Nordeste distante
Terra árida e tão sofrida
Repleta de ricos contrastes
Terra de solo seco,
Chão duro, terra com fissuras
Seca, árida
É nesse cenário inóspito
Que Carolina,
Visando entreter os filhos
Conta sobre histórias de cangaceiros
Bandidos ou heróis?
Indômitos, a invadirem casas,
Propriedades saqueadas,
Por vezes incendiadas
Homens mortos por armas
Mulheres agredidas
Muitos roubos
Violência a campear!
E essa gente a se esconder,
Os perigosos cangaceiros,
Em meio a caatinga
Vegetação árida, inóspita
A fugir da Volante implacável a lhe perseguir
A polícia ávida,
Pelo prêmio receber, por tão rara recompensa
A difícil caçada!
Fugas espetaculares eram narradas,
Pelos atônitos moradores
Num misto de medo, ódio e admiração!
Os bandidos, eram perseguidos
Cartazes anunciavam,
Recompensas para quem os denunciasse
E a população em meio a confusão,
Temerosa de represálias
Nada a polícia contava
Quanto medo,
Naqueles olhares pasmados,
Espantados, aterrorizados!
E a vida a ser modificada!
E a fantasia das crianças
A percorrer o cenário das fantasias
Augusto e Catarina
Já se imaginavam como cangaceiros
Trajes de couro usavam
Para se protegerem dos espinhos
Da inóspita vegetação
Conforme relatado na narrativa ouvida
De tanto ouvir histórias de cangaceiros
A mãe pediam, para o Nordeste conhecer
Lugar muito impactante imaginavam
E Carolina a dizer, que quando pudessem
A viagem maravilhosa,
Assim o fariam
E enquanto o evendo não acontecia
Ficavam a sonhar com os cenários da narrativa ...
• Continua.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a autoria
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