Poesias

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

A GANGUE DO TERROR - CAPÍTULO 3

Conforme o ano letivo ía transcorrendo, chegaram as provas. Oportunidade dos professores aferirem os conhecimentos dos alunos.
Por isso, durante quase duas semanas, os alunos da sétima série tiveram provas.
Antes é claro, tiveram que abandonar as tardes de preguiça e bagunça para estudarem.
Todos os alunos sem exceção tiveram que fazer isso.
Inclusive Raíssa que passou parte de suas tardes tentando estudar, o que nem sempre conseguia, dadas as reclamações da madrasta que insistia para que ela trabalhasse, que se ela se organizasse melhor não precisaria estar se matando de estudar agora, que ela era muito relaxada e preguiçosa, que se não trabalhava, poderia ao menos cuidar de suas coisas, lavar e passar sua própria roupa, fazer sua própria comida, para não ficar dando trabalho a ela que trabalhava fora.
Muitas vezes, Raíssa tinha que sair de casa para poder estudar com tranqüilidade e sem interrupções. Para isso escolheu um lugarzinho onde ninguém se atrevia a ir, com medo de dar de cara com alguma aparição fantasmagórica. Assim, restava intacta sua reputação de garota rebelde, pois se a vissem estudando, tal fato acabaria com sua imagem de durona.
Assim, passou tardes e tardes estudando, tudo para estar preparada para as provas.
E aí, quando finalmente chegaram as aludidas provas, foi só sentar-se em sua respectiva carteira assim como os demais alunos fizeram, e fazer as provas com toda a tranqüilidade.
Enquanto o tempo passava, prova por prova ía sendo feita.
Para não ouvir sermões de sua madrasta, tratou de estudar muito para fazer todas as provas.
Nos três últimos anos vinham tendo dificuldades para ter boas notas, especialmente no último ano quando quase foi reprovada.
Por causa disso, ouviu tanto, tanto, que decidiu este ano ser mais diligente com os estudos, para não dar motivo para futuras reclamações da madrasta.
Queria causar, pelo menos desta vez, uma boa impressão nas pessoas. Principalmente nos professores, depois da história do bilhete amassado atirado no professor.
Isso porque, só depois de algum tempo, é que descobriram pela caligrafia que não era de nenhum dos quatro acusados o autor do escrito. Os alunos descobriram isso porque a própria Raíssa insistiu com o professor para ver o bilhete e assim comparar as caligrafias.
Com isso quem tinha inicialmente os acusado, teve que se retratar e pedir desculpas. Até mesmo porque a própria Raíssa, o intimou para tanto.
E ai daquele que não fizesse o que ela tinha pedido. Com certeza iria sofrer represálias por parte dela.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a autoria.

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