Poesias

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

DAS VOLTAS DO MUNDO - CAPÍTULO 11

No dia seguinte, como fazia sempre, levantou-se cedo e foi direto para a escola.
Lá, antes de ir para a sala do primeiro ano ministrar sua aula, foi conversar com seus colegas professores.
Na sala dos professores comentou que estava adorando lecionar na escola, onde anos antes, havia sido aluno.
Ao ouvirem isso, os professores se admiraram.
Afinal o jovem já havia freqüentado os bancos daquela escola?
Curiosos, chegaram até a perguntar se o rapaz foi aluno de algum deles.
Fábio então pensou um pouco e respondeu:
-- Olha ... que eu me lembre, não. Mas Seu Rubens, chegou a ser meu professor quando eu estudei aqui.
-- Quando foi isso? – um dos professores perguntou.
-- Eu acho que foi a uns cinco anos atrás.
Nisso um dos professores ao lembrar-se de uma conversa que tivera com Seu Rubens, perguntou:
-- É verdade que seu pai, também já foi professor nessa escola?
-- Sim. Há muito tempo atrás. – respondeu secamente o rapaz.
Isso tudo por que não gostava de tocar nesse assunto.
Por ter sentido muito a morte do pai, não gostava de falar sobre isso.
E assim, por não gostar da lembrança, se aborrecia com o assunto.
Com isso, desculpou-se com os professores, e aproveitando que tinha que dar uma aula, saiu da sala e caminhou em direção a sala do primeiro ano.
Ao entrar na classe, cumprimentou os alunos, e sem mais delongas, iniciou a aula.
Continuando a tratar da Idade Média, aproveitou a aula para sanar as dúvidas dos alunos, a respeito da matéria.
Depois, ao término da aula como já era de se esperar, foi logo abordado pelas alunas, que insistiam em se aproximar, e fazer perguntas sobre a matéria dada.
Como ainda tinha aulas para ministrar, Fábio desculpou-se com as garotas, e disse-lhes que ao final das aulas que se elas quisessem, poderiam procurá-lo na sala dos professores, pois no momento, ele tinha que ministrar aulas em outras classes.
Diante disso, saiu da sala e logo em seguida começou a ministrar sua aula, na sala ao lado.
As meninas ficaram desapontadas.
E assim transcorreu a manhã.
Conforme as horas passavam, os alunos ficavam mais alvoroçados.
Afinal, dentro de alguns instantes, finalmente estariam livres do colégio.
Mas Leonora, ao contrário de seus colegas, gostava de freqüentar as aulas e aprender coisas novas.
Contudo mesmo ela, às vezes sentia-se entediada com as aulas.
Afinal de contas, nem todos os assuntos são interessantes.
Mas paciente, mesmo ela sabia esperar tranqüilamente pelo término das aulas.
Isso por que, nas últimas semanas, a moça vinha estudando com afinco, o conteúdo das matérias que lhe foram ministradas.
Tudo isso em razão das provas que se aproximavam.
Dedicada que era, precisava estar preparada para as primeiras avaliações do ano.
E assim, quando retornava da escola, almoçava e logo em seguida, fechada em seu quarto, ficava horas estudando o conteúdo das disciplinas que seriam objeto de futura avaliação.
Com isso, enquanto estudava, e a data das provas se aproximava, o Colégio Pedro de Alcântara ficava em polvorosa.
Tudo isso, em razão do nervosismo dos alunos, que se sentiam despreparados para se submeterem às avaliações.
Mas, estando preparados ou não, não havia escapatória.
Todos tinham que realizar as provas.
E assim as provas foram realizadas.
Em meio ao nervosismo dos alunos e a redobrada atenção dos professores, o período de avaliações transcorreu até com relativa tranqüilidade.
Mas a despeito disso, Fabíola, Sabrina e Sandra, colegas de Leonora, estavam bastante apreensivas com o resultado das provas.
Isso por que, apesar de terem estudado bastante para as mesmas, não sabiam se tinham ido bem.
O completo oposto de Leonora.
Para elas, era quase certo que a colega havia ido muito bem em todas as provas, a despeito dos últimos acontecimentos.
Com isso, apesar de suas amigas insistirem para que falasse no assunto, Leonora não queria comentar sobre o estranho que a havia seguido tempos atrás.
Para ela, este era um assunto encerrado.
E assim, entre os segredos de Leonora e a preocupação em se saber o resultado das provas, as garotas ficaram um bom tempo ansiosas.
Não viam a hora de saberem os resultados, e a demora as deixava inquietas.
Por esta razão passaram a amolar a amiga com um assunto, que era: Por que alguém a estaria seguindo?
Curiosas, chegaram até a perguntar se era algum conhecido dela.
Mas Leonora se fechava sempre que a conversa com as amigas tomava esta direção.
Cansada de ser inquirida sempre pelo mesmo assunto, a garota fazia questão de mudar os rumos da conversa.
Não queria falar sobre isso.
Para ela, tudo estava resolvido.
Afinal, já fazia muito tempo que o estranho sujeito que a seguia, não a rondava mais.
Mas, por medida de segurança, seus pais insistiam para que ela não saísse mais desacompanhada.
Sim, Seu Clóvis e Dona Leonilde, ainda estavam preocupados com a história mal explicada que Rogério lhes contou.
Afinal de contas, por que alguém teria interesse em seguir sua filha?
Por mais que pensassem, não conseguiam chegar a uma conclusão.
Deveras preocupados, chegaram a perguntar a filha, se ela conhecia o sujeito que a seguiu.
Mas Leonora respondeu que não conseguiu ver a fisionomia de quem a estava seguindo.
A única coisa que percebeu, era que um rapaz a seguia.
Todavia, não conseguiu enxergar seu rosto.
Por isso, com toda a cautela, retornaram a polícia e exigiram que o delegado tomasse alguma providência.
Isso por que, não era nada confortável para eles, saber que havia um estranho rondando a garota, quem sabe com que intenção.
Preocupados, não podiam deixar Leonora à mercê de um estranho.
Com isso, o delegado, ao perceber que se tratava de uma situação muito séria, se comprometeu com Dona Leonilde e Seu Clóvis, a fazer uma investigação.
Para tanto, pediu aos dois que fosse discretos sobre o assunto, e não comentassem a conversa que ali tiveram com ninguém, muito menos com Leonora.
Seu Clóvis e Dona Leonilde, ao ouvirem as recomendações no tocante a filha, se admiraram.
Afinal, nem mesmo Leonora, que era a maior interessada em que tudo se resolvesse, podia saber?
Qual a razão de tanto mistério?
Foi então que o delegado explicou.
Como a moça teria que ser seguida, seria interessante que nem mesmo ela soubesse que um policial estaria acompanhando seus passos.
Contudo, a vigilância do policial seria feita discretamente, pois a intenção não é assustar ainda mais a moça.
E assim, vigiando os passos de Leonora, acabariam por descobrir quem era o estranho que andava seguindo-a.
Ao ouvirem isso, os pais de Leonora ficaram aliviados.
Isso por que, sabiam que tudo seria feito com o maior cuidado.
E assim, finalmente poderiam descobrir quem era o estranho que estava causando tantos problemas para a filha.
No intuito de ajudar o trabalho dos policiais, Dona Leonilde disse que, em posteriores conversas com a filha, a mesma lhe respondeu que não pôde ver a fisionomia de quem a seguira.
A única coisa que percebera, foi que se tratava de um rapaz.
Ao ouvir isso, o delegado insistiu com os pais da moça, para que tentassem mais uma vez, falar com ela.
Para que com isso, tentassem descobrir mais detalhes a respeito do estranho e do incidente que ocorra tempos atrás.
Diante disso, os pais de Leonora se comprometeram a conversar com a filha.
Assim quando tivessem novidades, avisariam a ele.
Diante disso, depois de uma séria conversa com o delegado, os dois retornaram para casa.
Enfim, depois de um longo tempo envolvidos em preocupações com Leonora, Dona Leonilde e Seu Clóvis finalmente estavam se desvencilhando de um problema.
Mas para todos os efeitos, depois de tudo o que aconteceu, não deixavam a filha sair sozinha.
Independente do lugar para onde fosse, depois do ocorrido, Leonora era sempre acompanhada de alguém.
Mas mesmo assim, Leonora algumas vezes, ao chegar em algum lugar, aproveitava para ficar um pouco sozinha.
No entanto, não por muito tempo.
Certa vez ao ir a festa de aniversário de um amigo, em aproveitando para passear um pouco no jardim, enquanto as pessoas estavam reunidas dentro de uma bela casa, Leonora percebeu a presença de um vulto estranho rondando a casa.
Assustada com o que viu, tratou logo de voltar para dentro da casa.
Contudo, o estranho, ao perceber que era visto, ao invés de tentar se evadir do local, começou a se aproximar da garota.
Mas, para sua sorte, Fabíola e Rogério, que também estavam na festa, ao darem pela falta de Leonora, passaram a procurá-la por todos os lugares.
Quando a viram sozinha na sala, começaram logo a chamá-la.
Foi o bastante para fazer o estranho recuar e fugir dali.
Assim, ao perceberem um estranho correndo, Rogério saiu em desabalada carreira, tentando alcançar o sujeito.
No entanto, ao perceber que era seguido, o estranho encontrou logo um jeito de despistar o rapaz.
E mesmo o policial, que vigiava a casa a distância, não conseguiu pegar o sujeito que cercara a moça.
Foi nessa mesma festa que Sandra e Sabrina, acompanhadas de Caio e Felipe, dançaram a noite inteira.
Fabíola por sua vez, acompanhada de Rogério, não perdeu tempo e também arriscou alguns passos no salão.
Não fosse o incidente com Leonora e a festa teria sido perfeita.
Com isso o delegado, ao saber do furo do policial, passou-lhe uma severa admoestação e advertiu-o de que esse tipo de falha não poderia jamais se repetir.
Isso por que, não fossem os amigos da moça, ela poderia estar em sérios apuros agora.
Diante disso, o delegado resolveu afastar o policial da investigação.
Como substituto, chamou um outro funcionário.
E assim, o novo policial passou a vigiar os passos de Leonora à distância.
Contudo, nos dias seguintes, nada de estranho aconteceu.
Nem sombra do estranho sujeito que quase a cercara numa festa, dias atrás.
No entanto, Leonora sentindo-se novamente acuada, caiu novamente em profunda tristeza.
Mas, ao contrário do que ocorrera em outras vezes, Seu Clóvis e Dona Leonilde, ao descobrirem a falha do policial que estava tomando conta de Leonora, foram imediatamente conversar com o delegado.
Aborrecidos com o incidente desagradável, exigiram providências mais enérgicas por parte deste.
Afinal de contas, não fosse a intervenção dos amigos de Leonora, não se sabe o que poderia ter ocorrido.
Assim, diante do ocorrido, o delegado teve que ouvir tudo calado.
Isso por que, Seu Clóvis e Dona Leonilde estavam cobertos de razão.
Para tão lamentável falha, não havia desculpas.
E assim, o mesmo prometeu mais empenho nas investigações.
Mesmo assim, Leonora sentia-se desprotegida e acuada.
Por conta disso, nos dias seguintes ao incidente que ocorrera, a moça não compareceu às aulas.
Tal fato deixou Fábio, o professor de história, preocupado.
Isso por que, desde que começara a ministrar aulas no colégio, e desde que conhecera a moça, nunca a viu faltar.
Ainda mais por tantos dias seguidos.
Enfim, a moça se ausentou da escola por duas semanas.
Este fato serviu para deixar, até mesmo os outros professores, preocupados com sua ausência.
Afinal de contas, Leonora sempre fora uma aluna responsável.
Se faltou é por que algo de sério devia ter acontecido.
E assim, diante disso, Fábio finalmente tomou coragem, e resolveu perguntar as amigas de Leonora, o que teria sucedido.
Foi então que Fabíola lhe perguntou:
-- Mas então o senhor não sabe, professor?
 -- Não. Mas o que é que eu não sei? – perguntou ele, apreensivo.
-- Leonora está doente. – respondeu a moça.
-- Mas não é nada sério? Não é mesmo? – perguntou ele novamente, já bastante preocupado.
-- Não professor. Logo logo ela estará de volta.
-- E a senhorita sabe o que foi?
-- Não sei ao certo. Mas acho que foi uma indisposição. A mãe dela não explicou direito, só pediu a mim e a Sandra que emprestássemos o nosso material para Leonora não perder a matéria durante o tempo em que faltou.
Todavia, mesmo diante das explicações, o rapaz continuou preocupado com a moça.
Assim, após o término da aula, resolveu ir até a casa de Leonora para saber o aconteceu.
Não sem antes ligar e conversar com Dona Leonilde.
No intervalo das aulas, foi até um orelhão que havia perto do colégio, e de lá fez a ligação.
Pelo telefone, Fábio perguntou se estava tudo bem e se estavam precisando de ajuda.
Gentilmente Dona Leonilde recusou a oferta.
Agradeceu o cuidado e a preocupação, mas ressaltou que não era necessário se preocupar com isso.
No mais, convidou o rapaz para visitar a moça e ver ele próprio que Leonora estava bem.
Com isso, o rapaz desculpou-se por incomodar a família e falou que ao final da tarde passaria lá para visitá-la em nome de todos os professores da escola.
Com isso, logo que chegou em casa almoçou, e comentou que com Dona Irene, que ao término da tarde visitaria uma de suas alunas.
Ao ouvir isso, Dona Irene, perguntou espantada:
-- Qual a razão de tanto desvelo?
No que o rapaz respondeu, desconcertado:
-- Bem ... é, por que ... de uns tempos para cá, ela vem faltando muito. Todos os professores estão preocupados. Seus colegas também. Afinal de contas, Leonora sempre foi um modelo de aluna. Então, se vem faltando, é por que algo muito sério aconteceu.
Dona Irene, então percebendo o constrangimento do filho, disse:
-- Quer dizer então que o senhor vai então visitar um das queridinhas dos professores do colégio?
-- Não é bem isso. Os mestres gostam dela sim. Mas não dessa forma pejorativa que a senhora está falando. Ela é uma das melhores alunas do colégio, sabia?
-- Não, não sabia. Mas deve ser alguém muito importante, para ter deixado você assim tão preocupado, a ponto de dar por sua falta. Deve ser realmente alguém muito especial.
Ouvir isso, só serviu para deixar o rapaz ainda mais desconcertado do que já estava.
Por isso, percebendo que fora extremamente indiscreta, tentou consertar a situação dizendo que:
-- Enfim. O que eu quis dizer, é que ela é importante para todos vocês, professores e alunos.
-- Está bem, mãe. Eu já entendi.
Com isso, o rapaz tratou de terminar o almoço.
Em seguida foi em direção ao seu quarto e lá aproveitou para estudar um pouco, já que teria que apresentar em pouco tempo, o famigerado trabalho, ao qual estava se dedicando já há bastante tempo.
Não podia descuidar.
A apresentação tinha que se impecável.
Até por que, dado o fato de ser professor, deveria ter muita desenvoltura para desenvolver sua explanação.
Enfim, seria cobrado por isso.
E assim, passou boa parte da tarde estudando.
Por fim, quando olhou para o relógio e viu que eram quatro horas, resolveu se preparar para sair.
Muito embora já estivesse adequadamente vestido, resolveu tomar um banho e trocar de roupa.
Dona Irene ao perceber que o filho se arrumava para sair, comentou com ele:
-- Mas ora vejam. Não é que meu filho está caprichando? Por que será que está tendo tanto cuidado em se arrumar? Será vai ver alguém especial?
Mas ele, de tão preocupado com o que ía vestir, nem prestou atenção no que sua mãe falava.
Procurando no armário uma camisa que combinasse com a calça que resolveu usar, só então percebeu que sua mãe estava por perto.
Por isso, ao vê-la perguntou:
-- Onde está aquela minha camisa azul, mãe?
Dona Irene, então respondeu que estava no mesmo lugar de sempre.
Mas como Fábio estava totalmente perdido em meio à camisas e calças, mesmo revirando o armário, não conseguia encontrar a camisa que estava procurando.
Assim, ao ver a situação de Fábio, Dona Irene então pediu licença e no meio de todas aquelas calças e camisas, encontrou a camisa azul que ele tanto procurava.
Fábio, ao ver que sua mãe encontrou com relativa facilidade a camisa que ele tanto procurava, perguntou:
-- Como foi que a senhora conseguiu achar?
-- Anos e anos cuidando de um filho afobado, nos ensinam a ser observadora. – respondeu placidamente e retirou-se.
Com isso, Fábio então terminou de se arrumar.
Ao sair, foi caminhando em meio a casas, alguns prédios e uma praça.
Quando chegou na casa de Leonora, bateu palmas.
Logo em seguida, foi recebido por Dona Leonilde, a mãe da moça.
Ao adentrar a casa, Dona Leonilde convidou-o para se sentar e perguntou-lhe se queria tomar um café ou um suco.
Fábio então respondeu que ela não precisava se incomodar.
Mas Dona Leonilde insistiu.
Com isso, Fábio pediu então, um cafezinho.
Enquanto isso, Dona Leonilde aproveitaria para chamar Leonora para conversar com ele.
Leonora, então, ao ouvir o chamado da mãe, tratou logo de sair de seu quarto e ir até a sala, onde o professor estava, para conversar com ele.
Ao vê-la descendo os degraus da escada que a levava até a sala, Fábio levantou-se e aproximando-se, perguntou se ela estava bem.
-- Estou sim. – respondeu, já terminando de descer os degraus da escada.
Depois, sentou-se e perguntou, meio sem graça, se ele já havia passado muita matéria.
-- Um pouco respondeu ele.
-- Perdi muita matéria. Não é?
-- Que isso. Nada que você não possa recuperar.
E assim, ficaram conversando sobre a matéria objeto das aulas.
Fábio, ao perceber a preocupação de Leonora com as faltas, comentou que se o motivo era doença, era só apresentar um atestado médico, e tudo estaria resolvido.
As faltas seriam então, abonadas.
Mas o que mais preocupava Leonora, era a quantidade de matéria que havia perdido.
Muito embora, Fabíola e Sandra estivessem lhe emprestando os cadernos com as anotações de classe, Leonora sabia que isso não era o suficiente.
Precisava voltar para a escola.
No entanto, Dona Leonilde, que a esta hora já estava com os cafés prontos, comentou que a filha ainda não estava totalmente bem para retornar ao colégio.
Diante disso, teria que ficar alguns dias mais, em casa.
Ao notar que Leonora ficou ligeiramente desapontada com a notícia, Dona Leonilde convidou o rapaz, para fazer novamente uma visita para sua filha.
Assim, o rapaz então comentou com a mãe de Leonora:
-- Quer dizer então, que está tudo bem?
 -- Sim. Leonora poderá voltar a escola na semana que vem. – respondeu a mãe. Graças a Deus, não foi nada sério. Só um susto. – emendou.
-- Que bom. Menos mal. – respondeu o rapaz.
Foi então que ele tomou o café.
Nisso, aproveitou e conversou mais um pouquinho com a moça.
Dona Leonilde então, percebendo que eles iam conversar sobre as aulas, aproveitou para cuidar de suas roupas.
Assim, enquanto os dois conversavam, pediu licença para cuidar da casa e saiu da sala.
E Leonora e Fábio ficaram conversando sobre a matéria.
Fábio falou sobre as aulas, passou algumas explicações para a moça e comprometeu-se a lhe explicar a matéria para ela, caso tivesse alguma dúvida.
Depois de dizer isso, temendo ter sido inconveniente, sugeriu a moça, que se mais alguma das amigas dela quisesse aproveitar para sanar dúvidas também, não haveria problema.
No que ela respondeu, que se uma de suas amigas tivesse interesse, ela iria avisá-las para que pudessem também, estudar.
E assim, percebendo que já havia tomado tempo demais da moça, despediu-se dela e de Dona Leonilde.
E apesar da última ter insistido para que ele ficasse mais um pouco, Fábio achou por bem se despedir, já que não queria incomodar e também tinha que ir para a faculdade mais tarde.
Gentilmente, a própria Leonora levou-o até o portão e lá mesmo agradeceu por tê-la visitado.
Meio sem jeito, o rapaz disse que não foi nada de mais, e novamente se despediu.
Ao passar pelo portão da casa, caminhou até a esquina e depois sumiu de vista.
Nesse momento então, Leonora, entrou novamente em casa e fechou a porta.
Ao passar pela sala, sua mãe comentou:
-- Simpático o rapaz.
Ele é seu professor?
-- Sim. – respondeu a moça.
-- Nossa! Tão jovem. Parece mais um colega de classe. – comentou.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

Nenhum comentário:

Postar um comentário