Agora que piso nesta areias barrentas de um longo dia de lamaçal, sinto que em
breve novo ano irá começar.
O refluxo do mar que com as ondas vai e vem, quebrando na
margem da praia, os respingos d’água na roupa, rosas brancas carregadas em mãos que
ansiosas esperam para se despedir do antigo velho ano.
Sete pulos nas sete ondas do mar.
A chuva de fogos no céu ilumina a praia e a noite dos passantes, lua de prata que
banha o mar.
Fogos, muitos fogos, verdadeira cascata.
Uma réstia de luz que ilumina os últimos minutos que se encerra.
Ritual, todos se preparam para este grande momento, seja em forma de comidas,
roupas e festas.
Nunca esquecendo-se de comer três colheradas de lentilhas, saborear, sete
uvas e guardar as sementes embrulhadas num papel dentro da carteira.
Tudo isso para que a sorte traga um ano venturoso e cheio de riquezas, nem sempre
espirituais ou abarcando o sentido metafórico da palavra.
Momento mágico que se celebra todos os anos de maneira quase sempre idêntica,
como se fora um verdadeiro ritual.
Pena que nem tudo que se espera deste momento
aconteça, mas isto só depende de nós.
Depende de nossa vontade e do nosso espírito,
começando a partir dos sonhos que é onde tudo começa.
A todos um rico e próspero Ano Novo!
Luciana Celestino dos Santos
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