Na década de 30, alguns sítios e chácaras de cana de açúcar, foram se transformando em núcleos residenciais, na zona norte da cidade de São Paulo.
O crescimento de sua ocupação veio a formar o Bairro denominado Brasilândia.
Esse desenvolvimento se deve à chegada de imigrantes de várias origens, como as famílias Okada, do Japão, Fraga, da Espanha e Simões, de Portugal.
O comerciante Brasílio Simões, por exemplo, liderou a comunidade para a construção da Igreja de Santo Antonio, em substituição à antiga capela existente.
Por isso, o comerciante teve o seu nome empregado na denominação do bairro, em reconhecimento ao feito.
O bairro também recebeu um grande fluxo de migrantes do nordeste do país, que fugiam da seca em seus estados nas décadas de 50 e 60, além de famílias vindas do interior do estado, em busca de oportunidades de trabalho.
Outro contingente de famílias, de origem africana e escrava, veio para o Bairro, depois de expulsos pela Prefeitura, do centro da cidade.
Essa expulsão ocorreu com a demolição de muitas habitações antigas, que deram lugar a novas avenidas, como a Nove de Julho no Bairro do Anhangabaú, projeto da Cia. City.
A Brasilândia foi loteada em 1946, pela família Bonilha, que era proprietária de uma grande olaria na região.
Embora não fossem dotados de qualquer infra-estrutura, os terrenos eram adquiridos com grandes facilidades de pagamento, inclusive com a doação de tijolos, para estimular a construção das casas.
Na primeira gestão do Prefeito Jânio Quadros, o Bairro foi beneficiado com algumas obras, como o asfaltamento da Rua Parapuã.
A conseqüência disso foi a valorização do Bairro, e um surto de desenvolvimento para o comércio local.
Outro elemento incentivador da ocupação do bairro, foi a instalação da empresa Vega-Sopave que, ao instalar sua sede na Brasilândia, oferecia moradia a seus empregados, o que trouxe um considerável número de famílias para a região.
Texto extraído de artigos da internet.
Luciana Celestino dos Santos
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