Poesias

quarta-feira, 11 de agosto de 2021

VOLGAS DO AMAR - CAPÍTULO 1

Numa certa manhã, todos os estudantes estão indo para as salas de aula. Dentro em breve as aulas do curso de letras começarão.
Em meio a esses estudantes, muitos sonham em ser professores ou mesmo estudiosos da língua pátria. Outros, mais ousados sonham com um carreira literária.
Com isso, os jovens aproveitam para conhecer a cultura do país e para sonhar.
Além disso, aproveitam também para amar e para viverem toda a dor e a delícia proporcionada por esse sentimento.
E é nesse ambiente que Michele estuda.
A garota que estava há muito se interessada em Felipe, não sabia o que fazer para chamar sua atenção. Discreta, ao mesmo tempo em que gostava dele, não queria que ele soubesse de seus sentimentos.
Amiga do rapaz, a moça sabia tudo o que lhe acontecia. Isso por que, o rapaz, tomado de simpatia por ela, contava tudo o que ocorria com ele.
Foi assim, que ela descobriu que o rapaz estava interessado em Fernanda.
Fernanda, que era considerada uma das mais belas alunas que freqüentavam o campus. Era só a moça passar, para alguns estudantes fazerem comentários sobre ela.
Felipe não fugia a regra. Apesar de não ser atirado como os outros rapazes, mal podia se conter quando ela passava.
Michele, quando percebia isso, ficava profundamente desapontada. Porém, procurava disfarçar.
Para piorar, Felipe vivia lhe pedindo para que o ajudasse a se aproximar da moça. Muito embora Michele dissesse que não tinha a menor intimidade com Fernanda, diante da insistência do amigo, prometeu que faria o possível para se aproximar e conhecê-la um pouco melhor.
E assim, o fez. Todavia, não foi nada fácil se aproximar de Fernanda, sempre muito solicitada por seus amigos. Para complicar um pouco mais, a moça era um tanto quanto esnobe. Contudo, desejando saber o que Michele queria com ela, Fernanda acabou aceitando conversar.
Mas, antes que Michele proferisse qualquer palavra, Fernanda advertiu a moça, de que não estava nem um pouco interessada em perder seu tempo com conversas sem sentido. Assim, que ela falasse logo o que queria, e depois fosse embora.
Michele então contou, que tinha uma pessoa que gostaria muito de conhecê-la. Porém, por este ser muito tímido, não tinha coragem para se aproximar.
Fernanda, ao se ver alvo novamente de um admirador, caiu na gargalhada. Isso por que, era muito comum para ela, ser alvo de paixões arrebatadoras. E assim, desacostumada a ter o trabalho de cativar alguém, se sentia uma verdadeira rainha. Tão soberana que se sentia até no direito de desprezar alguns de seus pretendentes.
Diante disso, Michele ficou desconcertada. Afinal de contas, o que era tão engraçado? Não dissera nenhuma frase engraçada, então, qual a razão das gargalhadas de Fernanda?
Foi então que, aborrecida, Michele se encheu de coragem e perguntou:
-- Do que é que você está rindo? Posso saber?
Fernanda, percebendo a irritação de Michele, respondeu então:
-- Calma, calma. Não precisa ficar irritadinha. Eu só estava achando graça da maneira que este rapaz arrumou para me abordar. Ele é tão timido assim, que precisa até de interlocutores?
Michele então, respondeu que ele não se apresentou pessoalmente, por que queria fazer-lhe uma surpresa.
Todavia, a desculpa da garota, não surtiu o efeito desejado.
Isso por que Fernanda, além de não acreditar em nenhuma palavra de Michele, chegou a pensar que talvez se tratasse de um logro. Talvez alguma garota invejosa quisesse se vingar dela, por ela ter roubado seu namorado.
Michele, ao perceber a desconfiança de Fernanda, tratou logo de esclarecer a situação, explicando que não se tratava de nenhuma brincadeira. Que pelo contrário, era o rapaz que temia ser alvo de chacotas ao contar o que sentia verdadeiramente por ela.
Com isso, enquanto tentava se explicar, Michele foi interrompida por Fernanda, que subitamente, se interessou pela história do rapaz.
Foi então que Fernanda começou a fazer perguntas sobre o rapaz.
Michele então, relatou nos mínimos detalhes, tudo o que sabia a respeito de Felipe. Contou que o rapaz, freqüentava o mesmo curso que Fernanda, e que a havia conhecido justamente daí. Que era estudioso. E que há a vinha contemplando há um bom tempo. Por conta disso, chegou até, a escrever algumas poesias para ela.
Fernanda, ao ouvir isso, ficou subitamente animada. Foi então que perguntou como era a aparência do rapaz.
Michele então o descreveu tal qual ele era. Talvez tenha até exagerado um pouco ao descrever suas qualidades. E Fernanda, que não era boba nem nada, ao perceber que o rapaz tinha uma ótima aparência, tratou logo de pedir a Michele, que providenciasse um encontro entre eles, para que ela o pudesse conhecer um pouco melhor.
Michele, então, incumbida de aproximar os dois, prometeu que arranjaria o encontro.
Porém, o que Fernanda e Felipe mal podiam imaginar, é que Michele há muito tempo já gostava dele. Contudo, por ser sua amiga, Michele não podia se negar a cumprir com o prometido, e assim, se empenhou o máximo que pôde para realizar o encontro entre os dois.
E realmente o encontro se deu.
Cerca de dois dias depois, finalmente Felipe pôde conversar com Fernanda. Porém, foi um custo convencê-lo a ir ao encontro. Nervoso com a possibilidade de aproximação, o rapaz começou a inventar inúmeras desculpas para não ir vê-la.
Michele, aborrecida, ao perceber que ele não iria vê-la, ameaçou-o dizendo que se não fosse, não precisa contar mais com sua ajuda. Afinal de contas, ela não havia se exposto tanto, somente para se desancada depois. Assim, Michele prometeu que o levaria arrastado se fosse necessário.
Mas, foi não necessário. Na última hora, o rapaz encheu-se de coragem e foi até o local do encontro conversar com a moça. Para sua alegria, Fernanda mostrou-se desde o início, bastante simpática com ele. Atenciosa, parecia reter cada detalhe da conversa. E isso contribuiu para deixá-lo bastante à vontade. Tanto, que os dois passaram horas juntos, e nem sequer perceberam que o tempo voava.
Quando Fernanda, foi olhar o relógio, já havia se passado mais de três horas desde o início do encontro. Surpresa com o adiantado da hora, comentou com Felipe, que precisava ir. O rapaz então, ansioso por um novo encontro, perguntou a ela, quando poderiam novamente se encontrar. Fernanda falou então que:
-- Na semana que vem, quarta-feira às oito horas, aqui mesmo, está bem?
Felipe concordou. E esperou ansiosamente para que o referido dia chegasse.
Michele, amiga de Felipe, mal podia suportar ouvir seus comentários de alegria e satisfação a respeito do encontro que tivera com Fernanda. Dizendo o quanto ela educada, gentil, bonita e simpática, alegava que ela era a mulher mais especial do mundo.
Michele, à certa altura, tentando se desvencilhar de Felipe, começou a inventar desculpas para ficar cada vez menos tempo com ele. Dizendo que precisava estudar, que tinha alguns assuntos para resolver, passou a cada vez mais, evitar o amigo.
E mesmo assim, apesar de triste, Michele continuou a freqüentar o curso, e dar seguimento aos seus estudos. Aplicada, passou a se dedicar integralmente aos estudos, deixando de lado Felipe e convivendo um pouco mais com seus colegas de curso.
Foi nesse ínterim, que um amigo de Fernanda, chamado Augusto, depois de ter visto Michele, conversando com ela, foi logo lhe perguntar sobre o que falavam. Fernanda respondeu então, que não era nada de mais, e que não lhe dizia respeito.
Augusto porém, nem um pouco constrangido com a resposta atravessada, perguntou o nome da moça.
Fernanda então respondeu:
-- Não sei ao certo. Acho que é Miréia, Milene, Marlene... Não sei.
-- Como não sabe? Vocês conversaram durante horas! Como você pode ser tão desleixada ao ponto de nem procurar saber o nome da pessoa com quem você estava conversando?
-- Não sabendo. – respondeu secamente.
Augusto, porém, não se deu por vencido. Prometeu que a procuraria e a encontraria. Sabendo que para ela, ter ido falar com Fernanda naquele horário, era por que provavelmente ela freqüentava o mesmo curso, isso já facilitava um pouco o encontro. O próximo passo seria vasculhar todas as salas até encontrá-la.
E assim o fez. Apesar de ter tido um pouco de trabalho, dado o expressivo número de turmas que havia no curso, Augusto, depois de muito insistir, acabou por ver Michele, entrando em uma das salas. Porém, cauteloso, resolveu não se apresentar de imediato.
Contudo, aproveitando a oportunidade, Augusto resolveu perguntar a alguns alunos, colegas de classe da moça, como era conviver com ela. Se ela era simpática, estudiosa, e tão bonita quanto parecia ser.
Os colegas de classe de Michele, deram o relatório completo da moça. E Augusto, satisfeito com as informações, agradeceu aos rapazes, e depois, voltou para sua sala.
Porém, mal conseguia prestar atenção na aula.
Fernanda então, aproveitando a hora do intervalo, foi perguntar ao amigo, qual era a razão para sua desatenção durante a aula. Apesar de saber que ele não era um modelo de aluno aplicado, nunca o vira tão desatento quanto agora.
Augusto, contou então a Fernanda, que já sabia o nome da moça, assim como, que ela era aplicada, adorava poesia e freqüentava o curso por que além de gostar da idéia de ser professora, sempre sonhou ser uma poetisa.
Fernanda ao ouvir isso, desdenhou dizendo que isso não era nada de mais, e que qualquer pessoa poderia fazer uma poesia.
Augusto por sua vez, disse que nunca tinha visto ela redigir uma poesia para quem quer que fosse. Assim, se era tão fácil escrever uma poesia, por que ela não o fazia?
Fernanda respondeu então, que não estava nem um pouco interessada nessas bobagens sentimentais. Além disso, já tinha muitas poesias para ler de seus admiradores e antigos namorados. De formas que, não tinha tempo para redigir suas próprias poesias.
Augusto então, deixou de lado a implicância e perguntou a amiga, o que as mulheres gostam de ganhar, quando são presenteadas.
Foi a oportunidade que faltava para Fernanda, divertir mais um pouco fazendo gozações com Augusto. Mas este, sem se importar com o deboche de Fernanda, insistiu e perguntou a ela qual o presente que ele deveria dar a Michele.
Foi então que ela respondeu:
-- Primeiramente. Ela já te conhece?
-- Ainda não.
-- Então, qual a razão de lhe dar um presente agora? Você nem sabe se ela vai querer saber de você. – comentou ela rindo.
-- Há, há, há! Muito engraçado. Só não se esqueça você que quem ri por último ri melhor. Além disso, eu quero jogar para ganhar. Assim, se eu der um bom presente, eu vou conseguir causar uma boa impressão.
-- Ah! Sei. O que você quer, é comprá-la com um presente. Entendo. Por que você não lhe entrega um belo arranjo de flores?
-- Ah! Não sei. Isso não é meio óbvio não, heim?
-- Mas afinal, qual o presente que a encantaria mais? O que ela faz? Ela trabalha, estuda, o que?
-- Minha querida Fernanda, como você é desligada. Você acha que se ela não estudasse aqui, ela teria ido falar com você? Além disso, como eu saberia o nome dela?
-- Então ela freqüenta o curso de letras? E ela é estudiosa? Ou prefere uma balada? Me conta, ela é toda certinha? – perguntou irônica.
-- Se você não quer me ajudar, tudo bem. O que não vou aceitar é deboche. Afinal de contas não é você que vive atrás dos incautos?
-- Escuta aqui Augusto, mais respeito comigo. Eu sou não igual essas bobalhonas que você arruma para sair.
-- É mesmo? Pois não parece. Eu estou aqui há um tempão tentando ter uma conversa séria com você e não estou vendo nenhum resultado. Afinal de contas, você vai me ajudar ou não? – perguntou o rapaz, visivelmente irritado.
-- Está certo. Então me responda. O que você sabe sobre ela?
Augusto então, percebendo que Fernanda estava falando sério, contou a ela tudo o que sabia a respeito de Michele.
A moça, ouvindo tudo atentamente, respondeu então:
-- Diante do quadro que você me apresentou dela, ela vai adorar ganhar algum livro de literatura. Talvez algum clássico. O único cuidado que você tem que ter é comprar uma obra que ela gostaria de ler, mas não teve a oportunidade. Entendeu? Nada de lhe dar um livro que ela já tem.
-- Mas como eu vou saber disso? – perguntou ele surpreso.
-- Simples. Não foi perguntando aos seus amigos que você descobriu o nome dela e como ela é? Pois então, pergunte como quem não quer nada, sobre os gostos literários dela. Se for o caso, diga que é para um pesquisa.
-- Ótima idéia. – respondeu ele. – Quando você quer, você saber ser brilhante.
Depois de proferir estas palavras, o rapaz saiu em desabalada carreira do lugar. Estava decidido a conquista a moça de qualquer jeito.
Michele, no entanto, permanecia alheia a tudo isso. Entretida com seus afazeres escolares, ela mal tinha tempo para perceber que Felipe, não conseguia entender seu afastamento repentino.
Nisso o rapaz foi novamente se encontrar com Fernanda. Ansioso, Felipe acabou chegando meia hora mais cedo.
Fernanda por sua vez, chegou quinze minutos atrasada. Porém, assim que chegou se desculpou. Dizendo que tivera um imprevisto, tentou explicar as razões por se atrasar um pouco.
Felipe, porém, encantado com a moça, disse que ela não tinha que se desculpar, afinal de contas, imprevistos sempre acontecem. Diante disso, Felipe se levantou e a convidou para se sentar, puxando a cadeira, gentilmente para ela.
E assim, os dois começaram a conversar. Atenta a tudo, Fernanda mais uma vez, foi extremamente simpática com Felipe. Interessada em tudo o que ele contava sobre sua vida, Fernanda teve todo o cuidado para deixá-lo encantado com sua presença. Por isso, para este encontro, escolheu sua melhor roupa, e usou do seu melhor papo, para deixá-lo ainda mais fascinado.
Com isso, conforme as horas passavam, Fernanda, ansiosa por se encontrar com seus amigos numa balada que já estava acontecendo, comentou com Felipe, que precisava ir para casa descansar, já que no dia seguinte, tinha que apresentar um trabalho na faculdade.
O rapaz, ao ouvir isso, ficou visivelmente desapontado. Mas entendendo a situação da moça, acabou concordando em encerrar o encontro. Com isso, Fernanda prometeu que eles se encontrariam novamente nos próximos dias. E assim, um novo encontro foi marcado.
Porém, o que Felipe não sabia era que Fernanda, já estava ficando um pouco desanimada com seu retraimento. Tanto que aproveitando a oportunidade, assim que se viu livre dele, foi logo se encontrar com seus amigos, numa festa. Nesta festa, Fernanda dançou e se divertiu a noite inteira. Depois, resolveu ficar com um conhecido, e seus amigos só tornaram a vê-la, no dia seguinte.
Porém, a despeito da noitada que tivera, a moça estava feliz. Contente por ter conseguido se divertir, mal conseguia se lembrar do encontro com Felipe.
Mas Augusto, sabendo dos encontros com Felipe, alertando-a, fazia questão de lembrá-la de que ela não poderia continuar agindo tão abertamente como costumava agir, ou ele acabaria descobrindo a verdade.
Ao ouvir isso, Fernanda ficou profundamente irritada com Augusto. Porém, acabou caindo em si, ao perceber que os argumentos do amigo eram sólidos o bastante, para convencê-la de que estava se expondo demais. Realmente, Augusto tinha razão, e mesmo que ela não gostasse disso, tinha que concordar com ele. Isso por que, agindo da forma como estava a agir, mais cedo ou mais tarde, Felipe acabaria descobrindo toda a verdade, o que acabaria com seus planos de fazer dele, seu namorado firme.
Contudo, a despeito dos conselhos do amigo, Fernanda comentou com ele, que Felipe era muito devagar. Tão lento, que nem sequer um beijinho havia rolado entre os dois.
Augusto então, aconselhou-a a insinuar para ele, e se fosse o caso, que ela mesma tomasse a iniciativa do beijo.
Ao ouvir isso, por mais que tentasse disfarçar, Fernanda mal pôde conter o riso.
A essa altura, Augusto, irônico, chegou até a comentar que talvez o rapaz, não fosse muito chegado neste assunto.
Fernanda ao ouvir isso, comentou que jamais perderia seu tempo com uma criatura dessas. Além disso, a moça tinha certeza absoluta de Felipe tinha verdadeira adoração por ela. Tanta, que a respeitava demais para ousar sequer beijá-la.
Mas nada disso convencia Augusto, que não parava de rir. Era realmente muito engraçado ver que ainda existiam homens pudicos. Augusto achava tão curiosa a atitude de Felipe, que até comentou:
-- Quem te viu e quem te vê! Quando você namorou a mim, você não era tão contida assim. Muito pelo contrário, era muito da assanhada.
-- Cale a boca! Se tem uma coisa que eu nunca fui é assanhada. Você é que nunca conseguiu resistir ao meu charme. Está certo?
-- Claro! Que você é charmosa, eu não tenho a menor dúvida. Muito menos que você é atraente. Mas que você gosta de namorar e de homem, isso eu sempre soube. Acho que foi por isso que nós demos tão certo.
-- E vai ver que é por isso, que eu sempre tenho recaídas, quando vejo você. – respondeu ela.
-- Fernanda, você não presta!
-- Nem você, caro amigo. Nós somos feitos da mesma massa. – comentou.
Nisso, os começaram a rir.
Assim, conforme as horas se passaram, mais uma vez Felipe tentou se aproximar de Michele para conversar. Decidido a esclarecer aquela estranha situação, assim, que teve a oportunidade de se aproximar da garota, decidiu lhe perguntar o que estava acontecendo.
Michele, então, respondeu com evasivas:
-- Não é nada. Eu só tenho estado muito ocupada ultimamente. Só isso. Mas assim, que eu tiver um tempinho livre, eu volto a falar com você, está bem?
-- Mas por que isso? Por acaso, eu fiz ou falei alguma coisa de errado? Me explique que eu não estou entendendo nada.
-- Não tem nada de errado Felipe. Eu só tenho estado enrolada com os trabalhos da faculdade.
Felipe, ao ouvir isso, não ficou nem um pouco convencido porém. Isso por que, sabia ele que Michele era disciplinada o bastante, para redigir todos os trabalhos, com bastante tempo de antecedência. Assim, suas justificativas para explicar sua ausência, não faziam sentido nenhum para ele. Por isso mesmo, ele disse:
-- Michele, se você pensa que me engana com esse papo furado de trabalho da faculdade, fique sabendo que eu não sou idiota. Vamos. Por que não me conta o que está acontecendo?... Vai me dizer que arrumou um namorado e não vai me contar? É isso? Eu acertei, não?
Michele, ao ouvir isso, foi tomada de um profundo espanto. Tanto, que insistiu em dizer que não tinha namorado nenhum e que apenas estava atarefada. A despeito de tudo o que ele tinha falado a seu respeito, ela não havia se organizado direito para fazer todos os trabalhos que foram pedidos pelos professores.
Com isso, como o grupo com qual estava trabalhando a chamou, e Michele se afastando amigo, durante algum tempo, evitou suas perguntas indiscretas.

Luciana Celestino dos Santos
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