Com isso, as duas continuaram a conversar por mais alguns minutos e depois, Melissa se despediu.
Despediu-se por que não queria ficar muito tempo conversando com a mãe. Não queria que alguém desconfiasse que era ela quem estava ligando. Temendo a possibilidade de ser encontrada por Mauro, Melissa achava que todo o cuidado era pouco.
Isso por que, sabendo que Mauro estava tentando descobrir onde as duas estavam, constatou que não seria tão simples assim, resolver sua situação.
Para piorar, não podia dizer que era viúva. Tudo por conta de Carolina, que ainda era uma criança, e não tinha obrigação nenhuma de mentir.
Também ela não queria mentir, ou acabaria por se complicar.
Assim, para explicar a ausência do pai de Carolina, ela costumava dizer que ele viajava muito. Por conta disso, o rapaz raramente estava em casa, junto com elas. Além disso, por terem se mudado há pouco tempo para lá, seu marido estava organizando as coisas, até poder ir para o Rio de Janeiro.
Porém, com o passar dos meses, não estava sendo nada fácil, sustentar essa história.
Insistentemente cobrada pelos vizinhos e conhecidos, Melissa não se cansava de dizer que o marido estava viajando. Assim, não seria tão cedo que o conheceriam.
E assim, Melissa, a duras penas, conseguia ganhar tempo.
Nessa época, já com o apartamento montado e organizado, Melissa conheceu Murilo, uma pessoa que desde o começo, se revelou um grande amigo.
Os dois se conheceram por acaso.
Melissa, apressada, antes de ir para casa, resolveu passar antes em uma biblioteca para pesquisar e saber quais os livros que ela teria que estudar.
Sim, Melissa, com a vida entrando nos eixos, planejava agora, voltar a estudar.
Assim decidida, pediu para a amiga, que cuidasse de Carolina, até mais tarde.
Elisa, prestativa como sempre, concordou em olhar a menina por mais algumas horas.
Esta amiga de Melissa, realmente, era muito prestativa. Desde que ela e sua filha mudaram-se para a cidade, foi questão de tempo para que ambas conhecessem Elisa, e sua adorável filha, Jane.
Este foi um encontro memorável.
Depois que se conheceram, nunca mais ficaram longe uma da outra.
Aliás, Elisa se tornou indispensável na vida de Melissa. Não fosse por ela, não teria onde deixar sua filha. Isso por que, morando sozinha, não tinha quem cuidasse de Carolina para ela. Além disso, Carol, nessa época, já era bem grandinha para ficar numa creche, enquanto ela trabalhava.
Não fosse o oportuno oferecimento de Elisa, para olhar Carolina, Melissa teria que deixar sua filha sozinha.
Realmente, Melissa só tinha que agradecer pela amiga que tinha.
E apesar de levarem suas vidas de modo diferente, nunca se desentenderam por causa disso. Ao contrário, cada uma sabia entender as diferenças de atitude da outra.
Com isso, foi só uma questão de tempo, para que as duas se tornassem grandes amigas.
Tanto, que de vez em quando, Melissa aproveitava para levar Elisa e sua filha, para passear. Tudo por sua conta. Essa atitude da moça, fez com as duas estreitassem ainda mais amizade.
Mas não era só isso. Com os planos de voltar a estudar, Melissa, como já foi dito, passou a de vez em quando, visitar a biblioteca. Lá pesquisando livros, descobriu inúmeras obras que certamente seriam úteis para os seus estudos.
Foi lá também que conheceu Murilo, um jovem prestativo, que ao vê-la por tantas vezes, sempre com pressa, olhando os livros, resolveu ajudá-la.
Como ela, o rapaz também visitava freqüentemente a biblioteca. Por esta razão, conhecia-a de vista.
Um dia, ao passar por ele, Melissa, que carregava muitos livros, acabou trombando em alguém, e derrubou os livros em cima da mesa que ele estava usando.
A moça, ao ver a bagunça que fez, desculpou-se e imediatamente começou a recolher os livros.
Murilo, ao ver Melissa sem jeito, comentou que não fora nada e prontamente, ajudou-a recolher os livros espalhados pela mesa.
Dado o barulho dos livros caindo, alguns dos freqüentadores daquela tradicional biblioteca, pararam para olhar. Depois, percebendo que a confusão acabara, voltaram a ler seus livros, e pesquisar obras.
Com isso, os dois continuaram a recolher os livros.
Ao juntarem tudo, Melissa pediu novamente desculpas.
Murilo insistiu em dizer que não havia sido nada de mais.
Contudo, quando a moça fez um gesto denunciando que iria sair do recinto, Murilo perguntou a ela, se ela não queria ajuda para levar os livros para casa, já que carregar aquela montanha de livros não seria nada fácil.
Melissa educadamente recusou a oferta. Dizendo que poderia facilmente levar os livros para casa, agradeceu a gentileza, mas recusou. Porém, ao dar alguns passos em direção a saída do local, mais uma vez, quase derrubou os livros novamente.
Murilo, percebendo isso, mais uma vez foi ajudá-la.
Melissa então, percebendo que seria muito difícil levar todos aqueles livros sozinha para casa, acabou concordando que ele ajudasse.
A moça então pediu para que ele a acompanhasse até o ponto de ônibus. Dali ela se virava e carregava os livros sozinha.
O rapaz, então, percebendo a situação da moça, ofereceu-lhe uma carona.
Melissa, ficou sem jeito. Argumentando que não queria atrapalhá-lo, respondeu que poderia tranqüilamente ir para casa de ônibus.
Murilo, no entanto, não aceitou a recusa. Dizendo que ficaria ofendido com ela se não aceitasse a carona, foi mais do que depressa, levando os livros para seu carro.
Ali, no estacionamento que havia próximo a biblioteca, os dois se apresentaram.
Tudo por que o rapaz acreditava, que se ela soubesse seu nome, seria mais fácil aceitar a carona.
Dito e feito.
Sem ter como recusar sua oferta, Melissa acabou concordando e aceitando a carona.
Naquela época, não era comum uma pessoa ter um carro. Assim, quando Melissa viu que ele não estava brincando, ao ver o automóvel, chegou até a elogiar o carro.
Murilo, envaidecido, agradeceu o elogio, e disse que o carro estava bonito daquele jeito, graças aos seus cuidados.
Com isso, o rapaz abriu a porta da frente para ela, que entrou. A seguir, ele fechou a porta. Em seguida, foi a sua vez de entrar no carro.
Ao entrar no carro, e ligá-lo, Murilo então perguntou a ela, onde morava.
Melissa contou então.
-- Então, é pertinho. – respondeu ele.
-- Pertinho? De ônibus são quase quarenta minutos, entre a espera e o trajeto...
-- Mas de carro não demora tanto. – comentou ele.
Melissa concordou.
E assim, enquanto Murilo dirigia, Melissa comentou que tencionava voltar a estudar. Com sua filha crescida, não teria grandes problemas em se ausentar de casa.
Murilo ficou espantado ao ouvir de Melissa, que ela tinha uma filha. Isso por que, a moça era ainda muito jovem para ter uma filha grandinha. Curioso, perguntou então:
-- E quantos anos tem sua filha?
-- Carolina vai fazer oito anos.
-- Então é grandinha mesmo. – comentou ele.
-- Se é.
-- Mas você não tem idade para ter uma filha tão grande assim.
-- Tenho sim. Não sou tão nova assim. Além disso, me casei muito cedo. – comentou ela.
Murilo então comentou que era difícil acreditar nisso.
Melissa realmente, parecia muito moça para ser mãe de Carolina.
A própria Elisa já havia comentado isso com ela.
A moça porém, não estava nem um pouco convencida disso. Tanto, que sempre quando alguém vinha com essa conversa, ela fazia questão de desconversar.
Contudo, era a mais pura verdade.
Quantas e quantas vezes, quando nas raras vezes em que foi levar a filha na escola, ou mesmo participar das reuniões na escola, não foi confundida com uma irmã de Carolina?
Por esta razão, Melissa, ao ouvir os comentários de Murilo, começou a rir.
O rapaz, curioso para saber o motivo do riso, começou a perguntar:
-- Do que você está rindo? Por acaso eu disse algo engraçado?
Melissa então respondeu:
-- Não, absolutamente. É que quando o senhor comentou sobre a minha idade, eu me lembrei de outras situações. Essas sim, foram muito engraçadas. Me desculpe, se te dei a impressão errada.
Murilo, ao ouvir as explicações de Melissa, resolveu perguntar então, se não era nenhuma inconveniência, o que era engraçado.
A moça então comentou algumas das passagens de sua vida, em que foi confundida com uma irmã mais velha de Carolina. Acreditando ser uma gentileza das pessoas, achava engraçado as pessoas fazerem aquele tipo de confusão com ela.
Murilo ao ouvir as histórias, comentou que não havia nada de errado nisso, até por que, realmente ela parecia ser muito jovem.
Melissa então comentou, que já tinha quase vinte e sete anos.
Murilo, ao ouvir a idade de Melissa, ficou tão espantado, que pediu para que ela repetisse.
Quando a moça repetiu então, vinte e sete, Murilo comentou:
-- Olha Melissa, você vai me desculpar a indiscrição, mas não parece nem de longe que você tem toda essa idade. Eu só vou acreditar nisso, quando eu ver a sua filha.
Ao ouvir isso a moça, caiu na risada. Mas, desafiada por Murilo, acabou concordando em apresentá-lo a sua filha, assim que tivesse uma oportunidade.
Nisso o rapaz já estava quase chegando onde Melissa morava.
Percebendo isso, a moça começou então explicar onde ele tinha que levá-la.
Murilo seguiu então, as dicas da moça, e rapidamente deixou a mesma em casa.
Alguns vizinhos, ao verem a moça chegando de carona no carro de um estranho, chegaram a pensar que este estranho, era seu marido. No entanto, quando o viram partir, perceberam que não era nada disso.
Curiosos, dois deles desceram e ficaram na entrada do prédio, esperando pela moça.
Quando Melissa se aproximou da entrada, um dos moradores abriu a porta para ela.
A moça então, agradeceu a gentileza, e se não tivesse sido interrompida, teria ido direto para seu apartamento.
Isso por que, os dois vizinhos, querendo saber quem era aquele rapaz, começaram a perguntar a ela, de onde ele era, desde quando ela o conhecia, etc.
Melissa, então, percebendo que ficaria ali a noite inteira, desculpou-se com eles, e dizendo que precisava entrar, por causa dos livros que carregava e que estavam muito pesados, respondeu que queria o quanto antes guardá-los. Ademais, tinha ainda que buscar sua filha, na casa de uma amiga.
Foi então que ela, vendo o relógio da entrada do prédio, comentou assustada:
-- Nossa! Tenho que me apressar ou então não verei mais minha filha hoje. – respondeu apressando-se para pegar o elevador.
Ao entrar no apartamento, guardou os livros e foi imediatamente buscar a filha.
Ao chegar na casa de Elisa, desculpou-se pela demora.
Elisa disse então:
-- Não tem problema, a Carol está no quarto, brincando com Jane há horas. Não precisa se preocupar, atrasos acontecem.
Melissa então, pediu a amiga, que chamasse Carolina, para ambas pudessem ir para casa.
E assim, ao voltarem juntas para casa, a menina perguntou para a mãe:
-- Mãe, por que você demorou tanto?
Melissa explicou a filha, que havia ido até a biblioteca pegar alguns livros. Como havia muitas opções, ela ficou empolgada, e acabou se esquecendo da hora.
Nisso, Carolina abraçou Melissa, dizendo que sentiu saudades.
No dia seguinte, antes de levar sua filha para a casa de Elisa, Melissa comentou que elas precisavam se encontrar com Elena.
Dizendo que ela sentia muito a falta da mãe, comentou com Carolina, que estava pensando em encontrá-la em outro estado. Lá poderiam ficar hospedadas em algum hotel por alguns dias, matarem a saudade que tinham uma da outra, e depois voltarem para o Rio.
Para tanto, ela, não deveria contar, nem mesmo para sua avó, onde estavam morando. Isso por que, se ela não soubesse exatamente onde viviam, não teria como contar a ninguém, onde estavam.
Carolina então, perguntou a mãe:
-- Mas o que eu vou responder se a vovó quiser saber onde nós estamos? Eu não quero mentir.
Melissa, percebendo a preocupação da filha, comentou:
-- Mas quem disse, que eu quero que você minta? Não, eu não quero isso. Eu só quero que você não conte, nem para sua avó, onde nós estamos. Está bem? Se ela perguntar, diga simplesmente que eu não te deixei responder. Se ela insistir, diga para ela perguntar a mim, posto que você prometeu não contar a ninguém. Tá bom?
Carolina concordou.
Prometendo não contar nada a avó, Carolina deu a resposta que Melissa precisava para novamente voltar a falar com Elena.
Contudo, antes de ligar, pensou em uma coisa. Se Mauro estava no encalço de Elena, quem poderia garantir, que ele não a seguiria em seu vôo?
Pensando nessa possibilidade, Melissa resolveu pedir ajuda a amiga, para resolver o impasse.
Assim, durante o dia, enquanto trabalhava, Melissa por várias vezes, se lembrou do assunto. Preocupada, assim, que terminou o expediente, foi direto para a casa da amiga, para conversar. Foi então, que ao chegar e ser recebida por Elisa, Melissa tomou um belo café.
Depois, começou a falar sobre a vontade que tinha de rever sua mãe. Contudo, uma coisa a preocupava. Sua preocupação se devia ao fato de que Mauro dificilmente tinha aceitado seu sumiço e portanto, devia estar em seu encalço. Por esta razão, devia ter muito cuidado.
Elisa, ao constatar a preocupação da amiga, chegou a perguntar se esta não era demasiada. Isso por que, fazia mais de um ano que ela partira. Assim, provavelmente devia até ter arrumado outra pessoa.
Melissa contudo, não acreditava nisso.
Conhecendo o temperamento de Mauro, comentou com Elisa, que ele era obssessivo demais para deixar de lado, o fato de ter sido abandonado. Até por que, isso para ele era uma vergonha.
Foi então que a moça lembrou a amiga, dos relatos que fizera tempos atrás.
Elisa, então, ao se dar conta de que Mauro poderia estar procurando-a, recomendou a amiga, que tivesse cuidado. Receosa, recomendou até que a amiga não se encontrasse na cidade com a mãe.
Melissa comentou então, que já havia pensado nisso. Ademais, havia até recomendado a filha, que não contasse a sua mãe, onde estavam.
Elisa concordou.
Contudo, a parte mais difícil não havia sido ainda esclarecida. Como fazer para se encontrar com sua mãe, sem correr o risco de Mauro descobrir tudo?
Elisa ficou então a pensar.
Pensando, pensando, pensando, acabou por chegar a uma conclusão.
-- E se eu fosse junto com você, nesta viagem? Assim, eu poderia me encontrar com sua mãe e despistar Mauro. Sim, por que, se ele visse a mim, e não você no aeroporto, se ele estivesse seguindo sua mãe, acabaria desistindo e voltando para São Paulo.
Melissa concordou com a idéia da amiga.
E assim, Elisa se comprometeu a viajar com ela. Muito embora não acreditasse que Mauro seria tão louco a ponto de seguir Dona Elena em uma viagem, a moça acabou concordando em acompanhar a amiga durante a viagem.
Assim, foi só uma questão de tempo para que Melissa marcasse a viagem com a mãe, e arrumasse as malas para ir até Vitória, no Espírito Santo.
Precavida, Melissa combinou com a mãe, para que esta fosse até Belo Horizonte. Lá ela se encontraria com Elisa e Jane. Assim, as três ficariam alguns dias por ali, e depois, Elena viajaria sozinha para Vitória.
Elisa, daria mais um tempo em Belo Horizonte, e depois, iria encontrar-se com a amiga.
Assim foi feito.
Foi desta forma que Melissa pôde rever a mãe, e Dona Elena rever a neta.
Carolina estava crescida, e muito alegre. O oposto do que era quando vivia em São Paulo.
E como havia combinado com sua mãe, a garota não contou a avó, onde moravam.
E assim, mesmo insistindo muito, Dona Elena não descobriu nada.
E mesmo assim, estava muito feliz por rever a filha que não via há mais de um ano.
Desta forma, compreendendo as razões da filha se esconder tanto, comentou com esta sobre o fato de Mauro não a procurar mais.
Contudo, ainda assim, o rapaz não lhe inspirava confiança. Isso por que a senhora, descobriu com os vizinhos, que o mesmo de vez em quando ainda rondava sua casa.
Ao ouvir isso, Melissa ficou apavorada.
Elena então, ao perceber a preocupação da filha, sugeriu se mudar de São Paulo. Quem sabe assim, ele a deixaria em paz.
Melissa ao ouvir isso, pediu a mãe para que não se mudasse. Afinal de contas, ela passara toda a sua vida na cidade e não fazia o menor sentido ela ir embora dali, se era ele quem estava sendo inconveniente.
Todavia, Melissa recomendou a mãe, que na próxima vez em que tornassem a se ver, antes de se encontrar com ela, passasse pelo menos algumas semanas, com alguns de seus parentes do interior. Assim, não levantaria suspeitas.
Dona Elena concordou.
Contudo, aquelas cinco pessoas não estavam ali para se preocupar com nada.
Assim, aproveitando para se divertir, Melissa, Elisa e Elena, aproveitaram muito as praias. As meninas também. Além disso, visitaram os pontos turísticos da cidade, e dos arredores também.
Foram dias memoráveis para todos.
Em plena época de férias escolares e de férias do trabalho, Melissa aproveitou o momento para curtir a família e descansar.
Para guardar boas recordações, foram tiradas fotos dos melhores momentos daquelas férias.
Depois, Melissa e Carolina, despediram-se de Elena e cada uma seguiu para sua cidade. Elena foi para São Paulo e Melissa, Elisa, Jane e Carolina, rumaram para o Rio de Janeiro.
Murilo ao saber do retorno de Melissa, tratou logo de visitá-la. Comentando que há muito tempo desejava conhecer Carolina, teve o cuidado de ir acompanhado de uma amiga, para não expôr a moça.
Melissa então, percebendo que estava em falta com Murilo, apresentou sua filha a ele.
O rapaz então, ao ver a garota, concordou com ela. Realmente a menina já era bem grandinha. Espantado, comentou:
-- Realmente, você se casou muito nova. Tão nova que mais parece uma irmã mais velha.
Carolina caiu na risada. Acostumada a ouvir que sua mãe parecia sua irmã, simpatizou com o rapaz.
Murilo ao perceber isso, começou a paparicar a garota.
Simpático, prestava atenção em tudo o que ela dizia. Observava-a brincando com Jane, e conforme suas visitas foram se tornando freqüentes, começou a levar presentes para as duas.
Freqüentando a casa de Melissa, conheceu Elisa, e descobriu que as duas eram grandes amigas. Descobriu que Elisa era viúva e que vivia com a pensão do marido, militar.
Quanto a Melissa, levou algum tempo para ele descobrir que ela ainda era casada.
Por isso mesmo, quando ela lhe contou, depois de alguém tempo de amizade, sobre sua situação, Murilo ficou bastante desapontado.
Isso por que, como Elisa mesma disse a amiga, diversas vezes, o rapaz tinha um outro interesse nela além da amizade.
Em decorrência disso, ao constatar que ela já era casada, isso eliminava por completo, qualquer possibilidade de aproximação.
Contudo, devido a insistência de Elisa, que não queria ver a amiga sozinha, já que até mesmo ela arrumara outro relacionamento há alguns meses, Murilo acabou por ouvir as explicações da moça.
Quando descobriu que ela fugira do marido, que ele era um homem violento, e que nem ela nem a filha queriam mais saber dele, Murilo foi tomado de uma grande esperança.
Sim, por que se ela não tinha intenção de voltar com Mauro, a mesma poderia perfeitamente, se separar dele e se casar novamente.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a autoria.
Poesias
quinta-feira, 8 de abril de 2021
DE TRISTEZA E DE SOMBRAS - CAPÍTULO 4
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário