Poesias

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

COISAS DO BRASIL PARTE 4 – REGIÃO SUDESTE - CAPÍTULO 4

Ademais, depois de escrever sobre a lenda do Corpo-seco, Felipe passou a escrever sobre o Lobisomem. Esta lenda, muito difundida pelo Brasil, é um verdadeiro mito universal, já que foi registrado por grandes nomes como Heródoto, Pompônio, Santo Agostinho, Ovídio, entre outros. 
Essa lenda, é uma conversão de uma tradição religiosa romana. 
Na África existe a tradição sagrada das transformações de animais, como homens-lobos, homens-tigres, etc. 
Dessarte, ao se falar sobre a lenda do lobisomem, é necessário comentar sobre sua dualidade. 
Como homem é extremamente magro, pálido, de orelhas compridas e com o nariz levantado. 
A sua sorte é um enorme fardo que tem que carregar. 
O que para muitos, é resultado de um grande pecado que cometeu. 
Para outros, alguém nasce lobisomem, por conta de um incesto, embora, em muitos casos, tal maldição se deve ao fato de ser o sétimo filho homem de um casal. 
Assim, acontece. 
Numa família numerosa, nasce o sétimo filho homem. 
Este filho, amaldiçoado, aos treze anos, saí de noite pelo descampado, e a partir disso começa sua triste sina. 
Em certas noites, transformando-se em horrenda criatura, saí vagando, visitando sete cemitérios, sete vilas, enfim, numerosos lugares, até regressar ao mesmo lugar onde nascera. 
Lá na flor do dia, readquire a forma humana. 
Assustador, em suas andanças, saí por aí, atravessando lugarejos, onde as pessoas ainda não dormiram. Ladino, apaga todas as luzes, e passando veloz, assusta a todos os que se atrevem a observá-lo. 
Por conta disso, muitos moradores das cercanias desejam matá-lo. 
Temerosos de sua maldição, querem que a tal criatura, desapareça do lugar. 
Mas ao desejarem matá-lo, mal sabem eles, que se, simplesmente o ferirem, o livrarão de todo o fardo. E assim, movidos por muito ódio, os homens saem em seu encalço, com o intuito de destruí-lo. 
Mal sabem eles, que ao matarem-no, herdam sua triste sorte. 
Por isto, quando a fera foi finalmente encontrada, ao contrário do que esperavam, o bravo homem que o pegou, não conseguiu mais do que feri-lo. 
Mas, ferindo-o, conseguiu fazer com que a estranha criatura se desencantasse. 
O homem, ao ver-se livre da maldição, agradeceu ao caçador e partiu, de volta para casa. 
Contudo, em certas paragens, a lenda possuí variações. 
Em certos lugares, para que ocorra o seu desencantamento, é necessário um bala untada com cera que ardeu em três missas de domingo, ou até mesmo em missa do galo – realizada a meia noite no Natal.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

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