Porém, depois de um longo tempo de calmaria, nuvens negras se aproximaram dos céus de felicidade em que vivia a família, lançando a todos num profundo abismo.
Mariana, a esposa de Otávio, cansada de viver isolada na propriedade, passou, nas inúmeras vezes em que o marido retornava a Capital, a freqüentar a casa de ilustres senhoras que viviam na localidade. Desacompanhada, acabou sendo alvo de assédio de um senhor que estava de passagem pelo lugar.
Com isso, sempre que Mariana saía da casa de uma das ilustres damas que freqüentemente visitava, lá vinha o intruso assediá-la. Dizendo-lhe gracejos, comentava que a mulher era ainda muito jovem para se enterrar naquela vidinha medíocre de interior.
Mariana, contudo, sempre que ouvia os comentários desabonadores do cavalheiro, fazia questão de retrucar dizendo que ele sim era muito medíocre. Além disso, o lugar era muito bom e ela estava muito bem ali, vivendo com sua família.
No entanto, mesmo sendo constantemente rechaçado, o homem passou a ficar cada vez mais impertinente.
Muito embora isso não fosse verdade, sempre que Mariana encontrava o tal sujeito, fazia questão de dizer que adorava a cidade e que estava muito feliz de viver ali.
Contudo, não estava feliz. Ao saber que Otávio decidira se fixar na região, Mariana ficou profundamente desapontada.
Não por que o lugar fosse ruim, mas por que havia poucas oportunidades de passeios assim como de estudos para os filhos.
Otávio, no entanto, sempre que ouvia isso, para tentar desdizer a esposa, alegava que com a presença da preceptora, a educação dos filhos estava mais do que assegurada.
Mariana, todavia, não estava nem um pouco satisfeita. Ao saber que teria que abandonar a efervescência da Corte, ficou deveras desapontada. Isso por que, acostumada a viver na cidade, não conseguia se imaginar vivendo longe dali. Além do mais, era ainda muito jovem e muito alegre para viver numa localidade tão pacata.
Resultado, as brigas do casal, eram cada vez mais constantes. Por conta disso, Otávio passava cada vez mais tempo longe de casa. O que facilitava deveras a aproximação de pessoas estranhas, entre elas, a do estranho homem.
Certa vez, ao vê-la pela cidade em companhia dos filhos, o rapaz ficou espreitando, na espera de uma oportunidade de cercá-la novamente.
Foi assim que ao vê-la por um instante sozinha, o homem aproximou-se e oferecendo-lhe flores, convidou-a para acompanhá-lo. Não bastasse isso, o rapaz passou a segurar seu braço, na vã tentativa de intimidá-la.
Mariana, sendo mais vez alvo das investidas do sujeito, ameaçou fazer um escândalo se ele não soltasse seu braço.
O rapaz porém, mesmo diante de suas ameaças, não se deixou intimidar. E assim, começou a arrastá-la na tentativa de levá-la em sua carruagem.
Não conseguiu. Por sorte, um outro rapaz que passava pelo lugar, percebendo a confusão, se prontificou a ajudar Mariana. Ao desferir um soco no rosto do sujeito impertinente, acabou por afastá-lo dali. Isso por que, com o olho machucado, o mesmo viu-se desmoralizado diante da mulher.
Sentindo-se humilhado, o sujeito prometeu se vingar da pobre mulher.
Nisso, Mariana, ainda assustada com o ocorrido, agradeceu o jovem rapaz que interviera, e a ajudara a se livrar do sujeitinho.
Agradecido, o rapaz comentou que ela deveria ter mais cuidado e não andar mais sozinha pela região. Aconselhando-a a seguir acompanhada de seu marido, ouviu como resposta que o esposo dela estava ausente.
Por esta razão, preocupado com o que se sucedera, o jovem ofereceu-se prontamente para levar toda a família de volta para a casa.
Mariana então, foi procurar os filhos e depois de resolver o que tinha para resolver, voltou escoltada pelo rapaz, para sua morada.
A jovem mulher, que a esta altura já estava a tempos afastada do marido, ficava cada vez mais tempo longe de sua casa.
No entanto Letícia e Rafael, raramente a acompanhavam em seus passeios. Abandonados pelos pais, o divertimento dos dois, com o passar do tempo, passou a ser a companhia dos escravos. Regina, a preceptora dos meninos, também, passou a ser uma grande amiga dos dois.
Não obstante as novas companhias, os dois se sentiam muito sós sem a presença dos pais. Acostumados a viverem em uma família harmoniosa e presente, Letícia e Rafael mal podiam acreditar que haviam sido postos de lado por seus pais.
Porém, mal sabiam eles que as coisas ficariam ainda piores. Isso por que, quanto mais Otávio e Mariana se afastavam, mais se abriam brechas para que ambos se envolvessem em escândalos.
E fatalmente, foi isso o que aconteceu.
Mariana, a esposa de Otávio, cansada de viver isolada na propriedade, passou, nas inúmeras vezes em que o marido retornava a Capital, a freqüentar a casa de ilustres senhoras que viviam na localidade. Desacompanhada, acabou sendo alvo de assédio de um senhor que estava de passagem pelo lugar.
Com isso, sempre que Mariana saía da casa de uma das ilustres damas que freqüentemente visitava, lá vinha o intruso assediá-la. Dizendo-lhe gracejos, comentava que a mulher era ainda muito jovem para se enterrar naquela vidinha medíocre de interior.
Mariana, contudo, sempre que ouvia os comentários desabonadores do cavalheiro, fazia questão de retrucar dizendo que ele sim era muito medíocre. Além disso, o lugar era muito bom e ela estava muito bem ali, vivendo com sua família.
No entanto, mesmo sendo constantemente rechaçado, o homem passou a ficar cada vez mais impertinente.
Muito embora isso não fosse verdade, sempre que Mariana encontrava o tal sujeito, fazia questão de dizer que adorava a cidade e que estava muito feliz de viver ali.
Contudo, não estava feliz. Ao saber que Otávio decidira se fixar na região, Mariana ficou profundamente desapontada.
Não por que o lugar fosse ruim, mas por que havia poucas oportunidades de passeios assim como de estudos para os filhos.
Otávio, no entanto, sempre que ouvia isso, para tentar desdizer a esposa, alegava que com a presença da preceptora, a educação dos filhos estava mais do que assegurada.
Mariana, todavia, não estava nem um pouco satisfeita. Ao saber que teria que abandonar a efervescência da Corte, ficou deveras desapontada. Isso por que, acostumada a viver na cidade, não conseguia se imaginar vivendo longe dali. Além do mais, era ainda muito jovem e muito alegre para viver numa localidade tão pacata.
Resultado, as brigas do casal, eram cada vez mais constantes. Por conta disso, Otávio passava cada vez mais tempo longe de casa. O que facilitava deveras a aproximação de pessoas estranhas, entre elas, a do estranho homem.
Certa vez, ao vê-la pela cidade em companhia dos filhos, o rapaz ficou espreitando, na espera de uma oportunidade de cercá-la novamente.
Foi assim que ao vê-la por um instante sozinha, o homem aproximou-se e oferecendo-lhe flores, convidou-a para acompanhá-lo. Não bastasse isso, o rapaz passou a segurar seu braço, na vã tentativa de intimidá-la.
Mariana, sendo mais vez alvo das investidas do sujeito, ameaçou fazer um escândalo se ele não soltasse seu braço.
O rapaz porém, mesmo diante de suas ameaças, não se deixou intimidar. E assim, começou a arrastá-la na tentativa de levá-la em sua carruagem.
Não conseguiu. Por sorte, um outro rapaz que passava pelo lugar, percebendo a confusão, se prontificou a ajudar Mariana. Ao desferir um soco no rosto do sujeito impertinente, acabou por afastá-lo dali. Isso por que, com o olho machucado, o mesmo viu-se desmoralizado diante da mulher.
Sentindo-se humilhado, o sujeito prometeu se vingar da pobre mulher.
Nisso, Mariana, ainda assustada com o ocorrido, agradeceu o jovem rapaz que interviera, e a ajudara a se livrar do sujeitinho.
Agradecido, o rapaz comentou que ela deveria ter mais cuidado e não andar mais sozinha pela região. Aconselhando-a a seguir acompanhada de seu marido, ouviu como resposta que o esposo dela estava ausente.
Por esta razão, preocupado com o que se sucedera, o jovem ofereceu-se prontamente para levar toda a família de volta para a casa.
Mariana então, foi procurar os filhos e depois de resolver o que tinha para resolver, voltou escoltada pelo rapaz, para sua morada.
A jovem mulher, que a esta altura já estava a tempos afastada do marido, ficava cada vez mais tempo longe de sua casa.
No entanto Letícia e Rafael, raramente a acompanhavam em seus passeios. Abandonados pelos pais, o divertimento dos dois, com o passar do tempo, passou a ser a companhia dos escravos. Regina, a preceptora dos meninos, também, passou a ser uma grande amiga dos dois.
Não obstante as novas companhias, os dois se sentiam muito sós sem a presença dos pais. Acostumados a viverem em uma família harmoniosa e presente, Letícia e Rafael mal podiam acreditar que haviam sido postos de lado por seus pais.
Porém, mal sabiam eles que as coisas ficariam ainda piores. Isso por que, quanto mais Otávio e Mariana se afastavam, mais se abriam brechas para que ambos se envolvessem em escândalos.
E fatalmente, foi isso o que aconteceu.
Luciana Celestino dos Santos
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