Mais um ano que se passa, tantos bailes desfilaram pela memória de uma gente tão
humilde, vivendo em simples casa, voltando do trabalho de trem.
O trem das onze, que carrega mágoas, dores de saudade onde um apito de fábrica
fere os ouvidos de quem lá trabalha e tortura na labuta diária.
Não se leva em consideração o seu esforço constante, e ainda tens que agüentar um
patrão intolerante que vem lhe importunar.
Um natal a mais se faz presente e vem lhe ocupar ainda mais.
Uma noite de solidão.
Mais um natal em que a ceia vai esfriar e você não vai poder tocar
no prato da satisfação.
Luciana Celestino dos Santos
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