IX
Arthur continuou em seu encalço
Queria por que queria localizar o bando e Omar
Continuou suas investigações
E finalmente conseguiu encontrar Omar e mais 2 cangaceiros
Estavam de passagem em outra cidade,
Comprando alguns víveres
Omar com o auxílio dos companheiros,
Conseguiu desarmar o policial solitário
Arthur perguntou-lhe se o mataria
Tenório respondeu-lhe que Omar decidiria
O homem então sugeriu um duelo
Arthur admirou-se
Omar disse-lhe que seria uma luta com facas
E quem escapasse nunca mais seria perseguido por seu contrário
Arthur continuava incrédulo
Mas sem alternativas, concordou
Omar então liberou-o
Disse que o duelo estava marcado
Agendou data e horário
Prometeu que ali estaria
Mencionou que a imprensa saberia do duelo
E assim o fez
Clodoaldo intermediou o encontro
E o jornalista registrou a história
A notícia correu o país
O chefe de Arthur ao saber da notícia
Chamou-lhe a atenção
Perguntou-lhe onde ele estava com a cabeça
Aceitar participar de um duelo?
Arthur argumentou que não teve saída
Ou concordava ou seria morto
Respondeu que estaria no local no dia e hora agendados
O homem argumentou que duelos eram proibidos no Brasil
Arthur respondeu que proibido ou não, iria
Afinal Omar precisava ser preso
O chefe tentou argumentar
Mas Arthur respondeu que ele buscasse os meios legais para resolver a questão
Contudo, a despeito disto, lá estaria
Pois palavra tinha
E assim fez
Compareceu no local
Omar também lá estava
Os cangaceiros também se dirigiram ao local
Mesmo arriscando a serem presos
Pareciam não se importar
Arthur e outros policiais também estavam
Até seu chefe compareceu
A imprensa estava em peso
Fotos foram tiradas de ambos
Por fim, deu-se início ao duelo
Arthur e Omar lutaram com facas
Feriram-se
Em dado momento do duelo
Omar deixou Arthur encurralado
Todos pediram a morte do policial
Neste momento Omar empurrou o homem
Arthur caiu no chão
Gritos de: Mata! Mata!
Não cessavam
Neste momento um policial chegou
Trazia uma ordem judicial
Leu o mandado que dizia
Para cessar o nefando duelo
Prática cruel e em desuso no Brasil
Ou cessavam a luta, ou ambos seriam presos
Omar concordou,
Lançou sua faca ao solo
Arthur já estava desarmado
Omar dizia que não pretendia cometer mais crimes
Pois a morte de um homem já lhe pesava bastante
Cansado estava de fugir, e a polícia se entregava
Os jornalistas não paravam de fotografá-lo
Também registravam os fatos
Com isto, Omar foi algemado e preso
Levado para a delegacia da cidade
Arthur conversando com ele, perguntou-lhe por que não o matara
Afinal se livraria de seu perseguidor
Poderia até fugir, já que integrantes do bando acompanhava o evento
Auxiliariam-no caso necessário fosse
Omar argumentou não ser bandido
E apesar de estar entre cangaceiros,
Nunca cometeu crimes enquanto integrava o bando
Contou sua longa história
Arthur ficou admirado
Entendeu que seu único crime fora tentar ajudar
Pois, auxiliara uma moça que provavelmente seria vítima de violência
Arthur sugeriu que ele alegasse legítima defesa de terceiro
Comentou que ele tinha direito a defesa e auxílio de um advogado do Estado
Caso não reunisse condições de pagar
Arthur se comprometeu a cuidar disto
Omar ficou surpreso
O homem respondeu-lhe que teve duas oportunidades para se livrar dele,
Ainda assim não o matou
Argumentou que se fosse o contrário, não pensaria em matar
Contudo, tinha consciência agora, que ele não era um criminoso
Apenas fora levado pelas circunstâncias
Argumentou que esta ajuda era uma retribuição
Omar agradeceu
Com isto o cangaceiro de bom coração
Como era chamado, foi a juri
No Tribunal foi absolvido
Os jornalistas comentaram que policia, juiz, jurados e bandoleiros
Todos tinham certeza de uma coisa
Omar criminoso não era
E assim livre, o homem seguiu sua vida
Muitos cangaceiros abandonaram o bando e seguiram com ele
Clodoaldo e outros tantos continuaram sua saga como bandoleiros
E morreram pouco tempo depois em uma chacina
Arthur não participou do evento
Tornou-se promotor
Nunca mais atuou em volantes
Os homens que seguiram Omar
Vida honesta tiveram
Passaram a ter novas profissões e vida nova deram à suas famílias
Não tiveram o triste dos bandoleiros
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