Poesias

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

COISAS DO BRASIL PARTE 3 – REGIÃO SUL CAPÍTULO 17

A seguir, os turistas, fascinados com a cultura da região, ouviram do contador de história, detalhes sobre as tradições gaúchas. 
Sul Pastoril
Os bailes pastoris se realizam depois da Missa do Galo, compreendem as pastoras, (ou pastorinhas), o terno e o rancho. 
São grupos caracteristicamente vestidos que desfilam pelas ruas e visitam casas, onde cantam e dançam em homenagem ao nascimento do Menino Jesus, durante as Festas Jesuínas. 
Estas comemorações propagaram-se por todo o Brasil, especialmente no Nordeste. 
Instrumentos musicais: ganzá, cavaquinho, violão, flauta, viola, trombone, etc. 
Pastoras ou Pastorinhas
São blocos compostos de mulheres, e às vezes também de homens. 
Formam dois ranchos ou cordões, que recebem o nome conforme a cor das vestimentas - no Nordeste cordão azul e cordão encarnado. 
São rivais e desfilam pelas ruas, até se encontrarem em determinado local, onde ambos cantam e dançam, fazendo exibições em disputa da primazia. 
O julgamento é feito pelo povo, e a vitória cabe ao que for mais aplaudido. 
As pastoras levam pandeiros enfeitados de fitas, que tocam em acompanhamento, marcando o ritmo e o compasso. 
Conduzem, também, lanternas de papel acesas. 
Outras vezes, usam chapéus floridos, trazendo cestinhas com frutas e flores, que simbolizam oferendas ao Menino Jesus. 
As personagens são anjos, borboletas, a mestra, a contra-mestra, a diana e o velho. 
Marcham pelas ruas e param em certos pontos onde cantam e dançam. 
Na Bahia são chamadas terno ou rancho
Terno: O terno é composto de pastores e pastoras, uniformizados de branco, ou de qualquer outra cor. 
Apresentam-se de maneira mais aprimorada, e vestem-se com mais elegância do que o pessoal do rancho. 
Os músicos vão na frente. 
Os participantes formam pares. 
Os homens conduzem pandeiros e uma flecha com uma lanterna acesa na ponta. 
As mulheres levam castanholas. 
Tocam quadrilhas, valsas e polcas, e dançam até o raiar do dia. 
Rancho: Tem como característica principal o gosto pelas vestimentas vistosas e variadas. 
E esta variedade, precisamente, que empresta ao rancho o seu sabor especial, seu fausto, seu esplendor, realçado pela estonteante mistura de cores dos trajes profusamente adornados de lantejoulas e pedrarias. 
Distingue-se das pastoras e do terno sobretudo por apresentar baliza e porta-estandarte. 
Exige também um mestre-sala e uma ou duas figuras que dão o nome ao estandarte. 
Antigamente, eram o burrinho e o boi do presépio; com o tempo surgiram outras figuras de bichos, sereias, astros e plantas. 
A dança do rancho consiste numa luta entre o animal – símbolo totêmico do rancho – e o seu guia, que será caçador no caso da onça; pescador quando o símbolo for peixe. 
Trata-se, pois de uma pantomima totêmica, o que demonstra a influência indígena. 
A dança terminada, o rancho some na escuridão da noite, à luz rubra dos archotes fumegantes.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

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