Poesias

domingo, 30 de agosto de 2020

25 de janeiro de 1984 - São Paulo

O cenário é a Praça da Sé, centro da cidade de São Paulo. 
O Brasil ansiava pela democratização e pelas eleições diretas. 
Movimentos se espalhavam por todo país, mas a Campanha das Diretas, somente conquista as ruas, depois do histórico comício de 25 de janeiro. 
Marcado para o dia do aniversário da cidade de São Paulo, o primeiro grande comício da campanha por eleições diretas para presidente, foi organizado por Franco Montoro, governador paulista. 
Participaram também diversos partidos políticos de oposição, além de lideranças sindicais, civis e estudantis. 
A expectativa era das mais tensas. 
O governo militar tentava minar o impacto do evento. 
O dia estava chuvoso. 
Aos poucos, a praça foi lotando e, no final, cerca de 300 mil pessoas gritavam por "Diretas já!" no centro da cidade. 
Além de políticos, também estiveram presentes artistas como Christiane Torloni, Fernanda Montenegro, Gilberto Gil, Alceu Valença, Regina Duarte, Bruna Lombardi, Fafá de Belém e Chico Buarque de Holanda. 
O jornalista Osmar Santos anuncia a presença do governador Franco Montoro. 
O idealizador do Comício pelas Diretas estava acompanhado dos governadores Iris Resende, José Richa, Nabor Junior e Leonel Brizola. 
Os presidentes do PMDB, Ulisses Guimarães, e do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, também estavam presentes. 
Também estavam presentes, o senador Fernando Henrique Cardoso, presidente regional do PMDB, e o prefeito de São Paulo, Mário Covas, que fez um emocionado discurso, pedindo um minuto de silêncio para homenagear Teotônio Vilela, morto em 27 de novembro do ano anterior. 
Teotônio morreria bem no dia da primeira manifestação pública em favor das Eleições Diretas. 
Aquele foi mesmo um dia de nenhuma comemoração, em que 15 mil pessoas compareceram em frente ao estádio do Pacaembu. 
Bem diferente da manifestação da Praça da Sé. 
"Me perguntaram se aqui estão 300 ou 400 mil pessoas. Mas a resposta é outra: aqui estão presentes as esperanças de 130 milhões de brasileiros." (Franco Montoro Filho)

Logo após o discurso de Montoro, o Hino Nacional começa a ser cantado na Praça, que agora era só do povo. 
Com o sucesso do comício em São Paulo, todos os governadores de oposição resolveram fazer o mesmo. 
Foi com o evento paulista que ficou comprovado o anseio popular. 
A partir de fevereiro, os comícios pelas eleições diretas foram se sucedendo nas principais capitais do país. 
No dia 16 de abril, pouco antes da votação das diretas, realizou-se um último comício em São Paulo. 
Só que desta vez, a Praça da Sé parecia muito pequena. 
Foi escolhido o vale do Anhangabaú, que recebeu uma multidão estimada em mais de 1,5 milhão de pessoas. 
Foi a maior manifestação política jamais vista no país. 

Dá para classificar a música paulista num só ritmo?
Até pela mistura dos povos aqui tem música sertaneja, tem música erudita, tem popular brasileira, tem rock, tem rap, tem chorinho, tem samba. 
Samba sim senhor! 
"Mente quem diz que São Paulo não entende do assunto, pois o samba tá na veia pulsante e no coração do poeta. São Paulo é a síntese do Brasil", João Nogueira (cantor e compositor carioca).

São Paulo é um autêntico pot-pourri. 
Compositores e cantores não faltam: Luiz Tatit, Itamar Assumpção, José Miguel Wisnik, Arnaldo Antunes, Paulo Vanzolini, Edvaldo Santana, Walter Franco, Rita Lee, Renato Teixeira, Demônios da Garoa e Adoniran Barbosa. 
Cada um com seu estilo próprio, mas todos paulistas. 
Quer dividido por categoria? 
Vamos lá: 
Modinhas: Paraguassú (Roque Ricciardi) e Marcelo Tupinambá (Fernando Lobo). 
Música sertaneja: Mário Zan, Cornélio Pires, Tonico e Tinoco, e Alvarenga e Ranchinho.
Valsa: Erotides de Campos. 
Choro: Zequinha de Abreu 
Violonista: Garoto (Aníbal Augusto Sardinha) e Canhoto (Américo Giacomino). 
Erudita: Carlos Gomes, Guiomar Novaes, Madalena Tagliaferro Antonietta Rudge. 
Orquestra: Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo.
Mesmo não sendo paulistas, muitos músicos fizeram de São Paulo o seu principal palco. 
Nos anos 60, os festivais televisivos de música, tiveram um papel fundamental na divulgação de muitos artistas. 
Os festivais da antiga TV Excelsior, de São Paulo, a primeira a promovê-los, ocorreram nesta década. 
A música "Arrastão", de Edu Lobo e Vinicius de Moraes, com Elis Regina, ganhou o primeiro lugar em 1965. 
Em 1966 a TV Record, também de São Paulo, aderiu aos festivais de música brasileira. 
O vencedor daquele ano foi Chico Buarque com "A Banda" e "Disparada", de Geraldo Vandré, e Teo de Barros, com Jair Rodrigues, empatadas. 
Agora, você está perguntando se tem alguém com mais cara de São Paulo. 
Vá lá: Adoniran Barbosa. 
Um talento que traduz um espírito, uma época e certos lugares da cidade de São Paulo. 
Sem falar do sotaque italiano misturado com o brasileiro, que deu no que deu: a música inconfundível de Adoniran.
Se o artista não for de São Paulo, também não tem importância. 
A força da indústria cultural e o mercado fonográfico paulista possibilitam que São Paulo adote e divulgue o Brasil inteiro. 
Foi assim com a Bossa Nova, Tropicália, a Jovem Guarda, o samba, o rock, o heavy metal, o rap, e muitos outros movimentos ou estilos musicais. 
Assim é São Paulo. Sem preconceitos. 

Fundação de São Paulo
A fundação de São Paulo insere-se no processo de ocupação, e exploração das terras americanas pelos portugueses, a partir do século XVI. 
Inicialmente, os colonizadores fundaram a Vila de Santo André da Borda do Campo (1553), constantemente ameaçada pelos povos indígenas da região. 
Nessa época, um grupo de padres da Companhia de Jesus, da qual faziam parte José de Anchieta e Manoel da Nóbrega, escalaram a serra do mar, chegando ao planalto de Piratininga, onde encontraram "ares frios e temperados como os de Espanha", e "uma terra mui sadia, fresca e de boas águas". 
Do ponto de vista da segurança, a localização topográfica de São Paulo era perfeita: situava-se numa colina alta e plana, cercada por dois rios, o Tamanduateí e o Anhangabaú. 
Nesse lugar, fundaram o Colégio dos Jesuítas, em 25 de janeiro de 1554, ao redor do qual iniciou-se a construção das primeiras casas de taipa, que dariam origem ao povoado de São Paulo de Piratininga. 
Em 1560, o povoado ganhou foros de Vila e Pelourinho, mas a distância do litoral, o isolamento comercial, e o solo inadequado ao cultivo de produtos de exportação, condenou a Vila, a ocupar uma posição insignificante durante séculos na América Portuguesa. 
Por isso, ela ficou limitada ao que hoje denominamos Centro Velho de São Paulo, ou triângulo histórico, em cujos vértices ficam os Conventos de São Francisco, de São Bento e do Carmo. 
Até o século XIX, nas ruas do triângulo (atuais ruas Direita, XV de Novembro e São Bento) ,concentravam-se o comércio, a rede bancária e os principais serviços de São Paulo. 
Em 1681, São Paulo foi considerada cabeça da Capitania de São Paulo e, em 1711, a Vila foi elevada à categoria de Cidade. 
Apesar disso, até o século XVIII, São Paulo continuava como um quartel-general, de onde partiam as "bandeiras", expedições organizadas para apresar índios e procurar minerais preciosos nos sertões distantes. 
Ainda que não tenha contribuído para o crescimento econômico de São Paulo, a atividade bandeirante foi a responsável pelo devassamento e ampliação do território brasileiro a sul e a sudoeste, na proporção direta do extermínio das nações indígenas, que opunham resistência a esse empreendimento. 
A área urbana inicial, contudo, ampliou-se com a abertura de duas novas ruas, a Líbero Badaró e a Florêncio de Abreu. 
Em 1825, inaugurou-se o primeiro jardim público de São Paulo, o atual Jardim da Luz, iniciativa que indica uma preocupação urbanística com o aformoseamento da cidade. 
No início do século XIX, com a independência do Brasil, São Paulo firmou-se como capital da província e sede de uma Academia de Direito, convertendo-se em importante núcleo de atividades intelectuais e políticas. 
Concorreram também para isso, a criação da Escola Normal, a impressão de jornais e livros, e o incremento das atividades culturais. 
No final do século, a cidade passou por profundas transformações econômicas e sociais decorrentes da expansão da lavoura cafeeira em várias regiões paulistas, da construção da estrada de ferro Santos-Jundiaí (1867), e do afluxo de imigrantes europeus. 
Para se ter uma idéia do crescimento vertiginoso da cidade na virada do século, basta observar que em 1895 a população de São Paulo era de 130 mil habitantes (dos quais 71 mil eram estrangeiros), chegando a 239.820 em 1900!). 
Nesse período, a área urbana se expandiu para além do perímetro do triângulo, onde surgiram as primeiras linhas de bondes, os reservatórios de água e a iluminação a gás. 
Esses fatores somados já esboçavam a formação de um parque industrial paulistano. 
A ocupação do espaço urbano registrou essas transformações. 
O Brás e a Lapa transformaram-se em bairros operários por excelência; ali concentravam-se as indústrias próximas aos trilhos da estrada de ferro inglesa, nas várzeas alagadiças dos rios Tamanduatey e Tietê. 
A região do Bexiga foi ocupada, sobretudo, pelos imigrantes italianos, e a Avenida Paulista e adjacências, áreas arborizadas, elevadas e arejadas, pelos palacetes dos grandes cafeicultores. 
As mais importantes realizações urbanísticas do final do século foram, de fato, a abertura da Avenida Paulista (1891), e a construção do Viaduto do Chá (1892), que promoveu a ligação do "centro velho" com a "cidade nova", formada pela rua Barão de Itapetininga e adjacências. 
É importante lembrar, ainda, que logo a seguir (1901), foi construída a nova estação da São Paulo Railway, a notável Estação da Luz. 
Do ponto de vista político-administrativo, o poder público municipal ganhou nova fisionomia. 
Desde o período colonial São Paulo, era governada pela Câmara Municipal, instituição que reunia funções legislativas, executivas e judiciárias. 
Em 1898, com a criação do cargo de Prefeito Municipal, cujo primeiro titular foi o Conselheiro Antônio da Silva Prado, os poderes legislativo e executivo se separaram. 
O século XX, em suas manifestações econômicas, culturais e artísticas, passa a ser sinônimo de progresso. 
A riqueza proporcionada pelo café, espelha-se na São Paulo "moderna", até então acanhada e tristonha capital. 
Trens, bondes, eletricidade, telefone, automóvel, velocidade, a cidade cresce, agiganta-se e recebe muitos melhoramentos urbanos: como calçamento, praças, viadutos, parques e os primeiros arranha-céus. 
O centro comercial com seus escritórios e lojas sofisticadas, expõe em suas vitrinas a moda recém lançada na Europa. 
Enquanto o café excitava os sentidos no estrangeiro, as novidades importadas chegavam ao Porto de Santos, e subiam a serra em demanda à civilizada cidade planaltina. 
Sinais telegráficos traziam notícias do mundo e repercutiam na desenvolta imprensa local. 
Nos navios carregados de produtos finos para damas e cavalheiros da alta classe, também chegavam os imigrantes italianos e espanhóis rumo às fazendas, ou às recém instaladas indústrias, não sem antes passar uma temporada amontoados na famosa hospedaria dos imigrantes, no Bairro do Brás. 
Em 1911, a cidade ganhou seu Teatro Municipal, obra do arquiteto Ramos de Azevedo, celebrizado como sede de espetáculos operísticos, tidos como entretenimento elegante da elite paulistana. 
A industrialização se acelera após 1914 durante a Primeira Grande Guerra, mas o aumento da população e das riquezas, é acompanhado pela degradação das condições de vida dos operários que sofrem com salários baixos, jornadas de trabalho longas e doenças. 
Só a gripe espanhola dizimou oito mil pessoas, em quatro dias. 
Os operários se organizam em associações e promovem greves, como a que ocorreu em 1917, e parou toda a cidade de São Paulo por muitos dias. 
Nesse mesmo ano, o governo e os industriais inauguram a exposição industrial de São Paulo, no suntuoso Palácio das Indústrias, especialmente construído para esse fim. 
O otimismo era tamanho que motivou o prefeito de então, Washington Luis, a afirmar, com evidente exagero: 
"A cidade é hoje alguma coisa como Chicago e Manchester juntas".
 
Na década de 20, a industrialização ganha novo impulso, a cidade cresce (em 1920, São Paulo tinha 580 mil habitantes), e o café sofre mais uma grande crise. 
No entanto, a elite paulistana, num clima de incertezas, mas de muito otimismo, frequenta os salões de dança, assiste às corridas de automóvel, às partidas de foot-ball, às demonstrações malabarísticas de aeroplanos, vai aos bailes de máscaras, e participa de alegres corsos nas avenidas principais da cidade. Nesse ambiente, surge o irrequieto movimento modernista. 
Em 1922, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Luís Aranha, entre outros intelectuais e artistas, iniciam um movimento cultural que assimilava as técnicas artísticas modernas internacionais, apresentado na célebre Semana de Arte Moderna, no Teatro Municipal. 
Com a queda da bolsa de valores de Nova Iorque e a Revolução de 1930, alterou-se a correlação das forças políticas que sustentou a "República Velha". 
A década que se iniciava, foi especialmente marcante para São Paulo, tanto pelas grandes realizações no campo da cultura e educação, quanto pelas adversidades políticas. 
Os conflitos entre a elite política, representante dos setores agro-exportadores do Estado, e o governo federal, conduziram à Revolução Constitucionalista de 1932 que transformou a cidade numa verdadeira praça de guerra, onde se inscreviam os voluntários, se armavam estratégias de combate, e se arrecadavam contribuições da população amedrontada, mas orgulhosa de pertencer a uma "terra de gigantes". 
A derrota de São Paulo e sua participação restrita no cenário político nacional coincidiu, no entanto, com o florescimento de instituições científicas e educacionais. 
Em 1933, foi criada a Escola Livre de Sociologia e Política, destinada a formar técnicos para a administração pública; em 1934, Armando de Salles Oliveira, interventor do Estado, inaugurou a Universidade de São Paulo; em 1935, o Município de São Paulo ganhou, na gestão do prefeito Fábio Prado, o seu Departamento de Cultura e de Recreação. 
Nesse mesmo período, a cidade presenciou uma realização urbanística notável, que testemunhava o seu processo de "verticalização": a inauguração, em 1934, do Edifício Martinelli, maior arranha-céu de São Paulo, à época, com 26 andares e 105 metros de altura! 
A década de 40 foi marcada por uma intervenção urbanística sem precedentes na história da cidade. 
O prefeito Prestes Maia colocou em prática o seu "Plano de Avenidas", com amplos investimentos no sistema viário. 
Nos anos seguintes, a preocupação com o espaço urbano visava basicamente abrir caminho para os automóveis, e atender aos interesses da indústria automobilística, que se instalou em São Paulo em 1956. 
Simultaneamente, a cidade cresceu de forma desordenada em direção à periferia, gerando uma grave crise de habitação, na mesma proporção, aliás, em que as regiões centrais se valorizaram, servindo à especulação imobiliária. 
Em 1954, São Paulo comemorou o centenário de sua fundação com diversos eventos, inclusive a inauguração do Parque Ibirapuera, principal área verde da cidade, que passou a abrigar edifícios diversos projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer. 
Nos anos 50, inicia-se o fenômeno de "desconcentração" do parque industrial de São Paulo, que começou a se transferir para outros municípios da Região Metropolitana (ABCD, Osasco, Guarulhos, Santo Amaro), e do interior do Estado (Campinas, São José dos Campos, Sorocaba). 
Esse declínio gradual da indústria paulistana, insere-se num processo de "terciarização" do Município, acentuado a partir da década de 70. 
Isso significa que as principais atividades econômicas da cidade estão intrinsecamente ligadas à prestação de serviços, e aos centros empresariais de comércio (Shopping Centers, Hipermercados, etc). As transformações no sistema viário vieram atender a essas novas necessidades. 
Assim, em 1969, foram iniciadas as obras do metrô na gestão do prefeito Paulo Salim Maluf. 
A população da metrópole paulistana cresceu na última década, de cerca de 10 para 16 milhões de habitantes. 
Esse crescimento populacional veio acompanhado do agravamento das questões sociais e urbanas (desemprego, transporte coletivo, habitação, problemas ambientais ...), que nos desafiam como "uma boca de mil dentes" nesse final de século. 
No entanto, como dizia o grande poeta da cidade , Mário de Andrade: 

"Lá fora o corpo de São Paulo escorre vida ao guampasso dos arranha céus"

História da Cidade de São Paulo
Em seus quase 450 anos de existência, uma pequena aldeia formada ao redor de um Colégio de Jesuítas, transformou-se em uma das maiores aglomerações do planeta: a Região Metropolitana de São Paulo. Com 39 municípios, e uma mancha contínua urbanizada de cerca de 1.700 quilômetros quadrados, a metrópole tem um eixo Leste-Oeste, que cobre mais de 80 km de extensão urbana!
No entanto, a cidade de São Paulo esteve contida durante os três séculos iniciais em seu sítio original, uma pequena elevação entre o Rio Tamanduateí e o Ribeirão Anhangabaú. 
O crescimento vertiginoso da "urbe" iniciou-se com a instalação da ferrovia Santos-Jundiaí, na segunda metade do século XIX. 
A posição estratégica da cidade, como passagem obrigatória entre o porto e as rotas de escoamento do café (então plantado em quase todo o interior paulista), levou à modernização radical de sua estrutura econômica e urbana.
O comércio se diversificou, atraindo todo tipo de atividade, como casas de câmbio e hotéis. 
E a área urbanizada se espraiou para atender ao rápido aumento de população, principalmente com a vinda de imigrantes estrangeiros, em sua maioria italianos, portugueses, espanhóis, sírio-libaneses, japoneses e judeus.
Na passagem do século XIX ao XX, a cidade já estava totalmente transformada. 
A partir dos anos 30, ao atingir um milhão de habitantes, a cidade assume um perfil de metrópole industrial. 
Começa a verticalização da área central, e a construção de vários bairros industriais e operários. 
A cidade continua espraiando-se de forma vertiginosa. 
O marco simbólico dessa metropolização acontece na comemoração do 4º Centenário da cidade de São Paulo, em 1954, sob o lema ufanista "São Paulo não pode parar".
Nas décadas seguintes, a vinda de população imigrante e migrante para São Paulo, acabou gerando a construção de bairros irregulares, nos espaços vazios do sítio urbano. 
Isso gerou uma estrutura totalmente caótica de cidade. 
Atualmente vivem em São Paulo mais de 10 milhões de pessoas, sendo quase 01 milhão em favelas. Por São Paulo trafegam quase 06 milhões de veículos diariamente.
Nesse milênio que se inicia, impõe-se um novo lema para a cidade: 
"É tempo de organizar". 
Os seguintes temas se fazem presentes: a implantação do Plano Diretor, aprovado em 13 de setembro de 2002; a melhora e integração das áreas centrais, com o estímulo à ocupação residencial, e à recuperação de seu papel simbólico; a urbanização das periferias, estendendo a essas áreas o padrão de urbanização necessário para se viver.
A questão das áreas verdes, da água e do lixo, entre tantas outras, deverá ser assumida com mais seriedade pelos administradores paulistanos. E de forma mais consciente pela sua população.
Décadas são uma unidade de tempo muita curta na "vida" das cidades... 
E as próximas deverão refletir se conseguiremos reverter ou não o quadro atual, fazendo de São Paulo uma cidade mais humana, bonita e solidária.  
A região onde se desenvolveu uma das maiores concentrações urbanas do planeta, foi predestinada por suas características naturais, relacionadas com a formação e o relevo do território onde se encontra.
A cidade está situada num enclave de terrenos sedimentares e planícies fluviais, chamado Bacia de São Paulo, em meio às formações rochosas do Planalto Atlântico, a uma altitude média de 750 metros. 
O sítio é separado do litoral pelas escarpas da Serra do Mar, ainda hoje uma formidável barreira para as ligações entre as terras altas do Planalto, e as planícies costeiras. 
Entre as poucas possibilidades de travessia possível entre o litoral e o planalto em todo o Sudeste brasileiro, a que levava à Bacia de São Paulo era uma das mais utilizadas. 
Do interior do atual Estado de São Paulo para o litoral, são também poucas as passagens favoráveis entre os conjuntos de serras dos Cristais, do Japi e da Cantareira, cruzando a Bacia de São Paulo para a descida da Serra do Mar. 
Da mesma forma, essa região era passagem obrigatória das ligações entre o Rio de Janeiro e as regiões Norte e Centro-Oeste, para as povoações ao sul do país, através do Vale do Paraíba. 
Essa localização peculiar, tornou a região um entroncamento dos múltiplos caminhos percorridos há milênios pelos povos primitivos que circulavam no território, estabelecendo um ponto estratégico natural de passagem e de encontros. 
No século XVI, o território paulista era ocupado por várias nações indígenas. 
Uma vasta rede de trilhas interligava a região dos Campos de Piratininga ao litoral, e ao interior do continente, chegando aos Andes e a Amazônia. 
A faixa litorânea era dividida por duas tribos do grupo Tupi-Guarani: os Tupiniquins, desde o extremo sul do Estado até a região de Bertioga, e os Tupinambás, entre eles os Tamoios, que controlavam desse limite até a região de Cabo Frio. 
Por volta de 1500 já era conhecida a existência de povoados no litoral sul do país, como Cananéia, presente em mapas europeus dessa época. 
A costa brasileira era então percorrida freqüentemente por navios de vários países europeus. 
Sabia-se de vários europeus vivendo entre os índios. 
Entre eles, encontravam-se dois comerciantes de escravos com grande influência entre os nativos: o Bacharel de Cananéia e João Ramalho.
Senhor da região de São Vicente, João Ramalho era casado com a filha do cacique Tibiriçá (em tupi, o principal da terra), cuja aldeia ficava serra acima, no planalto, aproximadamente a 70 km do mar. 
Trinta e dois anos após o desembarque de Pedro Álvares Cabral, tem início a colonização efetiva do país. 
Para o estabelecimento de engenhos de açúcar no litoral paulista, Martim Afonso de Souza travou diversos contatos com João Ramalho, resultando na fundação da primeira vila no Brasil, a Vila de São Vicente, em 1532.
Primeiro núcleo regular de colonização portuguesa no mundo, a Vila comunicava-se com o planalto por uma trilha indígena que passava por Paranapiacaba e Santo André da Borda do Campo, já no planalto, onde viviam João Ramalho e várias tribos tupiniquins e guaianases. 
O conhecimento de que a rede de caminhos do planalto, passando pelos Campos de Piratininga, levava ao rio Paraná e à terra dos Incas, no Peru, fez com que Martim Afonso promovesse a fundação do povoado de Piratininga, em 1533, num local próximo à aldeia de Tibiriçá.
Seu objetivo era inibir o acesso de portugueses ao local, e impedir seus habitantes de partir para o interior, uma iniciativa que confirma as características de "boca-de-sertão" dessa região. 
O povoado dispersou-se em pouco tempo. 
Em 1549, chega ao Brasil o padre Manoel da Nóbrega e, em 1553, o noviço José de Anchieta
Com os jesuítas, tem início a catequização dos índios, levando à criação de aldeias e colégios em diversos pontos da costa. 
Em 1554, buscando as povoações existentes nos Campos de Piratininga, sobem a serra pelo caminho conhecido posteriormente como Trilha dos Tupiniquins, um ramal do Peabirú, onde hoje passa aproximadamente a Via Anchieta, e instalam um colégio junto aos domínios de Tibiriçá, que os acolhe e ajuda.
O lugar escolhido é estratégico, numa elevação entre os rios Tamanduateí e Anhangabaú, garantindo proteção contra ataques, e ampla visibilidade dos caminhos que levavam até lá. 
Atualmente, o local é conhecido como Pátio do Colégio, e mantém parte da colina histórica preservada. A data oficial reconhecida para a fundação do Colégio, é a da conversão de São Paulo, 25 de janeiro, quando é rezada missa, e assumido o nome de "Colégio São Paulo de Piratininga", dando origem ao povoado que se formou ao seu redor. 
O povoado era constantemente atacado por índios hostis. 
Para fortalecê-lo, o governador geral Mem de Sá ordena a mudança da população da Vila de Santo André da Borda do Campo, onde vivia João Ramalho, para São Paulo de Piratininga
A vila era cercada por muros de barro socado, num processo conhecido como taipa-de-pilão, o qual delimitava o núcleo urbano, em meio às plantações e à mata ao redor. 
Em seu interior, a igreja tornou-se maior e as casas iam se multiplicando, construídas com paredes de barro e cobertas com folhas de palmeira, e posteriormente com telhas.
Uma população formada por índios amigos, colonos portugueses, e seus índios escravizados, padres e seus índios catequizados, consolidava a ocupação do local, com o traçado das primeiras ruas. 
No terreno elevado, de forma triangular, essas ruas ligavam o Colégio à aldeia de Tibiriçá, no atual Largo de São Bento, e aos caminhos que desciam aos vales em seu entorno, levando às lavouras.
Nesses primeiros e difíceis tempos, Tibiriçá colocou seus irmãos Caiubi e Piquerobi, estrategicamente aldeados nas regiões que hoje seriam Santo Amaro e São Miguel Paulista, visando a proteção da Vila. 
Em 1562, um grande ataque dos tamoios, apoiados pelo mesmo Piquerobi, arrasou com a Aldeia de Pinheiros e quase destruiu São Paulo de Piratininga. 
Foram necessárias várias gerações, com miscigenação de portugueses e índios, para que se formasse o primeiro paulista autêntico, o mameluco
Sem ele seria impossível a grande aventura dos bandeirantes, que circularam pelo sertão brasileiro durante todo o século XVIl.
Os bandeirantes trilharam os caminhos indígenas, que ligavam São Paulo ao continente, durante todo o século XVII, na busca de índios para as lavouras dos colonos, para vendê-los nas capitanias do nordeste, ou ainda na busca das sonhadas minas de ouro e prata, escondidas pelo interior da colônia.
Pelo sul, pela trilha Peabirú que os Jesuítas chamavam São Tomé, os bandeirantes entravam pelo Paraná e daí para a região do Guairá, onde os índios guaranis eram capturados nas reduções dos jesuítas espanhóis.
Ao norte, avançando pelo Vale do Paraíba, até a Garganta do Embaú, a única passagem pela serra da Mantiqueira, os bandeirantes atingiram as regiões de São João Del Rey, Ouro Preto e Sabará, onde descobriram ouro em tal quantidade, que teve início um novo período econômico na colônia. 
A descoberta atraiu portugueses e aventureiros de todo o Brasil, para a ocupação da região das minas. Logo os paulistas foram expulsos, na Guerra dos Emboabas.
Outras expedições foram organizadas para o nordeste, seguindo a trilha dos Caiapós
Estas expedições levaram à descoberta das minas de ouro de Goiás e, na direção oeste, às minas de Cuiabá.
Para São Paulo, esse período teve duas consequências: uma ampla rede de vilas se formou no planalto, com acesso a partir da vila original; e houve um esvaziamento temporário da região, em função da febre do ouro, que tomou conta de seus habitantes. 
Após a derrota, São Paulo voltou a se tornar uma capitania independente, separando-se do Rio de Janeiro, ao qual tinha sido anexada.
Com a derrota e a perda do controle das minas, os paulistas passaram a abastecer a região das Minas Gerais com comida, produtos de suas lavouras, e outros bens, dando início a um período caracterizado pelo constante movimento de tropas de mulas por todo o território nacional, o tropeirismo.
Levando animais para uso nos pólos de mineração, e mesmo para os engenhos do nordeste, os tropeiros cruzavam o Brasil. 
As viagens seguiam desde o Rio Grande do Sul, onde mulas e muares eram encaminhados para comercialização na feira de Sorocaba, e então distribuídos para seus destinos. 
Nessas viagens, as rotas tropeiras iam estabelecendo pousos para descanso e troca de montarias, além de pernoite para os viajantes. 
Com o tempo, esses pousos se transformaram em núcleos de várias cidades, em todo o território paulista.
São Paulo era a passagem obrigatória das tropas de mulas vindo de Sorocaba com destino para Minas, Rio de Janeiro e nordeste brasileiro. 
Elas avançavam pela várzea do Tietê e desviavam para a cidade no Caminho do Guaré, onde ficava o Convento da Luz, e entravam pelo vale do rio Anhangabaú até o ponto onde hoje está a Praça das Bandeiras (o Piques)
Por volta de 1822 (época da Independência do Brasil proclamada em São Paulo), o café que cobria a região fluminense desde o século anterior, avança para território paulista, pelo Vale do Paraíba. 
A cultura cafeeira tomará praticamente todo o Estado nos 100 anos seguintes, criando a base de riqueza que permitirá o rápido e espetacular desenvolvimento da cidade, nas últimas décadas do final do século XIX.
A necessidade de escoamento da quantidade crescente de sacas de café, levou à implantação das estradas de ferro, primeiramente com a ligação fundamental do porto de Santos a São Paulo e, daí, às zonas produtoras. 
A São Paulo Railway foi inaugurada pelos ingleses em 1867, e mantida com o monopólio do acesso ao Porto até a construção de um ramal da E.F. Sorocabana, no século seguinte.
Através de investimentos de grupos privados de grandes fazendeiros, as ferrovias transportavam a produção para o Porto, enquanto traziam novidades e produtos estrangeiros para todas as cidades onde passavam. 
A partir de 1900, as ferrovias assumem um papel precursor na ocupação do extremo oeste do Estado, com suas estações funcionando como origem de muitas cidades, então denominadas "ponta-de-trilhos".
A cidade de São Paulo, ponto de passagem obrigatório para a descida da serra e para o embarque do café para o exterior, se integra ao novo ciclo econômico, sediando Bancos, escritórios comerciais e casas de exportação, ampliando seu comércio e serviços, e iniciando grandes transformações urbanas.
Em pouco tempo, São Paulo abandona seu perfil colonial estagnado. 
Ocorre uma renovação arquitetônica, seguindo padrões europeus, e a vida urbana da cidade entra em crescente agitação. 
A ocupação da região centro-oeste do Estado, a partir de 1850, levou a iniciativa governamental de utilização de mão-de-obra imigrante, em substituição aos escravos negros, que até então eram utilizados maciçamente nas lavouras.
A partir de 1870, o movimento de chegada de imigrantes torna-se intenso, atingindo o número de 2,74 milhões de estrangeiros em 1914, em grande parte italianos, espanhóis e alemães. 
Eles eram destinados às plantações de café, que então tomavam todo o Estado de São Paulo.
As duras condições encontradas pelos colonos imigrantes, levaram a uma crescente procura pela vida nas cidades, o que irá provocar o desenvolvimento de muitos núcleos urbanos formados nas regiões produtoras de café. 
Como capital, em pleno surto de desenvolvimento, São Paulo tornou-se pólo de grande número desses imigrantes, atraídos pelas inúmeras oportunidades que então se ofereciam. 
A cidade reflete de imediato essa situação, com a expansão urbana através de diversos bairros, alguns marcadamente identificados pelas comunidades neles predominantes, como os italianos no Brás e Belenzinho, os judeus no Bom Retiro, entre outros.
São Paulo amplia sua área urbanizada, e moderniza sua área central, incorporando diversos edifícios públicos monumentais, com o advento da República. 
Tem início um processo de expansão de sua área urbanizada, através do retalhamento das chácaras em seu entorno, para a implantação descontrolada de loteamentos por toda parte. 
As exportações crescentes de café, levaram a capitalização de recursos que permitiram a formação das primeiras indústrias de São Paulo, também favorecidas com o excesso de mão-de-obra imigrante disponível. 
Implantadas ao longo dos terrenos das várzeas dos rios, por onde passavam as ferrovias, as fábricas irão criar o novo perfil urbano e econômico da cidade, acelerando seu crescimento, e ampliando a infra-estrutura de transportes e energia.
O processo de industrialização vai se acelerar nos anos 30, com a crise do café, em função da quebra da Bolsa de Nova York, consolidando sua importância na economia paulista. 
As ferrovias passam a articular uma rede de subúrbios operários constituídos no entorno de suas estações, dando início a um processo preliminar de metropolização. 
A cidade amplia velozmente sua mancha urban,a atingindo os limites dos rios Tietê e Pinheiros, estruturada numa extensa rede de bondes elétricos, e melhoramentos urbanos diversos, principalmente em sua área central, em início de verticalização.
O Viaduto do Chá rompe a barreira do Vale do Anhangabaú, e promove a expansão de bairros de elite na parte nova da cidade, enquanto consolidam-se os bairros e vilas operárias, nas proximidades das fábricas. 
O automóvel se torna comum na cena urbana, transformando praças tradicionais e espaços públicos em áreas de estacionamento. 
Em 1954, São Paulo se coloca como uma das maiores cidades do mundo, e principal metrópole industrial latino-americana, abrigando por volta de 2,75 milhões de habitantes. 
A verticalização intensa da área central, e a velocidade de seu desenvolvimento urbano, eram motivo de orgulho para os paulistanos, que então viviam "na cidade que mais cresce no mundo".
A estrutura urbana tornou-se complexa, com a pressão do aumento tráfego de automóveis nas áreas centrais, induzindo a transformações radicais em sua malha viária. 
Com o Prefeito Prestes Maia, a cidade assume sua opção pelo rodoviarismo, implantando-se um anel de avenidas, que envolvem o Centro Histórico, e transformam o Parque do Anhangabaú em parte de um corredor viário, que cruza a mancha urbana no sentido Norte-Sul, ligando a Avenida Tiradentes com às recém-criadas avenidas 9 de Julho e 23 de Maio.
O Rio Tietê é retificado em seu percurso urbano, e recebe avenidas expressas em suas margens. 
Nesse ano a cidade ganha um de seus cartões postais, e símbolo expressivo de modernidade, o Parque do Ibirapuera. 
Preenchendo seus vazios internos com loteamentos aleatórios, a mancha urbana se adensa, cumprindo a frase ufanista da época "São Paulo não pode parar".
A cidade começa também a inchar em sua periferia, como resultado do intenso movimento migratório iniciado após os anos 30, principalmente dos estados do nordeste brasileiro. 
Nos anos 1960, inicia-se um processo de perda de qualidade ambiental, e dos padrões urbanos vigentes. A corrida imobiliária para o Centro Novo, do outro lado do Vale do Anhangabaú, relegou ao Centro Velho uma lenta deterioração. 
Esse processo continuou com o surgimento de novas centralidades, como a Avenida Paulista, a Avenida Faria Lima e, mais recentemente, a Avenida Luis Carlos Berrini, na zona sul da cidade.
Por outro lado, a instalação de um pólo industrial automobilístico na região do ABC, ampliou significativamente a migração de brasileiros para São Paulo, além de incrementar o uso do automóvel na cidade. 
A cidade possui hoje a taxa de 01 carro para quase 02 habitantes, numa população de 10 milhões de pessoas. 
O descaso com o transporte público, faz de São Paulo uma cidade constantemente afetada por congestionamentos, de enormes proporções.
A falta de qualquer tipo de controle para o crescimento, levou à invasão de áreas de mananciais, essenciais para o abastecimento de água da cidade, e à perda paulatina de áreas verdes, e espaços públicos. 
Um cinturão periférico de sub-habitações, abriga mais de um milhão de pessoas, ligadas por precários laços de infra-estrutura, com a cidade convencional.
A cidade de São Paulo encontra-se hoje em um fenômeno urbano específico: uma megalópole. 
A aglomeração de pessoas e problemas, compartilhados com os municípios reunidos ao seu redor, ultrapassa fronteiras estaduais. 
O preço desse gigantismo, aliado à falta de um planejamento urbano eficaz, é a perda de qualidade de vida para boa parte dos habitantes da cidade. 
Isso acaba se refletindo em uma série de questões, como os crescentes índices de violência urbana.
Essa situação foi criada ao longo do tempo. 
Apenas a sociedade pode iniciar o processo de transformação dessa realidade. 
É hora de organizar o espaço urbano, valorizando as áreas públicas de convivência, e de reestruturar o transporte público.
Assim, as várias cidades que compõem a Megalópole, precisam ingressar no novo milênio de forma equilibrada. 
Tanto a cidade mundial, que se articula on line com os demais centros financeiros do mundo, até as periferias mais afastadas, com suas precariedades e culturas de resistência, necessitam fundamentalmente de organização para a viabilização da cidade, como um lugar digno e justo para a vida de seus habitantes.

1- Bibliografia 
BRUNO, Ernani da Silva - Tradições e Reminiscências da Cidade de São Paulo. São Paulo, Hucitec/SMC, 3 vol., 1984. 
FAUSTO, Bóris - Trabalho urbano e conflito social (1890 -1920). Rio de Janeiro, Difel, 1977. 
MILLIET, Sérgio - Roteiro do Café e outros ensaios. São Paulo, Prefeitura do Município de São Paulo,1941 (Coleção Departº de Cultura, v.25). 
MORSE, Richard - De Comunidade à Metrópole. São Paulo, Comissão do IV Centenário da fundação de São Paulo, 1954. 
PORTO, Antônio Rodrigues - História Urbanística da Cidade de São Paulo (1554-1988). São Paulo, Ed. Carthago & Forte, 1992. 
SÃO PAULO (CIDADE) - São Paulo: Crise e Mudança. São Paulo, Prefeitura do Município de São Paulo /Editora Brasiliense, 2ª edição, s/d. 
TAUNAY, Afonso E. - São Paulo nos primeiros anos (1554 -1601). Tours, Imprenta de E. Arrault e Cia, 1920. 

2- Texto: Alcino Izzo Júnior, 2001. Revisão: Fabio de Paula, 2002.

Texto extraído de artigos da internet. 
Luciana Celestino dos Santos

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