Irene no entanto, mesmo diante da irritação do filho, sabia perfeitamente que a relação
dos dois, levaria a algo mais do que uma simples amizade.
Sim, por que, sendo os dois tão próximos, era evidente que um gostava muito do
outro.
Não bastassem as evidências, foi só Leonora aparecer para visitar o rapaz, para que
Fábio melhorasse a olhos vistos.
Até Dona Irene, uma experiente dona de casa, ficou surpresa com o restabelecimento
tão rápido do filho.
Com isso, no dia seguinte, o rapaz estava pronto para trabalhar.
Irene, ao vê-lo de pé, pronto para ir trabalhar, quis logo lhe passar uma admoestação.
Fábio então, explicando a mãe que não estava mais com febre, insistiu em trabalhar.
Dona Irene cautelosa, ao ouvir a afirmação do filho, foi logo pondo a mão em sua
têmpora.
Ao perceber que Fábio não estava com febre, Irene concordou em que o filho.
Sim, se ele não tinha febre, não havia problema nenhum.
Assim, lá foi ele até a escola, ministrar aulas.
As moças, ao perceberem que o professor havia voltado, ficaram exultantes.
Quem não ficou muito feliz com a novidade, foram os meninos.
Para eles, a volta do
professor não era nenhuma novidade.
Assim, lá se foi mais um dia de aulas.
A noite, como era de costume, Fábio foi até a faculdade.
Seus colegas, ao verem-no, foram logo perguntando por que ele havia faltado no outro
dia.
Fábio respondeu que por conta do temporal de dias atrás, acabou pegando um
resfriando.
Ao tomarem conhecimento do ocorrido, os colegas comentaram que mesmo com sua
ausência, continuaram organizando o trabalho.
Fábio ao ouvir isso, comentou que não havia problema, já que o dia da apresentação
estava próximo.
Foi então, que retomando de onde haviam parado, o grupo continuou organizando o
trabalho.
Combinando entre si, como seria a apresentação, deixaram até, de assistir as
primeiras aulas.
Com o final do ano, contudo, precisavam tomar cuidado.
Isso por que, era agora que
tudo ficaria mais complicado.
Desta forma, Fábio precisava evitar ao máximo, perder aulas.
Atento, depois disso, não faltou mais.
Cuidadoso como sempre, assim que voltou para casa, preparou para separar mais
alguns livros para ler.
Nos dias seguintes, não parou de estudar um só minuto.
Isso por que, sequioso de
fazer um ótima apresentação, não queira deixar nem um detalhe sequer de lado.
E assim, preparou-se cuidadosamente para a apresentação.
Leonora, nessa época, pronta para auxiliá-lo, sempre que encontrava algo referente
ao assunto do trabalho, entregava ao rapaz, para que o lesse.
Fábio, agradecido pelo empenho da moça, aceitava sua ajuda.
Com isso, ao fim de algum tempo, finalmente o rapaz estava preparado para a
apresentação.
No aludido dia, o rapaz, assim como seus colegas de grupo, aproveitaram para chegar
um pouco antes a faculdade.
Preparando a sala para a apresentação, Fábio e o grupo, começaram a arrumar as
cadeiras para que todos pudessem ficar sentados.
Quando a turma entrou na classe e o professor Marcílio fechou a porta, se deu início
a apresentação do trabalho.
Fábio então, tomando fôlego, começou a falar de Napoleão Bonaparte.
Cuidadoso, começou falando primeiro do Golpe do Dezoito Brumário.
Inicialmente Fábio comentou que no Egito, a campanha de Napoleão, não alcançou o
êxito esperado.
Foi exatamente nesse momento que Bonaparte, recebeu notícias sobre a
formação de uma segunda Coligação de Nações contra a França e sobre as sucessivas derrotas
infligidas pelos países absolutistas e pela Inglaterra ao exército francês.
E também foi
informado acerca da fragilidade do governo do Diretório que, não conseguindo controlar a
inflação, dava lugar a agitações.
Reinava então na França, um clima de descontentamento e
a cada dia a situação interna se agravava.
Um anúncio publicado nessa oportunidade em um
jornal parisiense expressava o desejo de um grande número de Franceses:
‘A França deseja
qualquer coisa de grande e durável. (...) Não quer a realeza que está proscrita, mas quer a
unidade. (...) Deseja que seus representantes sejam conservadores pacíficos e não inovadores
turbulentos’.
Bonaparte compreende então, ter chegado a hora e a vez de desempenhar na França
o papel com que tanto sonhara.
Conseguindo burlar a vigilância dos navios ingleses
ancorados na costa do Egito, ele desembarca na França.
Destarte, comentando que a situação era extremamente grave na França, Fábio,
ressaltou que a burguesia, com o passar do tempo, foi se esquecendo de suas idéias de
liberdade.
Com isso, passou a clamar por um governo forte para restaurar a lei e a ordem.
Para piorar, as condições sociais se agravavam com as derrotas do exército francês frente aos
ingleses e austríacos que haviam lutado contra a França.
Napoleão Bonaparte encontrava-se no Egito, mas havia deixado seus agentes para
que criassem condições políticas, propicias a um golpe de Estado.
Para a grande maioria dos
Franceses, somente um governo forte salvaria o país da situação de crise e de derrota que se
encontrava.
E foi assim, que ele desembarcou na França, acompanhado de alguns homens.
A
caminho de Paris, por onde passava, recebia ovações que o reconheciam como a solução mais
adequada para a França naquele momento.
Esse reconhecimento no entanto, ele não recebeu
dos deputados que, reunidos na Assembléia dos Quinhentos, procurava uma saída para as
crises.
Protestos como Fora-da-lei, foram os votos de ‘boas vindas’, que Napoleão ouviu da
Assembléia e que o obrigou a dela se retirar.
Diante disso, no dia 10 de novembro de 1799 (O 18 Brumário no novo calendário),
Napoleão voltou do Egito, e em acordo com dois membros do Diretório, dissolveu o órgão
do governo e instituiu o Consulado.
No lugar do Diretório, criou-se então o governo do qual
participavam, além de Napoleão, Roger Ducos e o Abade de Sieyès.
A constituição do
Diretório foi substituída por um novo documento constitucional no qual desaparecia a
Declaração dos Direitos.
O governo de Napoleão, estabelecido com o Golpe do 18 Brumário,
acabou com os projetos políticos-liberais e de descentralização.
Foi desta forma que se deu
início ao período Napoleônico da famosa Revolução Francesa, que consolidou o poder da
burguesia. A qual ansiava por um lugar de destaque na sociedade.
Lugar que antes era
ocupado pelos nobres.
Ao começar a Revolução, Napoleão – nascido em Ajaccio, na Ilha da Córsega, de
uma família de pequena nobreza arruinada – a ela aderiu prontamente, influenciado por
escritores Iluministas.
Tendo se iniciado nas artes de militares de artilharia, ele dá continuidade a sua carreira em meio esse clima de conflito.
Muito embora tenha inicialmente
posicionado-se contrariamente aos Jacobinos, mais tarde os apóia.
E é nessa oportunidade,
coincidentemente que ele ascende aos altos postos do exército Francês.
Em agosto de 1793, o Porto de Toulon, ao sul da França, se encontrava nas mãos dos
ingleses, que lideravam uma coligação de nações contra o país.
Era a imprescindível para a
sobrevivência da Revolução, a retomada desse porto.
O Comitê de Salvação Pública do
governo jacobino nomeou o General Dugomier – que tinha como assistente o Capitão
Napoleão Bonaparte – para executar essa tarefa.
Napoleão propõe ao seu superior um plano,
que é aceito, para libertar a cidade portuária: os canhões, dispostos estrategicamente, abrem
um impiedoso fogo de artilharia em direção ao inimigo que, não suportando, parte em retirada
com seus navios.
Esta importante vitória concede ao jovem militar – com apenas vinte e
quatro anos – o posto de General-de-Brigada.
É justamente nessa oportunidade que Napoleão
declara sua irrestrita solidariedade aos Jacobinos.
O Golpe de 9 Termidor, em 1794, derruba os Jacobinos.
Pego de surpresa, Napoleão
é detido como simpatizante das tendências mais radicais, permanecendo por algum tempo
afastado do cenário político-militar.
Até que uma rebelião realista, com a intenção de
restaurar a monarquia, eclode, e o Governo Termidoriano designa Napoleão para sufocá-la.
Pelo êxito alcançado, a República é salva do perigo e Napoleão, aclamado herói, é nomeado
General-de-Divisão e Chefe dos Exércitos do Interior.
Contava então com apenas vinte e seis
anos de idade.
Apesar de salva do perigo monarquista, a República continuava sentindo-se
ameaçada, desta vez por aqueles que comungam dos ideais Jacobinos: os grupos de esquerda
que ainda pretendiam estabelecer um governo popular.
Barras, um dos dirigentes do
Diretório, solicita a Bonaparte que feche o Panteon, Clube dos Revolucionários, no que é
prontamente atendido.
Assim, com a mesma frieza com que esmagou a revolta de direita dos
realistas, Napoleão inviabiliza a articulação de grupos de esquerda.
Sua ambição pelo poder
sempre falou mais alto e o levou a abrir mão de qualquer compromisso ideológico.
E até em
sua vida particular se encontra vestígios desse seu oportunismo: casou-se com Josefina, cuja
relação íntima com Barras alcançou notoriedade.
Novamente a República se vê ameaçada por uma coligação de nações, incluindo-se
entre elas sua tradicional inimiga, a Inglaterra, e alguns estados italianos como Piemonte e
Sardenha.
A Áustria lidera a ofensiva, iniciando operações no norte da Itália com o objetivo
de alcançar o sul da França.
Acreditando que o êxito se repetiria, Napoleão é nomeado
comandante dos exércitos na Itália.
Ocorre no entanto, que as melhores tropas francesas estão
lutando a leste, no Reno, e a Napoleão cabe comandar tropas totalmente desorganizadas pela
indisciplina de seus soldados.
Mas o grande militar sabia tirar proveito até de situações
aparentemente desfavoráveis como esta.
Antes de iniciar sua campanha, Napoleão conclama
seus aliados:
‘Soldados, estais nus, mal nutridos. Vou conduzir-vos às mais férteis planícies
do mundo. Ricas províncias, grandes cidades vos esperam; ali encontrareis honra, glória e
riqueza’.
Lançando mão de seu prestígio pessoal e do vertiginoso sucesso de sua carreira
militar, ele persuade seus subordinados a obter, através de batalhas militares, vantagens
pessoais.
Dessa forma, inicia-se com Napoleão um novo conceito de guerra.
Já não se trava
uma luta em nome da pátria ameaçada, mas pela conquista de bens, de riquezas, através de
pilhagens.
Já não se lutava por ideal, mas em nome de um superior, que oferecia recompensas.
Irrompendo impetuosamente pela Itália, as tropas de Bonaparte impuseram sucessivas
derrotas aos Austríacos e Italianos.
A partir do sul da Itália, ele alcança Roma e, finalmente,
em 18 de outubro e 1797, obriga a Áustria a assinar o Tratado de Campo Fórmio, através do qual ela cede a Bélgica, a Lombardia e parte do território da margem esquerda do Rio Reno, à França.
Após esse episódio a popularidade de Napoleão, cresce vertiginosamente e, quando
volta a Paris, é recebido com intenso entusiasmo.
Mas o inquebrantável inimigo – a Inglaterra – ainda não havia sido derrotado.
Animado pelos sucessos anteriores, Bonaparte queria ser o autor de mais essa grande façanha.
E, percebendo ser impossível invadir a Inglaterra enquanto a marinha francesa não fosse
suficientemente forte para sobrepujar a armada britânica, apresentou um plano para atacá-la
na origem de seu poder, no local de onde provinha toda a sua riqueza.
Ou seja, no Oriente,
no Egito e, depois, nas Índias.
Impressionado com a proposta, o Diretório concedeu,
imediatamente, seu beneplácito.
Do Consulado ao Império.
Nesse período, a primeira tarefa do governo foi resolver as pendências externas, o que
fez celebrando tratados e acordos de paz em separado com cada uma das nações que se
compunham a coligação, com exceção da Rússia que, em 1799, já havia se afastado da guerra.
Em conseqüência da derrota dos Austríacos pelos exércitos franceses, na Batalha de
Marengo, ao norte da Itália, Viena assina com este país, o Tratado de Paz de Luneville, em
1801, através do qual é reconhecida a soberania francesa.
Com Inglaterra em 1802, é
celebrado o Tratado de Paz de Amiens, marco de grande êxito na política napoleônica, na
medida em que nesse acordo a Inglaterra renuncia a algumas de suas conquistas coloniais.
Alcançada uma relativa tranqüilidade na frente externa, tratava-se, então, de se buscar
uma solução para os conflitos internos.
Sua primeira tentativa é obter legitimidade para o
novo governo.
Nesse sentido, fez aprovar o plebiscito para a constituição que
institucionalizava o Consulado como Poder Executivo e criava um Tribunal, um Conselho
de Estado, um Legislativo e um Senado.
Mas, sem dúvida, alguma, o poder era efetivamente
exercido pelo Consulado, especialmente pelo próprio Napoleão que se fez nomear primeiro
Cônsul.
Com o objetivo de regulamentar as relações sociais e controlar a vida política, moral
e ideológica da nação, é elaborado o Código de Napoleônico, uma verdadeira bíblia que
pretendia dar conta de todas as instâncias da sociedade.
Este instrumento jurídico, se por um
lado reforçava o direito à propriedade privada, por outro dispensava pouca atenção às
questões de trabalho, chegando a proibir as greves.
O tratamento que conferia às mulheres
era de total subordinação aos homens.
O novo governo tentou também estabilizar a situação financeira do país: criou o
Banco da França, uma nova moeda – que se tornaria a mais forte de toda a Europa Continental
–, e organizou um novo e melhor sistema de impostos.
Preocupou-se igualmente com a
educação, criando novas escolas, principalmente escolas normais, que deviam se reportar ao
Estado.
Em 1804, exercendo um completo controle da vida política, Napoleão, testaria sua
popularidade.
Compreendendo a enorme importância da propaganda e da comunicação –
motivo pelo qual exercia violenta censura aos jornais que se opunham a ele.
Nesse período
também se utilizou de recursos para promover outro plebiscito, cujos resultados lhe são
bastante favoráveis.
Assim, legitimado, fez-se coroar imperador dos franceses.
Com isso,
após um breve período de trégua, a Inglaterra reiniciou as hostilidades.
A justificativa para o
reinicio da guerra foi o fato de a França ter adotado uma política protecionista, prejudicando
assim os interesses do comércio britânico.
Pela terceira vez, lidera uma coligação da qual
participam também a Rússia, a Áustria e a Suécia.
Para enfrentá-la a França se une à Espanha,
cujos exércitos são derrotados pela esquadra inglesa em Trafalgar, em 1805.
Em compensação, os exércitos franceses, em terra, derrotam espetacularmente os Austríacos na
Batalha de Austerlitz, em dezembro desse mesmo ano.
Em decorrência disso, a Áustria se
retira da coligação.
Forma-se, a seguir, a Confederação do Reno, como resultado da União
de vários pequenos estados Alemães: é um dos sinais de que a Alemanha dava os primeiros
passos no sentido da sua unificação e modernização.
Desaparecia, assim, o Sacro Império
Romano-Germânico.
Em 1806 a Prússia se levantou contra Napoleão e, para combatê-lo, se aliou à Rússia,
cujo exército é derrotado pelos franceses.
Napoleão parecia invencível.
Contudo, existia
ainda um poderoso inimigo a ser vencido: a Inglaterra.
Consciente da supremacia militar
deste país, Bonaparte deslocaria a guerra para o campo econômico: organizou o Bloqueio
Continental, de 1806.
Com esta medida, Napoleão pensava atingir a nação inimiga em um
ponto crucial para o seu desenvolvimento, ou seja, impedindo o livre acesso deste país com
as outras nações.
Com o intuito de que a Rússia assumisse a mesma postura frente à
Inglaterra, Bonaparte obriga este país, que acabava de derrotar, a assinar o Tratado de Paz de
Tilsit.
É necessário destacar o habilidoso papel que o ministro das relações exteriores,
Talleyrand, desempenhou nesse período.
São importantes as conseqüências que o Bloqueio
Continental acarretou não só para a Europa – que se encontrava toda ela sob o domínio de
Napoleão (embora houvesse movimentos de resistência: caso da Espanha, por exemplo, que
organizou guerrilhas para expulsar o invasor) –, como também para a América Latina, onde
as colônias, cujas metrópoles se encontravam enfraquecidas pela luta contra as fortes
pressões exercidas pelos franceses, iniciaram seu processo de independência.
Inicialmente as medidas adotadas por Napoleão para enfraquecer a Inglaterra
economicamente surtiram o efeito desejado.
Mas, com o decorrer do tempo, tornavam-se
inofensivas.
Organizando um eficiente sistema de contrabando, os ingleses burlavam o
bloqueio e conseguiam vender suas mercadorias.
Um outro fator contribuiu para o
enfraquecimento dessa ofensiva: o fato de a indústria francesa não ser capaz de cobrir a
demanda do continente.
Pouco a pouco, as atividades dos portos começaram a diminuir,
chegando a ponto de não suprir, sequer, a necessidade de matérias-primas.
Dessa forma, os
países Europeus conquistados por Napoleão utilizaram-se dos ensinamentos sobre
modernização e liberdade veiculados pelos exércitos franceses e deles se aproveitaram para
expulsar o invasor.
O ano de 1812 marca o início do declínio do Império Napoleônico, que até então
reinava absoluto por quase toda a Europa.
Foi nesse ano que a Rússia rompeu o Pacto do
Bloqueio e, em represália, Napoleão invadiu este país.
E aquilo que, de início, parecia ser
mais uma das invencíveis campanhas, logo depois se apresentava como uma grande
catástrofe.
Inicialmente o povo Russo não ofereceu resistência, mas, quando começou a
combater tenazmente o invasor, durante o rigoroso inverno, os Franceses partiram em
retirada.
Em dezembro de 1812, dos seiscentos mil soldados que haviam invadido este país
restaram apenas trinta mil.
Animados com a vitória russa, os outros países começam a se mobilizar.
Em setembro
de 1813, os exércitos franceses são derrotados pelos Russos, Austríacos e Prussianos na
Batalha de Leipzig.
Com o intuito de se recompor, Napoleão vai até o Reno, mas as
dificuldades econômicas o impedem de prosseguir.
Em 1814, o grande exército formado pela
Inglaterra, Rússia, Áustria e Prússia invade a França e impõe uma derrota definitiva ao
exército do invencível general.
Liderado por Talleyar, um governo provisório é criado e
Napoleão é deposto e desterrado para a Ilha de Elba.
A monarquia é restaurada e Luís XVIII,
irmão do rei guilhotinado no auge da Revolução Francesa, sobe ao trono.
Napoleão tenta mais uma vez, desesperadamente, retomar o poder: foge de Elba e
chega à França, onde é recebido com ovações.
O período de sua permanência ficou conhecido
como os Cem Dias.
Nessa oportunidade ele tenta reorganizar os exércitos, mas é
definitivamente derrotado na Batalha de Waterloo pelos Ingleses e Prussianos, em 17 de
junho de 1815.
Napoleão novamente é desterrado e Luís XVIII, que havia fugido, volta ao
trono.
Nisso, Fábio, comentou que para se pensar no papel histórico de Napoleão, era
importante compreender as necessidades da nova classe que surgia, a burguesia, cuja
consolidação ocorreu durante o processo revolucionário.
Amedrontada com os rumos desse
processo, e temendo que o poder escapasse de suas mãos, ela sentiu necessidade de que
alguém desse sustentação às suas conquistas.
Alguém que assegurasse o direito à
propriedade, que consolidasse a liberdade de comércio.
Napoleão correspondeu aos anseios
dessa nova classe.
Mas essa necessidade era momentânea.
Derrubados os últimos vestígios
do Feudalismo, no novo cenário já não havia lugar para o personagem Napoleão.
Com isso, Fábio, ao terminar a explanação recebeu aplausos de toda a sala.
O professor Marcílio, encantado com a apresentação, decidiu dar a nota máxima ao
trabalho do grupo.
O rapaz feliz, assim que pôde, foi contar a novidade a mãe.
Dona Irene, orgulhosa do filho, comentou que para ela, não era nenhuma surpresa tal
fato, dada a dedicação que o mesmo tinha aos estudos.
Quanto então Leonora tomou conhecimento do fato, empolgada, deu um longo abraço
no amigo.
Fábio aproveitou ao máximo o gesto de carinho da moça.
Porém, quando ela percebeu que o havia feito, tratou de pedir desculpas.
Tentando se
explicar, não sabia o que dizer.
Fábio, alegando que não havia problema nenhum, comentou que adorou o abraço.
Feliz, chegou até a retribuir o gesto.
Foi assim que as coisas começaram a fluir entre eles.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
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