Da vida rural à chegada do metrô
O Rio Tietê e a Serra da Cantareira serviram, por longo período, como barreiras naturais de isolamento para Santana, o mais antigo núcleo urbano da zona norte de São Paulo.
Esse isolamento, provocado principalmente pelas enchentes do rio, estendeu-se até o início do século XX. Por conseqüência, o Bairro conservou aspectos rurais, que fazem seus moradores dizerem, até hoje, que "Santana mais parece uma cidade do interior".
A passagem do século XIX para o XX, foi o apogeu da transformação urbana e humana de São Paulo.
A cidade passou, de vila a metrópole, rapidamente.
Esse crescimento é atribuído à riqueza gerada pelo ciclo do café, ao advento da ferrovia, e ao processo de industrialização.
Nessa época, o Bairro de Santana ganhou uma nova ligação ao Centro da Cidade, com a construção da Ponte das Bandeiras, em substituição à Ponte Grande.
Na ocasião, o Prefeito Prestes Maia enfatizou o caráter monumental da obra, considerando-a o portão de entrada da cidade.
Várias agremiações esportivas, instalaram-se nas proximidades da Ponte das Bandeiras.
Os esportes náuticos, com a promoção das regatas de remo, e a travessia de São Paulo a nado, marcaram a história do Clube de Regatas Tietê.
O Clube Espéria, fundado em 1899 pelos imigrantes italianos, sempre teve expressiva atuação no remo. santana.htmsantana.htm
O curso natural do Rio Tietê, com inúmeras curvas e freqüentes enchentes, só veio a ser efetivamente retificado nos anos 1940.
Criava-se uma nova paisagem ao longo do Tietê.
Do bonde puxados a burros, do século XIX, à inauguração da primeira estação do Metrô, da linha norte-sul, inaugurada na década de 70, o Bairro de Santana passou por muitas mudanças, até consolidar sua integração à metrópole.
Na atualidade, o Bairro apresenta considerável adensamento populacional, e o fenômeno do crescimento vertical, surge como conseqüência da valorização dos terrenos existentes.
As incorporadoras desenvolvem projetos de edifícios residenciais de médio e alto padrão, criando núcleos de condomínios para atender à demanda da população da zona norte.
Texto extraído da internet.
Luciana Celestino dos Santos
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