Poesias

sexta-feira, 2 de abril de 2021

CARINHOSO - PARTE II - CAPÍTULO 13

Mais tarde, conforme o combinado, o rapaz dirigiu-se a casa de Zélia e Olavo onde formalizou o pedido.
Os pais dos jovens ficaram muito contentes.
Rosália e Antunes, estavam felizes.
Indiscretos, comentaram que não agüentavam mais ver o moço amuado, tristonho pelos cantos.
Maximiliano, constrangido, comentou que eles não precisavam exagerar.
Antonio e Vicente caíram na risada.
Com isto, cerca de dois meses após o pedido, o casal, após freqüentar o curso de noivos na igreja da cidadezinha, casou-se.
Era setembro.
Laura usava um vestido branco, confeccionado por sua mãe.
Zélia, feliz com o enlace, fez questão de confeccionar o vestido com suas próprias mãos.
Passou noites inteiras a costurar em sua máquina de costura de metal, herança de sua mãe.
Olavo ficava comovido com a dedicação da mulher a filha.
Conforme o vestido ia tomando forma, Laura fazia as provas da peça.
Cada vez que a moça colocava o traje, Zélia dizia que o vestido estava mais lindo.
Laura também gostava do que via.
Elogiava o trabalho da mãe.
Zélia por sua vez, dizia que ela seria a noiva mais bonita que já havia entrado naquela igreja.
Laura se observava em um espelho.
Quando o vestido ficou pronto, a moça começou a pensar em que penteado para faria.
Zélia sugeriu que ela prendesse os cabelos e os cobrisse com um véu.
Feliz, comentou que nos contos de fadas, era assim que as princesas se casavam. Com um longo véu cobrindo todo o rosto.
Laura por sua vez, retrucou dizendo que não era uma princesa e que não pretendia usar véu.
Zélia, ao ouvir as palavras da filha, ficou decepcionada.
Triste, comentou que só gostaria de ajudar.
Olavo, que passava pelo corredor, ao ouvir o lamento da esposa, pediu a filha que não contrariasse a mãe. Argumentou que as mães estavam sempre certas e um véu cairia muito bem em um vestido bonito como aquele.
Laura retrucou dizendo que pretendia usar uma coroa com flores para enfeitar os cabelos.
Zélia, ao ouvir isto, disse que o véu poderia ficar a enfeitar os seus cabelos.
Poderia usar um véu cobrindo suas costas e arrastando no chão. Tentando convencer a filha, mencionou que ela poderia ficar com o rosto livre, mas que não havia necessidade de abandonar o véu.
Olavo, tentando ajudar a esposa, argumentou que se tratava de uma proposta razoável.
Laura prometeu pensar.
Zélia por sua vez, resolveu mostrar a filha fotos de mulheres que se casaram com véu.
Queria por que queria, convencer a moça.
Com o tempo, acabou vencendo a jovem pelo cansaço.
Laura por sua vez, chegou a comentar que a mãe era terrível. Que não se dava por vencida, e que quando cismava com alguma coisa, não fazia por menos. Insistia com aquilo, até convencer a pessoa a fazer o que ela queria.
Desta forma, Laura casou-se usando um bonito véu de rendas, que cobria o dorso e se arrastava pelo chão.
Olavo, ao ver a filha com o véu, o vestido que deixava parte dos ombros a mostra, o rosto delicadamente maquiado, a coroa de flores, o véu, e o buquê de flores artificiais - comprado na cidade -, ficou encantado.
Disse a Laura que ela estava muito bela.
A moça sorriu para ele.
Vicente e Antonio, usavam ternos e Olavo estava impecavelmente trajado.
Zélia usava um bonito vestido de festa, consertado para a ocasião.
Olavo elogiou a elegância da mulher.
Para a ocasião, a família enfeitou a charrete.
Zélia pediu ao marido e aos filhos que a cobrisse com muitas flores.
Fazendo surpresa com a moça, só lhe mostraram a charrete, no dia do casamento.
A moça ao ver a condução toda enfeitada, ficou encantada.
Feliz, chegou a dizer que parecia uma carruagem.
Zélia completou dizendo que aquilo parecia uma condução digna de uma princesa. Princesa como sua filha o era.
Laura disse que estava tudo muito lindo, que parecia de fato estar vivendo um conto de fadas.
Nisto, Vicente e Olavo ajudaram a moça a subir na charrete.
Antonio também elogiou-a.
Brincalhão, chegou a dizer que o talhe, o garbo e a elegância da moça, suplantava a beleza de todas as noivas que já passaram por ali.
Ao ouvir estas palavras, Laura caiu na risada.
Perguntou de onde ele havia tirado aquelas palavras.
Antonio respondeu dizendo que ela não era a única pessoa letrada que havia naquela casa.
Com isto, todos riram.
Olavo então, conduziu o cavalo.
Encaminharam-se para a igreja.
Maximiliano chegou a cavalo.
Rosália e Antunes chegaram antes, de charrete.
Também usavam trajes sociais.
Quase todos os trabalhadores da fazenda compareceram ao casamento.
Durante a troca de alianças, Maximiliano prometeu ser-lhe fiel na alegria, na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte os separasse. Prometeu também, que faria de cada dia de sua existência, o momento mais especial de suas vidas.
Laura por sua vez, repetiu as palavras sacramentais.
Casaram-se.
Na saída da igreja, o casal de noivos foi cumprimentado por todos.
Todos elogiavam a beleza do vestido da jovem.
Seguindo para o salão paroquial, todos dançaram, comemoraram a união.
A festa teve bolo, comes e bebes.
O casal dançou juntos.
Ao final da festa, a moça atirou o buquê para as convidadas.
Por dias, todos ficaram a comentar sobre a festa de casamento.
Laura e Maximiliano dirigiram-se a uma casa simples.
A residência onde passariam a morar.
Dias antes, Rosália e Zélia se esmeraram em uma bela faxina para deixar a casa habitável.
Tratava-se de uma velha casa de colonos, há muito abandonada e agora cedida pelo dono da fazenda, para o casal.
Laura, ao ver o lugar, comentou que ele precisaria de uma boa arrumação.
Animada Zélia comentou que aos poucos, poderiam arrumar a casa, fazer uma plantação nos fundos, e na frente da casa, plantar algumas plantas.
Foi nesta casa, que o casal se abrigou após o casamento.
Exaustos, após a festa, trocaram de roupa e dormiram.
No dia seguinte, seguiriam para a capital.
Ansiosa, Laura já estava de malas prontas há várias semanas.
Maximiliano também pensava na viagem.

Com efeito, quando Ludmila finalmente se decidiu a encontrar a filha, viajou até a região onde estavam a viver Zélia e Olavo.
Perguntando para um e outro morador, a mulher descobriu para que lados ficava a fazenda onde o casal vivia com a moça.
Descobriu que o casal tivera dois filhos, e que Laura havia se casado.
Ludmila, ao saber da novidade, ficou surpresa.
Nisto olhou para o marido.
Emerson comentou que Laura devia ser uma moça.
Ludmila argumentou que imaginou que a jovem ainda fosse solteira.
Com isto, ao chegarem na fazenda, ao descobrirem onde o casal morava, perceberam que se tratava de uma casa simples.
Zélia ao ver a fazendeira se aproximando, ficou lívida.
Ao notar que o encontro seria inevitável, tentou dificultar-lhe o acesso.
Emerson contudo, mais forte, segurou a porta da sala.
Disse-lhe, que tinham muito o que conversar.
Zélia argumentou que não tinham nada a dizer, ainda tentando inutilmente dificultar a entrada.
Olavo, ao perceber isto, falou a mulher para que parasse de segurar a porta.
Zélia atendeu.
Ludmila e Emerson adentraram a residência.
Zélia nervosa, perguntou o que eles faziam ali. Comentou que a moça poderia desconfiar.
Ludmila retrucou perguntando sobre o porquê de não haverem mais mantido contato.
Zélia respondeu que Laura havia se casado, não residindo mais na fazenda.
Ludmila, ao ouvir estas palavras, levou um choque.
Procurando se recompor, perguntou onde vivia a moça atualmente.
Zélia respondeu-lhe que a moça e seu marido, estavam vivendo em outras terras. Viviam em outra fazenda.
Nisto a fazendeira repetiu a pergunta.
Zélia retrucou dizendo que não estava autorizada a dizer.
A fazendeira insistiu. Falou-lhe que se ela não dissesse onde estavam, sairia perguntando aos moradores do lugar, até descobrir uma pista de onde estavam.
Zélia, ao ouvir a ameaça, respondeu que eles estavam viajando, e demorariam para voltar.
Ludmila respondeu que esperaria.

De fato, o casal partira para uma pequena viagem.
Rosália e Antunes presentearam o casal com uma pequena quantia.
Disseram para que usassem o dinheiro para uma viagem.
Laura resolveu então, mostrar um pouco da cidade onde vivera alguns anos, para o moço.
Maximiliano aprovou a escolha da moça, mas argumentou que ele precisava primeiramente resolver algumas questões, para depois poderem viver na cidade.
Laura respondia-lhe que gostaria de mostrar a cidade. Argumentava que ele iria gostar do lugar.
Com efeito, Max se impressionou com a pujança da capital. Assustou-se com a multidão a circular pelo lugar.
Laura dizia-lhe que com o tempo iria se acostumar.
Com isto, passearam pelo centro da cidade.
Maximiliano impressionou-se com o tamanho dos prédios, sua altura.
Juntos iam ao cinema, jantavam.
Conversavam animados.
Nestas conversas, a moça comentou que quando podia, aproveitava para passear pela cidade.
Acompanhada de amigas e pessoas de confiança, conhecera muitos pontos famosos do lugar.
Durante a noite, o casal aproveitava para caminhar pela cidade.
Max aproveitou o ambiente para oferecer-lhe uma flor.
De mãos dadas caminharam até o hotel.
A sós, o moço carregou a esposa no colo até o quarto.
Não sob protestos da moça, que argumentava que alguém poderia ver.
Maximiliano não se importava.
Conduziu a moça até o quarto.
Lá, começou a beijá-la e a despi-la.
Laura reagiu.
Max, percebendo que a moça resistia, perguntou-lhe se estava tudo bem.
Sem jeito, a moça respondeu que sim.
O moço, segurando o rosto da moça, segurou-a novamente nos braços, deitou-a na cama.
Falando-lhe no ouvido, disse que estava tudo bem, e que aquela era uma noite muito especial para ele.
Brincando disse que ela esclarecida o suficiente para saber que o estava acontecendo, mudaria a vida deles para sempre.
Com isto, o moço amou a jovem.
Laura contudo, não se sentia muito a vontade nestes momentos.
Após o casamento, a moça colocou uma camisola, e depois de vestida, chamou o marido para entrar no quarto.
Ao deitar-se na cama, tratou logo de dormir.
Agora não poderia fazê-lo.
No dia seguinte, a moça mostrou outros lugares da cidade para o moço.
Comentou que poderiam começar a pesquisar lugares onde poderiam morar.
Max ao ouvir isto, argumentou que estava ali a passeio.
Laura não gostou da conversa. Perguntou-lhe se havia desistido dos planos.
Maximiliano, então respondeu-lhe que não, mas que gostaria primeiramente conhecer o lugar. Prometeu que sim, veriam apartamentos, mas na hora certa, e não na viagem de lua de mel.
Nisto, agradeceu a mulher pela noite que passaram juntos.
Laura continuou a dizer que a cidade oferecia muitas oportunidades de lazer, cultura, conhecimento.
Também passearam pelo litoral.
Dias depois, Laura e Max estavam em uma linda praia.
Tomaram muito banho de sol, de mar.
O moço adorava a companhia da esposa.
Quando se aproximou o momento de retornarem a fazenda, o moço chegou a lamentar. Brincalhão, comentou que estava adorando ter todo o tempo livre do mundo para passear com ela, namorá-la, cortejá-la.
Com isto, segurou suas mãos, beijou-as.

Ludmila com efeito, resolveu se hospedar em num hotel da região.
Em contato com seus filhos, informou-lhes o número do telefone do hotel em que estava hospedada.
Com isto, ao final de uma semana, a mulher recebeu um telefonema aflito de Henrique. Nervoso, o moço dizia que Carlos e André não paravam de brigar.
Ludmila ao ouvir o apelo do filho mais velho, prometeu que se dirigiria ao colégio onde estavam internados.
Desta forma, teve que adiar seus planos de encontrar-se com a filha.
Atenta, ia todos os dias a casa de Zélia e Olavo perguntar sobre a moça.
Questionava se já havia voltado.
Diante deste fato, precisou se ausentar.
Razão pela qual arrumou suas malas.
Preocupada, a mulher foi até o colégio interno.
Acompanhada de Emerson, descobriu que Carlos e André não estavam se entendendo bem, e que quase todos os dias brigavam.
Foi informada também, que Henrique tentava conter as brigas, mas não vinha obtendo êxito.
Diante disto, a diretora da instituição chamou os meninos para conversarem em sua sala.
Carlos e André assustaram-se ao ver os pais por ali.
Começaram a discutir por causa disto.
Um dizia que o outro era culpado por aquilo.
Ludmila, ao perceber a confusão, exigiu que os filhos se comportassem.
Falava que não estava pagando um colégio caro como aquele, para que eles ficassem ali, armando confusão. Comentou que eles eram pessoas privilegiadas e que deveriam honrar a rara oportunidade que tinham de estudar.
Envergonhados André e Carlos pararam de brigar.
Pediram desculpas.
Mais tarde, estando a sós com os filhos, Ludmila perguntou-lhes o que estava acontecendo.
Os garotos permaneciam calados.
Emerson então, tentando conquistar-lhes a confiança, disse-lhes que Ludmila estava preocupada com eles, assim como ele.
Falou-lhes que nunca os vira se desentender daquela forma.
Carlos disse então, que o casal não se importava mais com eles.
Ludmila ao ouvir isto, perguntou-lhes de onde haviam tirado semelhante bobagem.
Angustiados, os meninos disseram que agora ela se preocupava com uma suposta filha, uma irmã que nem sequer conheciam.
A fazendeira tentou conversar com os moços, explicar as razões por que vinha procurando a filha.
Em dado momento, foi Henrique que se aproximou.
Abraçou a mãe.
Ludmila, rodeada pelos filhos, disse-lhes que sentia muitas saudades deles, mas que aqueles anos de estudo eram muito importantes. Disse que seriam aqueles tempos que lhes forjariam a personalidade, e os direcionariam para a vida adulta.
Henrique, ao ouvir estas palavras, respondeu que gostava da vida na fazenda e que não pretendia ser um doutor.
Sorrindo, Ludmila disse-lhe que não precisava ser um doutor se não quisesse, mas que até para ser um bom administrador do patrimônio que tinha, deveria ter conhecimento do mundo que o cercava. Para que com isto, pudesse melhorar o ambiente em que vivia, e não ser enganado pelos outros.
Henrique mencionou que sentia falta de casa.
Ludmila penalizada, pediu-lhe paciência.
Disse-lhe que agora ele poderia não entender o porquê do afastamento da família por tantos anos, mas que depois, ele faria muito bom uso dos anos de estudo que tivera.
Com isto, a mulher abraçou os filhos.
Ao cair da tarde, voltou para casa.
Retomou as atividades na fazenda.

Tempos depois, Laura e Max retornaram a fazenda.
O homem também voltou a executar suas atividades como peão.
Laura ficou a cuidar da casa em que viviam.
Lavava, passava, cozinhava.
Nos fundos da residência fez uma pequena plantação de verduras e condimentos.
Cuidadosa, cuidava muito bem da casinha.
Casa que fora providenciada pelo dono da fazenda.
Feliz, acreditava que em pouco tempo sairia dali.
Maximiliano voltava depois de um longo dia de trabalho, com comida boa.
Estava feliz com a vida de casado.
Com o tempo acomodou-se. Feliz com a vida na fazenda, desistiu dos planos de estudar na cidade.
Quando Laura percebeu isto, passou a questioná-lo.
Argumentou que tinha pretensões de continuar estudando, e que aquela vida não era para ela.
Maximiliano por sua vez, desconversava dizendo que ainda não era hora de sair da fazenda.
Laura ao ouvir isto, ficava aborrecida.
Em dado momento, incomodada com a inércia do moço, disse-lhe que fora enganada, vítima de um logro.
Por diversas vezes, chegaram a discutir por isto.
Laura chegou a dizer que o moço havia prometido a ela fazer de sua existência, algo feliz. Chorosa, chegou a falar certa vez que não estava feliz vivendo daquela forma.
Maximiliano, percebendo que o intento de voltar a viver na cidade rondava a mente da esposa, començou a dizer que iria providenciar a ida de ambos para a cidade.
Argumentava que de fato precisava estudar.
Quando o casal retornou de viagem, Zélia recomendou ao moço, que não deixasse uma certa mulher de nome Ludmila, aproximar-se da filha.
Sem mencionar as razões para tal prevenção, pediu ao rapaz para que se acautelasse.
Maximiliano, ao perceber a perturbação da mulher, prometeu que faria o possível para que Laura não se aproximasse da mulher.
Zélia agradeceu.
Argumentou porém, que passava boa parte do tempo cuidando dos animais da fazenda, e que em boa parte do dia, não estaria por perto, e que não poderia impedir uma possível aproximação se isto tivesse realmente que acontecer.
Ao ouvir isto, Zélia se afligiu novamente.
Chegou a perguntar-lhe se não seria melhor satisfazer a vontade da filha. Comentou se não gostaria de passar alguns dias na cidade.
Zélia acreditava que se Ludmila retornasse a fazenda e não encontrasse Laura, acabaria desistindo de ver a filha.
Maximiliano por sua vez, retrucou dizendo que não seria possível fazê-lo ainda.
Argumentou porém, que assim que pudesse eles iriam viver na cidade. Nem que fosse por algum tempo apenas.
Com efeito, alguns meses após o casamento, a fazendeira encaminhou-se novamente a fazenda.
Ao bater na porta da mulher, após fazer perguntas aos moradores do lugar, descobriu que sua Odara estava de volta.
Alguns moradores chegaram até a descrever a moça.
Conversando com uma Zélia, ainda mais nervosa do que no primeiro encontro, a mulher prometeu que não revelaria quem era.
Pediu apenas para ver a moça. Falou que se apresentaria como uma visita, sugerindo ainda, que poderia dizer que ela era uma amiga dos velhos tempos.
Zélia negou o pedido.
Olavo por sua vez, ao chegar em casa após um dia de trabalho extenuante, tentou intervir amenizando a contenda.
Contudo, não obteve êxito.
Nisto, a fazendeira se despediu da mulher.
Dias depois a mulher retornou ao local.
Ficou a observar a casa onde a filha vivia.
A certa altura, Laura saiu da residência.
Ficou a cuidar de um pequeno jardim que havia em frente a casa.
Ludmila ao ver sua Odara, sentiu o rosto queimar.
Lágrimas caíram de seus olhos.
Relembrou-se de Lúcio, dos momentos em que foram felizes, seu desaparecimento, o momento em que se despediu da filha, da partida da criança com o casal que a criara.
Laura era jovem, bela, e lembrava sua juventude.
Ludmila fora só, a fazenda.
Mais tarde, Emerson foi ao seu encontro.
Juntos em uma lanchonete, chegaram a ver a moça ao lado do marido, passeando pela cidade.
Maximiliano, percebendo a tristeza da jovem, resolveu levá-la para um passeio na cidade.
Laura procurou usar uma roupa bonita.
Sorrindo, comentou que estava usando roupas rústicas a tanto tempo, que brincou dizendo se saberia ainda, usar uma roupa mais arrumada.
Max sorriu-lhe dizendo que disto ela jamais se esqueceria.
Incomodado, percebeu que não se decidisse a deixar a mulher estudar, ela acabaria fazendo isto por ela mesma.
Aflito, neste momento, prometeu que eles passariam alguns anos na cidade, e que ainda não o havia feito, por que estava arrumando mais dinheiro. Argumentou que precisava proporcionar mais conforto a mulher.
Com isto, o casal foi até a cidade.
Assistiram a um filme. Depois foram a uma sorveteria.
Depois do sorvete, o casal se encaminhou a uma lanchonete.
Maximiliano dizia estar com fome.
Laura brincou dizendo que ele estava sempre com fome.
Maximiliano não gostou da brincadeira.
Contou que trabalhava muito, que seu serviço demandava muita força e energia, e que precisava repor o que havia gasto.
Laura, percebendo que o rapaz estava melindrado, desculpou-se. Disse que não tivera a intenção de ofendê-lo. Argumentou que era apenas uma brincadeira. Falou que sabia que seu trabalho era exaustivo. Pediu para que ele não ligasse para isto.
Desta forma sugeriu que ele pedisse algo com bastante sustância.
Laura comeu um pedaço do lanche do moço.
A seguir, o casal caminhou de mãos dadas pela praça.
Foi quando Ludmila e Emerson viram a jovem caminhando com o marido.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a autoria.

Nenhum comentário:

Postar um comentário