Poesias

domingo, 23 de fevereiro de 2020

DUELO DO SORRISO AMARELO - Parte I

Nordeste distante
Terra árida e tão sofrida
Repleta de ricos contrastes 

Terra de solo seco, 
Chão duro, terra com fissuras 
Seca, árida

É nesse cenário inóspito 
Que Carolina, 
Visando entreter os filhos
Conta sobre histórias de cangaceiros 
 Bandidos ou heróis?

Indômitos, a invadirem casas,
Propriedades saqueadas, 
Por vezes incendiadas 

Homens mortos por armas
Mulheres agredidas 
Muitos roubos 
Violência a campear!

E essa gente a se esconder, 
Os perigosos cangaceiros,
Em meio a caatinga 
Vegetação árida, inóspita 

A fugir da Volante implacável a lhe perseguir 
A polícia ávida, 
Pelo prêmio receber, por tão rara recompensa
A difícil caçada!

Fugas espetaculares eram narradas,
Pelos atônitos moradores
Num misto de medo, ódio e admiração! 

Os bandidos, eram perseguidos
Cartazes anunciavam,
Recompensas para quem os denunciasse

E a população em meio a confusão, 
Temerosa de represálias 
Nada a polícia contava

Quanto medo,
Naqueles olhares pasmados,
Espantados, aterrorizados! 

E a vida a ser modificada!
E a fantasia das crianças 
A percorrer o cenário das fantasias

Augusto e Catarina
Já se imaginavam como cangaceiros

Trajes de couro usavam 
Para se protegerem dos espinhos 
Da inóspita vegetação
Conforme relatado na narrativa ouvida

De tanto ouvir histórias de cangaceiros
A mãe pediam, para o Nordeste conhecer
Lugar muito impactante imaginavam
     
E Carolina a dizer, que quando pudessem 
A viagem maravilhosa, 
Assim o fariam 

E enquanto o evendo não acontecia
Ficavam a sonhar com os cenários da narrativa ...

• Continua.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a autoria  

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