Em 1750, o Tratado de Madri reconheceu, com base no direito de posse da terra por
quem a usa (uti posidetis), a presença luso-brasileira na maioria dos territórios brasileiros
desbravados, e em fase de ocupação.
No Norte e no Centro-Oeste, não houve dificuldade em
acertar limites, em decorrência do pequeno interesse espanhol nas regiões.
No Sul, no
entanto, a negociação foi conturbada.
A Espanha, exigiu o controle do Rio da Prata, por sua
importância econômica e estratégica.
Em razão disso, aceitou a Colônia de Sacramento, em
troca da manutenção da fronteira brasileira, no atual Rio Grande do Sul.
Como
conseqüência, os jesuítas espanhóis e os índios guaranis de Sete Povos das Missões, foram
forçados a se transferirem para o outro lado do Rio Uruguai.
Em 1754 até 1756, os guaranis de Sete Povos das Missões se recusaram a deixar
suas terras no território do Rio Grande do Sul, o que acarretou a eclosão da Guerra
Guaranítica.
Em resposta à posição indígena, os castelhanos, vindos de Buenos Aires e
Montevidéu, e os luso-brasileiros, vindos do Rio de Janeiro sob o comando do general
Gomes Freire, entraram pelo Rio Jacuí, combatendo os guaranis missioneiros, que tentavam
impedir a demarcação da fronteira.
Com isso, em 1756, os Sete Povos das Missões foram
dominados.
Luciana Celestino dos Santos
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