Região é famosa por ser o endereço do Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer
O Bairro da Barra Funda, nasceu do loteamento da Fazenda Iguape.
Logo após a divisão da área, os italianos começaram a povoar a área.
Uma das razões para a imigração, era a construção de uma ferrovia no local.
O nome do distrito surgiu porque no passado, a Barra do Rio Tietê na região, era muito funda.
O progresso da Barra Funda, está estreitamente ligado à construção de estradas de ferro, para o escoamento da produção do café na cidade.
Por conta disso, tornou-se um Bairro operário, que abrigava trabalhadores ao longo dos trilhos da ferrovia, que ensacavam as mercadorias produzidas pelas fábricas.
Outro fator que colaborou para o desenvolvimento do Bairro, foi a construção do Parque Industrial das Fábricas Reunidas Francisco Matarazzo, instalado no bairro vizinho da Água Branca, em 1920.
A região sofreu um forte abalo com a crise de 1929, que resultou no fechamento de empresas, e na saída de famílias endinheiradas para outros locais.
Após há alguns anos, muitas casas deram lugar a estabelecimentos comerciais, e prédios de negócios se instalaram nas redondezas.
INFRAESTRUTURA:
O bairro conta com o Terminal Intermodal Barra Funda, que reúne todas as modalidades do transporte coletivo (metrô, trens, transporte rodoviário, ônibus municipais e intermunicipais).
Também abriga o Estádio do Parque Antarctica, e o Centro de Treinamento (CT), do time de futebol Palmeiras e São Paulo.
O Shopping West Plaza e Bourbon Shopping, são os dois principais centros de lazer e compras da região.
Além disso, a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Uninove, têm grandes unidades no Bairro.
TURISMO:
Na divisa do Bairro Barra Funda com Perdizes, está o Parque da Água Branca.
Além da área de lazer, o local tem espaços infantis e para a terceira idade, museu de arqueologia e, nos finais de semana, mantém uma programação permanente, incluindo festas folclóricas, exposições de animais, leilões e rodeios.
A Barra Funda, é famosa também por ser o Bairro das Escolas de Samba Camisa Verde e Branco, e Mancha Verde, e pelo Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer.
O complexo é constituído por um acervo permanente de obras de arte, biblioteca e eventos itinerantes.
Galpões desocupados estão sendo ocupados por grandes empreendimentos.
MERCADO:
Pesquisas apontam que a valorização de terrenos na região estourou.
De acordo com a Associação de Moradores da Barra Funda, um terreno que, há dez anos, custava R$ 50 mil, hoje está em R$ 200 mil.
Como o Distrito possui enormes galpões desocupados, e a Prefeitura ainda autoriza grandes empreendimentos na região, o mercado definitivamente aposta na Barra Funda, como o Bairro paulistano da vez.
Barra Funda é um Distrito situado na região oeste do município de São Paulo, com 5,6 km² de superfície.
Apesar da pequena superfície, o Distrito possui em seu território, o Terminal Barra Funda, a Quadra da Camisa Verde e Branco, o Memorial da América Latina, o Estádio Allianz Parque, pertencente ao clube de futebol Palmeiras, os Centros de Treinamento (CT) do mesmo Palmeiras, e do São Paulo F.C., prédios empresariais como os da PricewaterhouseCoopers, e os estúdios da RecordTV.
Situado em uma área de várzea ao sul do rio Tietê, cortada desde o século XIX por duas ferrovias (Santos-Jundiaí e Sorocabana), foi durante muitos anos uma região de vocação industrial.
Atualmente se tornou uma zona de classe média, e pequenos escritórios.
Em seu limite se encontram o Parque Fernando Costa (Parque da Água Branca), e o Terminal Rodoviário da Barra Funda, que funciona junto com a estação terminal da Linha 3 (vermelha) do Metrô de São Paulo.
Foi retratada na obra de Alcântara Machado "Brás, Bexiga e Barra Funda", que aborda o cotidiano das classes proletárias da cidade de São Paulo na primeira metade do século XX.
História
Por volta de 1850, a região que corresponde atualmente à Barra Funda, fazia parte da antiga Fazenda Iguape, propriedade de Antônio da Silva Prado, o Barão de Iguape.
Essa fazenda, após loteada, deu origem a várias chácaras, entre elas a Chácara do Carvalho, pertencente ao Conselheiro Antônio Prado, neto do Barão de Iguape, e que mais tarde se tornaria
Prefeito do município de São Paulo.
A importância da família, e a grandiosidade dessas terras, pode ser expressa pelo fato do Conselheiro Prado ter contratado Luigi Puci, responsável pelo projeto do Museu do Ipiranga, para projetar a casa sede da chácara.
Anos depois, a chácara também foi loteada, e sua Casa Sede foi adquirida pelo Instituto de Educação Bonni Consilii (que ainda situa-se no local).
As outras áreas loteadas deram origem ao distrito da Barra Funda, e a parte dos atuais Distritos da Casa Verde e Freguesia do Ó.
Logo após o loteamento da área, os primeiros a povoarem a região foram os italianos.
Trabalhavam em serrarias e oficinas mecânicas, principalmente para atenderem, a população do elitizado Bairro vizinho, dos Campos Elísios.
Muitos também trabalharam na ferrovia que seria inaugurada no final deste século.
O desenvolvimento maior da região, ocorreu após a inauguração da Estação Barra Funda, da Estrada de Ferro Sorocabana, em 1875, funcionando como escoamento da produção de café paulista, e também como armazém dos produtos que eram transportados do Porto de Santos para o interior.
Isso incentivou o aumento populacional e a ocupação da região e de seus arredores, que se intensificou com a criação, em 1892, da São Paulo Railway, inaugurada próxima à Estrada Sorocabana, justamente onde se encontra atualmente o Viaduto da Avenida Pacaembu.
O crescimento demográfico na região proporcionado pela ferrovia, fez com que essa passasse a trasportar, a partir de 1920, não apenas cargas mas também passageiros.
A partir do século XX, a população negra começou a povoar a região, alterando a característica essencialmente italiana da Barra Funda.
O primeiro bonde elétrico de São Paulo, foi lançado em 7 de maio de 1902, ligando a Barra Funda ao Largo São Bento.
Neste trajeto, passava através das ruas Barra Funda, Brigadeiro Galvão, até seu ponto final, na rua Anhangüera.
Esse desenvolvimento comercial do Bairro, aliado à grande facilidade no transporte e à proximidade dos elitizados Bairros de Higienópolis e Campos Elísios, fez com que parte da elite paulista da indústria e do café, se instalasse nessa região ao sul do bairro, entre a linha férrea, e as margens do Rio Tietê. Outro fator que colaborou para o desenvolvimento da Barra Funda, foi a proximidade com o Parque Industrial das "Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo", instalado no Bairro vizinho da Água Branca, em 1920.
As Indústrias Matarazzo empregavam boa parte da população da região, assim como em grande parte da cidade, e foram a base do conhecido "Império Matarazzo", que foi se enfraquecendo até se extinguir na década de 1980.
O desenvolvimento da região, sofreu um forte abalo com a crise de 1929, que resultou no fechamento de indústrias e deslocamento da elite dessa região, abandonando seus casarões (alguns se tornaram cortiços mais adiante).
Restou basicamente a indústria artesanal com oficinas, marcenarias, serraria, ou indústrias alimentícias, e têxteis de pequeno porte.
Apesar das aparentes dificuldades, foi nesta época que a Barra Funda viveu uma época de grande manifestação cultural.
O Bairro expôs para o país grandes paulistanos, como Mário de Andrade, que nasceu e viveu no Bairro, que conserva até hoje sua antiga residência.
Em 1917 foi inaugurado o Teatro São Pedro.
Três anos depois, o Palestra Itália de São Paulo, comprou um terreno, em que foi construído o Estádio Palestra Itália, pertencente ao clube que em 1942, mudaria seu nome para Sociedade Esportiva Palmeiras.
A Barra Funda também foi palco da criação do mais antigo cordão de carnaval da cidade: o Grupo Carnavalesco Barra Funda.
O Grupo foi perseguido por pressão do presidente Getúlio Vargas, que confundiu a associação, já que os mesmos utilizavam camisas verdes e calças brancas, mesmas cores da ação Integralista de Plínio Salgado.
Finalmente, mudou o nome em 1953, para o cordão Camisa Verde e Branco, mais tarde tornando-se Escola de Samba em 1972, ganhando o carnaval paulistano por 9 vezes, e mantém sua sede no Distrito.
A partir da década de 1970 começou a migração nordestina para a região, e a atividade industrial, anteriormente um dos grandes pontos fortes da Barra Funda, diminuiu sensivelmente.
Essa situação começou a mudar, apenas no final da década seguinte, com a construção do Terminal Intermodal Barra Funda, um dos maiores do país, e com importância semelhante ao Terminal Tietê, pois reunia todas os tipos de transporte coletivo existentes na capital paulista: metrô (com a inauguração da estação terminal da linha 3 - Barra Funda), trens das antigas linhas Sorocabana e Santos-Jundiaí, além de ônibus para viagens municipais, intermunicipais e internacionais.
Neste mesmo ano (1989), foi concluída a construção do Memorial da América Latina, um grande reduto cultural inaugurado sobre o antigo Largo da Banana, e projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer.
Tais obras trouxeram novo desenvolvimento a área, com a revitalização de imóveis antigos, novos estabelecimentos comerciais, e inclusive a instalação dos estúdios da Rede Record de Televisão, a mais antiga do país em atividade, em 1995.
O distrito possui também desde 1973 o Playcenter, maior parque de diversões da cidade.
Neste Bairro, também se encontram os Fóruns Trabalhista Rui Barbosa e Criminal Mário Guimarães, além de abrigar a nova sede da Federação Paulista de Futebol.
A FPF, antigamente, era situada na Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, centro da Capital.
No ano de 2006, o então governador Cláudio Lembo autorizou a mudança do nome da estação de metrô "Barra Funda" para Palmeiras-Barra Funda, após vários pedidos dos torcedores, seguindo a linha da antiga estação Corinthians-Itaquera, da estação Portuguesa-Tietê, e da futura estação da Linha 4 do Metrô, São Paulo-Morumbi.
Texto extraído da internet.
Luciana Celestino dos Santos
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