Um dia desses, em mais uma tentativa de fuga, Andressa aproveitou-se novamente da distração dos empregados.
Pretendendo fugir, correu pelo quintal.
Ao notar que o portão estava semi-aberto, Andressa tentou abri-lo com cuidado.
Desta forma, vagarosamente, empurrou-o.
Não queria que os empregados, pelo barulho, dessem por sua falta.
Contudo, o portão era pesado, e para abri-lo, Andressa precisava fazer força.
Por conta disso, demorou para conseguir abrir o portão.
Nesse momento, Cristóvão – o motorista – preparando o carro para sair, percebeu que havia alguém tentando empurrar o portão.
Discretamente, aproximou-se.
Quando viu que era Andressa quem estava tentando abri-lo, começou a gritar para que ela parasse.
Andressa assustada, continuou a tentar abrir o portão.
Entretanto, já era tarde.
Quando o empregado notou sua presença, já não dava mais tempo de ganhar a rua.
Com isso, Andressa teve que se conformar e voltar para casa.
Quando Paulina soube da nova tentativa de fuga de Andressa, passou-lhe um tremendo sermão.
Dizendo que ela tinha uma vida boa, que não precisava se preocupar com mais nada, Paulina censurou a atitude de Andressa.
Decepcionada, não conseguia entender como uma pessoa poderia querer viver uma vida de miséria, sem nenhuma perspectiva.
Andressa, que não tinha outra escolha, ouvia a tudo calada.
Com a cabeça baixa, a garota parecia não se importar com suas palavras.
Nesse momento, Paulina perguntou-lhe o que estava faltando.
Andressa continuava indiferente.
Aflita, Paulina falou:
-- Eu sei que não fui uma boa mãe para você! Mas eu estou tentando. O que eu posso fazer para ao menor minorar as conseqüências do meu erro? ... Vamos me diga. Me diga o
que você... Eu prometo que dentro do possível eu vou te atender ... Vamos... Por favor, peça alguma coisa!
Andressa continuava de cabeça baixa.
Paulina, percebendo que não seria fácil penetrar naquele mundo, respondeu:
-- Tudo bem! Eu não vou te prender mais. Pode voltar para seu quarto.
Andressa não precisou ouvir duas vezes.
Assim que pôde, subiu para o quarto.
Paulina então, pensando nos últimos dias, começou a analisar sua convivência com Andressa.
Disposta a se aproximar de uma vez por todas da garota, Paulina começou a pensar em aprender a linguagem dos sinais.
Com isso, passou a procurar lugares onde pudesse aprender a linguagem e até ajudar a filha a se comunicar melhor.
Quando finalmente conseguiu entrar em contato com uma instituição, Paulina resolveu conversar com Andressa.
Dizendo-lhe que ela precisava melhorar sua comunicação, sugeriu-lhe freqüentar as aulas.
Inicialmente, Andressa não demonstrou o menor interesse.
Paulina, porém, era paciente.
Tanto que conversando com a garota, depois de muito insistir, acabou convencendo-a de que era a melhor solução.
Andressa visando se ver livre de Paulina, acabou concordando.
Com isso, passou a freqüentar as aulas.
Paulina, que desejava ajudar a filha, a acompanha nas aulas.
Para Andressa era um suplício ter aquela mulher o tempo inteiro do seu lado.
Contudo, não tinha outra alternativa.
Teve que aceitar a convivência forçada.
Vigilante, Paulina evitava deixá-la sozinha.
Com isso, uma das barreiras fora derrubada.
Para ela, só faltava agora, encontrar um jeito de fazer Andressa voltar a falar.
Ciente de que a garota sofrera um trauma, Paulina sabia que a garota podia perfeitamente falar.
Ademais, preocupada com o futuro da filha, Paulina começou a se mobilizar para que ela voltasse a estudar.
Como fazia anos que Andressa não freqüentava uma sala de aula, e que a garota nunca tivera uma vida normal de estudante, Paulina pensou em contratar
professores particulares para ensinarem a garota.
Isso por que, muito embora Andressa não falasse, ouvia perfeitamente, bem como sabia ler e escrever.
Assim, mesmo não sendo tão simples a comunicação, não era impossível.
Assim, imbuída no firme propósito de ajudar Andressa, Paulina contratou o melhor professor que conhecia para ensinar a garota.
Pretendendo fugir, correu pelo quintal.
Ao notar que o portão estava semi-aberto, Andressa tentou abri-lo com cuidado.
Desta forma, vagarosamente, empurrou-o.
Não queria que os empregados, pelo barulho, dessem por sua falta.
Contudo, o portão era pesado, e para abri-lo, Andressa precisava fazer força.
Por conta disso, demorou para conseguir abrir o portão.
Nesse momento, Cristóvão – o motorista – preparando o carro para sair, percebeu que havia alguém tentando empurrar o portão.
Discretamente, aproximou-se.
Quando viu que era Andressa quem estava tentando abri-lo, começou a gritar para que ela parasse.
Andressa assustada, continuou a tentar abrir o portão.
Entretanto, já era tarde.
Quando o empregado notou sua presença, já não dava mais tempo de ganhar a rua.
Com isso, Andressa teve que se conformar e voltar para casa.
Quando Paulina soube da nova tentativa de fuga de Andressa, passou-lhe um tremendo sermão.
Dizendo que ela tinha uma vida boa, que não precisava se preocupar com mais nada, Paulina censurou a atitude de Andressa.
Decepcionada, não conseguia entender como uma pessoa poderia querer viver uma vida de miséria, sem nenhuma perspectiva.
Andressa, que não tinha outra escolha, ouvia a tudo calada.
Com a cabeça baixa, a garota parecia não se importar com suas palavras.
Nesse momento, Paulina perguntou-lhe o que estava faltando.
Andressa continuava indiferente.
Aflita, Paulina falou:
-- Eu sei que não fui uma boa mãe para você! Mas eu estou tentando. O que eu posso fazer para ao menor minorar as conseqüências do meu erro? ... Vamos me diga. Me diga o
que você... Eu prometo que dentro do possível eu vou te atender ... Vamos... Por favor, peça alguma coisa!
Andressa continuava de cabeça baixa.
Paulina, percebendo que não seria fácil penetrar naquele mundo, respondeu:
-- Tudo bem! Eu não vou te prender mais. Pode voltar para seu quarto.
Andressa não precisou ouvir duas vezes.
Assim que pôde, subiu para o quarto.
Paulina então, pensando nos últimos dias, começou a analisar sua convivência com Andressa.
Disposta a se aproximar de uma vez por todas da garota, Paulina começou a pensar em aprender a linguagem dos sinais.
Com isso, passou a procurar lugares onde pudesse aprender a linguagem e até ajudar a filha a se comunicar melhor.
Quando finalmente conseguiu entrar em contato com uma instituição, Paulina resolveu conversar com Andressa.
Dizendo-lhe que ela precisava melhorar sua comunicação, sugeriu-lhe freqüentar as aulas.
Inicialmente, Andressa não demonstrou o menor interesse.
Paulina, porém, era paciente.
Tanto que conversando com a garota, depois de muito insistir, acabou convencendo-a de que era a melhor solução.
Andressa visando se ver livre de Paulina, acabou concordando.
Com isso, passou a freqüentar as aulas.
Paulina, que desejava ajudar a filha, a acompanha nas aulas.
Para Andressa era um suplício ter aquela mulher o tempo inteiro do seu lado.
Contudo, não tinha outra alternativa.
Teve que aceitar a convivência forçada.
Vigilante, Paulina evitava deixá-la sozinha.
Com isso, uma das barreiras fora derrubada.
Para ela, só faltava agora, encontrar um jeito de fazer Andressa voltar a falar.
Ciente de que a garota sofrera um trauma, Paulina sabia que a garota podia perfeitamente falar.
Ademais, preocupada com o futuro da filha, Paulina começou a se mobilizar para que ela voltasse a estudar.
Como fazia anos que Andressa não freqüentava uma sala de aula, e que a garota nunca tivera uma vida normal de estudante, Paulina pensou em contratar
professores particulares para ensinarem a garota.
Isso por que, muito embora Andressa não falasse, ouvia perfeitamente, bem como sabia ler e escrever.
Assim, mesmo não sendo tão simples a comunicação, não era impossível.
Assim, imbuída no firme propósito de ajudar Andressa, Paulina contratou o melhor professor que conhecia para ensinar a garota.
Luciana Celestino dos Santos
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