Poesias

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

São Paulo: Conheça a História da Barra Funda

Região é famosa por ser o endereço do Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer
      
O Bairro da Barra Funda, nasceu do loteamento da Fazenda Iguape. 
Logo após a divisão da área, os italianos começaram a povoar a área. 
Uma das razões para a imigração, era a construção de uma ferrovia no local. 
O nome do distrito surgiu porque no passado, a Barra do Rio Tietê na região, era muito funda.
O progresso da Barra Funda, está estreitamente ligado à construção de estradas de ferro, para o escoamento da produção do café na cidade. 
Por conta disso, tornou-se um Bairro operário, que abrigava trabalhadores ao longo dos trilhos da ferrovia, que ensacavam as mercadorias produzidas pelas fábricas.
Outro fator que colaborou para o desenvolvimento do Bairro, foi a construção do Parque Industrial das Fábricas Reunidas Francisco Matarazzo, instalado no bairro vizinho da Água Branca, em 1920.
A região sofreu um forte abalo com a crise de 1929, que resultou no fechamento de empresas, e na saída de famílias endinheiradas para outros locais. 
Após há alguns anos, muitas casas deram lugar a estabelecimentos comerciais, e prédios de negócios se instalaram nas redondezas.
INFRAESTRUTURA: 
O bairro conta com o Terminal Intermodal Barra Funda, que reúne todas as modalidades do transporte coletivo (metrô, trens, transporte rodoviário, ônibus municipais e intermunicipais). 
Também abriga o Estádio do Parque Antarctica, e o Centro de Treinamento (CT), do time de futebol Palmeiras e São Paulo. 
O Shopping West Plaza e Bourbon Shopping, são os dois principais centros de lazer e compras da região. 
Além disso, a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Uninove, têm grandes unidades no Bairro.
TURISMO: 
Na divisa do Bairro Barra Funda com Perdizes, está o Parque da Água Branca. 
Além da área de lazer, o local tem espaços infantis e para a terceira idade, museu de arqueologia e, nos finais de semana, mantém uma programação permanente, incluindo festas folclóricas, exposições de animais, leilões e rodeios.
A Barra Funda, é famosa também por ser o Bairro das Escolas de Samba Camisa Verde e Branco, e Mancha Verde, e pelo Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer. 
O complexo é constituído por um acervo permanente de obras de arte, biblioteca e eventos itinerantes.
Galpões desocupados estão sendo ocupados por grandes empreendimentos.
MERCADO: 
Pesquisas apontam que a valorização de terrenos na região estourou. 
De acordo com a Associação de Moradores da Barra Funda, um terreno que, há dez anos, custava R$ 50 mil, hoje está em R$ 200 mil.
Como o Distrito possui enormes galpões desocupados, e a Prefeitura ainda autoriza grandes empreendimentos na região, o mercado definitivamente aposta na Barra Funda, como o Bairro paulistano da vez.

Barra Funda é um Distrito situado na região oeste do município de São Paulo, com 5,6 km² de superfície. 
Apesar da pequena superfície, o Distrito possui em seu território, o Terminal Barra Funda, a Quadra da Camisa Verde e Branco, o Memorial da América Latina, o Estádio Allianz Parque, pertencente ao clube de futebol Palmeiras, os Centros de Treinamento (CT) do mesmo Palmeiras, e do São Paulo F.C., prédios empresariais como os da PricewaterhouseCoopers, e os estúdios da RecordTV.
Situado em uma área de várzea ao sul do rio Tietê, cortada desde o século XIX por duas ferrovias (Santos-Jundiaí e Sorocabana), foi durante muitos anos uma região de vocação industrial. 
Atualmente se tornou uma zona de classe média, e pequenos escritórios. 
Em seu limite se encontram o Parque Fernando Costa (Parque da Água Branca), e o Terminal Rodoviário da Barra Funda, que funciona junto com a estação terminal da Linha 3 (vermelha) do Metrô de São Paulo.
Foi retratada na obra de Alcântara Machado "Brás, Bexiga e Barra Funda", que aborda o cotidiano das classes proletárias da cidade de São Paulo na primeira metade do século XX.

História
Por volta de 1850, a região que corresponde atualmente à Barra Funda, fazia parte da antiga Fazenda Iguape, propriedade de Antônio da Silva Prado, o Barão de Iguape. 
Essa fazenda, após loteada, deu origem a várias chácaras, entre elas a Chácara do Carvalho, pertencente ao Conselheiro Antônio Prado, neto do Barão de Iguape, e que mais tarde se tornaria 
Prefeito do município de São Paulo. 
A importância da família, e a grandiosidade dessas terras, pode ser expressa pelo fato do Conselheiro Prado ter contratado Luigi Puci, responsável pelo projeto do Museu do Ipiranga, para projetar a casa sede da chácara. 
Anos depois, a chácara também foi loteada, e sua Casa Sede foi adquirida pelo Instituto de Educação Bonni Consilii (que ainda situa-se no local). 
As outras áreas loteadas deram origem ao distrito da Barra Funda, e a parte dos atuais Distritos da Casa Verde e Freguesia do Ó.

Logo após o loteamento da área, os primeiros a povoarem a região foram os italianos. 
Trabalhavam em serrarias e oficinas mecânicas, principalmente para atenderem, a população do elitizado Bairro vizinho, dos Campos Elísios. 
Muitos também trabalharam na ferrovia que seria inaugurada no final deste século.
O desenvolvimento maior da região, ocorreu após a inauguração da Estação Barra Funda, da Estrada de Ferro Sorocabana, em 1875, funcionando como escoamento da produção de café paulista, e também como armazém dos produtos que eram transportados do Porto de Santos para o interior. 
Isso incentivou o aumento populacional e a ocupação da região e de seus arredores, que se intensificou com a criação, em 1892, da São Paulo Railway, inaugurada próxima à Estrada Sorocabana, justamente onde se encontra atualmente o Viaduto da Avenida Pacaembu. 
O crescimento demográfico na região proporcionado pela ferrovia, fez com que essa passasse a trasportar, a partir de 1920, não apenas cargas mas também passageiros. 
A partir do século XX, a população negra começou a povoar a região, alterando a característica essencialmente italiana da Barra Funda.
O primeiro bonde elétrico de São Paulo, foi lançado em 7 de maio de 1902, ligando a Barra Funda ao Largo São Bento. 
Neste trajeto, passava através das ruas Barra Funda, Brigadeiro Galvão, até seu ponto final, na rua Anhangüera.
Esse desenvolvimento comercial do Bairro, aliado à grande facilidade no transporte e à proximidade dos elitizados Bairros de Higienópolis e Campos Elísios, fez com que parte da elite paulista da indústria e do café, se instalasse nessa região ao sul do bairro, entre a linha férrea, e as margens do Rio Tietê. Outro fator que colaborou para o desenvolvimento da Barra Funda, foi a proximidade com o Parque Industrial das "Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo", instalado no Bairro vizinho da Água Branca, em 1920. 
As Indústrias Matarazzo empregavam boa parte da população da região, assim como em grande parte da cidade, e foram a base do conhecido "Império Matarazzo", que foi se enfraquecendo até se extinguir na década de 1980.
O desenvolvimento da região, sofreu um forte abalo com a crise de 1929, que resultou no fechamento de indústrias e deslocamento da elite dessa região, abandonando seus casarões (alguns se tornaram cortiços mais adiante). 
Restou basicamente a indústria artesanal com oficinas, marcenarias, serraria, ou indústrias alimentícias, e têxteis de pequeno porte.
Apesar das aparentes dificuldades, foi nesta época que a Barra Funda viveu uma época de grande manifestação cultural. 
O Bairro expôs para o país grandes paulistanos, como Mário de Andrade, que nasceu e viveu no Bairro, que conserva até hoje sua antiga residência. 
Em 1917 foi inaugurado o Teatro São Pedro. 
Três anos depois, o Palestra Itália de São Paulo, comprou um terreno, em que foi construído o Estádio Palestra Itália, pertencente ao clube que em 1942, mudaria seu nome para Sociedade Esportiva Palmeiras.
A Barra Funda também foi palco da criação do mais antigo cordão de carnaval da cidade: o Grupo Carnavalesco Barra Funda. 
O Grupo foi perseguido por pressão do presidente Getúlio Vargas, que confundiu a associação, já que os mesmos utilizavam camisas verdes e calças brancas, mesmas cores da ação Integralista de Plínio Salgado. 
Finalmente, mudou o nome em 1953, para o cordão Camisa Verde e Branco, mais tarde tornando-se Escola de Samba em 1972, ganhando o carnaval paulistano por 9 vezes, e mantém sua sede no Distrito.
A partir da década de 1970 começou a migração nordestina para a região, e a atividade industrial, anteriormente um dos grandes pontos fortes da Barra Funda, diminuiu sensivelmente. 
Essa situação começou a mudar, apenas no final da década seguinte, com a construção do Terminal Intermodal Barra Funda, um dos maiores do país, e com importância semelhante ao Terminal Tietê, pois reunia todas os tipos de transporte coletivo existentes na capital paulista: metrô (com a inauguração da estação terminal da linha 3 - Barra Funda), trens das antigas linhas Sorocabana e Santos-Jundiaí, além de ônibus para viagens municipais, intermunicipais e internacionais. 
Neste mesmo ano (1989), foi concluída a construção do Memorial da América Latina, um grande reduto cultural inaugurado sobre o antigo Largo da Banana, e projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer.
Tais obras trouxeram novo desenvolvimento a área, com a revitalização de imóveis antigos, novos estabelecimentos comerciais, e inclusive a instalação dos estúdios da Rede Record de Televisão, a mais antiga do país em atividade, em 1995. 
O distrito possui também desde 1973 o Playcenter, maior parque de diversões da cidade. 
Neste Bairro, também se encontram os Fóruns Trabalhista Rui Barbosa e Criminal Mário Guimarães, além de abrigar a nova sede da Federação Paulista de Futebol. 
A FPF, antigamente, era situada na Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, centro da Capital.
No ano de 2006, o então governador Cláudio Lembo autorizou a mudança do nome da estação de metrô "Barra Funda" para Palmeiras-Barra Funda, após vários pedidos dos torcedores, seguindo a linha da antiga estação Corinthians-Itaquera, da estação Portuguesa-Tietê, e da futura estação da Linha 4 do Metrô, São Paulo-Morumbi.


Texto extraído da internet.
Luciana Celestino dos Santos 

Hospedaria dos Imigrantes

Ao longo da segunda metade do século XIX, o comércio internacional do café, experimentava um enorme crescimento. 
À medida que se avolumavam os movimentos abolicionistas, cresciam as preocupações com a expansão da lavoura. 
As discussões sobre o incentivo à vinda de imigrantes, permeavam toda a sociedade brasileira.
A partir da década de 1870 a introdução do trabalho assalariado, até então uma alternativa à mão–de–obra escrava, passa a ser uma necessidade. 
O processo de abolição era irreversível. 
Começam a chegar sistematicamente grandes levas de imigrantes.
Para recebê–los, em 1882, foi instalada uma hospedaria no Bairro do Bom Retiro. 
Pequena e com constantes problemas de epidemias, o local mostrou–se inadequado para os fins a que fora designado. 
Decidiu–se, então, pela construção de instalações que atendessem às necessidades de recepção do grande número de estrangeiros, que para cá afluía.
A respeito do local ideal para a construção da Hospedaria de Imigrantes, consta do relatório apresentado pelo Governo da Província à Assembléia Legislativa Provincial no dia 15 de fevereiro de 1886:
"...Autorizando (o antecessor) a construção do novo edifício para a Hospedaria, determinou que esta ficasse situada nas proximidades das linhas férreas do Norte e Ingleza. 
O terreno da Luz (já então adquirido), fica próximo só da segunda, destas linhas.
Attendendo a conveniência, parece que, desde que não prevalecem razões inherentes ás vantagens do serviço, não é logar proprio para um alojamento de immigrantes o bairro que mais se presta a ser aformoseado, e que vae merecendo a preferencia da população abastada para ahi construir predios vastos e elegantes. 
É possivel consultar todas as exigencias do serviço mediante a collocação do edificio em terrenos do Braz, a qual permittirá, o que é vantagem consideravel, que os immigrantes, vindos quér por uma quér por poutra estrada, desembarquem com suas bagagens dentro do estabelecimento, e tomem na estação que alli tem a estrada Ingleza os trens que demandam o oeste da provincia, para onde em geral se encaminham."
Dando conta da sua administração no ano que se encerrara, o Barão de Parnahyba, Presidente da Província, remete um relatório à Assembléia Legislativa Provincial. Datado de 17 de janeiro de 1887, o relatório dizia:
"(...) Para dar cumprimento á Lei Provincial n. 56 de 21 de Março de 1885, e de inteiro acôrdo com as idéias emittidas pelo meu illustrado antecessor em seu relatório, resolvi fazer a aquisição do terreno escolhido pelos Drs. Rafael Aguiar Paes de Barros e Nicolau de Souza Queiroz, na freguesia do Braz, para nelle se edificar a nova hospedaria de immigrantes.
(...) Mandei dar vigoroso impulso ás obras de construcção, porquanto não convém que por muito tempo continúe a servir de hospedaria o actual edificio (no Bom Retiro), que não reúne um só dos requisitos exigidos para um estabelecimento desta natureza
(...) O edificio já vai adiantado. Póde funccionar em optimas condições e receber maior numero de immigrantes do que a hospedaria do Bom Retiro, mas entendo, apezar disso, que se não deve deixar incompleto e proseguir na inteira executação do plano. 
É uma obra que interessa a toda a Provincia e que se prende á questão mais momentosa e que maior somma de cuidados deve merecer do legislador Provincial."
Em relatório da Repartição de Obras Públicas, apresentado em 15 de novembro de 1887, lia–se:
“...foram iniciados no correr de Julho do mesmo anno (1886) os trabalhos de construcção do alojamento de immigrantes e a 7 de Junho proximo passado, isto é no intervallo de 10 ½ mezes, já se achavam concluidas as seguintes obras:
1º Ala longitudinal do edificio principal medindo a extensão de 75 metros;
2º Refeitorio e dependencias;
3º Estação–armazem com latrinas para homens;
4º Lavanderia com tanques e latrinas para mulheres.
Entregue a 19 de Junho ao serviço da Inspectoria da Immigração a parte edificada poude já prestar–se a accommodar cerca de 1200 immigrantes." 

Começava a funcionar a Hospedaria de Imigrantes. 
Quase três milhões de pessoas passariam por estas dependências nos seus 91 anos de existência.

Texto extraído da internet.
Luciana Celestino dos Santos 

Bexiga ou Bixiga?

Nem um nem outro. 
O nome oficial do Bairro, nascido em 26 de dezembro de 1910, é Bela Vista. 
Muito antes de seu desmembramento do também famoso Bairro da Consolação, o Bixiga era habitado por um povo com uma história de muita luta. 
Italianos da Baixa Itália, que vinham para o Brasil na ilusão de encontrar terras que poderiam ser suas, acabavam como escravos, junto aos negros, em fazendas paulistas, tendo seu sonho destruído, assim que aportavam no país. 
Destas fazendas, alguns italianos conseguiam fugir e, por algum motivo, acaram indo parar na região que, hoje, chamamos de Bixiga. 
O Bixiga, era uma renovação na esperança daquelas pessoas. 
Eles estavam próximos do centro da cidade, avistando ruas e avenidas como a Consolação, a Paulista, de onde se podia sentir o movimento econômico que aflorava entre os barões do café. 
Em campos novos, agora com novas perspectivas, o povo do Bixiga cresceu, se desenvolveu, e com o passar do tempo, tornou-se símbolo da tradição italiana no Brasil. 

A Vai-Vai nasceu no Bixiga 
Na Rua Rocha, havia um time chamado Cai-Cai. 
Depois de uma briga no time, a moçada saiu correndo, e a turma começou a gritar “Vai, vai, vai!”. 
Daí nasceu o time Vai-Vai. 
E como a moçada ia para os treinos do Vai-Vai munidos de instrumentos musicais, tocando sambas e alegrando a galera, logo surgiu o bloco da Vai-Vai. 
Não era escola de samba, nem tinha samba-enredo. 
Era um bloco carnavalesco, que tinha seu hino. 
E o bloco foi crescendo, crescendo, até o que conhecemos hoje: uma grande e vitoriosa escola de samba. 

A festa de Nossa Senhora da Achiropita 
É, com certeza, a mais tradicional do Bairro. 
Realizada há mais de 90 anos, quando a Igreja de N.Sa. da Achiropita, na Rua Treze de maio, era ainda só uma capela. 
Preferida pelos calabreses, Nossa Senhora da Achiropita, tornou-se a padroeira do Bairro, e as comemorações, desde longa data, são realizadas com entusiasmo pelo povo. 
Há muitos anos, até bandas italianas vinham para tocar e cantar, na pequena Itália brasileira. 
Um aspecto interessante da festa, é que ela não deixou de ser realizada nem durante a Segunda Guerra. Com todos os motivos para rejeitarem qualquer manifestação italiana no país, os paulistas não encaravam a festa, como sendo italiana. 
Na verdade, esse aspecto é mais marcante hoje em dia, graças a uma das tradições que só apareceram com maior ênfase no pós-guerra: a venda de comidas. 
Na época da grande guerra, vendiam-se apenas prendas e faziam-se brincadeiras e, portanto, não havia esse aspecto marcante da tradição italiana. 
Hoje, ao contrário, as saborosas massas são a principal atração da festa, e a imersão nesse clima italiano é a maior alegria dos freqüentadores.

Estou com a idéia de fazer um bolo!!!
O bolo mais famoso de São Paulo, que já rendeu reportagens até em jornais e televisões da Europa, foi idealizado em 1985, por Armando Puglisi, mais conhecido como Armandinho do Bixiga. 
Com a idéia em prática, em sua primeira edição o bolo atingiu 1800 metros. 
Desde então, vem sendo realizado todo ano, e já entrou para o Guiness Book, como maior bolo de aniversário do mundo. 
Mas de onde surgiu essa idéia tão diferente? 
Armandinho explicou, em seu livro de memórias: 
"É uma vergonha São Paulo, a quarta maior cidade do mundo, cidade que tanta gente diz que ama, fazer aniversário, e só ter aquela festa de abaixa bandeira, sobe bandeira, no Pátio do Colégio. 
Foi por isso que achei que devia fazer o bolo". 
Hoje, Armandinho já não está mais conosco, mas a tradição iniciada, ganhou tanta força que, se antes o bolo era montado apenas pela comunidade, hoje já conta até com um centro tecnológico especializado no setor alimentício, para a confecção do bolo. 

Um pouco mais sobre o Armandinho 
Armandinho do Bixiga, criou também o Museu Memória do Bixiga, que reúne a história do Bairro. 
Foi ainda presidente da Escola de Samba Vai-Vai, um dos fundadores do também tradicional Bloco Carnavalesco Esfarrapado, ajudou a dar nova dinâmica à festa de Nossa Senhora Achiropita e – ufa! – conduziu inúmeras outras iniciativas comunitárias, que promoveram o Bairro do Bixiga, inclusive no exterior. 

E o bolo não pára de crescer 
O bolo tomou forma, e vem sendo realizado todo ano, no dia 25 de janeiro (aniversário da cidade), com uma única interrupção, em 1997, quando por dificuldades financeiras, o Bairro não pôde realizar o gostoso parabéns. 
Mas graças à iniciativa de outro importante amigo do Bairro, o querido Walter Taverna, a festa foi retomada e a tradição, hoje, recebe apoio de grandes patrocinadores. 
A idéia de Armandinho era a de fazer o bolo com 1 metro, para cada ano de idade de São Paulo. 
Neste ano, por exemplo, a comemoração dos 450 anos da cidade, proporcionará a confecção de 450 metros de bolo, com três novos sabores, e um novo recorde mundial de presente. 
A montagem do bolo começa sempre por volta das 5 horas da manhã, terminando em torno das 11 horas, instantes antes do canto do “Parabéns a você”. 
Após a celebração, o bolo é cortado e distribuído à população. 
Um processo, que tradicionalmente, não leva mais do que 20 segundos. 

Os 450 anos de São Paulo
Um ano redondo como este, merecia um preparo especial.
Para comemorar os 450 anos de São Paulo, a Dona Benta Alimentos, em parceria com o Senai-SP, a Garoto, e a Dreamaker Branding&Design, está realizando mais um bolo recheado de novidades. 
A primeira delas está nos sabores: a tradicional essência de baunilha, dará lugar às versões coco, fubá, e ao sofisticado chocolate com pimenta. 
Três sabores intercalados, produzidos com ingredientes selecionados pela Dona Benta, e Chocolates Garoto. 
Ainda, a empresa Rio Grandense, proverá um suporte diferenciado para os 450 metros do bolo que, este ano, entrou para o calendário oficial de comemorações do aniversário da cidade, merecendo este cuidado extra. 
Por fim, todo o megaprocesso de preparo, está nas habilidosas mãos da Dona Benta, que botou a mão na massa - literalmente - utilizando toda a infra-estrutura do Senai-SP para a confecção desta grande delícia.". 

Cronologia do bolo 
1980 – Armando Puglisi, o Armandinho do Bixiga, destacado líder comunitário do Bairro, responsável pela conservação do bolo e, logicamente, os custos de tudo. (...) 
Essas questões foram superadas com a ajuda de um Hipermercado do Bairro, que se encarregava sozinho da confecção do bolo, sem nenhum custo para os organizadores do evento, que se responsabilizavam então pela logística de transporte, montagem das mesas e do palanque, fechamento da Rua Rui Barbosa, policiamento etc.“ 

[Maria Paula Puglisi, O Estado de São Paulo, 18/01/1997, “Cancelado o bolo do aniversário de São Paulo”, no site www.bixiga.com.br/telas/cancel/.htm, consultado em 10/11/2003] 

1995 – “Meu pai morreu em dezembro de 94, e em janeiro disse: 
“Não vou fazer o bolo”. 
Daí falaram: 
“Não, você tem que fazer, porque vai quebrar a tradição”. 
Com medo de fazer sem meu pai, fui no 11º Batalhão da Polícia Militar, e conversei com o comandante: “Paula, não se preocupe, vou mandar o Batalhão inteiro”. 
Respondi: 
“Não pode perder essa cara de comunitário, quero só que resguardem de uma baderna, se virar...” 
“Foi engraçado, a população começou a empurrar os guardas que abriram os braços, e foram para cima do bolo também.” 

[Maria Paula Puglisi Yoshihara, em depoimento ao Projeto Memória SENAI-SP, 24/11/2003] 

1996 – Dez pessoas trabalharam uma semana inteira, todos os dias das 8 às 22 horas, para preparar 450 formas que, juntas, formaram o bolo, consumido por cerca de 8 mil pessoas, em menos de 20 segundos. A batedeira industrial do Hipermercado foi ligada, e desligada umas 3 mil vezes só para o bolo. 
Para se manterem conservados, os tabletes exigiram câmara frigorífica apropriada. 
A montagem começou por volta das 5 horas da madrugada, e só terminou por volta do meio-dia, pouco antes do “Parabéns à você”, seguido do corte e distribuição para a população. 
Nesse ano, o evento teve o apoio de 150 homens do 11º Batalhão da Polícia Militar, mais integrantes da Administração Regional da Sé, da CET, além do pessoal da Escola de Samba Vai-Vai, amigos e diretores do Museu Memória do Bixiga. 
1997 – único ano em que o bolo não foi feito. 
O Hipermercado Extra, que apoiava a iniciativa, desistiu na última hora, e nada pôde ser feito. 
“Este ano, contudo, o Hipermercado não pode colaborar conosco, devido a problemas de última hora com seu forno, que não daria conta de fazer um bolo, com a exata metragem do número de anos da cidade, como é tradicional. 
Até quinta-feira passada, eles tentaram outras alternativas, mas elas se mostraram inviáveis. 
Diante disso, e como o tempo já era escasso, inclusive para as demais providências, julgamos melhor cancelar o evento deste ano, com a esperança de que em 1998, ele possa ser retomado com o mesmo impacto que sempre causou.” 

[Maria Paula Puglisi, O Estado de São Paulo, 18/01/1997, “Cancelado o bolo do aniversário de São Paulo”, no site www.bixiga.com.br/telas/cancel.htm , consultado em 10/11/2003] 

1998 – Bolo com 444 metros, metragem igual ao número de anos da cidade. 
Iniciativa do Museu Memória do Bixiga, com patrocínio da SODEPRO – Sociedade de Defesa das Tradições e Progresso da Bela Vista —, e comerciantes da região (escola CNA, Padarias Basilicata e A Italianinha, Casa de Espetáculos Studium). 
1999 – A festa é iniciativa do Museu Memória do Bixiga, com patrocínio do Jornal da Tarde, e das Faculdades Integradas Cantareira. 
A Doceria Maggiore fez o bolo. 
Lela Puglisi (presidente do Museu e viúva de Armandinho), junto com sua filha, Maria Paula, lideram os voluntários do Bairro que ajudam a montar o bolo, em um processo de cerca de 4 horas. 
O primeiro corte, foi feito por Dona Maria Thereza Goulart Franciscato, a Bisa, que completa 90 anos dois dias depois. 
2001 – Walter Taverna, presidente da SODEPRO, assume a liderança da festa. 
2002 – O Grupo J. Macêdo Alimentos, fabricante da Farinha de Trigo Dona Benta, e a Chocolates Garoto começam a patrocinar o bolo. 
2003 – O bolo começa a ser elaborado no SENAI da Barra Funda, por confeiteiros e técnicos em alimentos da Escola SENAI “Horácio Augusto da Silveira”, além daqueles da Chocolate Garoto, e da Farinha Dona Benta. 

Comerciante do ramo alimentício, nascido em 29 de novembro de 1933, na Rua 13 de Maio, 703, na casa de cômodos onde moravam seus avós, tios e pais, Walter Taverna desde cedo aprendeu que o trabalho era a melhor forma de superar a infância difícil, e os percalços da existência. 
Herdou do pai, cozinheiro da pioneira cantina de Francisco Capuano, o encanto pela comida italiana, e o homenageou quando inaugurou seu primeiro estabelecimento, a cantina Dom Carmelo, em 1975. 
Amigo de infância de Armandinho, juntou-se a ele para defender a tradição e o patrimônio histórico do próprio Bairro, ações consolidadas por meio da SODEPRO (Sociedade de Defesa das Tradições e Progresso da Bela Vista), da qual é presidente. 
Em depoimento ao Projeto Memória SENAI-SP, ele conta: 
“A idéia da SODEPRO é de um grupo de pessoas que queriam fazer uma sociedade para defender o Bairro. 
Isso foi em 1977 para 1978, quando assumi a presidência. 
Então, fiz um projeto social para poder defender algumas pessoas da própria comunidade, e a história do Bairro. 
Quando o Armandinho morreu, fiz um juramento que o bolo ia ser feito de todas as formas, nem que eu tivesse que vender a minha casa, ou pedir dinheiro emprestado.” 

Fonte: Memórias do Bolo do Bixiga SP, SENAI-SP 2003 
Autor: Alceu Luiz Pazzinato

Texto extraído da internet.
Luciana Celestino dos Santos 

Os Bandeirantes

As Bandeiras, foram um movimento basicamente paulista, iniciado em no século XVII. 
Os retratos costumam mostrar os bandeirantes, como senhores nobres, bem vestidos, com ar elegante. Não se engane. 
Em sua maioria, eles eram mestiços, pobres, e quase maltrapilhos. 
O movimento dos bandeirantes pode ser dividido em três etapas: 

1ª etapa: 
No começo, os bandeirantes capturaram índios para serem escravizados e vendidos aos fazendeiros de cana-de-açúcar. 
Invadiam tribos e levavam os indígenas, acorrentados, até os locais de leilão. 

2ª etapa: 
Quando o aprisionamento dos índios foi proibido, os bandeirantes mudaram de ramo. 
Passaram a procurar metais, desbravando o interior do país. 
O primeiro lugar em que o ouro pintou com força, foi em Cuiabá. 
Entre 1693 e 1705, os paulistas descobriram as principais jazidas de Minas Gerais. 

3ª etapa: 
Os bandeirantes eram contratados para sufocar rebeliões de negros ou de índios. 
Perseguiam também escravos fugitivos. 
O Quilombo dos Palmares, por exemplo, foi destruído por um grupo de bandeirantes. 

No percurso pelo interior, quando os mantimentos começavam a diminuir, os bandeirantes paravam e montavam um acampamento. 
Ali faziam plantações para repor as provisões. 
Esses acampamentos, davam origem a pequenos arraiais, que depois se tornavam municípios. 
Foi assim que os bandeirantes ajudaram a desbravar o país.

Fernão Dias Pais (1608-1681) 
Em uma de suas primeiras incursões pelo país, aprisionou 5 mil índios na região Sul para trabalhar nas lavouras de São Paulo. 
Em 1672, o bandeirante ganhou do governador-geral do Brasil, Afonso Furtado de Mendonça, uma carta, que lhe dava o direito de chefiar uma expedição, para descobrir esmeraldas e minas de ouro em Minas Gerais. 
A bandeira saiu dois anos depois. 
Fernão Dias ficou conhecido como: "O caçador de esmeraldas", embora não tenha achado nenhuma. Durante o percurso, ele sufocou uma revolta liderada por seu próprio filho, José Dias Pais
Fernão enforcou o filho. 
Depois de sete anos de viagem, ele contraiu uma doença, e morreu longe de casa. 
Hoje, seus restos mortais, estão guardados no Mosteiro São Bento, em São Paulo.
Fernão Dias foi casado com Maria Garcia Betim, que era descendente de Tibiriça pelo lado materno, e de um irmão de Pedro Álvares Cabral, pelo lado paterno.

Amador Bueno (1610-1683) 
Prendeu índios e encontrou ouro. 
Em 1638, Amador Bueno da Ribeira, era considerado um dos homens mais ricos de São Paulo. Exerceu os cargos de ouvidor da capitania, provedor, contador da Fazenda Real, e juiz de órfãos.

Antônio Raposo Tavares (1598-1658) 
Nasceu em Portugal, e chegou ao Brasil em 1618. 
Aprisionou 10 mil índios para trabalhar em sua fazenda, ou vendê-los como escravos, aos fazendeiros de açúcar do Nordeste. 
Suas expedições cobriram grande parte da América do Sul. 
Percorreu 12 mil quilômetros, enfrentando chuvas, pântanos e doenças. 
Partindo de São Paulo, chegou até onde hoje ficam: Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia e Pará. 
Atravessou pela primeira vez, a Floresta Amazônica.

Antônio Rodrigues Arzão (? - 1694) 
Bandeirante paulista, que foi apontado como responsável pela descoberta de ouro em Minas Gerais. 
Em 1693, ele liderou uma Bandeira, que seguia a trilha de Fernão Dias. 
Encontrou ouro em um ribeirão de Minas Gerais, mas foi atacado por índios e fugiu. 
De volta a São Paulo, contou a notícia a Bartolomeu Bueno da Silva, que seguiu para o local.

Bartolomeu Bueno da Silva (século XVII)
Em 1682, ele foi o pioneiro na exploração dos sertões de Goiás. 
Estava acompanhado de seu filho, Bartolomeu Bueno, de apenas 12 anos. 
Voltaram carregados de ouro e de índios, para as lavouras paulistas. 
Iniciou também a primeira fase de exploração de ouro em Minas Gerais, a chamada "mineração aluvial".
Por que ele ganhou o apelido de "Anhangüera"?
Bartolomeu percebeu que um grupo de índias goiases, usava enfeites de ouro em seus colares. 
Apanhou uma garrafa de aguardente, despejou-o numa vasilha, e colocou fogo. 
Disse aos índios que aquilo era água, e que ele tinha o poder de incendiar os rios, caso não fosse levado às minas de ouro. 
Apavorados, os índios o apelidaram de "Anhangüera", ou diabo velho.

Bartolomeu Bueno da Silva, "O Moço" (1672-1740) 
Filho de "Anhangüera". 
Estabeleceu-se em Sabará, Minas Gerais (1701), onde foi considerado um dos líderes da Guerra dos Emboabas. 
Em 1722, se propôs a colonizar a região, que havia feito a fama de seu pai. 
Com sua Bandeira reduzida de 152 para 70 homens, encontrou ouro no Rio Vermelho e no Ribeirão das Cabrinhas. 
Voltou a São Paulo para buscar ajuda. 
No ano de 1726, estabeleceu ali uma povoação, que seria durante muitos anos, a capital do Estado de Goiás. 
Pelo descobrimento das Minas, ganhou sesmarias, que depois lhe foram retiradas. 
Morreu quase na miséria.

Domingos Jorge Velho (1614-1703)
Bandeirante paulista que partiu de Taubaté, e chegou ao interior do Piauí. 
Na sua caçada aos índios do Nordeste, perseguiu e destruiu, uma série de aldeias. 
No Rio Grande do Norte, lutou na Guerra dos Bárbaros (1687).
Seu principal feito, no entanto, foi a destruição do Quilombo dos Palmares, em 1694. 
A morte do líder Zumbi foi atribuída, a André Furtado de Mendonça, da tropa de Velho. 
Era considerado por todos um homem muito rude, que falava mal o português. 
Comunicava-se sempre em tupi-guarani.

Manuel de Borba Gato (1628-1718) 
Genro de Fernão Dias, Borba Gato fez parte de sua bandeira entre 1674 e 1681. 
Depois de ter sido acusado de um assassinato, ele fugiu para a região do Rio Doce, em Sabará (MG). Ali descobriu ouro em Sabarabuçu e no rio das Velhas. 
Participou da Guerra dos Emboabas.
As descobertas de ouro e pedras preciosas no Brasil, tornaram-se as mais importantes do Novo Mundo colonial. 
Calcula-se que, ao longo de 100 anos, se garimparam 2 milhões de quilos de ouro no país, e cerca de 2,4 milhões de quilates de diamante, foram extraídos das rochas. 
Faltava gente para plantar e colher nas fazendas. 
Pelo menos 615 toneladas de ouro chegaram a Portugal até 1822. 
Toda essa fortuna, não foi reinvestida no Brasil ou em Portugal: passou para a Inglaterra, que vinha colhendo os frutos de sua Revolução Industrial.

* Guerra dos Bárbaros
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Guerra dos Bárbaros foram os conflitos, rebeliões e confrontos envolvendo os colonizadores portugueses e várias etnias indígenas tapuias que aconteceram nas capitanias do Nordeste do Brasil, a partir de 1683.
Com a expulsão dos holandeses do território no ano de 1654, os portugueses puderam retomar o avanço em direção ao interior nordestino, expandindo as fazendas de gado, e perseguindo as etnias indígenas. Porém a resistência de diversas etnias indígenas, que tinham sido aliadas dos holandeses, foi um elemento-surpresa para os lusos.
Os portugueses fortificaram o efetivo militar, inclusive com a vinda de Bandeirantes Paulistas como Domingos Jorge Velho. 
Já as etnias indígenas tapuias do interior nordestino, como os janduís, paiacus, caripus, icós, caratiús e cariris, uniram-se em aliança e confrontaram os portugueses, nas tentativas de dominar as terras dos nativos. 
A aliança das tribos tapuias, denominada pelos portugueses como Confederação dos Cariris ou Confederação dos Bárbaros, foi derrotada somente em 1713.

Texto extraído da internet.
Luciana Celestino dos Santos 

Vila Romana

Também considerado como um dos Bairros mais antigos da cidade, e conhecido até a década de 1920 como Bairro Popular, a Vila Romana teve sua urbanização iniciada em 1888, ao mesmo tempo do Grão Burgo da Lapa, que mais tarde veio a se tornar conhecido, como Lapa de Baixo.
Contudo, o progresso da Vila Romana só foi consolidado em 1927, quando a Cia. City, ao concluir as obras do Alto da Lapa e Bela Aliança, sentiu o crescente interesse da classe média pela região, e criou na região vizinha, um Bairro dentro dos padrões City de infra-estrutura. vromana.htmvromana.htm
Numa estratégia de "trading down", (que consiste em capitalizar o prestígio de sua marca, criando um produto de preço mais acessível), a Cia City decidiu colocar no mercado, um loteamento com as mesmas características dos bairros nobres: ruas arborizadas, passeios ladeados por faixas gramadas, e grandes praças.
Atualmente, a Vila Romana é um Bairro atraente, e de constante valorização imobiliária. 

A cidade de São Paulo é o centro das oportunidades econômicas, da riqueza e da diversidade cultural, onde se concentra o poder econômico e financeiro do país. 
São Paulo, é pólo dinamizador dos 39 municípios, que compõem a Região Metropolitana, cada um dos quais com a sua autonomia administrativa garantida. 
Essa região apresenta ambientes e paisagens muito diferenciados, incluindo desde a alta densidade de centros industriais poderosos, como Guarulhos, Osasco e ABCD (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano e Diadema), a municípios com grandes áreas de características rurais, como Guararema, Salesópolis e Juquitiba. 
Dela faz parte, ainda, um faixa urbanizada única e contínua, com aproximadamente 90 km de extensão, que se estende ao longo do Tietê, Rio que nasce na metrópole, e a atravessa rumo ao oeste do Estado. 
Os municípios que compõem a Região Metropolitana de São Paulo, formam um território submetido a questões de escala regional - como a localização de pólos geradores de emprego, a oferta de infra-estrutura de energia, de abastecimento de água, de tratamento de esgotos e de comunicações, a preservação e controle do meio ambiente, a interligação viária e o transporte público, entre outros - para as quais as divisas municipais não fazem sentido, gerando a grave situação dos transportes: milhões de pessoas deslocam-se diariamente, através do transporte coletivo ou individual, gerando ineficiência na movimentação geral de cargas e pessoas.
A cidade que veio a se construir no maior parque industrial do país, atingiu seu primeiro milhão de habitantes em meados da década de 30. 
Em 1940, concentra em torno de 1,3 milhão de habitantes, e passa por um processo acelerado de crescimento, espalhando seus negócios pelo território, ligando bolsões isolados, e preenchendo os vazios internos, através de uma ocupação descontrolada e especulativa. 
Nos anos 50, com quase 3 milhões de pessoas, a formação de um parque industrial de base automobilística, nos municípios de Santo André, São Bernardo e São Caetano, o ABC Paulista, brilha como um chamariz no horizonte, atraindo novas levas de força de trabalho, a maioria migrantes, e iniciando um processo de forte desequilíbrio urbano, com o surgimento de um cinturão periférico miserável, e sem controle.
A presença marcante do automóvel, e a caotização do trânsito, marcam o período desenvolvimentista dos anos 60, quando praticamente chega ao limite, a capacidade da malha viária do centro histórico, quase inalterada desde o início do século. 
Em 1967, com 7 milhões de habitantes, rodam pela metrópole cerca de 493 mil automóveis. 
Dez anos depois já seria 1,4 milhão. 
Atualmente são cerca de 4,5 milhões de veículos, rodando na cidade de São Paulo.
O crescimento desordenado da metrópole, tem nos anos 70 a sua primeira tentativa de controle, através do PMDI - Plano Metropolitano de Desenvolvimento Integrado, ao qual vão se suceder outras iniciativas de peso, entre elas a implantação do Metrô de São Paulo, como sistema de integração do transporte coletivo na capital. 
Em 1973, por lei federal, é criada a Região Metropolitana de São Paulo, formada por 37 municípios, posteriormente 39, com o desmembramento por emancipação, de dois dos municípios iniciais. 
A população da região, de 8,1 milhão em 1970, atinge 12,6 milhões em 1980, dos quais aproximadamente 2,8 milhões são migrantes. 
Os anos 80, refletindo um momento de recessão econômica no país, dão início à passagem da metrópole paulista de pólo industrial, para um centro de serviços e negócios, com um processo simultâneo, de desaceleração de seu fluxo migratório. 
A partir de 1990, essa tendência consolida-se, permitindo imaginar certa estabilização espacial, e demográfica, para um futuro próximo.
Mais tarde, em decorrência principalmente da grande migração nordestina, que ocorrera a partir dos anos 50, São Paulo incorporou definitivamente à sua paisagem a presença marcante e miserável das sub-habitações, características de metrópoles subdesenvolvidas, acentuando o desequilíbrio entre o crescimento das áreas centrais, mais organizadas urbanisticamente, e a bem mais rápida ocupação desordenada das periferias.
O crescimento da Região Metropolitana de São Paulo é vertiginoso. 
Sua área de 130 km2, em 1930, passa a 420 km2, em 1950, e a 900 km2, em 1980. 
Apesar da forte queda na taxa de crescimento da população, de 4,5% para 1,8% ao ano, o espaço urbanizado, continua em expansão, chegando a 1.520 km2 em 1987. 
Dez anos depois, em 1997, é de 1.771 km2, a dimensão dessa área.
A formação dessa megacidade, resultou numa ocupação territorial de escala surpreendente, levantando questões cruciais sobre seus limites, controle e funcionalidade. 
Seu modelo atual de crescimento já é outro, refletindo a desmobilização industrial que ocorreu nos anos 80, e a conseqüente perda do poder de atração anterior, resultando na reversão do movimento migratório. 
Assim, a Região Metropolitana de São Paulo continua crescendo, mas num ritmo bem menor, o que permite imaginar a possibilidade de uma participação mais efetiva do planejamento, na reorganização de sua estrutura urbana e, em conseqüência, na melhoria da qualidade de vida oferecida aos habitantes, principalmente nas áreas periféricas.
Dentro de sua mancha urbana, espalhada em um raio médio de 25 quilômetros, algumas zonas contrastam com o conjunto, formando áreas quase segregadas - ilhas sofisticadas em arquitetura, produtos e cultura internacional - e um anel periférico de espaços tensos, com excesso de pobreza e violência. 
A Região Metropolitana de São Paulo, atualmente conta com cerca de 18 milhões de habitantes, dos quais 2 milhões moram em favelas, e 600 mil pessoas em cortiços, somente na cidade de São Paulo.
A ocupação do espaço metropolitano, é resultado de uma legislação de uso de solo, que nunca foi articulada, na prática, com o sistema viário e de transportes. 
Sem diretrizes ou formas efetivas de controle, a cidade foi construída num processo caracterizado como especulativo, levando à implantação descontínua de loteamentos, em que as áreas deixadas vazias, eram valorizadas pela urbanização, que atingia as áreas ocupadas. 
Levantamentos realizados nos anos 80, mostram que 43% da área do município de São Paulo, estava então disponível para edificação, 80% da qual, ocupando regiões periféricas.
O desenvolvimento de algumas áreas, se deu, obrigando-se a superar rupturas e segregações físicas, como a presença de rios e de passagens ferroviárias, como também o fenômeno de alagamentos. Centros tradicionais, onde funcionavam algumas industrias e serviços, passam hoje por uma fase de transição. 
Como conseqüência, tornou-se imperativo um processo de transferência, principalmente da atividade industrial, que vem ocorrendo gradualmente, com o decorrer do tempo.
O cotidiano estressante de São Paulo, esconde de seus habitantes, o complexo mecanismo que garante a vida, e o relativo conforto metropolitano, de que se desfruta. 
No dia-a-dia, redes de infra-estrutura, sistemas e serviços interagem em incessante sincronia, estabelecendo o próprio ritmo da metrópole. 
A cidade dos contrastes incorpora, em seu funcionamento, desde meios tradicionais, como a retirada de água de poços por baldes, e carroças puxadas por animais, às tecnologias mais contemporâneas, como o uso de feixes de raios laser, fibras óticas e sistemas on-line, moldando uma dinâmica própria, decorrente das disparidades sócio-econômicas. 

Alcino Izzo Júnior.
(Texto extraído do livro "Tempos Metropolitanos",editado pelo Metrô e Editora Terceiro Nome).

Texto extraído da internet.
Luciana Celestino dos Santos 

Vila Pompéia - Um Típico Bairro Paulistano

O crescente desenvolvimento urbano que São Paulo passou no início do século XX, fez surgir centenas de loteamentos residenciais, que substituíram chácaras e sítios antigos. 
Por volta de 1910, entre os Bairros da Lapa e Água Branca, surgiu um loteamento de responsabilidade da Companhia Urbana e Predial, cujo proprietário era. Rodolpho Miranda, que optou por homenagear sua esposa, Dona Aretusa Pompéia, batizando o novo Bairro como Vila Pompéia.
A ocupação do Bairro teve a predominância de imigrantes italianos, portugueses, húngaros, espanhóis e franceses, motivados pelas industrias ali instaladas, e pela existência da linha ferroviária. vpompeia.htmvpompeia.htm
Da época de sua fundação até os dias atuais, a Vila Pompéia passou por várias fases de desenvolvimento. Os tradicionais sobradinhos e vilas do Bairro, dividem espaço com edifícios de médio e alto padrão. 
Além disso, a Pompéia reúne importantes edifícios institucionais. 
Na década de 60, a indústria denominada Gelomatic, foi desativada e o imóvel por ela ocupado foi a leilão, tendo sido arrematado pelo SESC. 
A transformação daquelas antigas instalações industriais, em um pólo cultural e de lazer, com a criação do SESC-Fábrica Pompéia, projeto de Lina Bo Bardi, é considerada uma iniciativa de caráter cultural e esportivo, de grande importância para o Bairro. 
Outra instituição que se manteve ao longo dos anos no Bairro, é o Complexo dos Camilianos, com o Hospital, a Escola e a Paróquia de São Camilo.
E, ocupando uma grande e nobre área do Bairro, encontra-se o Esporte Clube Palmeiras, fundado pela colônia italiana, inicialmente com o nome de Palestra Itália, alterado por ocasião da Segunda Guerra Mundial, período em que os italianos foram considerados "personas non gratas", no país. 

Texto extraído da internet.
Luciana Celestino dos Santos 

Vila Madalena

Nascida como Vila dos Farrapos, no ano de 1910, a Vila Madalena, levou muitos anos para chegar ao "status" de Bairro moderno. 
Somente na década de 50, as ruas de terra, começaram a ceder lugar ao asfalto. 
A Vila foi ganhando, em seu arruamento, os contornos de um Bairro planejado. 
Antes disso, a existência do Cemitério de São Paulo movimentou a região, integrando-a à rotina da cidade. Na década de 1960, o Bairro passou a abrigar a população de estudantes, funcionários e professores da então recém-inaugurada Cidade Universitária da USP. 
Com sua localização privilegiada próxima ao Bairro de Pinheiros, e com a tranqüilidade de suas ruas, a Vila Madalena, passou nos últimos anos por grandes transformações. 
De Bairro ocupado predominantemente pela classe média universitária, evoluiu com a construção de prédios de apartamentos de padrão médio-alto e altíssimo padrão. vmadalena.htmvmadalena.htm
Uma característica marcante do Bairro, são os restaurantes e bares charmosos, que atraem artistas e intelectuais. 
Aos poucos, esses bares e restaurantes, foram se transformando em lugares famosos, e de interesse turístico e cultural. 
A Vila Madalena é hoje, o ponto de encontro da boemia paulistana.
Em época recente, mais precisamente no ano de 1999, a Cia. do Metrô inaugurou a Estação Vila Madalena, integrada à linha Verde, que vai até o Bairro de Ana Rosa, atravessando a Avenida Paulista. 

Texto extraído da internet.
Luciana Celestino dos Santos 

Vila Carrão - Uma Volta ao Passado


Tudo começou em 1916, com a chegada dos primeiros imigrantes portugueses, italianos e japoneses à antiga fazenda de uvas. 
Mas, oficialmente, a Vila Carrão só foi fundada em 1917.
Para compreender melhor a origem do Bairro, é necessário voltar ao século XVI. 
Em meados de 1570, consta que a região fazia parte da trilha de vários bandeirantes. 
Nas suas expedições, alguns fixavam residência, como o sertanista Francisco Velho, que se instalou nas proximidades do Ribeirão Aricanduva. 
O bandeirante não conseguiu a posse da terra, que na época pertencia ao sesmeiro Brás Cubas
Somente em 1642, seu neto - o capitão Francisco Velho Moraes - tornou-se proprietário legítimo das terras.
Em 1851, o então Sítio ou Vila Tucuri, foi vendido ao inglês George Harley, que o batizou como Bom Retiro. 
Seis anos mais tarde, a área passou a pertencer a João José da Silva Carrão, o Conselheiro Carrão
Após sua morte, em 1888, o local, despertou o interesse de alguns empresários pela região. 
A idéia de lotear a Vila, foi do dentista João Gomes Barreto. 
Guilherme Giorgi, dono do Lanifício Minerva, foi um dos primeiros a comprar uma propriedade na região, em 1906, para montar sua indústria.
O primeiro grande impulso para a urbanização, foi a chegada da ferrovia, no fim do século XIX. 
Com isso, na década de 1920, já havia várias casas e lojas junto à Estação, denominada Sexta Parada. No entanto, o que realmente impulsionou o desenvolvimento do Bairro, foi a instalação da estação Carrão do metrô, em 1986.
Desde então, cresce a verticalização na Vila Carrão. 
Seus imóveis são valorizados, e muito procurados pela classe média.
O ponto central do Bairro, é a Praça 15 de Outubro, conhecida como Largo do Carrão. 
O local que reúne as melhores condições para investimento, e futura valorização, fica entre a Avenida Conselheiro Carrão, e as Ruas Taubaté e Rogério Giorgi, com boa infra-estrutura viária de comércio e serviços. 
Ali estão concentradas lojas dos mais diversos tipos, como farmácias, padarias e agências bancárias. 
Os moradores do Bairro também podem contar com a proximidade do Shopping Leste Aricanduva, e do Metrô Tatuapé, para fazer suas compras.
Outro fator que atrai investimentos, é a disponibilidade de terrenos para a construção de novos empreendimentos. 
Isso ocorre porque algumas fábricas deixaram a região. 
Mesmo assim, casas e sobrados ainda predominam.
O cemitério, situado na região limítrofe de Vila Formosa e Vila Carrão, conhecido por "Cemitério Vila Formosa", é considerado o maior da América do Sul.
A Vila Carrão também pode orgulhar-se de sua origem: é o único Bairro da capital que tem por fundador ou patrono, João José da Silva Carrão
Conhecido como o Conselheiro Carrão, João José teve tantas ocupações, quanto nomes. 
Além de ser Presidente da Província de São Paulo e do Pará, foi jornalista, advogado, professor da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, senador e ministro do império. 
Era filho de Antônio José da Silva Carrão e Ana Maria Cortes
No Bairro que leva o seu nome, ele se dedicou ao plantio de uvas, chegando a manter 15 mil exemplares da fruta, que produzia um vinho muito apreciado. 
Além disso, em 1876, o próprio imperador Dom Pedro II, foi hóspede do Conselheiro Carrão. 
Sua visita teve o objetivo de conhecer as famosas uvas, e experimentar o vinho. 

Texto extraído da internet.
Luciana Celestino dos Santos 

Tatuapé e sua Grande Concentração Urbana

A região do Tatuapé, integrava a sesmaria pertencente a João Ramalho, e era habitada pelos índios Piqueris, da tribo dos Guaianazes. 
Em 1567, essas terras foram cedidas a Brás Cubas que, chegando de Portugal, iniciou a busca por ouro nas proximidades do Rio Tietê, onde havia um Ribeirão de nome Tatuapé.
A chegada dos imigrantes espanhóis, italianos e portugueses, marca o desenvolvimento econômico do Bairro, com o início de atividades de comércio e indústria. 
Além disso, os imigrantes traziam experiência no cultivo de legumes, verduras e frutas. 
Havia ainda, aqueles que se dedicaram ao plantio de flores, e à criação de animais domésticos, possibilitando a produção de leite e de ovos. 
A importância do fluxo migratório se fez sentir, particularmente, na época que precederia o parcelamento das chácaras e sítios, surgindo os primeiros loteamentos residenciais. tatuape.htmtatuape.htm
O inicio do processo de industrialização na capital de São Paulo, foi alavancado pelo surgimento das ferrovias, tendo a São Paulo Railway, instalado sua linhas, ao longo das terras alagadas do Rio Tietê. 
Os terrenos de baixo valor, foram o atrativo para a ocupação das novas indústrias, se estendendo do Brás ao Tatuapé. 
Nas primeiras décadas do século XX, se instalaram nessa linha, fábricas importantes como a Fabrica de Tecidos Tatuapé (1928), a Tabacow (1930), a Guilherme Giorgi (1948), e a Philco (1952).
A partir da década de 1930, começam a se formar expressivos núcleos residenciais para atender à concentração de famílias, que chegavam do exterior. 
A partir da década de 1950, regiões nos arrabaldes do Bairro, começam a abrigar núcleos para a população de nordestinos que migrou para São Paulo.
A Estação Tatuapé do Metrô, inaugurada em 1981, inicialmente como término da linha Leste-Oeste, veio atender às necessidades de uma região, com uma das maiores densidades populacionais de São Paulo.
Uma das principais áreas de lazer do Tatuapé, é o Parque do Piqueri, que encerra uma área de 98.000m2, nos quais predomina a presença de vegetação arbórea nativa.
Já o CERET, Centro Educativo, Recreativo e Esportivo do Trabalhador, iniciou suas atividades em 1974, e foi criado com o objetivo de estimular atividades esportivas e proporcionar, aos trabalhadores sindicalizados, opções de lazer a baixo custo. 
Mantido pela Secretaria de Estado de Relações do Trabalho e Promoção Social, o CERET transformou-se em Fundação, em 1979. 
Hoje liberado para uso de todos os moradores do Bairro, é um dos grandes centros de convivência da comunidade.
Outra instituição do Bairro é o "Lar Anália Franco", em homenagem à sua fundadora, mantido pela Associação Feminina Beneficente. 
Sua obra é reconhecida por dar assistência a menores do sexo feminino que, ao engravidar, são rejeitadas por suas famílias. 
O centro ocupa uma área de 170.000 m2, numa das partes mais nobres do Tatuapé, o Jardim Anália Franco, onde se encontram edifícios residenciais de altíssimo padrão.
Há uma instituição no Tatuapé, que tem laços com todo o Brasil... 
Inspirados pela passagem da equipe inglesa de futebol "Corinthians Team" pelo Brasil, estudantes do Tatuapé criaram em 1910, um clube com o mesmo nome. 
Embora atuando em várias modalidades esportivas, o Sport Club Corinthians Paulista, instalado no Parque São Jorge, tornou-se um dos mais importantes times de futebol do país, e representa a maior torcida de S.Paulo. 

Texto extraído da internet.
Luciana Celestino dos Santos 

Santo Amaro - Um Bairro - Cidade

O território da cidade de São Paulo, desde a época colonial até a metade do século XIX, era abrigo de várias aldeias indígenas. 
Um caso bem característico, é o Bairro de Santo Amaro, originalmente agrupado ao aldeamento denominado Ibirapuera, onde se concentrava a tribo dos índios Guaianazes. 
Somente em 1832, Santo Amaro ganhou a posição de Vila. 
No final do século XVIII, o Bairro veio a se tornar um importante fornecedor de gêneros alimentícios, para toda a cidade de S.Paulo.
Os mapas antigos da cidade, do século XIX, sempre fazem referência ao caminho para Santo Amaro, ligando o Bairro ao triângulo central. 
Mas o progresso só se iniciou, com a inauguração da primeira linha de bonde elétrico, com grande festa no Largo 13 de Maio, que fez a ligação do Bairro com o Centro d e São Paulo, até então muito distante e de difícil acesso. samaro.htmsamaro.htm
O Bairro de Santo Amaro, tem na colônia alemã seu principal elemento cultural. 
Os alemães são a colônia mais antiga e numerosa da região, e sempre atuaram nas atividades de indústria e comercio da região.
Também na região de Santo Amaro, o Autódromo de Interlagos foi construído em terras pertencentes à Sociedade Auto-Estrada, mediante acordo com o poder público. 
Seu projeto data de 1931, mas suas obras só foram iniciadas em 1939. 
Sua inauguração deu-se em 1940. 
A abertura das Avenidas 23 de Maio, Rubem Berta e Washington Luiz, na década de 1970, consolidaram a integração do Bairro, ao resto da cidade.
Na atualidade, o Distrito de Santo Amaro, maior em extensão territorial, tem se destacado pela grande densidade, dividida entre áreas de concentração comercial, como o Largo 13 de Maio, e outras de concentração residencial, como Campo Belo, Chácara Santo Antônio, Granja Julieta, Alto da Boa Vista, entre outros.
Para atender ao fluxo da população trabalhadora, a administração do Município de São Paulo criou um grande Terminal Rodoviário de transporte urbano em Santo Amaro, de onde saem linhas de ônibus, para praticamente todos os bairros da cidade.
  
Texto Original: Valentim de Souza, 2001.
Fonte: Acervo Júlio Abe.
Revisão: Fabio de Paula, novembro de 2002.

Texto extraído da internet.
Luciana Celestino dos Santos 

Santana

Da vida rural à chegada do metrô 
O Rio Tietê e a Serra da Cantareira serviram, por longo período, como barreiras naturais de isolamento para Santana, o mais antigo núcleo urbano da zona norte de São Paulo. 
Esse isolamento, provocado principalmente pelas enchentes do rio, estendeu-se até o início do século XX. Por conseqüência, o Bairro conservou aspectos rurais, que fazem seus moradores dizerem, até hoje, que "Santana mais parece uma cidade do interior".
A passagem do século XIX para o XX, foi o apogeu da transformação urbana e humana de São Paulo. 
A cidade passou, de vila a metrópole, rapidamente. 
Esse crescimento é atribuído à riqueza gerada pelo ciclo do café, ao advento da ferrovia, e ao processo de industrialização. 
Nessa época, o Bairro de Santana ganhou uma nova ligação ao Centro da Cidade, com a construção da Ponte das Bandeiras, em substituição à Ponte Grande. 
Na ocasião, o Prefeito Prestes Maia enfatizou o caráter monumental da obra, considerando-a o portão de entrada da cidade. 
Várias agremiações esportivas, instalaram-se nas proximidades da Ponte das Bandeiras. 
Os esportes náuticos, com a promoção das regatas de remo, e a travessia de São Paulo a nado, marcaram a história do Clube de Regatas Tietê. 
O Clube Espéria, fundado em 1899 pelos imigrantes italianos, sempre teve expressiva atuação no remo. santana.htmsantana.htm
O curso natural do Rio Tietê, com inúmeras curvas e freqüentes enchentes, só veio a ser efetivamente retificado nos anos 1940. 
Criava-se uma nova paisagem ao longo do Tietê. 
Do bonde puxados a burros, do século XIX, à inauguração da primeira estação do Metrô, da linha norte-sul, inaugurada na década de 70, o Bairro de Santana passou por muitas mudanças, até consolidar sua integração à metrópole.
Na atualidade, o Bairro apresenta considerável adensamento populacional, e o fenômeno do crescimento vertical, surge como conseqüência da valorização dos terrenos existentes. 
As incorporadoras desenvolvem projetos de edifícios residenciais de médio e alto padrão, criando núcleos de condomínios para atender à demanda da população da zona norte. 

Texto extraído da internet.
Luciana Celestino dos Santos 

Pirituba e sua Vocação Industrial

No final do século XVIII, o Coronel Anastácio de Freitas Troncoso, formou a Fazenda Anastácio, por aquisições e arremates judiciais de diversas glebas. 
A área da Fazenda, estendeu-se à margem direita da velha estrada de rodagem que ligava São Paulo à Campinas e Jundiaí. 
Em 1856, a Fazenda Anastácio, veio a ser adquirida pelo Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar e sua mulher, a Sra. Domitília de Castro Canto e Melo, a Marquesa de Santos
Em 1917, a Companhia Armour do Brasil comprou as Fazendas Anastácio e Capuava, dos herdeiros da Marquesa de Santos
Ao adquirir o controle acionário da Companhia Armour, a Deltec destinou à Cia City, sua associada, áreas antes destinadas à criação de gado de corte. 
Esta é a origem dos espaços que, nas décadas de 1970 e 1980, vieram a ser transformados nos loteamentos residenciais City América, Recanto Anastácio e Jardim dos Pinheiros, todos com o padrão de infra-estrutura da Cia. City.
A concentração na região de indústrias como a Fiat Lux, o Lanifício Pirituba, as Refinações de Milho Brasil, a Gessy-Lever, os Pianos Fritz Dobbert, a Metalúrgica Mauser, e outras, conferiram ao Bairro de Pirituba, a condição de Bairro predominantemente industrial. 
Com isso Pirituba tornou-se uma região muito populosa, com perfil majoritariamente operário. 
Além disso, o Bairro é cortado pela linha de trens, que liga Santos à Jundiaí, da Cia. Paulista de Trens Metropolitanos.
Um bom número de empresas de atividade comercial, tem se instalado para atender a essa população. 
O antigo Lanifício Pirituba, parcialmente destruído por um incêndio, foi transformado no Shopping Center Pirituba, em 1985. 
Por conta do progresso e pela vocação industrial de Pirituba, (aliada à sua localização estratégica, próximo às Rodovias dos Bandeirantes e Anhanguera), a Cia. City desenvolveu um projeto voltado para a criação de um pólo industrial planejado, que veio a ser implantado a partir de 1995: o City Empresarial Jaraguá. Distante a apenas 2,5 km. da rotatória do Rodoanel, esse empreendimento é um modelo de urbanismo mundial e abriga importantes empresas, como Novolit, Santa Suzana, Lopes Moço, CESVI e Ueta.

Texto extraído da internet.
Luciana Celestino dos Santos 

Penha

A Religiosidade dos Bandeirantes 
Nos anos 1600, o padre licenciado, Mateus Nunes de Siqueira e seu irmão, o padre Jacinto Nunes de Siqueira, possuíam uma próspera fazenda, onde havia um grande curral e uma igreja. 
Beneficiados pela generosidade dos católicos, que doavam bens inventariados à igreja, e pela própria benevolência dos citados religiosos, a igreja e a fazenda, eram consideradas as mais belas e ricas de São Paulo.
No local, que se transformou em um populoso Bairro Paulistano, foi dado o nome de Nossa Senhora da Penha. 
Há uma lenda de um francês, devoto de Virgem Maria, que, ao dar pelo desaparecimento temporário, e posterior encontro da imagem da santa, radicou-se na região, acreditando ser aquele um lugar abençoado. 
O nome Penha, é uma adaptação do nome francês de Nossa Senhora do Monte, uma vez que a palavra Penha, significa rocha ou penhasco. 
A influência dos franceses residentes em São Paulo, é outra explicação para o lugar ser conhecido popularmente como Penha de França.
Por esta região, muitos bandeirantes procuravam índios, com o objetivo de escravizá-los ou catequizá-los. 
Destaca-se a atuação do bandeirante seiscentista Domingos Leme, possuidor de sesmarias recebidas, em 1643, do capitão mor Francisco da Fonseca Falcão. 
As sesmarias, eram terras abandonadas, que eram distribuídas aos imigrantes, que se dispusessem a cultivá-las.
Outro bandeirante radicado na região, foi Amador Bueno da Veiga, possuidor de grande extensão de terras desde Guarulhos até a Penha, ao longo do Vale do Rio Tietê.
O Bairro tem grande extensão territorial, e é limitado pelo Ribeirão Aricanduva, estendendo-se até São Miguel Paulista e, do outro lado, até o município de Guarulhos.
Uma Lei Provincial de 1880, fez a Penha pertencer ao Município de Guarulhos. 
A decisão, porém, durou pouco tempo : a população exigiu a reintegração ao município de São Paulo, em maio de 1886.
As procissões com a imagem de Nossa Senhora da Penha, ocorriam com muita freqüência. 
As correntes humanas vinham de todos os pontos da cidade de São Paulo, o que contribuiu para a melhoria do leito das Avenidas Rangel Pestana e Celso Garcia. 
Isso ajudou a estimular o progresso da região do Brás, e de todo o caminho até a Penha.
Finalmente, as grandes transformações econômicas e sociais do século XX, e o crescimento populacional, trouxeram o tradicional e religioso Bairro da Penha, à conurbação com o resto da cidade de São Paulo, "que não pode parar", como diz o dito popular. 
Atualmente, o Bairro da Penha é um dos mais populosos de São Paulo, com intenso comércio, Shopping Centers, Faculdades, e residências de padrão médio. 

Texto extraído da internet.
Luciana Celestino dos Santos

Pacaembu e seu traçado Inovador

No início do século XX, o Pacaembu era um vale coberto de vegetação e terras, constantemente sujeitas a inundações. 
Durante os primeiros séculos da colonização, a área pertencia aos jesuítas. 
Quando estes foram expulsos do país, em meados do século XVIII, o Pacaembu virou uma região isolada, ocupada por escravos, e bandos de desordeiros. 
Somente no século XIX, as terras foram desapropriadas e divididas em chácaras e sítios. pacaembu.htmpacaembu.htm
O projeto de urbanização da Cia. City, iniciado em 1913, provocou muita polêmica, por causa do traçado sinuoso que acompanha as curvas de níveis, característica do urbanismo inglês. 
Somente em 1925, a Prefeitura Municipal deu sua aprovação ao projeto, e autorizou a City a iniciar as obras. 
Estabeleceu ainda a exigência da loteadora executar a canalização do ribeirão existente. 
Depois da obra, surgiu a Avenida Pacaembu.
O grande sucesso de comercialização do loteamento, fez a empresa adquirir outros terrenos vizinhos, transformando-os no Bairro do Pacaembuzinho, localizado entre a Rua Cardoso de Almeida, e a Avenida Sumaré, próximo à Avenida Doutor Arnaldo. 
Já em 1935, a City efetuou a doação de uma área de 75.000 m2, para a construção de um Estádio de Futebol. 
Construído pela municipalidade em 1940, o Estádio do Pacaembu foi, anos depois, denominado Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho.
A Avenida Pacaembu, transformada por lei em Corredor Comercial, abriga atualmente empresas prestadoras de serviço (imobiliárias, escritórios de advocacia, consultórios médicos) e comércio especializado, como agências de automóveis, móveis e tapetes.
Pela presença de muitas árvores frutíferas, o Pacaembu atrai pássaros como sabiás, bem-te-vis, periquitos, sanhaços e colibris. 
Além disso, o Bairro é uma região de muitas nascentes. 
Em boa parte das casas, essas nascentes podem ser encontradas e visitadas, por conta da água mineral e potável que oferecem.

Texto extraído da internet.
Luciana Celestino dos Santos 

Lapa e Alto da Lapa

As grandes transformações Urbanas 
Um dos bairros mais antigos de São Paulo, a Lapa cresceu mais significativamente durante o século XX, especialmente pela presença da ferrovia, e pelo fluxo de imigrantes europeus que trabalhavam nas indústrias da região.
Anteriormente, o Bairro era de difícil acesso. 
Com o surgimento de inúmeras olarias na região, a municipalidade viu-se obrigada a construir caminhos para atender ao fluxo de trabalhadores e da produção. 
Como decorrência do processo de concentração e crescimento demográfico, as pequenas propriedades rurais, foram cedendo lugar a vilas e residências voltadas para a grande massa de imigrantes, principalmente italianos, que escolhiam o Bairro para morar. lapa.htmlapa.htm
No início da década de 1920, o perfil predominantemente operário do bairro sofreu grande transformação, com a implantação dos loteamentos Alto da Lapa e Bela Aliança, voltados para as classes média e média-alta. 
A Cia. City, que adquirira uma gleba de mais de 2 milhões de m2, desenvolveu simultaneamente os dois novos Bairros, com a concepção urbanística do inglês Barry Parker: jardins internos, traçado sinuoso de ruas, e existência de praças e intensa arborização.
Em regime de comodato, a Cia. City atendeu a um pedido da Associação Cristã de Moços (ACM), entidade de origem britânica, cedendo uma área de terreno no Alto da Lapa, para a instalação de uma sede para o desenvolvimento de suas atividades.
A partir da década de 70, com a Lei de Zoneamento, a Prefeitura Municipal de São Paulo criou condições para o surgimento de empreendimentos residenciais verticais. 
As incorporadoras viram na região da Lapa, um pólo de grande interesse, e lançaram no mercado vários prédios de apartamentos destinados às classes média e média-alta, em Bairros como a Vila Hamburguesa e a Vila Leopoldina, que circundam os Bairros da Companhia City, ainda com as características originais.
 
Texto extraído da internet.
Luciana Celestino dos Santos 

Jardim América- O Primeiro dos Bairros Jardins

A implantação do Jardim América representou, para a Cidade de São Paulo, a adoção do conceito de Cidade-Jardim, como modelo máximo de qualidade de vida. 
As Cidades-Jardim, "garden cities", surgiram na Inglaterra como resultado dos estudos desenvolvidos pelo filósofo e escritor Ebenezer Howard, no sentido de encontrar novos paradigmas urbanos e sócio-econômicos, para a Europa do início da era Vitoriana. jamerica.htmjamerica.htm
A Companhia City, fundada em 1912 com o nome de "City of São Paulo Improvements and Freehold Land Company Limited", contratou os urbanistas ingleses Barry Parker e Raymond Unwin, para o projeto do Bairro de Jardim América. 
Antes disso, a City havia adquirido duas áreas de aproximadamente 960.000 m2, localizadas na antiga Chácara Bela Veneza, e na Freguesia da Consolação. 
Eram áreas inóspitas e inundadas em boa parte do ano... 
Este foi o primeiro desafio que os urbanistas britânicos enfrentaram: transformar várzeas, em um bairro nobre.
O projeto original do Jardim América, previa uma grande praça central, com quatro ruas em diagonais, uma avenida principal de acesso aos lotes, e 11 jardins internos, que integrariam os terrenos, com suas futuras construções, através de jardins de uso comum. 
A idéia, entretanto, encontrou dificuldades de aceitação. 
Foram necessárias adaptações, fazendo com que alguns jardins passassem a ter um uso semi-publico, com acessos através de vielas.
Em 1913, iniciaram-se as obras. 
Sua execução durou mais de 20 anos, com a conclusão somente em 1929. 
Protegido pelas restrições de uso do solo, criadas pela Cia. City, foram estabelecidas regras que regulamentavam o gabarito, os afastamentos laterais, e recuos de fundo e de frente, o que na época consistia em procedimentos inovadores. 
Assim, houve longas negociações entre a empresa loteadora e a Prefeitura do Município, pleiteando melhorias como iluminação pública, e serviços de transporte coletivo. 
A Companhia City também doou os terrenos onde se instalou o Clube Paulistano, e a Sociedade Harmonia de Tênis, com o objetivo de estimular a prática de esportes. 
Além disso, foi cedido terreno para a construção da Igreja Nossa Senhora do Brasil.
Hoje, o Jardim América é um dos Bairros residenciais mais nobres, da Cidade de São Paulo. 
A presença de clubes tradicionais, caracteriza o perfil do Bairro. 
Na vizinhança do Bairro, os Shoppings Iguatemi e Paulista, além do comércio sofisticado situado nas imediações, proporcionam a seus moradores, grandes facilidades comerciais. 
O traçado diferenciado das ruas do Bairro e a grande arborização, levaram o Jardim América ao tombamento pelo Condephaat. 
Essa medida pretende evitar sua descaracterização, preservando-o como referência de qualidade de vida urbana no Brasil. 

Texto extraído da internet.
Luciana Celestino dos Santos 

domingo, 30 de agosto de 2020

Higienópolis - Um Bairro que Nasceu Nobre

No final do século XIX, dois imigrantes anglo-saxões, Martinho Buchard e Victor Nothman, formaram um grupo empresarial, e criaram um dos primeiros bairros residenciais nobres de São Paulo: Higienópolis. 
O Bairro viria a atrair os ricos fazendeiros de café do interior, que buscavam uma residência na capital. Além disso, a burguesia paulistana, composta por comerciantes e profissionais liberais, se interessou pelas mansões de Higienópolis. 
A prosperidade dos moradores. atraiu para o Bairro um comércio de luxo, com casas importadoras, livrarias, hotéis e ateliês de costura.
Situado no ponto mais alto da face norte do espigão da Paulista, o Bairro registrava um dos melhores climas da cidade. 
Além disso, o planejamento do Bairro incluía todas as melhorias higienistas da época. 
Daí sua denominação de Higienópolis , "cidade da higiene". higienopolis.htmhigienopolis.htm
Uma das mansões que ainda resistem em Higienópolis, é a "Vila Penteado". 
Ela recebe esse nome, porque foi construída, e serviu de residência para Antônio Álvares Penteado. Nascido em 1852, na cidade de Mogi Mirim, Álvares, era neto do fazendeiro Bernardo José Leite Penteado, de origem portuguesa
Ele se mudou para a capital, em torno de 1890. 
Foi então que adquiriu uma grande área de terreno no Bairro de Higienópolis, onde fez erguer uma residência no estilo art-nouveau, cercada de jardins, lago artificial, quadra de tênis, horta, cocheira, e dependências para empregados. 
Utilizada por várias décadas por seus familiares, o imóvel foi doado na década de 40, para a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, a FAU-USP. 
Atualmente, a "Vila Penteado" é um edifício tombado, e abriga os cursos de pós graduação da FAU-USP.
Outra mansão de Higienópolis que guarda uma história peculiar, é a da família Prado. 
A "Vila Maria", na esquina da Avenida Higienópolis com a Rua Itambé, é um palacete em estilo neoclássico francês com bosques, lagos, e pomar especialmente projetados. 
Atualmente a propriedade é tombada pelo Patrimônio Histórico, e abriga o São Paulo Clube.
No início do século XX, uma tradição marcava o Bairro de Higienópolis: o corso. 
O evento consistia em um desfile de carros realizado no Carnaval, quando os "carnavalescos" fantasiados desfilavam, jogando confetes e serpentinas, para as pessoas que ficavam nas calçadas ou nas janelas. 
Inicialmente, o corso percorria toda a Avenida Higienópolis. 
Em torno de 1912, ele foi transferido para a Avenida Paulista, mais extensa, onde ficou até o início da década de 1950.
A Praça Buenos Aires, no centro do bairro de Higienópolis, é o principal espaço de lazer do Bairro. Como a maioria dos edifícios de apartamentos de Higienópolis foi construída entre as décadas de 1940 e 1960, uma época em que não eram obrigatórias as áreas livres, o Bairro se caracteriza por uma alta qualidade dos espaços públicos e, por conseqüência, um grande uso dos mesmos.
O Bairro ainda conta com instituições de ensino extremamente tradicionais na cidade, como o Colégio Sion, o Instituto Mackenzie e o Colégio Rio Branco. 
Mais recentemente, e contrariando a opinião de moradores conservadores do Bairro, foi inaugurado no ano de 2000 o Shopping Pátio Higienópolis, um dos mais modernos e movimentados da capital paulista. 

Texto extraído de artigos da internet. 
Luciana Celestino dos Santos

Freguesia do Ó - A força da fé e da Tradição

A Freguesia do Ó, é um dos Bairros mais antigos de São Paulo. 
Durante muito tempo, a região serviu de passagem para os viajantes, que se dirigiam às cidades de Jundiaí e Campinas.
O primeiro núcleo populacional da Freguesia do Ó, teve início em 1580, quando o Bandeirante Manoel Preto, estabeleceu-se na região. 
O explorador português, extremamente religioso, e sua esposa, D. Agueda Rodrigues, fundaram uma capela na região, em 1610. 
A pequena construção recebeu o nome de N. Sra. da Esperança, ou da Expectação. 
Mais tarde, a capela passou a se chamar Nossa Senhora do Ó. 
Essa capela, destruída por um grande incêndio em 1896, foi reconstruída com recursos da população. 
O novo templo foi inaugurado em 1901, como a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Ó. freguesiao.htmfreguesiao.htm
No inicio do século XX, despertou-se o interesse da industria imobiliária pelo Bairro. 
Uma série de melhorias começou a ser feita nas várzeas do Rio Tietê. 
A Freguesia tornou-se um grande canteiro de obras para a construção de diversos loteamentos, e empresas industriais. 
As antigas chácaras e sítios se valorizaram rapidamente. 
Com o desenvolvimento, muitos Bairros novos surgiram no entorno da Freguesia do Ó: Vila Palmeira, Vila Siqueira, Moinho Velho, Vila Simões, Vila Cavaton, Itaberaba, Vila Bancária Munhoz, Vila São Vicente, Vila Albertina, e outros.
Localizado na zona norte da capital paulistana, o Bairro da Freguesia do Ó, é atualmente um dos mais populosos da cidade. 
Ali, conservam-se traços da tradição colonial, desde o uso de expressões tradicionais na linguagem local, até a manutenção de características coloniais, na arquitetura de suas construções.
 
Texto extraído de artigos da internet. 
Luciana Celestino dos Santos

Capela do Socorro

Originalmente integrada à região pertencente a Santo Amaro, a área conhecida como Socorro, foi desmembrada, no ano de 1938, por ato do Governador do Estado de São Paulo. 
Pelo fato de haver um município com o mesmo nome, e em razão da existência de uma antiga capela, o novo Bairro passou a ser denominado Capela do Socorro.
A região era constituída por uma grande várzea, constantemente inundada. 
Mesmo após a construção da represa Billings, a região continuou sendo uma vasta área pantanosa.
Até o começo do século XX, existiam no Bairro, muitas serrarias e olarias. 
Havia grande dificuldade de escoar seus produtos, pela falta de estradas. 
As madeiras eram embarcadas em transporte fluvial até certo ponto e, depois, seguiam pela ferrovia até o centro da cidade.
Somente após a abertura da Avenida Santo Amaro, que liga o Bairro à zona central de São Paulo, e o loteamento das chácaras que margeavam a linha do bonde, foram se formando os primeiros núcleos residenciais da zona sul.
Em 1940, o primeiro loteamento da região é aberto com o nome de seu proprietário: Claudino Klein. 
Até então, as ruas da região sul eram de terra, e somente a Avenida De Pinedo, era asfaltada.
Com a construção da represa de Guarapiranga, criaram-se condições para o desenvolvimento dos esportes náuticos, com veleiros e barcos a motor. 
Fundaram-se clubes como o Iate Clube São Paulo e o Santo Amaro Iate Clube. 
Para o atendimento a essas atividades, o Bairro passou a abrigar alguns estaleiros. 
Até hoje, eles prestam manutenção às embarcações. 
Aos poucos, a região da represa de Guarapiranga se consolidou como um ponto de recreação, com bares e restaurantes, e até mesmo a criação de uma pequena praia, conhecida como "Prainha".
O Autódromo de Interlagos, construído entre as represas Billings e Guarapiranga, na região vizinha à Capela do Socorro, é a sede do Grande Prêmio Brasil de "Formula 1". 
O evento coloca a região da Capela do Socorro, no mapa mundial de eventos esportivos famosos. 

Texto extraído de artigos da internet. 
Luciana Celestino dos Santos