Lúcia ao ver o inferno, mesmo de longe, protegida pelo céu que a cercava, descobriu que tudo ali era soturno e triste.
Era ali que vivia Diá, uma criatura pérfida e cruel que lembrava e muito a própria Lúcia.
Porém, não seria dessa vez que Lúcia tomaria conhecimento dela.
Contudo, apesar de não conhecer Diá, Lúcia, acabou conhecendo, mesmo que de longe, Diogo – uma pavorosa criatura que habitava o inferno. Superior de Diá, era a ele que ela se reportava sempre que tinha que prestar contas de algo.
Filha da aludida criatura diabólica, Diá, era muito perversa.
A odiosa Diá, adorava impingir sofrimento aos seres que ao desencarnarem – em razão das muitas atrocidades que cometeram –, não tiveram o privilégio de ir para o céu. Os miseráveis, pagando pelas maldades que cometeram em vida, estavam condenados ao eterno choro e ranger de dentes.
Além disso, ainda tinham que suportar todo o sofrimento que era impingido por Diá, que hora sim e outra também, vinha lhes atormentar com impropérios e com as mais terríveis maldades.
A perversa criatura tinha como passatempo predileto, envenenar a alma de todos os miseráveis que habitavam aquele lugar.
Certa vez, Diá, ansiosa por rever a terra em que vivera e sofrera por muitos anos, desobedecendo as ordens de seu pai, Diogo, foi visitar sua cidade. Lá em meio aos mortais, revisitou a dor e o sofrimento que sempre cercou sua vida.
Isso por que, desde que passara a habitar o inferno, Diá deu-se conta do quanto a vida fora madrasta para com ela.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a autoria.
Poesias
quinta-feira, 29 de abril de 2021
O BEM E O MAL - CAPÍTULO 27
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