Poesias

quinta-feira, 8 de abril de 2021

DE TRISTEZA E DE SOMBRAS - CAPÍTULO 2

Porém, no dia seguinte, foi trabalhar.
Apesar de ainda sentir muitas dores por conta da surra que levara, Melissa sabia que não podia ficar muito tempo ausente, ou acabaria perdendo o emprego. Assim, tomando o máximo de cuidado, nem sequer comentou sobre a surra que levou.
Suas colegas, que trabalhavam no escritório, perceberam no entanto, que ela estava machucada. Discretas porém, prometeram a ela que não comentariam com ninguém que estava com dores.
Nisso Roberval, que já sabia que Melissa estava trabalhando no escritório, foi até a recepção para cumprimentá-la.
Curioso, foi logo perguntando a ela por que havia faltado no trabalho.
Melissa então, respondeu:
-- Desculpe Seu Roberval, mas é que eu tive que resolver problemas pessoais. Por isso mesmo, como eu não tenho como abonar minha falta, pode descontar o dia que não trabalhei. Sem problemas.
Roberval porém, interessado na moça, fez questão de deixar claro que não descontaria o dia. Ao contrário, consideraria o dia como trabalhado.
Melissa, ao ouvir isso, ficou surpresa. Porém, a despeito de seu espanto, fez questão de agradecer a gentileza.
No que Roberval respondeu:
-- Não me agradeça. Eu não fiz nada de mais. Com uma funcionária dedicada e responsável como você, esse escritório irá muito longe.
Foi então, que depois de lhe desejar bom dia, Roberval aproveitou para voltar para seu escritório.
Mais tarde, durante o horário de almoço, o empresário fez questão de convidar a moça para acompanhá-lo.
Melissa, constrangida com o convite, fez questão de recusá-lo.
Roberval, descontente com a recusa, tratou logo de convidar suas colegas para que assim, a mesma ficassem sem condições de recusá-lo.
A moça, sem ter alternativa, acabou concordando com a proposta. Contrariada, acabou acompanhando o chefe e as colegas durante o almoço.
Nisso, seguiram-se os dias.
De vez em quando fazia serões. Porém desta vez, para sua sorte, Mauro, nunca estava em casa quando chegava. E assim, ficava tranqüila.
Todavia, sua tranqüilidade não duraria muito tempo.
Após um certo período de calmaria, ao ser assediada por seu chefe, acabou passando por situação extremamente constrangedora.
Isso por que, ao fazer mais uma vez, serão no escritório, Roberval, aproveitando que estava a sós com a moça, tratou logo de cercá-la de todas as maneiras possíveis, na vã tentativa de convencê-la a sair após o expediente, em sua companhia.
Porém, para sua decepção, mais uma vez a moça recusou seu convite.
Roberval então, perdendo a paciência, ameaçou despedi-la se ela não aceitasse o convite.
Melissa, ao ouvir as ameaças do patrão, foi logo dizendo, ofendida:
-- Pois bem. Se o senhor acha que este é um bom motivo para me despedir, faça bom proveito. Me demita. O que eu não vou aceitar é que o senhor me insulte dessa maneira.
O empresário, ao perceber que a moça não recuaria diante da ameaça, foi logo dizendo:
-- Está certo Melissa. Você está certa. Eu me excedi. Peço desculpas pelo gesto. Mas é que eu gosto muito de você, sabia? Desde que você passou a trabalhar conosco, todos nós nos apegamos muito a você. Veja as secretárias, os contínuos. Todos gostam de você.
Muito embora o empresário estivesse tentando consertar a situação, Melissa não estava gostando nem um pouco da conversa. Desconfiada de tudo aquilo era uma armadilha, foi logo se manifestando no sentido de que estava muito tarde e que precisava voltar para casa.
Roberval porém, insistente, pediu a ela para que não fosse embora.
Melissa no entanto, não estava nem um pouco inclinada a acatar os pedidos do patrão, e assim, mais de uma vez ameaçou se levantar e ir embora.
O empresário então, percebendo que não seria nada fácil retê-la, trancou a porta de seu escritório, e guardou a chave no bolso de seu paletó.
Melissa ao perceber a manobra de seu chefe, começou a gritar exigindo que este lhe entregasse a chave, para que pudesse abrir a porta do escritório e sair dali para nunca mais voltar.
Nisso, Roberval, que não estava nem um pouco preocupado com isso, disse a moça que só abriria a porta quando ela aceitasse sua proposta.
Ao ouvir esse despropósito, Melissa vociferou. Dizendo que jamais aceitaria um absurdo daqueles, pediu demissão.
O empresário respondeu então, visivelmente irritado:
-- Nem pensar. Você só sai daqui quando eu quiser. Está bem?
Melissa então insistiu para que ele abrisse a porta. Como este se recusava, a moça começou a bater na porta, gritando.
Foi então que Roberval comentou:
-- Você Melissa, pode gritar a vontade que ninguém vai te escutar. Não há mais funcionários no prédio, somente o porteiro, mais este está muito longe para escutar seus gritos. Então, por que desperdiçar tanta energia se debatendo, se esse esforço é inútil? Se acalme Melissa, vamos conversar. Você não tem nada a perder.
-- Quem disse que eu quero falar com o senhor?
-- Pois deveria. Até por que, eu não vou abrir a porta enquanto você não me ouvir.
Melissa impaciente, comentou com o empresário, que era casada e que tinha uma filha.
Roberval ao ouvir isso, disse:
-- É uma pena que seja casada. Porém não me importo. Também o sou.
Ao ouvir isso, a moça ficou ainda mais irritada. Afinal de contas, se ele era casado, como tinha coragem de assedia-la?
Não bastasse isso, Roberval era muito mais velho que ela.
No entanto, a despeito disso, o empresário sentia-se encorajado a assediá-la. E assim, não se cansava de paquerá-la.
Agora porém, estava dando sua última cartada.
Por isso, ao perceber a revolta de Melissa, foi logo explicando:
-- Veja bem. Eu não sou um canalha. Apenas não vivo bem com minha mulher. Melissa, eu não estou exigindo nada demais de você. Eu sei que você precisa desse dinheiro, senão, não trabalharia tendo uma filhinha para cuidar. Por que então não aceita minha proposta?
Ao ouvir todos esses impropérios, Melissa foi tomada de uma profunda revolta. Irada, respondeu:
-- O que o senhor pensa que sou? Quem o senhor pensa que é? Acaso lhe dei o direito de se dirigir assim a mim?
Mas o empresário não estava nem um pouco interessado nas vociferações de Melissa, que parecia cada vez mais irada.
Pelo contrário, cada vez que Melissa o repelia dizendo impropérios, mais e mais Roberval insistia em seus argumentos.
O homem estava descontrolado.
Porém, quando Melissa, ameaçou denunciá-lo, o empresário recuou.
Melissa então, aproveitando a situação, exigiu que ele abrisse a porta e a deixasse sair.
Roberval então, um tanto desapontado, acabou concordando. Porém, antes de deixá-la ir, avisou:
-- Está demitida.
No que Melissa respondeu:
-- Não me importo, contanto que o senhor me pague o que me deve.
Nisso Melissa levantou-se e saiu da sala.
No dia seguinte, a moça passou no departamento pessoal da empresa e recebeu seus direitos trabalhistas.
Contudo, o pior estava por vir.
Como explicar a Mauro que havia sido demitida?
Foi pensando nisso, que Melissa, pensou em não contar ao marido o que estava demitida. Com isso, ela passaria o dia inteiro procurando trabalho.
Foi o que Melissa fez.
Assim, dia após dia, a moça percorreu as ruas da cidade procurando por uma nova colocação. Diante disso, em questão de meses, Melissa acabou arrumando um novo emprego.
Porém, em razão do temperamento agressivo de seu marido, Melissa acabou não conseguindo ficar muito tempo no novo trabalho.
Mauro, ao descobrir que a mulher não estava mais no mesmo emprego, foi logo tomar satisfações com ela. Porém, por mais que pressionasse Melissa, a mesma não revelou os verdadeiros motivos de sua demissão.
Irritado, Mauro, foi até um bar, e bebeu muito.
Após, quando Melissa foi mais uma vez cumprir um dia de trabalho, Mauro, depois de tanto beber, acabou por invadir o escritório, e arrastar a mulher pelo braço. Foi o suficiente para que novamente Melissa fosse demitida.
Diante disso, a moça, por mais que pedisse, não conseguiu fazer com que o patrão reconsiderasse e não a demitisse.
Não teve jeito. Ao final de menos de um mês de trabalho, Melissa viu-se novamente desempregada.
Contudo, para piorar mais a situação, Mauro, seu marido, ameaçou-a dizendo que não mais procuraria trabalho. Como boa esposa, ela devia ficar em casa, tomando conta de Carolina.
Mas Melissa, sempre que podia, aproveitava a ausência de Mauro, para procurar um emprego.
Mauro porém, ao descobrir que a moça saía de casa para arrumar trabalho, ficou profundamente irritado. Em razão disso, passou novamente a agredi-la.
Depois, de muito beber, Mauro passou a espancar a esposa.
Bateu tanto na pobre mulher que a mesma teve que ser hospitalizada. Porém, ao contrário do que ocorrera outras vezes, Melissa ficou durante dois dias desacordada. Mauro, percebendo que exagerara nas agressões contra a esposa, por um instante, sentiu-se profundamente culpado. Tão culpado que prometeu a si mesmo, que nunca mais agrediria a esposa daquele jeito.
Contudo, a despeito da suposta mudança de comportamento de Mauro, Melissa, ao acordar no hospital e dar-se conta do que havia ocorrido, prometeu a si mesma que nunca mais voltaria a viver com o marido.
Mas, para tanto, precisava planejar muito bem sua vida, para que nunca mais precisasse voltar para aquele inferno.
Por esta razão, aproveitou o quanto pôde, o sentimento de culpa de Mauro.
Quando finalmente recebeu alta do médico, e pôde sair do hospital, como não tinha para onde ir, acabou voltando para sua casa.
Apesar do insistente apelo de sua mãe Elena, para que fosse para sua casa, Melissa achou por bem ir com o marido.
Até por que, depois de tudo o que aconteceu, o mesmo não iria agredi-la novamente. Não agora. Sentindo-se culpado, trataria ela melhor.
Além do mais, apesar de sua mãe não saber, Melissa estava decidida a ir embora. E assim, imbuída nesse espírito, foi que nem sequer desfez a mala que arrumaram para ela quando esteve hospitalizada. Alegando cansaço, disse que arrumaria seus pertences assim que pudesse.
Enquanto isso, mesmo ainda um pouco abatida com a surra que levou, Melissa começou a separar suas coisas, e discretamente, foi colocando cada vez mais roupas e objetos na mala. Com as roupas da filha, fez a mesma coisa.
Mauro, nem percebeu. Ocupado com seu trabalho e se remoendo sua culpa, nem se deu conta dos planos da esposa.
E Melissa, cada vez mais determinada, fazia de tudo para fazer de sua partida algo tranqüilo. Cautelosa, começou a preparar os itinerários que faria. Deveria ir para o Rio de Janeiro, ou para alguma cidade do interior do Espírito Santo?
Quanto ao dinheiro, possuía algum dinheiro guardado, referente ao seu trabalho. Embora fosse pouco, sabia que poderia se virar trabalhando. Além disso, sua mãe, preocupada com a situação da família, resolveu dar a filha, um pouco do dinheiro que havia juntado por anos.
Melissa, bem que tentou recusar, mas Elena insistiu que a filha aceitasse.
Diante dessa circunstância, Melissa acabou aceitando. Porém, não comentou com o marido a respeito do oferecimento da mãe.
E por esta razão, ao pegar o dinheiro, pediu reiteradas vezes a mãe, para que não contasse a Mauro, que ela havia lhe dado aquela quantia.
Elena, prometeu a filha que não contaria nada.
E assim, mesmo percebendo que algo estava errado, acreditou que a filha lhe pedira este favor, com medo de novas agressões. Nunca imaginou que um dia Melissa encontraria coragem para enfrentar o marido e virar a mesa.
Por isso mesmo, quando finalmente Melissa se decidiu a ir embora, Elena foi tomada por uma profunda surpresa.
Isso por que, não espera por uma atitude dessas da filha.
Surpresa, passou a se perguntar por que a filha não havia contado sobre seus planos.
Mas Mauro não compreendeu bem isso.
Pelo contrário, estava convencido que a sogra sabia perfeitamente onde estava sua mulher e filha, tentou que diversas vezes, ameaçou invadir sua casa.
Contudo, em nenhuma das tentativas, logrou êxito.
Mas insistente, diversas vezes, ficou a espreita, esperando a mulher sair da casa, para inquiri-la pleiteando informações sobre a filha.
Certa vez, Elena, irritada e cansada, disse pela enésima vez ao rapaz que não sabia onde estava sua filha.
Mauro, porém não estava convencido.
Elena então começou a berrar:
-- Então, se você acha que eu estou mentindo, por que não me segue? Quem sabe encontre quem você está esperando? Não me amole. Me deixe em paz.
A seguir, a mulher entrou em seu carro, e saiu dali.
Mauro, desconcertado, resolveu ir embora.
Porém, pensando no que a sogra dissera, chegou a seguinte conclusão: Se ela o intimara a segui-la, certamente era por que não sabia ela onde a filha estava.
Ao se dar conta disso, Mauro ficou profundamente aborrecido.
Enquanto isso, Melissa e Carolina, de malas prontas, rumaram para o Rio de Janeiro. Para isso, foram até a rodoviária, e de lá pegaram o ônibus. Foi assim, que as duas foram para a Cidade Maravilhosa.
Ao lá chegarem, Melissa tratou logo de arrumar um bom lugar para se hospedar com sua filha.
Depois de muito caminhar, Melissa acabou encontrando uma hospedaria.
Assim, em encontrando um lugar para passar alguns dias, a moça passou a procurar emprego. Comprando jornais e passando por diversas entrevistas, acabou sendo chamada para trabalhar em escritório como recepcionista.
A seguir, Melissa passou a procurar uma escola para matricular a filha.
Carolina entendia cada vez menos. Sem saber o que estava fazendo ali, começou a perguntar a mãe, por que tinham viajado sem Mauro.
Melissa, vendo-se numa situação complicada, pensou em dizer a filha que ela provavelmente nunca mais veria seu pai. A moça, tateando as palavras, começou dizendo:
-- Minha filha. Não sei se você percebeu, mas a mamãe esteve muito doente nos últimos dias. Muito doente mesmo. Há bastante tempo, eu e Mauro e não nos entendemos. Por esta razão, nós decidimos nos separar. Mas não se preocupe com isso. Mauro não te abandonou, muito menos deixou de gostar de você.
Carolina, porém, não entendeu bem as explicações da mãe.
Irritada, comentou:
-- Não é verdade. Você fugiu do papai. Ele é mau, bate em você. Não gosta da gente. Eu não quero mais saber dele.
Nisso, depois de dizer estas palavras, Carolina saiu correndo.
Melissa, preocupada, começou a gritar, pedindo que a menina esperasse.
Carolina, então, parou de correr.
Virada de costas para a mãe, começou a planger. Triste, com o rumo que os últimos acontecimentos tomaram, percebeu que sua vida mudaria radicalmente.
Melissa, ao se aproximar da filha, pediu para que ela se virasse. Ao perceber que a mesma estava chorando, abraçou-a, dizendo baixinho:
-- Me desculpe por toda essa confusão. Eu não queria que as coisas se precipitassem dessa forma. Você é muito pequena e não merecia estar no meio de toda essa confusão. Me perdoe, mas era a única coisa que eu podia fazer.
Carolina continuou a chorar.
Porém, nem só de lágrimas foram os primeiros dias na Cidade Maravilhosa.
Sim, Carolina e Melissa se divertiram bastante conhecendo os pontos turísticos da cidade. Maravilhadas, conheceram as famosas praias como a de Copacabana, Ipanema, entre outras. Visitaram o Pão de Açúcar, o Corcovado. Viram a cidade do alto, no passeio de bondinho pelo Pão de Açúcar. Depois visitaram os Arcos da Lapa. Lá também passearam de bonde e se deslumbraram com o centro velho da cidade.
Com isso, conforme os dias foram se passando, Melissa, sentindo-se segura no emprego, começou a procurar uma casa para morar. Carolina, já se acostumando com a vida na cidade, chegou até a ajudar a mãe a escolher um apartamento.
Mas até encontrar o apartamento adequado para morar, Melissa levou algum tempo procurando.
Assim, foram os primeiros meses de estada na cidade.
Melissa trabalhava o dia todo e Carolina passava as manhãs na escola, e a tarde na casa de uma amiga, que arrumou logo nos primeiros dias de estada na cidade.
Jane, a menina, simpatizou com Carolina logo de cara.
Além disso a mãe da menina, muito simpática, ajudou e muito Melissa, durante os primeiros dias. Oferecendo-se para cuidar das duas meninas, falou para ela que não precisava se preocupar com nada. Assim, podia ficar tranqüila e trabalhar.
Jane e Carolina, se conheceram brincando no playground.
Daí para Melissa conhecer Elisa, foi um pulo.
Nisso, a mulher, percebendo que Melissa e Carolina estavam hospedadas perto dali, ofereceu-se para ajudá-la a encontrar um lugar para morar.
Assim, enquanto Melissa, ajudada por sua filha, procurava alguma coisa, olhando os jornais, Elisa, foi pesquisar as redondezas, para ver se encontrava algum apartamento ou residência para alugar.
Foi justamente dessa maneira, que ela encontrou um bom apartamento para as duas morarem. Coincidentemente, ficava bem próximo de onde ela e Jane moravam.
Isso era ótimo, por que assim, quando Melissa fosse sair para trabalhar, podia perfeitamente deixar Carolina aos cidados de Elisa, e assim, fazer seus afazeres sossegada.
Desta forma, durante a manhã, enquanto Jane e Carolina íam para a escola, Elisa tinha tempo de cuidar sossegadamente de sua casa. Era ela quem levava e buscava as meninas.
Como viúva de militar, não tinha que se preocupar em trabalhar fora.
Assim, podia ser dar ao luxo de cuidar de sua filha e olhar Carolina, filha de Melissa.
Elisa, prestativa, cuidava de sua filha, Jane e Carolina, filha de sua mais nova amiga.
Desta forma, todas as tardes, Carolina e Jane passavam horas e horas brincando.
Elisa atenta, sempre que ía até a escola, buscar as meninas, e trazia-as de volta para casa. Dava-lhes o almoço e depois pedia para que as mesmas estudassem. Depois, as duas podiam brincar o resto da tarde se quisessem.
Foi assim que Jane e Carolina puderam se conhecer melhor. Amicíssimas, não se desgrudavam nem por um minuto. Nem mesmo na escola, já que as duas estudavam na mesma classe. Desta feita, sempre que as duas meninas precisavam fazer um trabalho em dupla, não era problema. Lá estava a dupla escolhida.
Enquanto isso, Melissa, trabalhava. Como recepcionista, atendia os clientes do escritório, bem como o telefone. Por ser uma empresa pequena, não havia secretária. E assim, a moça acumulava as duas funções.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a autoria.

Nenhum comentário:

Postar um comentário