Diante disso, alguém lá no céu, notou que era necessário agir.
Lúcia, preocupada com a situação de sua mãe, já havia pedido mais de uma vez para acompanhar a situação dela. A moça acreditando que poderia ajudá-la, insistia em se aproximar dela.
As entidades celestiais, então percebendo a gravidade da situação, autorizaram a ida de Lúcia à terra.
Foi então que Lúcia foi advertida sobre a existência de Diá.
Ao saber que se tratava de uma criatura diabólica e perversa, Lúcia ficou horrorizada. Ao tomar conhecimento de suas maldades, a moça foi ficando cada vez mais espantada.
Um dos anjos, criticando a atitude de um arcanjo, comentou que este não deveria assustá-la comentando as maldades de Diá.
O arcanjo, então, comentando que precisava prevenir Lúcia de possíveis perigos, alegou que não estava dizendo tudo aquilo para assustá-la, e sim para que ela tomasse cuidado.
Lúcia, percebendo a intenção do arcanjo, agradeceu o aviso, e prometeu que tomaria cuidado.
Quando o ser celeste percebeu que Lúcia ouvira seus avisos, ficou mais tranqüilo. Afinal, não queria expor a moça a nenhum risco desnecessário.
E assim, muito embora, a moça estivesse a pouco tempo no plano espiritual, Lúcia era perfeitamente capaz de contornar essa dificuldade e desempenhar sua missão.
Por isso mesmo, incumbida de ajudar a mãe, tratou logo de descer à terra.
Porém, antes disso, passou por uma pequena preparação. Isso por que, não era costumeira essa atitude. Mas, tendo em vista a situação de Solange, Lúcia precisava agir.
E assim, embora muito tempo já tivesse se passado, Lúcia, ao voltar novamente ao plano físico, sentiu-se tomada de uma profunda emoção. Tanto que, ao colocar seus pés na terra, automaticamente, lembrou-se de tudo o que sucedera em sua vida.
Lembrou-se de quando nascera, dos seus primeiros contatos com a mãe, do quanto eram unidas, e por fim, recordou-se de sua morte. De sua dolorosa morte.
Porém, a despeito da preparação que tivera para se deparar novamente com todas essas emoções, Lúcia não conseguiu controlar sua tristeza ao lembrar-se de como morrera.
Contudo, apesar de sua dor, insistiu com os anjos, e demais criaturas celestes, que não queria ser poupada de nada. Ao contrário, se precisava voltar para ajudar sua mãe, precisava saber com o que iria se deparar.
Porém, ver o estado penoso em sua mãe se encontrava, foi extremamente complicado para ela. Isso por que, apesar de já fazer alguns meses que desencarnara, ainda não conseguira se desvencilhar da idéia de que aquela era sua mãe.
Por esta razão, a moça, ao ver que sua mãe sofria, caiu em prantos. Compungida, comentava:
-- Coitada da minha mãe!
Assim, imbuída do sentimento de solidariedade, a moça sentiu que mais do que depressa, precisava ajudar sua mãe.
Sim, ao saber da situação, foi a primeira a insistir na idéia de que sua mãe precisava de ajuda.
Não obstante isso, não fosse a colaboração dos demais seres celestes, não teria sido possível seu retorno a terra.
Mas enfim, estava de volta.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a autoria.
Poesias
quinta-feira, 29 de abril de 2021
O BEM E O MAL - CAPÍTULO 31
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