Ao chegarem em Vitória, capital do estado do Espírito Santo, os turistas foram ver o Palácio
Anchieta.
A construção iniciada em 1551, já foi colégio, igreja e hospedou os governadores gerais
Tomé de Souza e Mem de Sá, o Imperador Dom Pedro II, e vários presidentes.
Hoje é sede do
governo.
As janelas com arcos mostram o estilo colonial, alterado por várias reformas.
Nos fundos,
o túmulo com parte dos restos mortais do Padre José Anchieta.
Na Igreja de São Gonçalo, os turistas observaram a construção de 1766, em estilo colonial
jesuítico.
Pequena e branca, com janelas azuis em arco.
Na lateral, há dois sinos que badalam há
muitos anos.
Na Catedral Metropolitana, os viajantes observaram uma edificação construída no
século XX, em estilo gótico, com quinze vitrais franceses retratando os apóstolos e motivos
bíblicos.
No Convento de São Francisco, os turistas observaram uma construção em estilo colonial,
construída entre 1744 à 1784.
No pátio interno, foram encontrados restos mortais de missionários
franciscanos.
Mais conhecido como ‘Ruínas do Convento’, por causa da má conservação.
Mais tarde, passeando pela Capela de Santa Luzia, os turistas se depararam com uma construção
pequena e caiada, sobre um grande rochedo, que domina a paisagem desde de 1551.
Primeira
construção da cidade, esteve em reforma até 1996.
Ao passarem pela Igreja do Rosário, os
viajantes observaram uma construção no topo de um morro a partir de 1765, em estilo colonial.
Para se chegar até ela, é necessário fazer uma penitência, e caminhar noventa e cinco degraus na
escadaria.
Após, os turistas foram conhecer o Teatro Carlos Gomes.
Trata-se de uma réplica menor
do Scala de Milão, construído em 1927.
Tem escadas e grades dos camarotes de ferro fundido
italiano.
Na Curva da Jurema, os turistas avistaram uma praia urbana e artificial, que nasceu de um
aterro.
Tem coqueiros, castanheiras e barzinhos.
Suas ondas fracas, são ótimas para banhos.
Na
Praia do Camburi, os turistas constataram que esta recebe toda a poluição do Porto de Tubarão.
Mas é boa para um ‘cooper’, bate-bola à noite nos campos iluminados, cervejinha e bate-papo nas
dezenas de quiosques.
No dia seguinte em Castanheiras, os turistas se encantaram com a praia de águas calmas,
ideal para a criançada.
Em cada ponta, as Praças dos Desejos e dos Namorados, equipadas com
pista de ‘cooper’, skate, patinação, quadras e campos de futebol soçaite.
No Morro da Fonte Grande, os turistas se deslumbraram com um conhecido mirante.
Deste
local, têm-se uma vista panorâmica de Vitória e Vila Velha.
Aqui, estão instaladas as torres de TV
e rádio da cidade.
Visitando o Solar Monjardim, os turistas conheceram a residência rural do século
passado que pertenceu a família Monjardim, tradicional da cidade.
Hoje, a localidade é um museu, com exposição de fotos e documentos históricos.
No Porto de Tubarão, os turistas constataram que tudo é gigantesco, no maior porto
exportador de minério de ferro do mundo.
O cais, que se espalha por vinte quilômetros quadrados,
se parece mais com uma cidade, pois possuí edifícios, ruas asfaltadas e até semáforos, por onde
circulam mais de três mil veículos e sessenta linhas de ônibus.
Dez mil pessoas trabalham ali.
Caçambas carregam de uma só vez, setenta toneladas de minério, que são levadas de um lado para
o outro, em cento e trinta quilômetros de esteiras rolantes.
A cada ano, a Companhia Vale do Rio
Doce exporta oitenta milhões de toneladas de minérios.
Para dar conta delas, mais de mil navios
atracam por ali.
Sem contar os trens que chegam abarrotados, principalmente de Minas, e são
descarregados por um sofisticado sistema automatizado.
Monitoradas por técnicos da Vale do Rio
Doce, as visitas precisam ser marcadas com antecedência.
Mais tarde, os turistas, ao chegarem em Vila Velha, trataram logo de conhecer a Igreja do
Rosário.
Construída com pedras, no século dezesseis, em estilo colonial, é um encantamento!
No Farol de Santa Luzia, os turistas observaram uma construção erguida em 1751, sobre
as rochas.
Ao fundo, navios esperam para atracar no Porto de Tubarão.
Na Praia da Costa, os
forasteiros aproveitaram muito bem seus três quilômetros de areia branca e limpa, e suas águas
calmas e rasas.
Após, na Praia de Itapuã, os turistas se depararam com mais um ponto de surfistas e dos
pescadores, com suas banquinhas de peixe.
Na Praia de Itaparica, os turistas descobriram que seus
quilômetros intercalam trechos de areia escura e clara.
O mar, verde e aberto, tem ondas boas.
Vai
ficar ainda mais urbana com os novos empreendimentos imobiliários à beira-mar.
Passeando na
Barra do Jucu, os turistas se encantaram com as dunas de areia amarela e grossa.
Nos domingos
rola um tambor de congo à beira-mar.
Do Morro da Concha, se tem uma bela vista da Serra de
Vitória.
A Madalena da música de Martinho da Vila, virou nome da ponte e acesso ao Parque
Estadual do Jacarenema, na foz do Rio Jucu.
Área de Mata Atlântica preservada, com garças,
marrecos e jacupembas.
Na Ponta da Fruta os viajantes se depararam com dois quilômetros de
praia larga, areia grossa, mar verde e manso.
A seguir, os forasteiros foram assistir a Bandas de Congo.
O sinal de fumaça nos fins-de-semana na Praia Barra do Jucu, é aviso de som afro das bandas de congo.
Os músicos esquentam o
couro de seus tambores na fogueira.
E a praia pega fogo.
Eles se vestem de branco e marrom, e
seguem à risca a tradição de seus pais: dançam ao redor do mastro, agitam triângulos, reco-recos,
cuícas e tambores cantam em coro.
Por fim, os turistas foram comprar anéis de casca de coco,
artigos religiosos e estatuetas feitas de conchas, nas lojas da entrada do Convento da Penha.
Dias depois, em Guarapari, os turistas constataram que é Deus no céu e o mar na Terra.
O
lema exagerado de alguns pescadores e timoneiros de Guarapari, não podia ser diferente para quem
vive navegando nestas águas tão verdes e cristalinas.
O Padre Anchieta chegou a estas praias em
1585, e fundou Guará Parim – garça manca, em tupi.
Para erguer sua igrejinha, escolheu um trecho
do litoral capixaba todo recortado por morros, falésias e arrecifes, num cenário cinematográfico
com mais de vinte praias, onde os guarás, aves pernaltas e vermelhas, viviam em bandos pelas
lagoas e mangues.
Até hoje, a beleza do litoral, e sua areia monazítica medicinal, atraem milhares
de banhistas.
A praia é território dos vizinhos mineiros e dos turistas de terceira idade ou não, que
vêm em busca de sol, ou de cura para o danado do reumatismo.
É nessa localidade que existe uma história curiosa.
O prefeito Juca Brandão construiu o cemitério e não conseguia inaugurá-lo.
O tempo
passava e ninguém morria.
Em 1916, dez anos depois, a cidade enfim, viu um ataúde descer à cova.
Mas a façanha não foi simples.
Para inaugurar o cemitério São João Batista foi preciso tomar
emprestado um defunto da vizinha Benventes, atual Anchieta.
‘Aliás, um defunto da pior espécie,
um molambo...’ – atacou um vereador da oposição, durante o ato solene.
Folclore à parte, assim
nascia a personagem do Prefeito Odorico Paraguaçu, que inspirou Dias Gomes a escrever a novela
‘O Bem Amado’.
Ademais, a fama de saudável, vem de longe, mas só em 1898, foi desvendado o segredo: a
areia monazítica das praias Guarapari, considerada medicinal.
Pequenas quantidades de tório e
urânio em sua composição, garante o teor radiativo e terapêutico de seus grãos amarelados, marrons
e negros.
Não estranhe ao deparar com banhistas rolando pelas Praias da Areia Preta, do Meio, das
Castanheiras, ou das Virtudes.
Esses croquetes de praia procuram cura para casos de artitres,
nevralgias, doenças musculares e perturbações digestivas.
Dizem que é tiro e queda.
A areia
‘atômica’ de Guarapari também é um ótimo remédio para quem anda exausto e estressado com o
corre-corre urbano.
Em Piúma, os forasteiros se encantaram com fascinante artesanato de conchas,
e a Praia de Coqueiral, ótima para crianças.
Surfistas ficam na foz do Rio Piúma e pegam as ondas
da Boca da Barra.
Em Itaúnas, o mar surpreende, e às vezes, seu azul parece misturar-se ao do céu – é quando
as nuvens bojudas e brancas bóiam na água.
A natureza é a principal atração de Itaúnas.
Ela se
exibe em paisagens exuberantes que vão se entremeando sem parar, por vinte e quatro quilômetros
de costa, no extremo norte do estado.
E tome ecossistema.
Rios, pântanos, lagoas, mangues, praias
e matas a perder de vista.
Capivaras, lontras, tatus, jacarés-do-papo-amarelo, quatis, jaguatiricas e
preguiças são habitantes nativos e cativos desse paraíso.
No ar, aves de montão: garças, irerês,
jacupembas, marrecos.
E frutas, muitas frutas – cambucá, pitanga, araçá, caju e mangaba –, que se
oferecem entre jacarandás, cedros e sapucaias.
Com tanta beleza assim, ainda sobra espaço para
mais uma miragem digna de deserto: as famosas dunas de Itaúnas, enormes e claras, tomam conta
de uma faixa de três quilômetros de praia.
O paredão de trinta metros de altura separa o mar da
pacata vila de Itaúnas, de casas de pau-a-pique e ruas de terras.
A ordem é rolar encosta abaixo.
Os mais valentes arriscam uma espécie de esqui na areia, e lá do topo escorregam sobre pranchas
de madeira e papelão.
Quando venta, acontece uma leve tempestade de areia, e as dunas dançam
graciosamente, amontoando seus grãos amarelos-claros em novas paisagens.
A cada ano, de metro em metro, elas se aproximam mais da nova vila.
De vez em quando esse baile revela um pedaço
do frontão da Igreja de São Benedito, da antiga vila que jaz soterrada pelas areias há duas décadas.
Os moradores já se acostumaram com os caprichos das dunas.
Só os mais velhos lamentam por
não poder cultuar seus antepassados: o antigo cemitério foi enterrado junto com a velha vila.
O Rio Itaúnas abraça com suas águas escuras o vilarejo e corre paralelo ao mar, formando
lagoas cheinhas de peixes e pássaros.
Entre um mergulho e outro, passeios de canoa, caminhadas
pelas trilhas na Mata Atlântica e na restinga, cavalgadas pelos alagados até a foz do Riacho Doce,
na divisa com a Bahia.
Nos fins de tarde, de setembro à março, o espetáculo de centenas de
tartaruguinhas recém-nascidas em carreira desabalada, e desajeitada pela praia rumo ao mar.
É a
época da desova das tartarugas marinhas na base do Projeto Tamar em Itaúnas.
Religiosamente, a
cada anos, cerca de duzentas fêmeas da espécie Caretta-Caretta e apenas cinco da Dermochelys
Coriacea, a tartaruga gigante, vêm botar nessas areias seus ovos redondos e brancos, como bolinhas
de pingue-pongue.
E preservam sua espécie, como tudo por aqui.
Penelope superciliaris, conhecido popularmente pelos nomes jacupemba, jacupeba, jacupema e jacu-velho, é uma ave craciforme da família dos cracídeos. Ocorre do Sul do estado brasileiro do Amazonas ao estado do Rio Grande do Sul e Paraguai.
Jacupemba – Wikipédia, a enciclopédia livre
pt.wikipedia.org › wiki › Jacupemba.
Areia monazítica é um tipo de areia que possui uma concentração natural de minerais pesados, podendo ocorrer ao longo do litoral e em determinados trechos de rios. No Brasil, o local de maior concentração de areia monazítica é o balneário de Guarapari, no Espírito Santo. Wikipédia.
A Dendrocygna viduata, popularmente irerê ou bichichi na Bolívia, é uma espécie de marreca encontrada na África tropical, nas Antilhas e na América do Sul. Wikipédia.
Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário