A vida é rica em seus detalhes.
E os elementos que a vida traz em seu mister
enriquece-nos de momentos felizes.
Ora, para que existe a natureza senão para contemplarmos, embevecidos, a sua
beleza?
É claro que ela também atende aos nossos propósitos nos beneficiando com suas
maravilhas.
Mas aqui, eu estou falando do propósito contemplativo da natureza, que nos evoca a
pureza do ser em seu estado mais primal.
Toda essa beleza serve somente para enriquecer
nossas recordações.
Exemplo da evocação da natureza se faz presente através da figura do
mar.
“O mar, suave lembrança da primavera distante.
Lembrei-me de seu perfume exalando por todos os seus recantos peculiares.
A areia
fina a beijar os pés de quem ousa por cima dela passar.
Caminhada.
Sinto deslizar meus pés
ao som murmurante do marulhar das águas que agitam o mar.
Ao fim do horizonte, um
morro verdejante se eleva sobre as águas.
O sol, então, repousa seu dorso triste sobre as
águas.
Vem de longe com sua luz para mergulhar voluptuosamente, em tão temperadas
águas.
Para explicar tal milagre, reza a lenda, que o sol a todo instante, trava uma luta
descomunal para vir iluminar nossa vida e se elevar sobre nós, com seus fulgurantes raios.
Combate este, onde sempre por sua força e sagacidade, se sobrepuja aos desafios do oceano
e se mostra soberano, ao vencê-lo tão habilmente.
O Sol, astro-rei, o príncipe do universo que nos volteia com sua claridade, pelos
lugares onde passamos.
Traz-nos a lembrança de um eterno reviver, a vida que recomeça a todo instante nos
turbilhonando para o intangível, o inexplorável, o inatingível.
Para o que não podemos
alcançar com as nossas próprias mãos, para o que apesar de estar tão perto, permanece tão
longe de nós.
Ó, insondável mistério.”
Mas, o que é a luz, o que é o mar senão um pedaço de vida num universo tão
grandioso, um fragmento de sua grandeza, um pedaço de seu mistério?
Tudo isso somente para lembrar que você, assim como todas as outras mães, também
fazem parte da beleza da vida, que é preciosa em seus detalhes, e que como os mesmos, nos
tira da triste chateação, da mesmice das velhas paisagens a que estamos habituados.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
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