Como não conseguia acordar, ainda dormindo chorava. Chorava desesperada.
Queria a vida da filha de volta.
Triste, confidenciou com Cínthia que, se pudesse, gostaria de trocar de posição com a filha. Se fosse para ela continuar viva, morreria feliz. Não sentiria nenhum pesar. Só lamentaria não poder mais cuidar dela.
Mas, infelizmente, não poderia trocar de lugar com a filha.
E assim, Dona Solange seguiu acompanhada das amigas, até a capela. Para que pudesse velar o corpo. E nessa vigília, passou a noite inteira acordada ao lado da filha.
Cuidou do corpo, como cuidava dela quando vivia.
Atenciosa, nos primeiros dias após seu nascimento, Solange tivera o cuidado de trazer para perto de sua cama, o berço da menina. Temerosa, queria ter sempre a filha por perto. Por isso, nos primeiros meses, a criança passava boa parte do tempo em seu quarto.
Dona Solange, só a colocou no quartinho que arrumou durante meses para sua chegada, quando se sentiu suficientemente segura para fazê-lo. Maiorzinha, Lúcia já poderia dormir sozinha em seu quarto.
Quando Solange se lembrava disso, mais e mais sua tristeza aumentava. Nunca mais poderia vigiar o sono da filha. Aquela, seria a última vez que a veria, mesmo dormindo.
Era a última vez.
Lá mesmo na capela foi celebrada uma missa, que muitos acompanharam, inclusive curiosos.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Queria a vida da filha de volta.
Triste, confidenciou com Cínthia que, se pudesse, gostaria de trocar de posição com a filha. Se fosse para ela continuar viva, morreria feliz. Não sentiria nenhum pesar. Só lamentaria não poder mais cuidar dela.
Mas, infelizmente, não poderia trocar de lugar com a filha.
E assim, Dona Solange seguiu acompanhada das amigas, até a capela. Para que pudesse velar o corpo. E nessa vigília, passou a noite inteira acordada ao lado da filha.
Cuidou do corpo, como cuidava dela quando vivia.
Atenciosa, nos primeiros dias após seu nascimento, Solange tivera o cuidado de trazer para perto de sua cama, o berço da menina. Temerosa, queria ter sempre a filha por perto. Por isso, nos primeiros meses, a criança passava boa parte do tempo em seu quarto.
Dona Solange, só a colocou no quartinho que arrumou durante meses para sua chegada, quando se sentiu suficientemente segura para fazê-lo. Maiorzinha, Lúcia já poderia dormir sozinha em seu quarto.
Quando Solange se lembrava disso, mais e mais sua tristeza aumentava. Nunca mais poderia vigiar o sono da filha. Aquela, seria a última vez que a veria, mesmo dormindo.
Era a última vez.
Lá mesmo na capela foi celebrada uma missa, que muitos acompanharam, inclusive curiosos.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
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