Aos passos do jardim
Perdida por entre os passos de um jardim suave, delicados seixos por entre as
folhagens, algumas gemas preciosas que se espalham sob as pétalas delicadas que
desabrocham sob o brilho intenso.
A moça desesperada procura um caminho por onde passar.
Seus delicados pés
descalços já sentem o ardor do sol intenso.
O calor enaltece seu desespero, preocupa-se com a longitude do espaço perdido.
Como se encontrar?
Nada a fazer a não ser sentar-se num tronco despedaçado a beira do caminho e
pairar sob a superfície como alguém que desesperadamente como ela, procura o ar no meio
da solidão de mata e floresta.
Pensativa, distante, lembra-se da areia esmaecida da praia, o mar revolto em que se
encontrara tão perdida quanto agora, o vento sobremaneira forte.
A corrente marítima a
afastava da beira do mar aberto... e lá foi ela para o longe.
Os cabelos negros soltos ao vento, contrastando com a claridade do sol.
Longas
melenas evaporam-se ao saber do vento, desfazendo-se a esperança de viver.
A alma trêmula
se apaga derradeiramente, definitivamente, a vida se consome...
Luciana Celestino dos Santos
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