Poesias

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

A GANGUE DO TERROR - CAPÍTULO 24

Ó doce canto das sereias!
Isso por que, enquanto inicialmente o apelo sedutor atraí os jovens para o consumo desses produtos, causando-lhes dependência, mais tarde o que se vê é a escravidão desses jovens, ao mundo do qual dificilmente conseguirão sair.
Assim, enquanto alguns criminosos ganham dinheiro com o comércio das drogas, os jovens se afundam na dependência.
Nessa história contudo, não existe nenhum ganhador.
A menos que se considere quem comercializa drogas como um ‘empresário’ bem sucedido.
Marcílio, que vivia desse comércio há anos, era um exemplo disso. Considerando seu ‘trabalho’, como uma verdadeira profissão, costumava dizer que ninguém se envolvia nesse submundo de inocente. Portanto, não existiam culpados nessa história.
Mas ele estava enganado.
Isso por que, vivendo da miséria de outras pessoas ele construía uma vida pouco estável para si e para quem ‘trabalhava’ com ele.
Raíssa, atuando como uma de suas colaboradoras, juntamente com seus amigos, Luís, Cláudio e Leocádio, também ajudava na elaboração dos produtos. Muito embora os quatros jovens não fossem usuários – visto que eles sabiam o mal que esse tipo de produto causa –, ganhavam muito vivendo do tráfico.
Os garotos cientes de que para vender o produto, precisavam convencer as pessoas a comprá-los, costumavam se utilizar do fato de que no primeiro ou nos primeiros usos, a sensação é muito boa.
Dizendo as pessoas que elas íam gostar de experimentar o produto, os garotos ao oferecerem a primeira amostra gratuitamente, passavam a vendê-los nas outras vezes.
Era assim que Raíssa e seus amigos ganhavam dinheiro.
Certa vez, sem saberem o que fazer com o que ganhavam, Luís e Cláudio saíram juntos para compra um aparelho de som que haviam gostado.
Quando Luís chegou em casa segurando uma caixa imensa, Dona Marta e Seu Rogério, logo quiseram saber onde ele tinha arrumado dinheiro para comprar um aparelho eletrônico tão caro.
Luís, ao se ver pressionado pelos pais, contou que aquele fora um presente de um amigo seu.
Dona Marta, ao ouvir a explicação do filho, quis logo saber o nome do amigo.
O garoto, sem saber o que dizer, respondeu que era um garoto novo na escola.
A mulher insistiu.
Luís então, pensando no primeiro nome que lhe veio a cabeça, respondeu que o garoto se chamava Renato.
Ao ouvir o nome Renato, Marta, acreditando no filho, resolveu deixar de fazer perguntas.
Luís aproveitando isso, foi até seu quarto e encostando a porta, começou a se ocupar da instalação do aparelho de som. Ávido por curtir um som, mal podia esperar para ver o som todo montado.
Raíssa, ao saber da novidade, repreendeu Luís e Cláudio.
Dizendo que os mesmos foram imprudentes, afirmou que se os mesmos continuassem agindo dessa maneira, as pessoas acabariam desconfiando.
Daí, para descobrir o que fazia, seria apenas questão de tempo.
Ao ouvir isso Cláudio respondeu:
-- Pois então, pode pará de reclamar Raíssa. Eu não contei a ninguém como consegui o aparelho de som. Dizendo que fora um prêmio que ganhei numa aposta, meus pais me deixaram em paz.
Luís, percebendo que Raíssa passou a olhar para ele, comentou também:
-- E eu, ao ser indagado a respeito do som, respondi que ganhei de presente de um amigo. O Renato que me deu. – completou irônico.
Raíssa, percebendo o sarcasmo, também riu.
-- Renato. Curioso, não é mesmo? Eu nunca ouvi falar de nenhum Renato... Está certo. Dessa vez passa. Contudo, da próxima vez tenham mais cuidado. Ou acabarão descobrindo a gente.
-- Está certo Raíssa. Você é quem manda. Mas então o que a gente faz com o nosso dinheiro? – perguntou Léo, igualmente ávido por gastar seu dinheirinho.
-- Ah gente! Dá um tempo! Eu não estou querendo cortar o barato de vocês, mas é que nós precisamos pensar bem no que vamos fazer. Assim, só gastem o dinheiro quando vocês souberem o que fazer com ele. Está certo?
-- Está bem. – concordaram os três.
Com isso os jovens que tinham muito ‘trabalho’, passaram a ajudar no preparo da mercadoria. Luís, Cláudio e Léo, orientados por Raíssa, que aprendera com Reginaldo a produzir as drogas, passaram a fabricá-las, lá mesmo em Água Branca.
Pegando folhas e flores, esmagaram-nas e a seguir, passaram a produzir cigarros.
Sem qualquer cuidado, juntaram ao produto outros elementos, como pedaços de plantas, além de capim, esterco, etc. Tudo isso visando aumentar o volume da mercadoria.
Contudo, os jovens não trabalhavam só com a maconha. Vendendo cocaína, conseguiram arrastar muitos jovens para o furacão avassalador das drogas.
Fabricando a cocaína, sob a forma de pó branco, os garotos, visando aumentar seus lucros, passaram a adicionar outros produtos a mercadoria.
E assim foram acrescentando açúcar, farinha, talco ou drogas análogas. Desta feita, os quatros jovens encontraram uma nova forma de lucrarem com o nefasto comércio.
Participando do fabrico da droga, os jovens acreditavam estar demonstrando o quanto eram bons no que faziam.
Entrementes, muito embora não soubessem, com o trabalho de intermediação que faziam entre os consumidores e os chefões da organização a que pertencia, esses jovens – tanto os que se tornaram usuários como os que a comercializavam – estavam fornecendo subsídios para financiar o crime organizado.
E assim, enquanto os quatro jovens e seus novos auxiliares se enganavam acreditando que não estavam prejudicando ninguém, Marcílio e Reginaldo sabiam muito bem até onde se estendiam os braços da organização para a qual trabalhavam.
Muito embora, não fossem os chefes da organização, eram figuras importantes dentro do sistema.
Contudo, ambos sabiam que se fizessem algo que desagradasse seus superiores, poderiam pagar com a vida.
Assim se pode constatar que embora este caminho seja muito vantajoso financeiramente, é também um caminho sem volta. Um caminho onde todos de uma maneira ou de outra, terminam mal.
Raíssa e seus amigos, embora soubessem que estavam se envolvendo com algo muito perigoso, não tinham a mais vaga idéia do quão caro ainda pagariam pela opção que fizeram.
Como o trabalho era atraente, e muito compensador financeiramente, os quatro nem pensaram nas conseqüências de seus atos. Pelo contrário, acreditando que esse tipo de trabalho só lhes traria vantagens, resolveram se aventurar.
E assim, os quatro passaram a viver do comércio da aludida mercadoria.
Mas o que aparentemente era um negócio tranqüilo, começou a mostrar seu lado agressivo e cruel.
Isso por que, com o passar do tempo, começaram a surgir casos de overdose.
Alguns jovens, fazendo uso de quantidades cada vez maiores de cocaína, por exemplo, tornaram-se estranhos e violentos. Ao usarem a droga passaram a se agitar de modo frenético e tornaram-se extremamente ansiosos. Sentindo tremores, não conseguiam ter controle seus movimentos. Alguns, ao chegarem nesse estágio, passaram a ter alucinações, espasmos e convulsões.
Em decorrência dessas alucinações, muitos dependentes apresentavam estados psicóticos em que os mesmas de tão reais, davam a impressão de que formigas, ou mesmo vermes, corriam por baixo da pele.
Muitos, em decorrência da overdose, morreram.
Desesperadas, as famílias, não conseguiam compreender o estranho comportamento dos jovens.
Muitas vezes, tentando explicar o que não tinha explicação, os pais se apegavam a desculpa de que o mal era da idade, acreditando que com o passar do tempo, seus filhos mudariam de atitude.
Para seu desespero porém, em vez de seus filhos melhorarem, as coisas se tornavam cada vez piores.
Sem saber o fazer, se perguntavam desesperados o que estava acontecendo.
Com isso, quando alguns jovens faleceram em virtude do uso indiscriminado das drogas, as famílias de Água Branca finalmente resolveram tomar uma atitude. Cientes de que havia alguém na cidade vendendo aquelas porcarias para seus filhos, pais e mães exigiram uma atitude da polícia.
A polícia, prometendo investigar se empenhou na tarefa.
Para todos no entanto, a principal suspeita era Raíssa.
Assim, quando Pedro descobriu que alguns jovens morreram em virtude do uso imoderado de cocaína, o mesmo resolveu tomar satisfações com a moça.
Desconfiado dela, o rapaz foi até sua casa.
Quando Raíssa viu o rapaz batendo a sua porta, a moça ficou surpresa. Perguntando o que ele estava fazendo ali, descobriu para seu desalento, que o rapaz estava ali para criticá-la.
Tanto que sem nem mesmo entrar em sua casa, Pedro, aborrecido com a conduta da moça, começou antes mesmo que ela lhe dissesse uma palavra que fosse, a proferir palavras ríspidas e grosseiras para ela.
Dizendo que ela fora a responsável pelas mortes de inúmeras pessoas na cidade, ressaltou que não esperava respeito e consideração de sua parte. Contudo nunca imaginou que ela seria capaz de descer tão baixo.
Raíssa ao ouvir aqueles impropérios, bem que tentou se defender contra-argumentando. Mas, sempre que ameaçava abrir a boca para falar o que quer que fosse, Pedro a interrompia com suas palavras duras.
A certa altura, dizendo que a mesma deveria ter vergonha de praticar o mal cometera, perguntou-lhe se isso não lhe pesava em sua consciência.
Comentando sobre a enorme maldade que impingira a cidade, o rapaz revelou que todos na cidade acreditavam ser ela a responsável por tudo aquilo.
Raíssa, vendo agora teria oportunidade para falar, comentou que não tinha nenhuma relação com que estava acontecendo.
Colocando-se na posição de vítima, a moça disse que se havia algum responsável por toda aquela confusão, todos aqueles jovens tinham sua parcela de culpa.
Pedro irritado, comentou que nada eximiria os responsáveis por aquele comércio, de sua responsabilidade. Dizendo a ela que ainda estava em tempo corrigir o mal que cometera, o rapaz comentou que a polícia estava pronta para ouvi-la.
Irritada, Raíssa, dizendo que não tinha nada para comentar, cansada de ouvir tantos desaforos, pediu licença e fechou a porta.
Contudo, embora tivesse se aborrecido com a falta de modos do rapaz, pensando um pouco no quadro que se desenhava na cidade, Raíssa, aos poucos foi tomando contato com a realidade.
Relutante, demoraria algum tempo ainda para que ela se convencesse do mal que estava fazendo.
Somente quando a droga fez novas vítimas é que  a garota se convenceu de não estava certo viver da miséria dos outros.
Isso por que, quando começou a trabalhar com esse tipo de atividade, a moça tinha apenas uma pálida noção do que era esse mundo antes desconhecido para ela. Porém, ao saber que a primeira sensação de quem usava drogas era prazerosa, Raíssa começou a entender por que seu apelo era tão envolvente.
O que ela não sabia é que além de criar uma forte dependência as mercadorias que vendia, modificavam o comportamento e a percepção das pessoas.
Lendo sobre o assunto nos últimos dias, Raíssa começou a constatar que as drogas além de causarem dependência, traziam muitos problemas.
Alterações no comportamento, agressividade, etc.
Pesquisando sobre o assunto a moça descobriu que algumas drogas, do grupo das alucinógenas podiam desencadear problemas e desvios comportamentais e mentais latentes.
Sobre o haxixe por exemplo, descobriu que a droga tinha uma forte ligação com a loucura. Isso por que, inibindo todas as censuras, fazia com que as tendências mais reprimidas surgissem. Em virtude disso a droga era a causa do aumento de patologia mental e do suicídio entre jovens.
Chocada a garota descobriu também que muitas drogas podiam desencadear reações de pânico dependendo do estado do usuário.
Impressionada com as informações que tomou conhecimento, a garota fez questão de passar estes dados a Marcílio.
O homem, percebendo que ela se impressionara com tudo o que lera, respondeu:
-- Não ligue para essas bobagens. Muitos jornalistas e escritores escrevem estas lorotas, só para impressionar as pessoas. Nada disso é verdade. Não se preocupe.
Raíssa contudo, não ficou nem um pouco satisfeita com a resposta.
Tanto comentou que não adiantava ele tentar esconder a verdade com palavras amenas. Ressaltando que mesmo tendo lido muito pouco sobre o assunto, comentou que havia muito mais a ser descoberto.
Marcílio, retrucou:
-- Se as drogas são algo assim tão ruim, por que tanta gente se deixa seduzir por elas? Será que as pessoas se deixariam dominar por algo assim tão ruim?
-- A questão não é essa. Sim, a droga traz inicialmente uma indescritível sensação de prazer. O porém é, até quando vale a pena investir nisso? Sim por que, experimentar a droga inicialmente é muito bom, só que conforme a pessoa vai se acostumando com o produto, a quantidade que inicialmente lhe causava essa sensação, vai se tornando pouca. Assim, conforme o a pessoa for se tornando depende, para ela ter a mesma sensação, que durará cada vez menos tempo, precisara de doses maiores da mesma droga. E assim, quando uma determinada droga não a satisfizer, ela se encaminhará para outras drogas mais potentes. Um ótimo negócio, não é mesmo? Dominar um batalhão de pessoas que com o passar do tempo não serão nada mais do que sombras do que um dia foram. Um bando de mortos vivos.
Marcílio, ao ouvir as palavras reveladoras de Raíssa ficou um tanto quanto irritado com a petulância da moça. Percebendo que a garota finalmente se dera conta do que significava seu trabalho, o homem notou que precisava ser enérgico.
Diante disso respondeu:
-- Então é isso que você pensa do nosso trabalho. Que somos um bando de criminosos que arregimenta incautos como você e seus amigos, os manipulamos e tornamo-los criminosos. Sim por que se você acha errado o que nós fazemos, você esteve ciente disso desde o começo. Ninguém a enganou. Assim, se tem culpados nessa história, todos tem sua parcela de culpa. E tem mais. Se não existissem usuários, nós teríamos que nos ocupar de outras coisas. Portanto, não me venha com essa história de vítimas. Todo mundo sabe o que está fazendo. Não existem culpados. E agora, volte a seu trabalho, e não me amole mais com essa conversa fiada.
Raíssa, percebendo que de nada adiantaria ficar discutindo com Marcílio, resolveu conversar com os amigos.
Comentando com Luís, Cláudio e Léo, que havia feito uma grande besteira ao se envolver com a quadrilha de Marcílio, a moça deixou escapar que tencionava sair dali.
Os garotos, percebendo que Raíssa não estava de brincadeira, comentaram com ela que não havia como fugir.
Dizendo que aquele era um caminho sem volta, recomendaram que ela não contasse a ninguém que tinha a intenção de abandonar o grupo.
Com isso mesmo contrariada, a moça teve que continuar executando seu ‘trabalho’.
Vendendo a mercadoria, Raíssa passou dia-a-dia a sentir raiva de seu ‘trabalho’. Sentindo-se em dívida com toda a cidade, por integrar aquele grupo, depois de que tomara conhecimento do mal das drogas, percebeu o quanto era penoso viver daquela maneira. Contudo, o que fazer?
Para Eulália, era indiferente o estado de espírito da enteada.
Isso por que, desde que fora advertida por Marcílio sobre sua conduta com relação a Raíssa, a mulher passou a ficar cada vez menos tempo em casa. Sob a desculpa de que fazia hora-extra, ela ia mesmo era se encontrar com outros homens.
Algumas vezes, chegou a jantar em casa de Marcílio.
Assim, quando finalmente percebeu o ar abatido da enteada, Eulália simplesmente perguntou:
-- Que cara horrível!
No que a moça respondeu:
-- É a única que eu tenho.
Ao ouvir a resposta atravessada, Eulália falou para Raíssa ter modos.
Mas ao se lembrar da advertência de Marcílio, a mulher achou por bem se calar. Sabendo que Marcílio era perigoso, Eulália chegou a conclusão de que não devia irritá-lo.
Certa vez ao desafiá-lo, recebeu como resposta a sua ousadia, a pior surra que já levara na vida. Depois de muito apanhar, Eulália teve que ser hospitalizada. Com o rosto completamente deformado pela surra que levou, levou semanas para se recuperar.
Assim, todo o cuidado era pouco.
Com Marcílio, ninguém brincava e ela não seria louca de enfrentá-lo novamente.
Com isso passou a evitar a enteada.
Raíssa, por sua vez, achava isso muito bom.
Sem ter Eulália para chateá-la, a garota podia ficar até tarde na rua.
Nessa época, novos casos de overdose, passaram a ocorrer.
Os jovens, seduzidos pelo discurso sedutor dos vendedores de drogas, passaram a consumi-la avidamente. 2
Embora num primeiro uso, os mesmos tenham experimentado uma sensação de relaxamento e bem-estar, que os levou a uma euforia e socialização – por isso alguns jovens passaram a participar de grupos e nesses grupos a dividir a droga; outros, desejosos de ficar a sós, passaram a se entregar a pensamentos que os levava a pensar que estavam fazendo um maior uso da criatividade, já que as barreiras da censura são derrubadas.
Juntamente com essas sensações prazerosas vieram os sintomas físicos que alteraram as funções do organismo inteiro.
Primeiro foram os batimentos cardíacos que aumentaram, juntamente com a pressão arterial. Com isso segue-se a sensação de boca seca, fome incontrolável, olhos vermelhos. E é justamente pelos olhos, a janela da alma, que se nota o estágio de intoxicação aguda. A isso, acrescenta-se um elevado grau de ansiedade, sensação de insegurança e outros males.
Em alguns casos até mesmo sensação de pânico.
Dessa forma, embora num primeiro momento se tenha a impressão ilusória de que se está atingindo uma maior sensibilidade, principalmente nos ouvidos e nos olhos, o que se denota é que a confusão substitui cada vez mais a realidade.
E assim os jovens, consumindo a droga em maiores quantidades, passaram a sentir os revezes do uso indiscriminado da maconha.
Abandonando a realidade passaram a se deparar com a confusão. Seus reflexos foram se tornando lentos.
O torpor foi se tornando sono, a euforia se tornou excitação, a aceleração do pensamento passou a lhes fazer não conseguir coordenar idéias. Os sentidos ficam embotados.
A concentração diminuí – sinal pelo qual se reconhece a fase de intoxicação aguda. Com isso a maconha torna impossível reações rápidas e a coordenação dos movimentos.
Reduzindo a coordenação dos movimentos, torna-se perigoso conduzir veículos sob o uso de entorpecentes.
Além desses efeitos, com o passar do tempo, os professores começaram a perceber uma sensível queda no rendimento escolar.
Isso por que, os estudantes ao fazerem uso da droga, desencadearam um dos seus efeitos mais nocivos que é a perda de interesse no estudo, que bloqueia toda a motivação, e torna muito mais difícil o aprendizado intelectual.
Em razão da diminuição da capacidade mental, as aula perdem seu sentido, a leitura se torna penosa e desinteressante, assim como a compreensão de textos, que se torna praticamente impossível.
Ademais, as conversas são reduzidas ao mínimo indispensável.
Com isso as matérias que exigem um maior esforço intelectual e rigor mental, tornam-se fronteiras inacessíveis aos espíritos alterados, pesados e alquebrados pelo uso diuturno da maconha.

2 - A descrição refere-se a maconha.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a autoria.

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