Poesias

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sexta-feira, 21 de agosto de 2020

NOTA - COISAS DO BRASIL.

E por falar em Coisas do Brasil,

Trata-se de um compilado de relatos de viagens, contos e lendas, retirados de guias de viagens, além de textos extraídos da internet, contendo lendas, e algumas explicações sobre os conteúdos expostos. 
Mostra-se uma tentativa de mostrar um pouco da cultura do país, sem esgotar a possibilidade de melhorar o conteúdo, acrescentando-se posteriormente novas e mais informações, conforme o caso. 
Os relatos são costurados pelas experiências de um grupo de amigos que percorrem os quatro cantos e recantos do país, conhecendo lugares e seu folclore.
Trata-se de um compilado antigo, então perdoem as informações turísticas desatualizadas, pois trata-se de escrito, baseado em pesquisas de muito tempo atrás.    
Contudo foi feito, com muito carinho. 

Todos os textos estão ligados pelo título: COISAS DO BRASIL, e são divididos em 4 partes: NORDESTE, NORTE E CENTRO-OESTE, SUL E SUDESTE. 
Abrangendo as 5 regiões do Brasil. 

Em alguns textos, estão misturadas lendas de outros estados e regiões, mas o fato é sempre informado ao final dos textos.   
Frisando que se tratam de lendas do Brasil, e pontos turísticos do país. 

Boa Leitura!

Atenciosamente, 
Luciana Celestino dos Santos   

Santo André, 21 de agosto de 2020.

COISAS DO BRASIL PARTE 4 – REGIÃO SUDESTE - CAPÍTULO 28

Em Santos, cidade com quatro séculos, os turistas foram conhecer o Conjunto do Carmo. 
A Igreja da Ordem Primeira, de 1599, tem nove altares de talha dourada, e cadeiras de jacarandá dos monges. 
Ao lado na Capela da Ordem Terceira, de 1752, azulejos portugueses narram os passos da paixão. 
No Panteão dos Andradas, de 1923, os turistas observaram o amplo salão de mármore, com os restos mortais do Patriarca da Independência, José Bonifácio de Andrada e Silva. 
No Palácio da Bolsa Oficial de Café, o rapazes admiraram a sala do pregão, que é de 1922. 
Tem mármores importados, madeiras nobres, vitrais, e três painéis do pintor Benedito Calixto. 
Na Casa da Câmara e Cadeia, os turistas se depararam com uma construção em estilo colonial, edificada entre 1839 à 1869. 
Hoje, é uma oficina cultural, mas já foi Cadeia, Câmara, Fórum e Enfermaria. 
Sua prisioneira mais famosa foi a ativista literária e política Pagu, que viveu em Santos, depois de libertada. 
Ao passarem pelo museu de Arte Sacra, os rapazes, observaram, o antigo Mosteiro de 1650. 
Possuí este, rico acervo de Santos, entre quadros e livros. 
Destaque para a imagem de Catarina de Alexandria, santa egípcia, atirada ao mar em 1591 pelo pirata inglês Thomas Cavendish, quando saqueou a vila. 
Foi puxada numa rede de pesca oitenta anos depois. 
No Teatro Coliseu, os turistas se encantaram com a construção de 1924, em estilo italiano, com um mil e quinhentos lugares, e com acústica perfeita. 
Decadente, virou casa de shows eróticos. 
Está sendo restaurado para recuperar o velho encanto. 
Passeando pela cidade, os viajantes conheceram o Outeiro de Santa Catarina. 
Trata-se do marco zero da cidade. 
No alto, casarão centenário com o Centro da Memória Cultural, no qual tem: videoteca, documentos históricos, laboratório de fotografia, e restauração de papel. 
Na Igreja de Santo Antônio do Valongo, os turistas descobriram quem foram os franciscanos que construíram a nave da primeira igreja em 1640 e, um ano depois, a segunda nave, perpendicular, ambas em estilo barroco. 
Além disso, os rapazes puderam apreciar ainda, os azulejos sobre a vida de Santo Antônio. 
Na Catedral, os turistas se depararam com uma edificação em estilo neogótico, de 1951, que esbanja nos importados: são vitrais alemães e lustres tchecos. 
Tem ainda, afrescos de Benedito Calixto. 
Subindo quatrocentos e quinze degraus, ou mesmo por bondinho funicular, os turistas chegaram à Capela da Padroeira da cidade, Nossa Senhora do Monte Serrat, construída em 1608. 
Do alto do morro, se tem uma vista panorâmica da cidade e do Porto. 
No Fonte Itororó, os turistas descobriram que os moradores se referem a ela, como aquela bela morena da cantiga de roda. 
Esta fonte, abastecia os moradores e marinheiros desde o século dezesseis. 
Na Igreja do Rosário, os turistas observaram a construção de 1753, toda em mármore colorido e pintura de anjos no teto. 
Na praia os turistas puderam se fartar com sete quilômetros de orla, dividida em seis praias de mar calmo e areias escuras, iluminadas até meia-noite – como a José Menino, Gonzaga, Boqueirão, Embaré, Aparecida e Ponta da Praia. 
Todas elas dispõe de infra-estrutura e calçadões dos anos cinqüentas com fontes, chapéus-de-sol e coqueiros. 
No Posto 2, escolinha de esportes radicais para crianças. 
No Posto 3, clínica médica. 
Os melhores filmes de arte passam no cinema do Posto 4. 
Para os fãs da leitura, Gibiteca no Posto 5 e Biblioteca no Posto 6. 
Mais tarde, os viajantes foram conhecer o Aquário. 
Trata-se de quarenta e dois tanques, habitados por pingüins, tartarugas, jacarés, peixes, tubarões e leões marinhos. 
Na Pinacoteca Benedito Calixto, os turistas se encantaram com o casarão neoclássico, que abriga vinte e três obras do pintor. 
Na Basílica de Santo Antônio do Embaré, os turistas puderam observar a capela, em estilo neogótico, datada do século dezoito. 
O restante, é de 1943. 
No Museu do Mar, os turistas mal sabiam o que fazer para conhecer as doze mil atrações, como o tubarão-anão, de vinte e quatro centímetros, e o tubarão-baleia, com seis metros de comprimento. 
Além de conchas, esponjas e corais de todos os mares. 
No Orquidário Municipal, os turistas se depararam com várias espécies de árvores, animais, e estufa com seis mil vasos de orquídeas, a maior coleção do Brasil. 
Depois, os turistas foram passear de barco, na Baía de Santos, pelas Ilhas da Viúva, Moela e Praias do Saco Maior, Sangava e Cheira-Limão, ainda sossegadas. 
Mergulharam na Laje de Santos. 
Durante o mergulho, se deparam com um aquário natural, com mais de cem espécies de peixes, e navios naufragados. 
Por fim, ao conhecerem o Porto de Santos, os turistas perceberam ser este, o maior da América Latina.
Construído em 1892, tem treze quilômetros de extensão, e movimenta um milhão e quinhentos mil dólares por dia. 
No terminal de embarque de passageiros, está a Casa do Café. 
Foi exatamente lá que os turistas puderam saborear um café tipo exportação e observaram os navios e guindastes gigantescos no cais. 
No Museu do Porto, os turistas se depararam com quarenta mil documentos, entre eles, fotos, equipamentos, e mapas que contam a história da cidade. 
A seguir, no litoral sul, os turistas puderam constatar, que a silhueta não exibe belos contornos e, olhando-a de perfil, tudo parece uma coisa só, extensa, quase preguiçosa. 
A orla, pelada de vegetação, desnuda ainda mais a pele escura das areias e a magreza das ondas, que parecem fazer um enorme esforço para vencer a poluição e, enfim, arrebentar. 
Tempos atrás, coisa de trinta ou quarenta anos, descobriram que melhor do que ir a Santos, era refugiar-se mais ao sul, na Praia Grande, ainda limpa, deserta, dos caiçaras. 
E por que a costa era grande, o espírito bandeirante expandiu seus limites, fincando casas e se instalando. 
E a nova mina foi sendo sugada como nas velhas corridas ao ouro. 
Hoje, os turistas abonados a tratam com desdém. 
Lavam as mãos, amaldiçoam a sujeira, as excursões. 
O passado? 
Que nada, invadiram outras praias, ao norte. 
Deixaram o legado da descoberta a outros desbravadores, mais brutos e – por que não? – farofeiros. 
E com que alegria estes nômades desembarcam nas temporadas, e nos fins-de-semana, trazendo consigo os amigos e a família. 
De repente, alguém dá um bico numa bola em direção ao mar, e dispara desabalado atrás dela, incontido de tanta felicidade. 
Há quem esconda a si – nunca a satisfação – cobrindo-se de areia até o pescoço, embalsamado de comum euforia. 
Ao meio-dia toda a orla, da Praia Grande a Mongaguá, está tomada. 
O esforço cansa, é hora de consultar o isopor – suas tortas, sanduíches, assados, bolos caseiros. 
Um sorvete ou uma raspadinha do ambulante para os menores e, muita cerveja em lata para os adultos.
Corpos branco-avermelhados se empapuçam no creme, mas nada abala a paz da sesta dos que persistem em ficar estirados. 
Até a réstia de sol. 
Até um próximo dia. 
Na Estação Ecológica Juréia-Itatinas, os turistas puderam conhecer um pouco sobre a Mata Atlântica, que já cobriu quinze por cento do Brasil. 
Hoje esta, escorre do alto de mil e trezentos metros de montanhas, até pousar na areia fofa da praia, contrastando com a planície e a vegetação rala do litoral sul. 
Mais rica e diversa que a Floresta Amazônica, é refúgio de animais em extinção como o mono-carvoeiro, o maior primata das Américas, a onça-pintada, o tucano-do-bico-preto, o papagaiao-de-cauda-vermelha. 
Perobas, ipês, cedros e jacarandás servem de suporte para magníficos jardins suspensos de bromélias, samambaias, avencas e orquídeas. 
Das pedras brotam cachoeiras e surgem piscinas. 
A estação, possuí cento e trinta espécies de pássaros. 
O guarda do parque, era menino quando viu o lendário tucano-de-ouro. 
Segundo ele: 
‘Ele soltava uma luz dourada pelas asas, e explodiu tingindo o céu. 
Vê-lo é sinal de felicidade.’ 
Depois, ao passarem pelo litoral norte, os turistas descobriram que, com um punhado a mais de milionários, este exuberante pedaço de Mata Atlântica, todo recortado de baías e enseadas turquesa, seria a Cote d’Azur dos paulistas. 
A porta do paraíso começa a afunilar em Bertioga, onde condomínios sofisticados e praias ‘quase particulares’ barram acesso ao turismo popular. 
Raro topar com um ônibus de excursão pela Rio-Santos, que há trinta anos rasgou esta costa verde. 
A estrada passa rente às praias selvagens e bem tranqüilas, fora da temporada, revelando pousadas em estilo tropical-chique, filiais de bares, e restaurantes badalados da capital, que só abrem no verão, elegantes casas de veraneio, lanchas, e iates de cair o queixo. 
Os condomínios convivem com as vilas caiçaras, onde se anda descalço ou arrastando a havaiana displicentemente pelas ruas de areia batida. 
Não há lugar para farofeiros – essa praia tem dono. 
É gente famosa que freqüenta as colunas sociais, uma legião de candidatos às agências de modelos, jovens bem-nascidos de pele dourada, intelectuais, e políticos à procura de sossego. 
Com trechos ainda protegidos da fúria imobiliária, o litoral norte preserva aldeias indígenas, e animais ameaçados de extinção. 
E mesmo as águas poluídas pelos petroleiros de São Sebastião, ainda dão passagem a bandos de golfinhos e a baleias, que amamentam seus filhotes, a meio caminho entre a Antártida e o Equador. 
Em Campos do Jordão, os turistas puderam conhecer a região, que é chique, e gelada. 
Alpes Paulistas, Campos imita ares europeus em tudo: arquitetura germânica, florestas e bosques de araucárias nas montanhas, plátanos nas ruas, concertos de música clássica nas noites de inverno. 
Obras de arte se multiplicam em pinacotecas, e há exposição de esculturas, sob estrelas e pôres-do-sol vermelhos. 
A São Paulo que pode, sobe a serra no inverno, e faz ponto nos cafés, e restaurantes em Vila Capivari, o bairro mais charmoso, nesta que já foi estação de tratamento de tuberculosos, e inspirou artistas que iam se curar na cidade, como o teatrólogo Nélson Rodrigues, os escritores Dinah de Queiroz – que escreveu ‘Floradas na Serra’ –, Monteiro Lobato e Manuel Bandeira, além de Lasar Segall, que pintou aqui suas florestas. 
A seguir, rumando para Barretos, os turistas constataram, que o interior de São Paulo, é um espanto.
Cresce feito capim. 
A cada ano fica com uma fatia maior do Produto Interno Bruto (PIB). 
Já é o segundo mercado do país, só menor que o da Grande São Paulo, fruto da combinação agropecuária, agroindústria, e indústria de tecnologia de ponta. 
Mistura de açúcar e suco de laranja, boi e frango, carro e caminhão, torno e trator, avião e computador.
Na retaguarda, muita escola, do primário a universidades, como a Unicamp, de Campinas, a Federal de São Carlos, a USP de Ribeirão Preto. 
O resultado é a qualidade de vida, que alguns comparam à do Primeiro Mundo, mas certamente, é superior à da capital. 
Suas cidades, de tamanho médio, contam com todas as modernidades imagináveis, sem sofrer o sufoco da metrópole. 
A marca registrada é o sotaque do erre arrastado. 
Democrático, continua presente na conversa do bóia-fria, no grito de guerra do peão de rodeio, na voz do industrial em seu telefone celular. 
E não admira que o jovem empresário aproveite o domingo para ouvir música sertaneja, no som da caminhonete importada. 
Que o estudante universitário amanheça na fazenda, de chapéu de abas largas e botas, montando num quarto-de-milha, laçando e derrubando bezerro. 
Eles estão cultivando à auto-imagem, renovando a identidade herdada de um mítico avô pioneiro.
Afinal, em pouco mais de noventa anos, aqueles transformaram a vastidão selvagem nessa Califórnia brasileira. 
E caipira virou elogio. 
Em Águas de São Pedro, os turistas trataram logo de beber as águas minerais das Fontes da Juventude, Almeida Sales e Gioconda. 
Também, tomaram banhos de imersão em águas sulfurosas, ideais para reumatismo, e doenças de pele.
Mais tarde, foram curtir as saunas, duchas e massagens, nas termas do parque Moura Andrade. 
Em Aparecida, os turistas assistiram à festa da Padroeira do Brasil, na Basílica. 
A imagem de Nossa Senhora Aparecida, encontrada no Rio Paraíba em 1717, atrai milhares de romeiros de todo o país. 
Chegam em ônibus, caravanas, ajoelhados, ou a pé, carregando cruzes para pagar promessas. 
Em Barra Bonita, os turistas passearam de barco pelo Rio Tietê, passando pela eclusa da usina hidrelétrica. 
Um tanque de ferro funciona com elevador de barcos, transportando-os por um desnível de vinte e seis metros entre o rio e a represa. 
A aventura dura doze minutos. 
Uma porta de cento e vinte toneladas, permite a entrada ou a saída dos barcos, à medida que o nível da água sobe ou desce no tanque. 
Em Barretos, os turistas assistiram à Festa do Peão Boiadeiro. 
A cada dez segundos, um peão leva um baita tombo na arena em forma de ferradura, projetada por Oscar Niemeyer. 
Vestidas a caráter, mais de setecentas e cinqüenta mil pessoas comparecem à festa. 
Em Bananal, os turistas fizeram um passeio pelas centenárias fazendas de café na região, que incluí as localidades de Areias e São José do Barreiro. 
A Boa Vista, a Resgate, a Três Barras e a Pau d’Alho, guardam suas casas grandes do tempo dos barões. 
Na cidade, os turistas não deixaram de ver a farmácia e a estação de trem. 
Aventura? 
Subiram a serra atrás das cachoeiras e matas do Parque Nacional da Bocaina, a mil e oitocentos metros de altitude. 
Em Brodósqui, os turistas puderam ver as obras de Portinari, o artista da cidade, expostas no casarão onde viveu, hoje museu. 
Filho de um restaurador de igrejas, Portinari nasceu em 1903. 
Suas obras retratam o cotidiano de lavradores, meninos de rua e retirantes. 
No jardim, viram a Capela de Nonna, idealizada pelo artista. 
Ao passarem em Cunha, os turistas trataram logo de comprar cerâmica artesanal queimada e esmaltada por artistas locais, que trabalham com uma técnica trazida do Japão. 
São vasos, jarros, fruteiras e estatuetas à venda em vários ateliês. 
Em Holambra, os turistas, conheceram a Expoflora, exposição em são vendidas plantas e flores da região, que é responsável por trinta por cento da produção nacional. 
Este evento, atraí mais de duzentas mil pessoas. 
Passando por Ibitinga, os turistas puderam conhecer e comprar os bordados tradicionais da Ilha da Madeira, feitos na cidade há mais de cinqüenta anos. 
Na segunda semana de julho, a Feira do Bordado expõe o trabalho artesanal e industrializado, que movimenta oitenta por cento da economia do município. 
Aqui, quem, não pega na agulha, acaba vendendo bordados. 
Em Ibirá, os turistas puderam beber águas minerais alcalinas, sulfurosas e ricas em vanádio – mineral só encontrado nesta região, bom para a cicatrização de feridas. 
Fontes e banhos de imersão no Balneário Evaristo Mendes de Seixas. 
Em Itu, os viajantes trataram logo de conhecer o Museu Republicano Convenção de Itu. 
Instalado no casarão onde ocorreu a primeira convenção republicana do país, em 1873, guarda documentos e objetos sobre a Primeira República, e quadros de Almeida Júnior, pintor do século dezenove. 
Na Praça Central de Itu, semáforo e orelhão gigantes, que deram fama à cidade. 
Em Olímpia, os turistas assistiram ao Festival do Folclore. 
Durante uma semana, mais de cento e cinqüenta grupos de folclore do país, se apresentam nas ruas da cidade e na Praça das Atividades Folclóricas. 
Lá, tem um pouco de tudo: Boi-de-Mamão, Folia de Reis, Boi-Bumbá, Moçambique e Fandango de Tamancos. 
Em Piracicaba, os turistas se acabaram de rir, no Salão Internacional de Humor. 
Mais de dois mil chargistas, cartunistas e caricaturistas de quarenta países, expõem seus trabalhos, e participam do concurso. 
Todo ano surgem novos talentos. 
Em Rosana, os turistas nadaram e pescaram nos rios Paranapanema e Paraná. 
A cidade fica no encontro dos dois rios, onde se formam praias, ilhas e lagos naturais. 
Muitos dourados, curimbatás, pintados e pacus. 
Passando por São Luís do Paraitinga, os turistas assistiram a mais uma Festa do Divino. 
Realizada cinqüenta dias após a Páscoa, ou na primeira semana de junho, é uma festividade na qual, os moradores saem pelas ruas mascarados e fantasiados. 
A comida tradicional, é o afogado – cozido de carne, feito com mais de vinte bois. 
Um casal de bonecos gigantes – o João Paulino e a Maria Angu – corre pelas ruas. 
Há Cavalhada, e danças com a da fita, e do balaio. 
Passando por Ribeirão Preto, os turistas conheceram a Califórnia Brasileira, ou Texas do Brasil. 
Esta cidade, possuí uma das mais altas rendas per capita do país e tem uma vida noturna agitadíssima.
Produz café, cana de açúcar e laranja. 
É parada obrigatória a Choperia Pingüim (são duas na esquina das Ruas General Osório e Álvares Cabral). 
A serpentina tem mais de oitocentos metros, e fornece quatro mil e quinhentos litros de chope claro e escuro por dia. 
No Vale do Ribeira, a Mata Atlântica cresce sobre as montanhas, e esconde mais de trezentas cavernas.
A Caverna do Diabo, no Parque Estadual do Jacupiranga, em Eldorado, é a mais famosa, e uma das maiores do Brasil: tem oito quilômetros de extensão. 
Os seiscentos metros iniciais têm iluminação artificial, e passarelas de concreto. 
Com seiscentos milhões de anos, seus salões e galerias, lembram uma monumental catedral gótica. 
Não faltam formações que lembram uma pia batismal, vela de promessa, a mão do diabo, um bolo de noiva. 
Entre Iporanga e Apiaí, está o Parque Estadual Turístico do Alto do Ribeira (Petar). 
Só aqui, existem duzentas e cinqüenta grutas. 
Na Areias, vive um raro peixe, bagre cego, adaptado ao breu. 
A Casa de Pedra, tem uma das maiores bocas de caverna do país, com duzentos e quinze metros de altura. 
A Santana, com quase seis quilômetros, está aberta nos primeiros oitocentos e dez metros, com pinguelas e escadas de madeira. 
Os salões brilham com a luz dos cristais. 
Da rocha e do teto pendem ‘cortinas’ de calcário, que parecem delicada renda rococó.

SIGNIFICADO:
O muriqui-do-sul, também chamado simplesmente de mono-carvoeiro ou muriqui, é uma espécie de primata da família Atelidae e do gênero Brachyteles endêmico da Mata Atlântica brasileira. É uma das duas espécies existentes de muriqui, sendo a outra o muriqui-do-norte. Wikipédia.

Ramphastos vitellinus Ariel Vig., vulgarmente conhecido como tucano-de-bico-preto, canjo e tucano-pacova, é uma ave da ordem Piciformes, da família Ramphastidae. Pode ser confundido com Ramphastos tucanus. Wikipédia.

O curimbatá, também chamado papa-terra, curibatá, curimatá, curimatã, curimataú, curimba, curumbatá, crumatá, grumatá, grumatã e sacurimba, é um peixe teleósteo caraciforme da família dos caracídeos, da subfamília dos proquilodontídeos, especialmente do gênero Prochilodus. Vive em todo o território brasileiro. Wikipédia.

O dourado (Salminus brasiliensis; antigamente Salminus maxillosus)[1] é um peixe dos rios do Brasil e outros países da América do Sul. Ocorre na Bacia do Prata, na bacia do Rio Magdalena e nos rios do Peru da bacia do rio Amazonas.
O dourado é um peixe dos rios do Brasil; é sinônimo de Salminus maxillosus, e é também chamado popularmente doirado, piraju, pirajuba e saijé.[2] Muito apreciado pelos pescadores esportivos, é lendário por sua bravura e resistência uma vez fisgado.
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Salminus_brasiliensis.

Pseudoplatystoma corruscans conhecido como pintado, surubim-caparari, caparari, brutelo, loango, e moleque é um peixe de água doce que pertence a família dos Pimelodídios.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pintado. 

Pacu é o nome geral dado a várias espécies de peixes caracídeos da família Myleinae. São típicos do pantanal Matogrossense, dos rios amazônicos e bacia do Prata, e originários dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai. Alimenta-se de frutos, caranguejos e de detritos orgânicos encontrados na água. Wikipédia.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

COISAS DO BRASIL PARTE 4 – REGIÃO SUDESTE - CAPÍTULO 27

Em São Paulo, os turistas tiveram contato com o colosso que é esta cidade que não dorme nunca. 
Ao visitarem o Mosteiro de São Bento, os turistas se depararam com uma construção em estilo gótico, com certa dose de bizantino, e algo do estilo das basílicas romanas, conforme informações contidas no Anuário do Ginásio de São Bento, de 1922, o ano de sua inauguração, e que define a construção do monumento, iniciada em 1911, projeto do arquiteto Richard Berndl. 
A primeira capela do local, de taipa, foi feita em 1598, junto à Oca do Tibiriçá, cacique Guaianá, aliado dos portugueses. 
Outras construções foram substituindo, ao longo dos séculos, a ermida dos beneditinos. 
Hoje, possuí em sua torre, o relógio mais tradicional de São Paulo. 
Na igreja, um órgão de seiscentos tubos, várias imagens sacras de valor e, assentado no frontão, um galinho de ouro doado pela Rainha da Inglaterra, quando esteve em São Paulo para a inauguração do Masp, em 1968. 
As pinturas do teto foram feitas pelo belga Adalberto Gressnigt. 
Nas paredes externas, seis medalhões de bronze e granito, com as figuras entre outras, de Anchieta e do bandeirante Fernão Dias Paes, sepultado no mosteiro. 
Na missa das dez horas de domingo, os turistas puderam apreciar o canto gregoriano. 
Na Catedral Metropolitana da Sé, os rapazes descobriram, que a obra data de 1954, ano do quarto centenário da cidade, obra do arquiteto Luís de Anhaia Melo. 
Em estilo gótico, altar-mor de mármore de Carrara, adornado com imagens de bronze, tem cinco naves – na principal, as colunas formam uma bela imagem em perspectiva, da entrada até o altar. 
Na cripta, os cinco rapazes repararam nos detalhes dos capitéis e na beleza das abóbadas. 
Os trinta vitrais, feitos em várias cidades italianas, são divididos em cinco conjuntos de temas bíblicos.
No Convento Nossa Senhora da Luz, os turistas descobriram que este fora construído pelo Frei Antonio de Sant’Anna Galvão, em estilo colonial, inaugurado em 1774. 
Algumas de suas paredes originais de taipa, estão preservadas. 
Envolvidos com o clima da construção, os rapazes caminharam pelos seculares calçamentos de pedra, e conheceram a tradicional horta cuidada pelas irmãs, e admiraram o altar-mor da capela de Nossa Senhora da Luz, feita no século dezoito, com detalhes de ouro. 
Mais tarde, no Museu de Arte Sacra, os turistas observaram três mil e quinhentas peças religiosas de vários cantos do mundo. 
Só o presépio napolitano tem mil e quinhentas peças. 
A seguir, na Igreja de São Francisco, no Largo de São Francisco, os turistas descobriram que esta, fora construída aos pedaços, ao longo dos anos, a partir de 1642. 
É uma das mais tradicionais de São Paulo. 
A primeira capela, octogonal, feita de taipa de pilão, faz parte da igreja atual: é o Transepto, com pinturas do século dezoito no teto. 
Em 1790, a fachada ganhou estilo colonial, que se vê até hoje. 
Ao lado, a Faculdade de Direito da USP, de 1932, foi erguida no local do antigo convento franciscano.
Após, os turistas foram visitar a Igreja da Consolação. 
Datada de 1914, em estilo neo-românico, foi construída no local da antiga capela de Nossa Senhora da Consolação, de 1799. 
Sua torre de setenta e cinco metros, é uma das mais altas da cidade, e pode ser vista de vários locais. 
O altar-mor, de carvalho, mármore e bronze, veio de Paris. 
Em seguida, os rapazes foram admirar as telas de Benedito Calixto, na Capela do Santíssimo, e as seis obras de Oscar Pereira da Silva, na sacristia e no altar-mor. 
Ao visitarem a Igreja Nossa Senhora do Brasil, os viajantes descobriram que esta é considerada a mais bela de São Paulo. 
Construída a partir de 1942, tem estilo colonial. 
O projeto do professor Bruno Simões Magro, lembra as igrejas mineiras do século dezoito. 
Tem sete sinos, que somam mil e oitocentos quilos de bronze e soam as notas de sol à fá. 
Um deles foi presente de Dom Pedro II a uma fazenda do interior, cujos herdeiros doaram a igreja.
Passeando pela Igreja da Ordem Terceira do Carmo, o rapazes se depararam com uma construção de 1632, considerada uma das mais antigas da cidade, feita pelos carmelitas. 
O altar-mor, foi trazido de Portugal, no século dezessete e, a sacristia, com pia de mármore que pertenceu à Marquesa de Santos, impressionaram os rapazes. 
Depois, os turistas foram conhecer o Acervo do Palácio dos Bandeirantes. 
Lá, inúmeras obras de arte quebram o branco das paredes e a monotonia dos longos corredores da sede do governo paulista. 
É ali que estão cerca de três mil valiosas obras de artistas como Portinari, Brecheret, Almeida Jr., Volpi,
Anita Malfati, Tarsila do Amaral, Aleijadinho. 
O acervo conta ainda com uma coleção de pratos (alguns pertenceram a ex-presidentes, governadores e à família real), bem como móveis de época e tapeçaria dos séculos quinze e dezesseis. 
No Museu de Arte Contemporânea, os turistas se deslumbraram com cinco mil trezentas e sessenta e duas obras de artistas brasileiros e estrangeiros, num dos mais importantes acervos de arte do século vinte. 
Tudo começou em 1963, quando o curador do Museu de Arte Moderna, Francisco Matarazzo Sobrinho, doou à USP sua coleção particular e de sua esposa, Yolanda. 
No acervo tem ainda, obras de Picasso, Portinari, Di Cavalcanti, Lasar Segall, Rego Monteiro, Marc Chagall, Paul Klee, Aldemir Martins, André Masson, Le Corbusier, Anita Malfati, Matisse, Tarsila, Brecheret, e outros artistas deste século. 
Em seguida, os turistas foram conhecer o Memorial da América Latina. 
O projeto, de Oscar Niemeyer, tem vinte mil metros quadrados de construção, e área de setenta e oito mil metros, usados para várias manifestações culturais. 
Um dos dez prédios do memorial é sede do Parlamento Latino-Americano. 
Na Biblioteca, há cerca de cinqüenta mil livros de todos os países latino americanos. 
Além disso, no Salão dos Atos, os turistas se depararam com uma das obras mais importantes de Portinari, ‘Tiradentes’, além de painéis de Carybé sobre a história do continente. 
Na Pinacoteca do Estado, os rapazes, observaram o prédio de linhas neo-clássicas projetado por Ramos de Azevedo para ser sede do Liceu e Artes e Ofícios. 
Cinco anos após sua inauguração, em 1900, a Pinacoteca se instalou aqui. 
Em seu acervo permanente, o famoso óleo ‘Caipira Picando Fumo’, de Almeida Jr., além de obras de Benedito Calixto, Alfredo Volpi, Anita Malfati, Di Cavalcanti, Victor Brecheret, Tarsila do Amaral, Lasar Segall, Portinari, Djanira, Manabu Mabe, Aldemir Martins, e outros. 
Foi palco ainda, da mostra das obras do escultor Auguste Rodin. 
A seguir, os turistas foram conhecer a Coleção de Mário de Andrade. 
Situada no Conjunto Residencial, Bloco D, na Cidade Universitária, os rapazes se depararam com a coleção que pertenceu ao escritor paulista. 
O acervo possuí cento e cinqüenta peças de arte do modernismo brasileiro (Anita, Tarsila, Portinari, Segall, Brecheret, Di Cavalcanti, Volpi) e importante biblioteca. 
No Museu da Imigração Japonesa, os turistas se depararam com cerca de mil objetos dos primeiros imigrantes japoneses. 
Ali, também estão, as réplicas dos dois primeiros navios que os trouxeram para cá em 1908. 
Após, no Museu de Anatomia Veterinária, pertencente a Faculdade de Veterinária, na Cidade Universitária, os rapazes se depararam com esqueletos de animais (elefante, cobras, cães e tantos outros) e de um vereador paulista: Cacareco, o rinoceronte que em 1959 recebeu noventa mil votos. 
Ao passarem pelo Museu de Geociências, os rapazes observaram cerca de dez mil peças que compõe a maior exposição de geologia da América Latina: são meteoros, minerais dos quatros cantos do planeta, aparelhos, como microscópios, e simulações gigantescas de moléculas de quartzo, cristal e outras pedras. 
No Museu da Imagem e do Som, no Jardim Europa, os turistas se encantaram com seu arquivo audiovisual: são cerca de quinze mil fotos, dez mil slides, sete mil discos de setenta e oito rotações por minuto, das décadas de trinta e cinqüenta e inúmeros depoimentos gravados de artistas e personalidades. 
Além disso, o local promove mostras de cinema e exposições de arte. 
Mais tarde, os turistas foram conhecer o Museu de Arte de São Paulo (Masp), projetado pela arquiteta Lina Bo Bardi, é suspenso, preso em dois espessos pórticos de concreto, recentemente pintados de vermelho, para ressaltar o vigor da estrutura. 
O museu foi fundado em 1947, por iniciativa de Assis Chateaubriand, dono da rede de comunicação Diários Associados, em cuja sede, na rua sete de abril, o acervo ficou até 1968, ano da inauguração do prédio atual. 
O Masp possuí o mais importante acervo de arte ocidental na América Latina, com destaque para ‘Rosa e Azul’, de Renoir, ‘Passeio ao Crepúsculo’, de Van Gogh, e ‘Retirantes’, de Portinari, além de importantes obras de Edouard Manet, Claude Monet, Gauguin, Toulouse-Lautrec, Matisse, Picasso, Chagall, Debret, Lasar Segall, Anita Malfati, Di Cavalcanti, Botticelli, Auguste Rodin, Paul Cézanne, Joan Miró, e tantos outros artistas. 
Embaixo do prédio, um dos maiores vãos arquitetônicos do mundo, onde se realiza aos domingos uma famosa e simpática Feirinha de Antigüidades. 
No Museu Paulista (do Ipiranga), os turistas descobriram que o mesmo fora projetado por Gaudenzio Bezzi, e foi inaugurado em 1889. 
De estilo neo-clássico, é um monumento à Independência do Brasil. 
No enorme acervo, coleções de arqueologia, etnologia e geografia. 
Mas é na parte histórica que mora seu maior charme: o famoso óleo ‘Independência ou Morte’, de Pedro Américo, é um deslumbre, assim como as esculturas e pinturas de vários artistas famosos, uma coleção de objetos, móveis, prataria, porcelanas, roupas, cédulas e moedas, selos, armas e documentos de vários períodos históricos brasileiros. 
No Centro Histórico do Imigrante, os turistas observaram os móveis e objetos que foram usados pelos imigrantes, no alojamento onde eles ficavam. 
Os documentos – consultados apenas por funcionários – incluem diários de bordo e listra de entrada, de 1882 à 1974. 
No Museu dos Transportes Públicos, os turistas se depararam com os veículos que era utilizados no transporte coletivo, como o bonde de tração animal (réplica), e o primeiro bonde elétrico da cidade. 
Na sala de fotografias, o cartaz com a frase publicitária que mais rodou por São Paulo: 

‘Veja, ó ilustre passageiro 
O belo tipo faceiro 
Que o senhor tem ao seu lado 

E no entanto acredite 
Quase morreu de bronquite 
Salvou-a o Rhum Creosotado’. 

Após, ao passarem pela Fundação Maria Luísa e Oscar Americano, os turistas conheceram a então residência do casal, com mil e quinhentos metros quadrados, e um parque com sete mil e quinhentos metros quadrados. 
Lá há um acervo de arte, com obras de Lasar Segall, Di Cavalcanti e Portinari, entre outros, e de objetos, como móveis, pratarias e porcelanas. 
Aproveitando o passeio, os turistas conheceram os oito óleos de Frans Post, artista holandês que veio com a expedição de Maurício de Nassau ao Brasil, no século dezessete. 
Além disso, puderam fazer ainda, um agradável passeio pelas trilhas do parque e, depois, descansaram no salão de chá. 
No Teatro Municipal, os turistas se depararam com a obra, inaugurada em 1911, em estilo barroco seiscentista, com influência da onda do momento: art nouveau. 
Já ocuparam seu palco a bailarina Isadora Duncan, em 1916, os tenores Enrico Caruso, em 1917, Beniamino Giglio, em 1921, além de outros consagrados artistas. 
Foi, literalmente, o palco da Semana Mordenista de 1922, na qual se apresentaram Villa-Lobos, Mário de Andrade e Oswald de Andrade. 
A restauração de 1991, devolveu os ares novéis das primeiras décadas. 
Aproveitando o ensejo, os turistas foram conhecer a Praça Ramos de Azevedo, homenagem ao arquiteto que projetou o teatro. 
As palmeiras, as escadarias, o calçamento e as esculturas sobre a obra de Carlos Gomes, de autoria do italiano Amadeo Zani, são do começo do século. 
Dias após, os turistas foram visitar a Avenida Paulista. 
Desde que nasceu, em 1891, esta avenida, é a cara rica de São Paulo. 
Primeiro abrigou os casarões dos ricos barões do café, e foi toda arborizada com ipês. 
Dela se via a várzea do Rio Pinheiros e a Serra da Cantareira. 
Para admirar a paisagem tão bela, o arquiteto Ramos de Azevedo criou o Belvedere, onde hoje está o Masp. 
Erguido nos anos sessentas, o museu deu largada para o nascimento de um dos maiores pólos culturais do país. 
A mais paulistanas de nossas avenidas ganhou cinemas, livrarias e esculturas em seus dois quilômetros e oitocentos metros. 
E ainda guardou marcas de sua história. 
Raros casarões, como o da Vila das Rosas, hoje Centro Cultural, e o do McDonald’s, também do século dezenove, bem como o Parque Trianon que, preserva quarenta e oito mil e seiscentos metros quadrados de Mata Atlântica. 
Recentemente, a avenida foi escolhida como símbolo de São Paulo, onde se destacam o Relógio Itaú, e a torre de transmissão da Globo. 
Tradicional e moderna, a Paulista é o coração financeiro da cidade. 
Seus prédios de linhas arrojadas, sediam grandes empresas e Bancos. 
Ativista e esportista, nossa Paulista ainda recebe os corredores da São Silvestre no último dia do ano, as comemorações do futebol, e as passeatas da cidade. 
No Edifício Martinelli, os turistas se deparam com o primeiro arranha céu de São Paulo, datado de 1929, obra do Conde e arquiteto italiano Giuseppe Martinelli. 
No último andar, o trigésimo, possuí um pequeno acervo de fotos antigas da cidade, e dos velhos prédios do centro. 
A lenda diz que, de medo, ninguém entrava no recém-inaugurado edifício. 
O conde decidiu morar na cobertura, para dar mostra de confiança em seu feito, que por bom tempo foi a mais elevada construção da cidade. 
Passando pela Escola Caetano de Campos, os turistas se encantaram com as linhas neoclássicas da construção, que são a marca do arquiteto, Ramos de Azevedo. 
Inaugurado em 1894, foi a mais famosa escola normal do país. 
Em 1935, recebeu o segundo pavimento, que desfigurou suas proporções. É hoje Secretaria Estadual de Educação. Os rapazes, aproveitando o passeio, conheceram ainda a charmosa Praça da República. 79 No Prédio dos Correios, os turistas se depararam com um prédio neoclássico com grife: projetado pelo arquiteto italiano Domiziano Rossi e construído sob o comando de Ramos de Azevedo. Inaugurado em 1922, foi talvez a primeira construção de concreto armado da cidade. 
Passando pelo Palácio das Indústrias, os turistas se depararam com a construção de 1924, com requintado pavilhão de exposição de produtos agroindustriais paulistas. 
O projeto de Domiziano Rossi, tem estilo eclético, com fortes traços florentinos. 
O prédio foi usado como Assembléia Legislativa, delegacia e por órgãos administrativos. 
Em 1992, para que abrigasse a sede da prefeitura, uma restauração – último projeto de Lina Bo Bardi, que morreu antes do fim das obras – devolveu suas características originais. 
Na Biblioteca Mário de Andrade, os turistas se depararam com uma construção em estilo art deco, projetado por Jacques Pilon. 
O prédio de 1942 é formado por um bloco horizontal, e uma torre de vinte e três andares. 
Restaurado e modernizado em 1992, possuí acervo de trezentos e dez mil livros, e cerca de onze mil títulos de periódicos na hemeroteca. 
Mais tarde, os turistas foram conhecer a Faculdade de Direito da USP. 
O prédio, inaugurado em 1827, de estilo eclético, tem acentuados traços neoclássicos, projetado por discípulos de Ramos de Azevedo. 
A construção é quadrangular, com cinco pátios, e arcos internos. 
Dali saíram nomes famosos da política, como Ulysses Guimarães e Jânio Quadros, e poetas românticos, como Álvares de Azevedo e Castro Alves. 
Depois, os viajantes foram visitar a Bienal. 
O Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, abriga um dos maiores eventos mundiais de artes plásticas, e conta com a participação dos mais renomados artistas internacionais. 
Na Fenasoft, os turistas puderam observar, no Pavilhão de Exposições no Anhembi, os mais variados produtos de informática. 
Todo ano são expostos os últimos lançamentos mundiais do setor. 
A seguir, na Feira Internacional de Utilidades Domésticas (UD), os rapazes se depararam com inúmeras novidades tecnológicas para equipamentos utilizados no dia-a-dia. 
Mais tarde, os turistas resolveram fazer um City Tour pela cidade. 
De ônibus, com saída na Praça da República, os rapazes puderam optar por quatro roteiros. 
Em todos eles, há visitas por museus e prédios históricos da cidade. 
Também há um roteiro ecológico, com visita a dois parques diferentes a cada final de semana. 
Cada passeio, dura em média, quatro horas. 
No Parque do Ibirapuera, os rapazes observaram uma verdadeira ilha verde na cidade, com um milhão e seiscentos mil metros quadrados, pontilhados por eucaliptos, guapuruvus, cássias, ipês, palmeiras e outras espécies. 
As atrações vão de cursos livres de jardinagem e arte moderna, a espaço sideral no Planetário. 
Além disso, o parque possuí uma pista de cooper, ciclovia, e dez quadras desportivas, bem como museus, entre eles o de Arte Moderna, na grande marquise. 
Há ainda os Museus de Arte Contemporânea, do Folclore e da Aeronáutica, além do Pavilhão da Bienal, sede das Bienais de Arte e do Livro. 
Tem ainda o Pavilhão Japonês, o Viveiro Manequinho Lopes, o Bosque da Leitura e o Jardim das Esculturas, que reúne vinte e cinco obras. 
Na marquise são realizadas feiras de roupas, produtos para casas e doces. 
Aos domingos, shows na Praça da Paz, por onde já passaram Tom Jobim, Milton Nascimento, Zubin Mehta, e Ray Charles. 
No Instituto Butantan, os turistas conheceram então, um importante centro de produção de soros e vacinas antiofídicas, criado em 1901 pelo médico e cientista Vital Brasil. 
Há cerca de oitenta mil cobras, de mais de quatrocentas diferentes espécies. 
Aproveitando o ensejo, os viajantes, visitaram os Museus Histórico e Biológico do Instituto: lá, eles observaram ao animais peçonhentos, esqueletos e animais embalsamados. 
Passando no Vale do Anhangabaú, os turistas caminharam por um corredor que liga as zonas Norte e Sul. 
Em 1992, foi inaugurada uma praça de cento e cinqüenta mil metros quadrados, projetada pelo urbanista Jorge Wilheim, para recuperar o encanto do parque do começo do século, entre os Viadutos do Chá e Santa Ifigênia. 
Depois, no Parque Alberto Löfgren (Horto Florestal), os rapazes puderam ver parte de seus um milhão setenta e quatro mil metros. 
Que podem ser 80 desfrutados em pistas de ‘cooper’, equipamentos de ginástica, espaços para pequeniques, e trilhas na mata. 
Ali, os turistas puderam ver a demarcação do Trópico de Capricórnio, e beberam água puríssima, a mesma que abastece a cidade. 
É aqui, que fica escondida, a residência de verão do ex-governador. 
No Parque da Aclimação, os turistas puderam se esbaldar em uma área de mais de cem mil metros quadrados, com muita árvore frondosa, pista de ‘cooper’, quadras para a garotada, e um belo lago com peixes. 
Nos fins-de-semana, shows na concha acústica, e atividades para crianças. 
No Jardim Botânico, no Bairro da Água Funda, os turistas aproveitaram e muito, os cento e vinte mil metros quadrados de área verde, com mais de mil espécies de árvores. 
Assim, passearam pelo Bosque do Pau-Brasil, ao lado do lago – com garças e biguás –, e pelo túnel dos bambus e pelas trilhas na mata. 
O parque tem duas estufas, uma para exposições e outra para criação de espécies da Mata Atlântica, o Castelinho, de pau-a-pique, e um portão metálico de 1894, ainda no local de entrada da antiga fazenda de tratamento de água do estado. 
No Jardim Zoológico, os turistas se depararam com uma verdadeira arca de Noé. 
São cerca de três mil espécies de animais – um dos maiores zoológicos do mundo. 
Aqui, cerca de dois milhões e quinhentas mil pessoas, todo ano, caminham por seus quatro quilômetros de alamedas – trata-se de uma área de oitocentos e vinte e quatro mil metros quadrados, quase toda coberta por Mata Atlântica. 
Há bichos raros, como o mico-leão-da-cara-dourada, o rinoceronte indiano, a zebra de Grevy e a arara-azul, e famosos – leão, tigre-de-bengala, girafa e elefante. 
Os turistas também viram o suareiro de vidro e conheceram a vida no interior de um enorme formigueiro. 
No Simba Safari, os turistas se sentiram como numa savana. 
Lá, para a alegria de todos, os animais estão soltos. 
O passeio é feito pelo carro do visitante, por ruas em meio a cem mil metros quadrados de mata. 
Os animais se aproximam para ganhar alimento ou por curiosidade: são macacos, leões, tigres, zebras e ursos, entre outros. 
Ao passearem no Parque do Carmo, os turistas puderam observar uma área de um milhão e quinhentos mil metros quadrados, com muito verde. 
Pistas de atletismo, e cooper, área para pequenique, lagos e trilhas, compõe o parque e fazem parte de seu encanto. 
Em julho, neste local, há uma típica festa japonesa. 
No Parque do Jaraguá, os turistas se depararam com um ótimo lugar para fazer pequenique: são quiosques, churrasqueiras, e árvores frondosas. 
Tem trilhas pela mata. 
Não bastasse isso, ainda se tem uma inesquecível vista da cidade de São Paulo, do Pico do Jaraguá. 
Em Paranapiacaba – agora pertencente ao município de Santo André (o qual pertence ainda a região do Grande ABC) – só há a língua é portuguesa, o resto é Inglaterra do século dezenove. 
Lá tem uma réplica do relógio Big Bem, quatrocentas casas de pinho-de-riga, e até a neblina londrina.
O cenário foi ‘construído’ pela São Paulo Railway Company. 
A seguir, os turistas visitaram a Igreja Nossa Senhora do Bom Jesus, de 1889, o Museu do Castelinho, montado no antigo escritório da estação ferroviária, e o Museu das Máquinas, com o vagão feito para Dom Pedro II. 
Mas infelizmente, a estação está desativada, não havendo trem para percorrer seus trilhos. 
No dia seguinte, os rapazes, foram assistir ao Grande Prêmio de Fórmula 1. 
No Autódromo de Interlagos, ou José Carlos Pace, os viajantes puderam conferir um dos mais disputados eventos desportivos do ano. 
Na Festa de Nossa Senhora Achiropita, os turistas rumaram até o Bixiga, onde puderam constatar que a Rua 13 de Maio, fica lotada de barraquinhas de comida italiana, num dos bairros mais tradicionais da cidade. 
No Cemitério do Morumbi, os turistas visitaram o túmulo de Ayrton Senna, o qual tornou-se um dos principais pontos mais visitados. 
Para prestar sua homenagem ao piloto tricampeão mundial de Fórmula 1, os rapazes foram à quadra quinze, setor sete, jazigo onze. 
Outras campas visitadas são as dos cantores Elis Regina e Altemar Dutra e do comediante Manoel de Nóbrega. 
Quanto ao Bairro da Luz, este até hoje é chamado de ‘bode de lixo’. 
Mas o cinza das empenas de suas construções, durante o dia, e seu clima violento, à noite, não arrancaram de todo o seu charme. 
É só andar um pouquinho pelas Ruas Auroras, dos Gusmões, Largo General Osório, Avenida Cásper Líbero. 
Com relação à Estação da Luz (1901), perfeita réplica da de Sidney, na Austrália, também construída pelos ingleses – construção vitoriana com ares do começo do século. 
A poucas quadras, outra estação, Júlio Prestes, esta, réplica da estação central de Nova York, mais próspera cidade da década de vinte. 
Aqui, desembarcavam passageiros vindos do interior do estado e que, rapidinho, corriam para o Jardim da Luz, pano de fundo de todas as fotografias de famílias que vinham visitar a Capital e levavam a ‘chapa’, tirada pelo lambe-lambe – prova que imagens lindas como a do cinematógrafo existiam mesmo.

SIGNIFICADO: 
O guapuruvu é uma árvore da família das fabáceas, notável pela sua velocidade de crescimento que pode atingir 3 metros por ano. Wikipédia.

Cassia é um género de plantas fabáceas da subfamília Caesalpinioideae, que inclui cerca de 1 700 espécies: Wikipédia.

O biguá, também chamado corvo-marinho, cormorão, pata-d'água, biguaúna, imbiuá, mergulhão e miuá, é uma ave aquática falacrocoracídea preta, de dorso cinza. Wikipédia.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

COISAS DO BRASIL PARTE 4 – REGIÃO SUDESTE - CAPÍTULO 26

Em Cordisburgo, os turistas puderam conhecer os lugares por onde passou Guimarães Rosa. 
Diante disso, primeiramente, visitaram o Museu Guimarães Rosa. 
Trata-se da casa onde nasceu o autor de ‘Grande Sertão: Veredas’. 
Lá estão objetos pessoais do escritor – como máquina de escrever, livros e prêmios. 
No local funcionava a venda do pai, Seu Florduardo, e foi passagem de tropeiros que influenciaram toda a obra do escritor. 
Na Gruta de Maquiné, os rapazes, descobriram que, antes de Guimarães Rosa, a mais bela gruta de Minas – e, dizem do mundo – já havia impressionado no século passado o naturalista dinamarquês Peter William Lund, que encontrou fósseis de animais pré-históricos. 
Tem seiscentos e cinqüenta metros de extensão, com galerias e sete salões com figuras esplêndidas: um altar, uma santa, um tigre em pleno salto. 
Na Galeria das Fadas, cristais brilhantes em cascata, parecem bordados de pedrarias. 
Muitas estalactites foram destruídas nas pontas por vândalos. 
Em Lagoa Santa, os rapazes foram conhecer a Gruta da Lapinha. 
Graças aos estudos do naturalista dinamarquês Lund no local, a Lapinha tornou-se famosa no mundo todo, pela descoberta de ossos do homem da Lagoa Santa, que viveu há mais de dez mil anos. 
A gruta tem profundidade de até quarenta metros, e quinhentos e onze de extensão, com labirintos, formações calcárias de extraordinária beleza, como a Cascata da Luz, que imita uma cachoeira, o Salão da Catedral, onde se vê um órgão, um presépio, véu de noiva, pirâmides. 
Possuí acesso por passarelas. 
Em Sete Lagoas, os viajantes, foram conhecer a Gruta do Rei do Mato. 
Nos quatro salões abertos ao turismo, há formações calcárias raríssimas, que crescem para os lados – as estalactites –, cascatas de pedras e inscrições rupestres. 
Em uma das salas, com cem metros de extensão, há formações que se parecem com colunas cilíndricas esculpidas. 
Em Sabará, os turistas se depararam com a rota do ouro e das esmeraldas. 
Trata-se de um dos mais antigos povoados de Minas Gerais, que sobreviveu a saga dos bandeirantes que abriram o Rio das Velhas, liderados por Borba Gato. 
Aleijadinho deixou sua marca na cidade, e artistas de longe, ergueram aqui uma loja em forma de pagode chinês, esculpida em ouro, pequena jóia do barroco mineiro. 
Acredita-se que a influência oriental tenha sido trazida por artistas que estudaram nas colônias portuguesas do Oriente, principalmente Macau, reproduzindo os traços culturais na decoração das igrejas. 
Na cidade, criou-se a moda de se alugar jabuticabeiras, para que as pessoas comam seus frutos direto do pé. 
A seguir, os turistas foram conhecer o Parque Natural do Caraça. 
Neste lugar, as montanhas de pedra são imensas, intermináveis. 
Entre elas, imponente e solitário, ergue-se o Santuário do Caraça, com suas torres em estilo neogótico apontando para o céu. 
O local com mata nativa intacta, que mistura de cerrados e mata atlântica, foi transformado em parque natural em 1989. 
Além de meia dúzia de padres e seus funcionários, vivem aqui somente animais selvagens e raros: a onça parda, a jaguatirica, lobos-guarás, tamanduás-mirins, macacos guigós, esquilos e pássaros, como a anu-preto, o papa-ovo, o canário-do-brejo, o pica-pau, o saíra-de-sete-cores, o alegrinho-do-campo, o zebelê, o juriti. 
Foi neste cenário, propício à meditação, que o misterioso Irmão Lourenço, dizem que foragido da Justiça, fundou uma capelinha e foi ficando, ficando. 
Mais tarde, missionários lazaristas construíram uma igreja em estilo neogótico e fundaram o histórico Colégio do Caraça, em 1820, que formou gente famosa, como os presidentes Juscelino Kubistschek e Artur Bernardes, além de senadores e governadores. 
A escola, destruída pelo fogo em 1968, foi fechada, dando lugar a uma pousada simples, quase monástica. 
Parte de suas paredes de imensos blocos de pedra ficou em ruínas; parte foi restaurada com vidro fumê, fechando janelas e portas, numa eclética mistura entre o antigo e o moderno. 
Às vezes, as rezas e os cânticos sacros se propagam pelo vento e ecoam nas montanhas. 
Ainda estão intactos o claustro dos padres, a igreja – de 1883 –, o calvário, as catacumbas e a paisagem de pedras, que formam um rosto imenso – a caraça. 
Uma insólita amizade uniu nesta paisagem deserta homens e animais selvagens: quando escurece, os padres alimentam arredios lobos-guarás, que sobem vagarosamente pelas escadarias da igreja, famintos.
Entre as relíquias do mosteiro estão uma pintura da Santa Ceia, e um retrato do Irmão Lourenço, ambos de Athayde. 
O Caraça ainda esconde tesouros naturais: piscinas, cachoeiras, grutas e trilhas para caminhadas na mata virgem. 
Mais tarde, os turistas constataram que as águas mineiras têm fama de milagrosas. 
E é certo que operaram um milagre: o da multiplicação das cidades. 
Quantas delas não cresceram em torno das nascentes, e prosperaram, ao redor dos hotéis e cassinos nos áureos tempos do jogo. 
Nos anos 40 a jogatina foi proibida, mas as águas seguraram a onda na base da saúde. 
Gasosas, sulfurosas, magnesianas, radioativas, ferrosas, ou simplesmente quentes, às águas minerais tratam de colites à dermatites. 
Nem os sisudos resistem às cócegas das bolhas produzidas nos banhos perolados, e riem, riem, riem.
Há ainda banhos espumantes, saunas e massagens. 
Em Araxá – terra de Dona Beja, sua mais famosa dama da corte, e que deita e rola na lama negra vulcânica cheia de propriedades medicinais. 
E esbanja águas minerais. 
A Fonte da Beja, com água radioativa, é a mais procurada. 
Dizem que é afrodisíaca. 
A água sulfurosa da Andrade Júnior, é indicada para doenças de pele e para o fígado. 
Nas termas do parque, os banhos de lama negra quentinha são concorridos. 
Embelezam a pele e aliviam artrites e reumatismos. 
Animados com isso, os turistas compraram sabonetes de lama, e entraram em banheiras. 
Depois, passaram pelo Alto de Santa Rita, onde a Árvore dos Enforcados geme quando venta. 
Dizem que são os gemidos dos escravos sacrificados no local. 
E não perderam também, a oportunidade de visitar o Museu de Dona Beja, uma casa do início do século dezenove, onde ela morou. 
Em Poços de Caldas, os viajantes constataram que suas fontes estão espalhadas pela cidade, e numa delas jorra água sulfurosa a quarenta e cinco graus Celsius. 
No imponente prédio das Thermas Antônio Carlos, águas sulfurosas muito procuradas pelo presidente Juscelino Kubitschek. 
No Palace Hotel, uma piscina à la Hollywood, com colunas de mármore Carrara e água quente. 
A suíte quinhentos e vinte e cinco é conservada como Getúlio Vargas a deixou em sua última visita. 
Ao lado do cassino, que agora aposta em festas e congressos, sai o teleférico que leva ao Morro do Cristo. 
Imigrantes italianos, levaram para lá a técnica do cristal de Murano. 
Um deles, Mário Saguso, na Cá d’Oro, é pupilo de uma família que molda vidro à sopro a setecentos anos. 
Contrastando com a arquitetura dos anos vintes e o chacoalhar das charretes, a cidade se rende ao admirável mundo novo: um monotrilho corre suspenso ao longo da avenida principal. 
Em São Tomé das Letras, os viajantes se depararam com uma cidade rodeada de mistérios. 
Núcleo cósmico do planeta para os místicos, a cidade ergueu suas casas de pedras empilhadas ao lado de uma gruta com inscrições rupestres. 
Segundo a lenda, foi aqui que um certo Barão de Alfenas encontrou uma imagem do apóstolo e onde, em 1770, foi construída uma capela para Tomé. 
Desde então é procurada por suas energias especiais. 
Sinta as vibrações da Gruta do Triângulo, considerada por quem entende do assunto, como a mais energética. 
Os turistas, aproveitando o passeio, foram tentar descobrir a secretíssima passagem para Machu Picchu, no Peru, na Gruta do Carimbado. 
Como não acharam, trataram logo de se refrescar na cachoeira, que costuma lavar a alma de qualquer incrédulo. 
Tem a Véu de Noiva, da Eubiose, da Lua, Shangri Lá, ou a Corredeira das Ninfas. 
Animados com o passeio, os rapazes aproveitaram também para passar pelo Vale das Borboletas, onde elas fazem um espetáculo de cores no ar. 
Ao passearem em São Lourenço, os rapazes constaram que a cidade possuí uma variedade de prédios, e conservou o mais exuberante Parque da Águas das estâncias hidrominerais. 
Fama que remonta às constantes visitas do presidente Getúlio Vargas: suas nove fontes se esparramam por jardins impecáveis, e densa mata verde. 
Mas o lado místico só uns poucos vêem, entre eles os eubiobas, que fincaram sede em São Lourenço para facilitar o diálogo com extraterrestres, que aqui, pululam em seus discos voadores. 
O naturalista Elias Cima, prefere cultivar ervas medicinais e tocar sua fundação, com um acervo de mais de trezentas fotos do pintor catalão Salvador Dali, além de litogravuras e aquarelas originais. 
Em Lambari, os turistas se depararam com fontes jorrando num pequeno parque. 
Na margem do Lago Guanabara, ergue-se imponente, o antigo cassino. 
Por causa de brigas políticas, o prédio neoclássico de 1911 funcionou apenas um dia. 
Todavia, vale a pena visitá-lo, pois é um belo exemplar do desperdício. 
Em Caxambu, os viajantes se depararam e se deslumbraram com doze fontes medicinais do Parque das Águas, que são verdadeiras obras de arte. 
Cobertas por estruturas trazidas da Europa no início do século vinte, são decorados por rendilhados, mármores e dourados. 
Até a família real passou por aqui, deixando uma enorme coroa entre as nascentes. 
Conta-se que em 1868, a Princesa Isabel veio atrás de um suposto tratamento de fertilidade, e virou nome de fonte – indicada para a anemia. 
No balneário, tem seis tipos de banhos e um gêiser, que jorra água quente três vezes ao dia. 
Entre montanhas, fica a pacata Cumbuquira. 
Lá, ladeiras e casarões centenários se espalham em volta do Parque das Águas, com cinco fontes. 
Os turistas, encantados com o lugar, visitaram as fazendas do roteiro rural e a Reserva Biológica de Santa Clara, onde estão as nascentes das fontes. 
Na volta, os turistas se depararam com um pôr-do-sol no Pico Piripau. 
A seguir, em Monte Verde, os cinco viajantes descobriram que este nasceu num Vale da Mantiqueira, entre pinheiros, Mata Atlântica, e picos com mais de dois mil e quinhentos metros de altitude. 
Fundada por um imigrante da Letônia, Werner Grinberg, na década de trinta, recebeu alemães, húngaros, suíços, italianos. 
E o lugar foi ficando com a cara dos Alpes. 
No inverno, as margens dos rios e as gotas de orvalho nos pinheiros até congelam. 
O clima é romântico. 
Os hotéis são aconchegantes, todos de madeira, camas king-size, lareira, cortinas rendadas. 
Para enfrentar o frio, vinhos, chocolates, fondues, raclettes ou café colonial, à luz de velas. 
Piscinas de água quente, saunas e caminhadas por trilhas até os Picos da Pedra Redonda, Chapéu do Bispo, Mirante e Selado. 
O vírus shopping atacou o lugar, mas não lhe alterou a fisionomia. 
Procure pelas cerâmicas de faiança, na loja Tirol, reproduzindo desenhos do século doze. 
E se alguém se despedir com um sveiki, responda tchau e até breve, como um entendido na língua falada na Letônia.

SIGNIFICADO: 
O tamanduá-mirim, também chamado tamanduá-colete, jaleco, mambira, mbira, melete ou mixila, é um mamífero xenartro da família Myrmecophagidae, sendo encontrado da Venezuela ao sul do Brasil. É uma das quatro espécies de tamanduás e junto com as preguiças está incluído na ordem Pilosa. Wikipédia.

O anu-preto, também chamado anum-preto, é uma ave da família Cuculidae que ocorre da Flórida à Argentina e em todo o território brasileiro. Gosta de sol e toma banho na poeira, ficando a plumagem às vezes com a cor da terra ou de cinza e carvão. Wikipédia.

O canário-do-brejo é uma espécie de ave da família Emberizidae. Pode ser encontrada nos seguintes países: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Seus habitats naturais são: campos de gramíneas de clima temperado e pântanos. Wikipédia. 

Saíra-sete-cores - Ave
Tangara seledon é uma espécie de ave da família Thraupidae; um pássaro endêmico de florestas de Mata Atlântica, restingas e capoeiras da região oriental do Brasil, do estado da Bahia até o Rio ... Wikipédia.

Alegrinho
Também conhecido como alegrinho-do-leste. O alegrinho (Serpophaga subcristata) é uma ave passeriforme da família Tyrannidae. É um pequeno papa-mosca arborícola do Brasil oriental, quase sempre de píleo arrepiado, fácil de ser reconhecido, porém devido ao seu tamanho reduzido, suas cores apagadas e seus hábitos, é uma ave de difícil detecção. https://www.wikiaves.com.br/wiki/alegrinho. 

O zabelê ou zebelê (Crypturellus noctivagus zabele) é uma ave brasileira da família dos tinamídeos, medindo entre 33 a 36 cm. É uma subespécie do jaó-do-litoral (Crypturellus noctivagus noctivagus) do litoral do sudeste e sul do Brasil, do qual difere principalmente pelo colorido mais pálido. É ave cinegética.
Zabelê (ave) – Wikipédia, a enciclopédia livre
pt.wikipedia.org › wiki › Zabelê_(ave)

Leptotila é um género de aves da família Columbidae. Os membros do gênero costumam ser chamados popularmente de juriti, juruti e jeruti. Wikipédia.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

COISAS DO BRASIL PARTE 4 – REGIÃO SUDESTE - CAPÍTULO 25

Dias depois, ao passarem pelo Vale do Jequitinhonha, os turistas se depararam com a região considerada a mais pobre do Brasil. 
Lá o vale da fome, das lágrimas, da marcha à ré, dos absurdos constantes de riquezas naturais e misérias humanas convivem lado a lado. 
Do Jequitinhonha já se falou quase tudo de triste. 
Menos que este talvez seja o único lugar do país, onde ainda é possível encontrar mulheres bonitas e bonitas em bando. 
Não uma ou outra, que isso tem em toda a parte, mas muitas, andando sempre juntas, rindo à toa, timidamente assanhadas. 
Certa vez, em Serro Frio, o jornalista Franklin de Oliveira, flagrou o botânico George Gardiner em pleno encantamento. 
Ao deparar-se com um desses bandos, o cientista não se conteve: ‘São morenas de olhos azuis, retendo na flama da pupila, os macios tons da turqueza celestial’. 
A região, pouco muda com o passar dos tempos. 
A enchente e a seca, a falta e a fartura, a turmalina e o cascalhão, o Banco do Brasil e o comercinho, o velho sem família, e o menino sem pai, as moças vistosas das boates, e as meninas sofridas dos garimpos, o trabalho duro, e o ócio total, as cafuas e os palacetes, o sol de rachar de dia e frio de rachar à noite – enfim, os extremos das profundezas do Jequitinhonha. 
A existência nestes ermos de vidas humanas, de sorrisos de bocas sem dentes, é uma pungente prova de força. 
Se até aqui chegaram, homens e mulheres podem supor, com todo direito, que sobreviverão, apesar de tudo. 
São mais de um milhão, nesse Brasil arcaico das carvoarias e do trabalho semi-escravo, salpicado por ranchos cobertos de folhas de pindoba. 
Resistem à colonização predatória e à exploração do homem e da natureza, desde a pioneira corrida ao ouro e às pedras preciosas, no século dezoito, quando surgiram os primeiros povoados em torno dos garimpos, no tempo das bandeiras paulistas e baianas, de Fernão Dias Paes, do quinto e do dízimo pago à Coroa, dos escravos, da violência. 
Depois, no século passado, o gado se espalhou. 
E o sertão virou pasto: um homem a tocar mil reses, a queimar as matas dos latifúndios, fazendo-as carvão. 
Por último, na década de setenta, a chegada da nova ordem do ‘milagre brasileiro’ – do dinheiro a rodo, dos incentivos fiscais para as grandes empresas de reflorestamento e mineração, das máquinas, carros, televisores – causou traumas nestas cidades centenárias: os nativos corriam para casa quando alguém chegava de fora, pelo simples e bom motivo de que não tinham roupas para vestir – ao menos as que a civilização exige. 
Cortado emblematicamente em cruz – no sentido horizontal, pelo Rio Jequitinhonha: no vertical, pela Rio-Bahia –, o vale abre suas portas na histórica Diamantina, a maior cidade da região, que parece viver de costas para o Jequitinhonha. 
Daí para a frente, é um outro mundo: pirambeiras de todo o tipo e tamanho, montes rochosos, vegetação pobre, arbustos engruvinhados, chupados e secos, córregos raquíticos. 
De Mendanha, parada de ônibus que liga o vale a Belo Horizonte, até Almenara, a paisagem não muda.
A impressão é a de que se atravessa uma grande fazenda: gado, pastos, raros vaqueiros, mata-burros, casas de agregados, pequenas plantações de fundo de quintal, galinhas ciscando na estrada. 
Quando vêem um carro, as crianças saem correndo, eufóricas. 
Levantam o polegar, sorriem, como se agradecessem a deferência de alguém passar por ali. 
Em Minas Novas, as mulheres tecem arraiolos e fazem das feiras de sábado uma grande festa: compram e vendem de tudo, num formidável mercado de trocas. 
E fazem fila diante das pessoas que sabem ler. 
Querem saber as novidades contidas naqueles garranchos, seu principal ponto de contato com o mundo.
São as viúvas de marido vivo. 
Seus homens são bóias-frias em São Paulo e no Paraná. 
Foram embora arrumar dinheiro para pagar as dívidas. 
Quem se dá bem, volta no fim do ano, época de carpir, plantar a lavoura: depois, vai embora de novo – e o vale vai ficando cada vez mais das mulheres. 
A pequena Araçuaí, é filha valente de uma delas. 
Destruída por enchentes, em 1919 e 1929, reergueu-se e virou sede de uma das seis microrregiões do vale, por força de Luciana Teixeira. 
Expulsa por um padre, do garimpo que havia na confluência dos Rios Araçuaí e Jequitinhonha, na Barra do Pontal, Luciana subiu vinte quilômetros com seu comércio de quarenta mulheres, e criou a Fazenda Bela Vista, hoje Araçuaí. 
São dessa época as ruas estreitas da parte velha da cidade, à beira do rio, como a do Cochicho, a principal da zona das moças de vida livre, que repartiria mais tarde suas casas baixas e toscas, com os artesãos de barro, couro e madeira. 
Há quem se recuse a deixar o vale, como uma garimpeiro de pedras brancas que encontrei por lá.
‘Dizem que o dinheiro tá é correndo em São Paulo. mas se aqui, que ele tá parado, eu não consigo pegar, quanto mais em São Paulo, que ele tá correndo...’ 
Para quem fica, uma das poucas opções de trabalho regular são as carvoarias, abundantes entre Couto de Magalhães e Itamarandiba. 
Pau-d’alho, araçá, canjiquinho, toda madeira branca vira carvão para mover as siderúrgicas de Sete Lagoas. 
A fumaça sai dos fornos, acompanha as estradas, e se junta à poeira. 
E as grotas parecem cobertas de neblina. 
Cada um se vira como pode e, nisto, o vale é um grande manual prático de sobrevivência. 
Tiririca, por exemplo, vendia pintos de um dia, peixe velho, fazia o diabo. 
De repente, começou a aparecer cada dia com um carro. 
E a notícia correu: sua conta bancária em Diamantina era a primeira a ultrapassar a barreira do bilhão (nos idos do cruzeiro velho). 
Diante do mistério da riqueza súbita, Tiririca esclareceu: tornara-se representante de um grupo catarinense que exportava para a Europa e Estados Unidos, a sempre-viva, uma flor seca do semi-árido, muito usada para decoração. 
Foi uma só àquelas flores sem graça, que cresciam feito mato nas chapadas do vale, a ponto de ameaçá-las de extinção. 
Já se foram o ouro e os diamantes, a madeira e a sempre-viva, muitos homens e empresas. 
Ficaram o pobre rico vale, e suas mulheres bonitas, que ainda andam em bando, esperando, quem sabe?, por alguma nova corrida de homens em busca de riquezas – que bobos! – com tantas belezas que andam por lá.
Em seguida, em Diamantina, os turistas constataram, que é um lugar para se chegar por terra.
Antigamente tinha o trem, que percorria uma das estradas mais lindas do Brasil, a qual os militares destruíram. 
Vindo de Belo Horizonte, passado o Curvelo, a estrada que leva aos diamantinos, a de rodagem, é de fazer inveja ao John Ford: os melhores bangue-bangues que já se viram, foi lá. 
Aproximar-se da cidade, é por isso mesmo, conhecer o que Minas Gerais tem de mais profundo: límpido de água e sólido de pedra. 
A natureza deslumbrante prepara o turista para o encontro com o mais solar dos mineiros. 
Com sua gente inteligente e simples. 
O homem diamantino é um homem vivo. 
Vivo por entender que a história não é só passado. 
É presente. 
Ele a faz a cada dia. 
E foi assim, que mergulhados em uma profunda atmosfera, os turistas foram conhecer a casa onde Juscelino Kubitschek passou a infância. 
A construção é simples, e o quarto talvez seja o cômodo mais modesto. 
Na cozinha, o velho fogão a lenha, as panelas de pedra-sabão e a receita de seu prato predileto, o ‘Chico Angu’ – frango com quiabo e angu de fubá. 
O violão, o cavaquinho e a flauta das serestas que recepcionavam Juscelino nas escadarias da catedral quando ele visitava a cidade, também estão na casa museu. 
Um anexo reconstitui o consultório médico dele. 
No andar de baixo, o Bar do Nonô – homenagem ao boêmio pé-de-valsa que não recusava uma pinguinha com caldinho de feijão ao som de serestas. 
Foi igualmente nesta cidade que viveu Chica da Silva. 
Escrava e mulata, foi a grande paixão de João Fernandes, um contratador de diamantes, rico com um nababo e poderoso como um príncipe. 
Chica foi morar com ele em seu palacete e se tornou a mulher mais influente do arraial: sua vontade era lei. 
Tinha cadeira cativa na antiga Igreja Matriz de Santo Antônio. 
Chegava de liteira, coberta de brilhantes, carregada por quatro escravos, e acompanhada de doze mucamas esplendidamente trajadas. 
Quem quisesse algum favor de João Fernandes tinha de passar pelo beija-mão da mulata. 
Sua decadência ocorreu quando João Fernandes foi mandado para Portugal pelo Marquês de Pombal, e proibido de voltar ao Brasil. 
Os que se curvaram diante dela trataram de vingar-se: rasgaram-se ou queimaram-se documentos, objetos pessoais, tudo. 
Pois bem, foi com essa mulher que João Fernandes viveu, teve filhos e filhas, deixando-lhes de herança a maior parte de sua fortuna. 
Na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, turistas se depararam com uma construção de 1731, erigida pelos escravos como sede da Irmandade dos Pretos, e que é a mais antiga da cidade. 
Originalmente uma simples capela, com fachada em estilo rococó, com uma só torre. 
O douramento do altar e a pintura do teto da capela-mor são de José Soares de Araújo, tesoureiro da irmandade. 
Imagens originais dos santos negros – Santo Elesbão, São Benedito e Santo Antônio Categeró.
Passando pela Igreja de Nossa Senhora das Mercês, os viajantes descobriram que esta surgiu, em decorrência de um cisão com a Irmandade dos Pretos e os Crioulos. 
Estes criaram sua própria entidade e uma capela, erguida entre 1772 e 1785. 
De fachada simples, tem torre central e escadarias de pedras. 
Ricos entalhes dourados na capela-mor e a decoração da nave, tem traços neoclássicos, apesar do estilo barroco rococó, dos brasões e dos enfeites de madeira recortada das tribunas, que parecem camarotes de teatro. 
Os rapazes, ao visitarem a Capela Imperial do Amparo, descobriram que a mesma foi edificada entre 1756 e 1776, pela Irmandade dos Pardos do Arraial do Tijuco. 
Mais tarde recebeu o título de Imperial Capela, passando a exibir na portada o emblema com as armas imperiais. 
A torre central foi reconstruída e a pintura do teto da nave é de Silvestre de Almeida Lopes. 
O presépio do século dezoito foi decorado com conchinhas. 
No pátio externo, tumbas dos membros da Irmandade. 
Na Capela de Nosso Senhor do Bonfim, os turistas observaram a torre lateral e o frontão com duas sacadas de ferro batido, encimadas por um óculo envidraçado. 
Na capela-mor, o altar é ricamente trabalhado a ouro, e a pintura do teto de Jesus sendo retirado da cruz – é de autoria de algum discípulo de José Soares de Araújo. 
Passeando na Capela de Nossa Senhora da Luz, os turistas observaram a construção erigida a partir de 1803, para pagar uma promessa feita pela portuguesa Teresa de Jesus Perpétua Corte Real, salva do terremoto de Lisboa, em 1755. 
Quase nada restou da construção original. 
A fachada atual, é decorada com lambrequins, torre central esguia e três sacadas de ferro batido. 
A parte interna não foi concluída. 
Visitando o Museu do Diamante, os turistas, se depararam com um amplo casarão, construído em 1789, que foi casa de um dos principais inconfidentes o Padre José de Oliveira e Silva Rolim. 
Com o padre preso e enviado a Portugal, seu imóvel foi confiscado pela Fazenda Real. 
O acervo conta a história da mineração no Brasil: crivos para classificar o tamanho das pedras, balanças, cadinhos para medir o ouro em pó, cofre inglês do século dezenove, ferramentas do garimpo, instrumentos de suplício dos escravos. 
No Museu de Arte Sacra, os turistas observaram um oratório do século dezoito de madeira pintada a ouro, ex-votos, imagens de santos barrocas, folheadas a ouro. 
Na Casa da Glória, os turistas visitaram uma casa de dois pavimentos, uma do século dezoito e outra do século dezenove, uma de cada lado da rua, unidas, por uma passarela suspensa no segundo andar. 
A mais antiga, foi da coroa portuguesa e ficou famosa como cenário de festas luxuosas, como a da coroação de Dom João VI, em 1818. 
Na Casa de Chica da Silva, os turistas observaram um sobrado do século do século dezoito com quatorze cômodos, onde viveu de 1763 à 1771, a escrava e seu amante, o contratador João Fernandes de Oliveira. 
As janelas têm treliças de madeira, costume árabe introduzido pelos portugueses, para proteger as mulheres dos olhares curiosos. 
Tem também vedação de treliça, uma imensa varanda que serve de corredor e dá para o pátio interno, de onde se vê a rua. 
Na lateral direita da casa, foi restaurada a fachada da capelinha, para uso exclusivo de Chica da Silva.
Mais, tarde, depois de se encantarem com a Casa de Chica da Silva, os turistas foram conhecer a Casa do Muxarabiê. 
Também uma casa do século dezoito, que possuí três sacadas de madeira torneada. 
Numa delas, há um muxarabi – espécie de balcão de madeira com treliças, de origem mourisca, para que as mulheres pudessem ver a rua sem serem vistas. 
Único exemplar dessa arquitetura que marcou época em Minas Gerais. 
No Mercado Municipal, os turistas se depararam com uma construção de 1835, toda em azul e vermelho, com arcos de madeira, erguido num rancho que abrigava tropeiros, com suas mulas abarrotadas de mercadorias. 
Seus arcos invertidos teriam inspirado Oscar Niemeyer, amigo de Juscelino e autor de duas construções na cidade, a projetar a fachada do Palácio da Alvorada, em Brasília. 
No Casarão da Prefeitura e Câmara Municipal, os viajantes observaram, que este data do início da povoação do Arraial do Tijuco (1733 à 1735), foi a Casa da Intendência dos Diamantes. 
A fachada exibe janelas do tipo guilhotina. 
Restaram algumas paredes de taipa e beirais do telhado – típicos da época da construção. 
Ao passearem pelo Casarão do Fórum, os turistas se depararam com mais uma construção colonial do antigo Tijuco, que foi residência, sede da Câmara Municipal, Fórum e Cadeia Pública. 
Já na Casa do Intendente, os rapazes observaram uma construção do século dezoito, com rica arquitetura, sacadas de madeira torneada, ‘sobrancelhas’ sobre as janelas. 
Além disso, dois salões do segundo pavimento têm teto de gamela, um deles com pintura policrômica e cores suaves, mostrando cenas românticas de um casal. 
A seguir, na Rua Burgalhal, os turistas ficaram encantados com as casas coloniais do século dezoito, o primeiro núcleo do Arraial do Tijuco. ]
No Caminho dos Escravos, os rapazes se depararam com vinte quilômetros de blocos de pedra construídos pelos escravos no século dezoito. 
É a única ligação de Diamantina com o norte do estado. 
Está sendo restaurado. 
Ao passearem no Cruzeiro do Cula, os turistas percorreram de carro, uma estrada de terra. 
Após, na Serra do Espinhaço, puderam contemplar uma vista de trezentos e sessenta graus da cidade.
Na Cachoeira Sentinela, os turistas se deslumbraram com várias quedas, cercadas por vegetação rasteira. 
A seguir, na Cachoeira dos Cristais, os turistas observaram um lago de águas transparentes, ótima para banhos. 
Mais tarde, os rapazes foram conhecer a Fábrica de Tecidos de Biribiri. 
Lá, construções do final do século dezoito formam uma pequena vila em torno da fábrica de 1876, hoje desativada. 
Em meio a palmeiras-imperiais, a Igrejinha do Sagrado Coração de Jesus, com campanário externo, possuí refeitório, orfanato, escola, e o velho galpão da indústria. 
Na Gruta do Salitre, os turistas se depararam com uma estrutura geológica de sessenta metros, e com uma galeria ampla, que forma uma espécie de palco no centro. 
Depois, os rapazes foram ouvir as serestas da cidade. 
O ‘Peixe Vivo’ e ‘Luar do Sertão’ podem ser ouvidas pela cidade no dia da seresta, aniversário do presidente Juscelino Kubitschek. 
No resto do ano, seresteiros, só nos barezinhos. 
Os turistas, também foram assistir a Festa de Nossa Senhora do Rosário. 
Trata-se da festa mais tradicional de Diamantina. 
A parte religiosa acontece na Igreja do Rosário – levantamento do mastro, missa e procissão ao som de bandinhas. 
A parte profana celebra um dos folclores mais antigos da região – com marujadas, catopês e caboclinhos, com músicas e danças ligadas à figura de Chico Rei, líder tribal trazido da África para ser escravo em Vila Rica, que liberta a si e a tribo.

20 Texto de Ricardo Kotscho, com algumas adaptações.

DICIONÁRIO:
cafua - substantivo feminino
1. cova, caverna.
2. POR EXTENSÃO
lugar escuro e isolado; furna.

Pindoba - substantivo feminino
[Brasil] Planta da família das palmáceas.

Palmáceas - substantivo feminino plural
[Botânica] Grande família de plantas monocotiledôneas que se caracterizam por apresentarem o tronco alto e nu, encimado por um fascículo de grandes folhas, e à qual pertencem o coqueiro, a palmeira etc.
Etimologia (origem da palavra palmáceas). Do latim palma, palmeira + áceas.

(...) Festas de Agosto com seus catopês (que homenageiam os negros na formação do povo brasileiro), marujos (que exaltam os marinheiros portugueses e os princípios do catolicismo) e caboclinhos (que simbolizam a mistura de raças em nosso país), (...) Extraído do site: https://onorte.net/cultura/festas-de-agosto-l%C3%A1-v%C3%AAm-os-catop%C3%AAs-marujos-e-caboclinhos-1.484522 

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.