Um dia, estando só, Maria recebeu a mensagem de um anjo.
Um anjo que lhe trouxe
inesperada notícia.
Um filho dela estaria por vir, filho este que mudaria a trajetória dos
fatos.
Diante de tal fato Maria anuiu para que este evento grandioso acontecesse.
Afinal,
nada tinha para oferecer a não ser seu amor, que aceitou até a perda tão dura do filho
querido. Amor integral, incondicional, que aceitou tudo por amor ao filho.
Mãe, que cuida do filho e o acompanha até que cresça para vida.
Que gera o filho
em seu ventre e carrega-o por longo tempo, como que esperando que o fruto amadureça e
se desenvolva por estar mergulhado em rico nutriente da vida, a água.
Água.
A origem da vida, origem de tudo, desde o mais simples ser até o mais
complexo.
Na barriga da mãe cresce a criança que um dia poderá conhecer, que a
acompanhará por muito tempo numa perfeita simbiose.
Unidos parecem um só ser.
A natureza foi sábia, os seres todos possuem mães.
Desde o passarinho que sozinho
em seu ninho espera pelo alimento trazido pela mãe sempre providente, até os esquilos que
vivem na mata.
O feroz leopardo que ataca sua presa sem piedade, também tem sua mãe.
Mãe esta que cuida muito bem de seus filhotes, protege-os contra o frio abrigando-os em
seus ninhos e os ensina tudo o que sabe.
Observa-se com isso que mãe é a nossa primeira professora.
Prepara o filho para
que tudo lhe seja mais fácil.
Ser mãe é como a flor, que delicada oferece abrigo às abelhas para que estas levem
consigo seu pólen precioso para que produzam mel.
Apis mellifera, gentil abelha que retira da fina flor ingredientes para produzir o
alimento tão necessário.
Graciosa flor, como coração de mãe onde sempre cabe mais um.
Flor que não se
dobra, não se quebra, nem sob a força de um gigantesco tornado que tudo arrasta, tudo
destrói.
Seu fino e flexível cabo pode se envergar, mas dificilmente se quebrará, a menos que
haja violenta ruptura.
Rosa que se defende com os seus espinhos e que não é perene, mas a lembrança de
sua beleza fica eternamente gravada na memória.
As flores mais formosas não são as de plástico, que não transmitem perfume.
As flores
mais lindas são as flores que um dia murcham, secam e morrem.
Só que as flores de plástico
não morrem.
E as mães não são como as flores de plástico.
As mães um dia partirão.
Mães,
são como as flores de um jardim que pode ser florido ou não.
Depende somente de nós.
De sua filha, Luciana.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário