Poesias

domingo, 23 de agosto de 2020

Cotia

Fundada em 1580, na oportunidade da concessão de sesmaria aos índios de Pinheiros, de acordo com os registros existentes no Arquivo do Estado de São Paulo, e nos arquivos da Torre do Tombo, em Portugal, o município de Cotia foi participante ativo das Entradas e Bandeiras no Brasil. 
Vários bandeirantes, entre os quais citamos Fernão Dias, Manuel Esteves, Pero Dias e Antonio Bicudo, entre tantos outros capitães do mato, são citados na história deste Município paulista. 
Data de 1626 a chegada de Raposo Tavares, com sua gente, aos domínios de Cotia. 
Desta época importante na história brasileira, são testemunhos os Sítios do Mandú e do Padre Inácio, as residências rurais do século XVII, construídas de taipa de Pilão, monumentos tombados pelo Instituto Brasileiro de Patrimônio Cultural, ainda hoje existentes no Município de Cotia. 
Além deste patrimônio histórico, Cotia mantém a preservação de seus recursos naturais e ecológicos, como é o caso da floresta do Morro Grande, a represa Pedro Beicht, além do Distrito de Caucaia do Alto, todas elas regiões de mananciais muito procuradas pelos adeptos do turismo ecológico. 
Um dos grandes potenciais turísticos do município, está na Roselândia, área famosa na produção de flores, especialmente de rosas. 
A Praça Japonesa também é um marco importante da colonização nipônica na cidade. 
Cotia recebeu sua Emancipação Político-Administrativa em 2 de abril de 1856. 
Pelo censo demográfico de 1980, a cidade contava com mais de 62 mil habitantes, taxa essa que hoje deve estar por volta de 170 mil habitantes. 
Como a cidade de Santos, a cidade de Cotia tem como Padroeira a Nossa Senhora do Monte Serrat, cuja festa é comemorada em 8 de setembro. 
Sítio do Padre Inácio 
O Sítio do Padre Inácio, com sua casa grande, tombado pelo IPHAN, constitui marco importante do ciclo bandeirista-jesuístico, e depois tropeiro na cidade de Cotia. 
Casa grande do Sítio do Padre Inácio. 
Residência rural do início do século XVIII, é especialmente significativa por sua elegância de composição, pela excelência de decoração dos cachorros, colunas e alisares, pela qualidade da estrutura de seu telhado e pelo seu sótão que envolve a sala central, com acesso através de escada, recebendo iluminação e ventilação por janelas, que abrem para as fachadas laterais e posterior. 
Arquitetura Rural - Registrado no Livro das Belas-Artes Volume Folha Inscrição Data 1 077 401 08/10/51.
Casa do sítio do Mandúo 
O Sítio do Mandúo, com sua casa grande, tombado pelo IPHAN, constitue marco importante do ciclo bandeirista-jesuístico, e depois tropeiro na cidade de Cotia. 
Exemplar da arquitetura rural paulista do século XVII, distingui-se das outras ainda existentes, por apresentar uma varanda posterior, e sinais de piso assoalhado, coisa incomum nestas moradas. 
A capela interna possui pintura seiscentista na cúpula do altar-mor. 
Arquitetura Rural Registrado no Livro Histórico Volume Folha Inscrição Data 1 055 332 12/01/61.
Construção da Estrada de Ferro Mairinque – Santos Essa estrada de ferro foi construída como um ramal que liga a cidade de Mairinque à Santos pela antiga estrada de ferro Sorocabana. 
O estudo já era de anos anteriores, mas só foi iniciada a construção em fins do ano de 1927, pelo então governador de São Paulo Júlio Prestes de Albuquerque, natural da cidade de Itapetininga - São Paulo. 
O leito de construção no planalto, que era composto de P.1 até P.19, que significa planalto 1 até planalto 19, ou seja, de Mairinque até a Estação de Evangelista de Souza (que era P.19), Caucaia do Alto estava entre P.6 e P.7. 
O ramal até Caucaia, foi inaugurado em primeiro de maio de 1931. 
O trecho até a Aldeinha foi inaugurado em 1932, até o Embu em 1934, Engo. Marsilac e Evangelista em 1935. 
O trecho entre Mairinque e Rio dos Campos, que era Serra 22, terminou o leito da linha em 1932.
Como o leito do P.1 até P.19 ficou pronto em 1930, começaram então a colocação dos trilhos até S.22 no ano de 1934, e até o começo do ano de 1938, quando terminaram os dois últimos viadutos na Serra, e no mesmo ano de 1938, foi inaugurada a linha de Mairinque à Santos, quando passaram a circular todos os trens de carga, que antes utilizavam somente a antiga São Paulo Railway, Companhia Inglesa. 
Nessa época, corriam em média 45 trens em 24 horas. 
Trens de carga com as locomotivas a vapor, a famosa Maria Fumaça consumiam de Mairinque à Santos em média, 60 metros de lenha entre ida 29 e volta, rebocando uma composição mais ou menos de 8 à 10 vagões carregados, pesando em média 300 toneladas, e fazendo o percurso em média de 8 à 9 horas.
Hoje em dia uma locomotiva reboca uma composição correspondente a 10 trens daquela época. 
Essa estrada de ferro foi construída somente com mão-de-obra, ou seja, não existiam maquinários na época, e o Brasil não tinha mão-de-obra especializada para essa construção. 
Vieram imigrantes portugueses para colocação dos trilhos, e espanhóis para serviços de pedra na construção dos bueiros e aterros. 
Nesses anos de construção, em todos os trechos entre Caucaia e a Serra do Mar chovia constantemente, o que causaria grande transtorno para o andamento das obras. 
Hoje, a estação de trem de passageiros de Caucaia do Alto encontra-se desativada. 
Somente cargas transitam pelos trilhos privatizados pela Ferroban. 
O conjunto ferroviário da estação de Caucaia, ainda possui casas de ex-funcionários da antiga Fepasa, hoje ocupadas por alguns descendentes dos ferrroviários e outros que locaram, além de uma casa em ruínas que funcionava como pernoite para funcionários da Fepasa em trânsito. 
A Praça Japonesa 
A Praça Japonesa, também chamada a Praça da Amizade, sela definitivamente a presença maciça de japoneses em nossa cidade, importantes atores na formação social e histórica de Cotia. 
O conjunto "Praça Japonesa" foi construído como um marco de fraternidade das cidades irmãs COTIA- INO, província de Kochi. 
NOSSA SENHORA DO MONTE SERRAT 
O primeiro santuário com o nome de MONTE SERRAT, foi construído na Espanha, perto de Barcelona, e seu nome deriva da montanha onde está situado, cuja forma se assemelha a uma serra de agudos dentes. 
Diz a estória que a imagem da VIRGEM DE MONTE SERRAT, foi levada a Barcelona nos primeiros tempos do cristianismo, e ali venerada pela população. 
Na época da invasão sarracena, os cristãos esconderam a preciosa imagem e relìquia na serra escarpada, para que não fosse encontrada pelos sarracenos. 
Tudo foi destruído, e quase dois séculos depois num sábado do mês de abril, alguns pastores viram aparecer de repente, junto a montanha, um grupo de estrelas muito brilhantes, enquanto ouviam extasiados, um harmonioso coro de anjos.
Notificando sobre o estranho acontecimento que se repetia todos os sábados, o bispo da cidade de Manresa e o prefeito de Barcelona, subiram a serra e encontraram numa caverna, a imagem da VIRGEM MARIA, enegrecida pelo tempo. 
Organizaram uma romaria para levar a imagem para Monresa, a imagem porém, que até certo ponto se deixara levar, ficou de repente imóvel e não houve quem a removesse dali. 
ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DE MONTE SERRAT 
Senhor Deus, assim como realizastes maravilhas na vida dos Profetas: 
Moisés no Monte Sinai, e de Elias no Monte Horeb. 
Ajudai-me a te encontrar na brisa suave dos desertos da vida sob a proteção da Santíssima Virgem Maria do Monte Serrat, Mãe e advogada nossa. 
Ó Rainha e Mãe dos Montes, dos Morros e dos edifícios. 
Ouve a minha prece e atende o meu pedido. 
(Fazer um pedido). 

Virgem Mãe e esplendor do povo de Deus, do clero, dos desvalidos, dos presidiários, dos doentes, dos angustiados, dos pescadores, dos feirantes, das autoridades Civil e Militar, dos motoristas, dos agricultores, dos funcionários públicos, dos estudantes, das domésticas e dos artistas. 
Obrigado por me proteger e me acompanhar na subida do Monte, que é o próprio Jesus Cristo o vosso filho. 
Amém. 
(Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...) 
(Leia um texto da Bíblia. 1º Reis 19, 9-18). 
"Para que os pedidos sejam atendidos é necessário que sejam justos" 
Frei Caneca, Mártir Carmelita. Foi executado em 1825 em Recife-Pe. 

Obras Missionárias e Vocacionais Carmelitas. 
Acreditando ser Vontade da Mãe de Deus permanecer naquele local, colocaram-na numa capela da aldeia, onde Ela comecou a operar curas maravilhosas. 
A fama desse santuário correu por toda a Espanha e os FRADES DE SÃO BENTO tornaram-se os guardiões e propagadores do culto. 
Foram eles que trouxeram essa devoção ao BRASIL. 
Alguns estados e cidades do Brasil, tem um templo dedicado a ela. 
A imagem de Cotia já existia na primeira capela do MONTE SERRAT em 1684. 
Ficava onde é hoje a estrada do São Fernando Golfe Club. 
Como essa capela não era cuidada, o bispo do Rio de Janeiro, D. Lencar ordenou que se derrubasse a capela, e que seus pertencentes fossem levados para então, Vila de Itu (hoje cidade). 
Havia em Cotia o coronel Estevão Lopes de Carmargo que era proprietário das terras está a igreja hoje. Além de doar estas terras para a igreja, construiu uma capela que constava do altar mor, e a duas laterais, onde estão hoje o SAGRADO CORAÇÃO E NOSSA SENHORA DAS DORES. 
Esta capela foi inaugurada no dia 8 de setembro de 1713, com a entrada solene da padroeira no altar mor. 
Os degraus do altar, lembram o MONTE onde a Virgem foi encontrada. 
E todas as capelas erguidas em seu nome têm esta característica. 
A Virgem está sentada em um trono com seu FILHO MENINO, no joelho esquerdo. 
Com a mão direita ela abençoa os fieis e, com a esquerda segura o menino, que tem na mão Romã, fruta abundante na região onde foi encontrada. 
Símbolo também do AMOR, pois o inverso da palavra Romã é AMOR.

Texto extraído de matérias da internet.
Luciana Celestino dos Santos  

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