Poeta ou poetisa?
Ó grave dilema, para algo tão pequeno
Por que estabelecer diferenças,
Para algo que se faz de um jeito tão sereno?
Poetizar é pisar em chão de flores orvalhadas
Contemplar o sereno e a madrugada
A lua, em seus contornos tão sutis
Ó! Qual o por quê de tantas armaduras?
Poeta ou poetisa,
Duas formas tão singulares
De expressar a nobreza de uma arte
Poeta original, gênero masculino
A se transmudar para poetisa
Que ao passar das horas
Tornou-se termo despropositado e pejorativo
Ó tão grande dilema,
Por que tanto sexismo?
Não poderemos todos sermos grandiosos?
Ora, pouco importa a grafia,
O modo de se expressar
Pois é a poesia que sempre há de ficar
Por que não dizer poetisa
As femininas escritoras?
Por que sempre o contorno indiviso,
Criticar as diferenças?
Ô mundo complicado!
Poeta ou poetisa,
Para mim, todas as mulheres poetas
Poetisas o são,
Assim como o são as profetisas e sacerdotisas
Ser mulher nobre o é
E graças a singulares diferenças
É que o mundo passa a ter tessitura e voz
Poeta ou poetisa
Queremos apenas tua voz!
O som de seus escritos,
De suas vivências, suas experiências!
Poeta poetizador fica
Poeta poetisa, transforma-se
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
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