Lúcia, sua única filha, foi fruto de um relacionamento mal sucedido com um médico do hospital em que trabalhava com enfermeira.
Como dizia ser casado, nunca chegou a assumi-la.
Entretanto, ao se descobrir grávida, Solange foi contar a ele a novidade.
Como resposta, ouviu que o filho que ela estava esperando, poderia ser de qualquer pessoa.
No que ela insistiu que o filho que esperava era dele.
Mesmo assim, o médico se recusou veementemente, a assumir sua responsabilidade. Ademais, para não se ver implicado em um escândalo, simplesmente pediu transferência para outro hospital.
Para que assim, não fosse importunado pela enfermeira.
Solange, então, ao ver-se abandonada, chegou naquela época, a cogitar a idéia de aborto. Mas ao ver outras mães brincando com seus filhos, felizes da vida por terem uma família, desistiu da idéia.
Grávida, passou a visitar lojas especializadas em produtos para bebês.
Emocionada com a idéia de ter um filho, passou a comprar roupinhas, pecinhas de enxoval, entre outras coisas.
Preocupada com a possibilidade de sua filha ser descriminada, por não ser fruto de um casamento, pensou em omitir essa condição das pessoas mais próximas. Não queria que sua filha fosse maltratada por causa disso.
E assim, para que constasse um nome paterno na certidão de nascimento da filha, combinou com um colega que estava para se mudar nos próximos meses, que a menina seria registrada em seu nome.
E desta forma foi feito. Sua filha possuía um pai. Desconhecido, mas um pai.
Disciplinada e determinada que era, Dona Solange continuou trabalhando no hospital, mesmo durante a gravidez. E continuaria a trabalhar até o dia da criança nascer, não fosse a insistência do médico chefe, que pediu para que ela se afastasse do trabalho, algumas semanas antes da criança nascer.
Este disse brincando que não queria que a criança viesse ao mundo, durante o expediente dela.
E assim, sem poder discutir com o patrão, resolveu pedir a famigerada licença-maternidade.
Afastada do trabalho, poderia então terminar de mobiliar o quarto da criança.
Como não se interessou em fazer a ultrassonografia, mesmo estando prestes a ter seu filho, ainda não sabia o sexo da criança. Animada, só queria conhecer o filho, no momento em que nascesse.
E assim fez.
Conforme os dias se passavam, finalmente chegou o momento de dar a luz.
Depois de algumas semanas esperando pacientemente pelo parto, chegara a hora de conhecer o filho.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a autoria.
Poesias
sexta-feira, 16 de abril de 2021
O BEM E O MAL - CAPÍTULO 6
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