manhã do luxuoso hotel, o casal correu para a praia.
Em trajes de banho, aproveitaram para cair no mar.
Depois do almoço, o casal aproveitou para passear pelo Jardim Botânico.
Nos dias que se seguiram, passearam pelo Cristo Redentor, o Bondinho, passearam pelo Bairro de Santa Tereza, pela Lapa, o Palácio do Catete, a Biblioteca Nacional, a Quinta da Boa Vista.
Quando voltaram para casa, Pedro e Cecília tinham muitas novidades para contar aos pais e sogros.
O moço visitou a casa dos pais para contar sobre os passeios realizados na Cidade Maravilhosa.
Pedro e Cecília almoçaram juntos com Carlos e Angélica.
Levaram presentes para o casal.
Para a mãe, o moço levou um perfume. Já para o pai exigente, uma caneta MontBlanc.
Angélica adorou o presente.
Carlos, também gostou da caneta. Disse que os principais projetos da empresa seriam assinados com a caneta.
No dia seguinte, visitaram os pais da moça, Eleanor e Irineu.
Atencioso, moço levou presentes para os sogros, e também para os cunhados – Eduardo e Márcia.
A criança, ao receber o presente, agradeceu. Ficou encantada com sua boneca.
Sorridente, disse que ela era linda.
Eduardo ganhou um barco de madeira.
Eleanor recebeu um vestido de presente.
A mulher ao abrir a caixa e ver o vestido, ficou encantada. Agradeceu o presente ganho.
Irineu por sua vez, gostou de ganhar um par de sapatos novos.
Pedro disse que escolheu os presentes, ajudado pela esposa.
Todos agradeceram os mimos.
Com isto, Pedro e Cecília almoçaram com a família.
Quando o casal se despediu de Eleanor e Irineu, os pais da moça comentaram que Pedro e a filha estavam muito felizes.
Irineu ressaltou que o moço era muito gentil com sua filha.
Eduardo por sua vez comentou que esperava que o casamento fosse feliz.
Salientou que se o moço não cuidasse bem de sua irmã, iria se entender com ele.
Irineu e Eleanor riram. Diziam que ele não teria com que se preocupar.
Nas semanas que se seguiram, o moço retomou seu trabalho no escritório do pai.
Executou suas tarefas diárias. Acompanhou reuniões, verificou relatórios, balancetes.
Carlos sempre que podia, elogiava a mudança do filho.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

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