Durante algum tempo a moça conseguiu ganhar dinheiro pedindo esmolas.
Contudo, acostumando-se a ouvir comentários de seus dois novos amigos, de que conseguiria ganhar mais dinheiro se roubasse os passantes, ao se ver em dificuldades, começou a cogitar a idéia.
Sim, por que depois de um certo tempo, o dinheiro começou a rarear.
Muito embora tenha percebido que a quantia que conseguia angariar variava de dia para dia, em dado momento, se tornou insuficiente para comprar pelo menos um lanche.
Aflita, precisou contar com a ajuda dos dois amigos, que começaram a dividir com ela os seus lanches.
Isso no entanto, não estava certo.
Sim, por que eles também eram pobres igual a ela.
E se eles ficassem o tempo todo dividindo o que ganhavam com ela, a certa altura também ficariam com fome.
Ademais, quando percebia a generosidade dos amigos, Andressa ficava envergonhada.
Afinal de contas, o que ela havia feito para merecer a companhia de pessoas tão boas?
Sentindo-se uma exploradora, finalmente se decidiu a roubar.
Mesmo assim, as coisas não foram fáceis.
Ao praticar seu primeiro furto, Andressa se atrapalhou toda.
Não fosse a ajuda de seus amigos, e ela teria sido pega em sua primeira tentativa.
Sim por que ao tentar afanar a carteira de um transeunte, o homem percebeu que alguém mexia em seu bolso.
Furioso, ao perceber quem era a dona da mão leve, quase conseguiu agarrá-la.
Isso por que, nervosa, Andressa ficou paralizada.
Não fosse a intervenção de Clau e Tina, que a puxaram pelo braço e a mandaram correr, e ela teria sido pega.
Resultado, a primeira tentativa foi frustrada.
Decepcionada, Andressa pediu desculpas aos amigos, por ser uma péssima ladra.
Tina respondeu:
-- Não esquenta! Ninguém acerta na primeira. Ser ladrona não é fácil não. Tem que ser esperta.
Clau, emendou:
-- Com o tempo você aprende.
Desta forma, novamente os amigos dividiram a comida.
Com isso, um pouco mais escolada com o fracasso da primeira tentativa, Andressa estava preparada para tentar novamente.
Orientada por seus dedicados amigos, a garota se preparou melhor para o desafio.
Conhecendo algumas técnicas, mesmo nervosa, Andressa se sentia mais confiante.
Assim, lá se foi ela.
Tendo agora como alvo uma mulher idosa, a garota consegui arrancar facilmente, a bolsa de suas mãos.
Tina e Claus que viam tudo de longe, comemoraram.
Nisso, a garota deu no pé.
E eles, que não eram bobos nem nada, fizeram o mesmo.
Orgulhosos do ato de Andressa, disseram-lhe que estava no caminho certo.
Em seguida, abriram a bolsa e contaram o dinheiro.
Andressa, percebendo que havia uma boa quantia, ficou muito feliz.
Satisfeita, convidou os dois amigos para almoçar.
Pelo muito que ambos fizeram por ela, desta vez seria ela quem providenciaria o almoço.
Animados, Clau e Tina aceitaram prontamente o convite.
Juntos lá se foram eles em direção ao carrinho de hambúrger.
Com o lanche nas mãos, os três comeram com gosto.
Clau e Tina não se cansavam de elogiar a rapidez com que Andressa tomara a bolsa da mulher.
Tais palavras fortaleceram a confiança da garota, que em sua terceira tentativa, também saiu-se bem.
Atenta, observou sua vida durante algum tempo.
Estudou seu comportamento.
Quando percebeu que poderia agir, aproximou-se lentamente, e rapidamente levou a bolsa da senhora.
Revoltada, a mulher começou a gritar que fora assaltada.
Todavia, para sua decepção, ninguém fez nada.
E Andressa correu para longe dali, com o produto do roubo.
A uma grande distância da praça, os três amigos começaram a contar o dinheiro.
Decepcionados, perceberam que não era um grande valor.
Revoltados, falaram:
-- Mas que mulher pão dura. Nem dinheiro tem!
-- É, não se fazem mais vítima como antigamente.
Desapontados, perceberam que a cada dia ficava mais difícil conseguir arranjar um bom dinheiro.
Mesmo assim, não tinham outra saída. Por isso, continuaram roubando.
Pouco a pouco, Andressa foi se tornando ágil e esperta.
Tina, que no começo precisava cheirar cola para ter coragem de abordar alguém, comentou que Andressa era corajosa.
Para ela, praticar um roubo de cara limpa, era algo extraordinário.
Clau concordou.
Andressa então, comentando que não tinha coragem de se drogar, alegou que preferia fazer tudo de cara limpa.
Assim, teria como saber o que estava fazendo e seria mais difícil de ser pega.
Se fosse fazer isso cheirada, acabaria se atrapalhando.
Tina, ao ouvir estas palavras, retrucou.
Dizendo que era justamente o contrário, começou a incentiva a amiga a cheirar cola.
Para ela, era divertido, ficava rindo e dormia mais feliz.
Andressa porém, relutava.
Ao ver o estado que os amigos ficavam no dia seguinte, achava por bem não usar.
Avessa a esse tipo de coisa, procurava se afastar quando Clau e Tina se dispunham a usar.
No entanto, certa vez, ao tentar roubar uma jovem, Andressa quase foi pega.
Desapontada, a garota não conseguiu ganhar nada.
Não fosse uma reserva que tinha, e teria ficado sem comer.
Clau e Tina por sua vez, haviam auferido muito pouco com seus furtos.
E assim, não tiveram como ajudar Andressa.
Em outra tentativa, ao roubar a bolsa de uma mulher, Andressa descobriu que não havia um centavo lá dentro.
Ao se dar conta disso, ficou desesperada.
Afinal de contas, sem dinheiro, como faria para comer?
Clau e Tina, que continuavam em uma maré de azar, não conseguiram quase nada em seus furtos.
Desta forma, não tinham como ajudar Andressa.
Com fome, Andressa sofreu a tarde toda.
Até que a certa altura, Clau e Tina, ofereceram cola a ela.
Dizendo que era bom para espantar a fome, acabaram por convencer a garota, a cheirar.
Famintos, Clau, Tina e Andressa, cheiraram a cola de sapateiro.
Com isso, conseguiram enganar o estômago.
Horas depois, dormiram.
Dormiram e sonharam.
Foi assim que Andressa começou a se encaminhar cada vez mais para o fundo do poço.
Contudo, acostumando-se a ouvir comentários de seus dois novos amigos, de que conseguiria ganhar mais dinheiro se roubasse os passantes, ao se ver em dificuldades, começou a cogitar a idéia.
Sim, por que depois de um certo tempo, o dinheiro começou a rarear.
Muito embora tenha percebido que a quantia que conseguia angariar variava de dia para dia, em dado momento, se tornou insuficiente para comprar pelo menos um lanche.
Aflita, precisou contar com a ajuda dos dois amigos, que começaram a dividir com ela os seus lanches.
Isso no entanto, não estava certo.
Sim, por que eles também eram pobres igual a ela.
E se eles ficassem o tempo todo dividindo o que ganhavam com ela, a certa altura também ficariam com fome.
Ademais, quando percebia a generosidade dos amigos, Andressa ficava envergonhada.
Afinal de contas, o que ela havia feito para merecer a companhia de pessoas tão boas?
Sentindo-se uma exploradora, finalmente se decidiu a roubar.
Mesmo assim, as coisas não foram fáceis.
Ao praticar seu primeiro furto, Andressa se atrapalhou toda.
Não fosse a ajuda de seus amigos, e ela teria sido pega em sua primeira tentativa.
Sim por que ao tentar afanar a carteira de um transeunte, o homem percebeu que alguém mexia em seu bolso.
Furioso, ao perceber quem era a dona da mão leve, quase conseguiu agarrá-la.
Isso por que, nervosa, Andressa ficou paralizada.
Não fosse a intervenção de Clau e Tina, que a puxaram pelo braço e a mandaram correr, e ela teria sido pega.
Resultado, a primeira tentativa foi frustrada.
Decepcionada, Andressa pediu desculpas aos amigos, por ser uma péssima ladra.
Tina respondeu:
-- Não esquenta! Ninguém acerta na primeira. Ser ladrona não é fácil não. Tem que ser esperta.
Clau, emendou:
-- Com o tempo você aprende.
Desta forma, novamente os amigos dividiram a comida.
Com isso, um pouco mais escolada com o fracasso da primeira tentativa, Andressa estava preparada para tentar novamente.
Orientada por seus dedicados amigos, a garota se preparou melhor para o desafio.
Conhecendo algumas técnicas, mesmo nervosa, Andressa se sentia mais confiante.
Assim, lá se foi ela.
Tendo agora como alvo uma mulher idosa, a garota consegui arrancar facilmente, a bolsa de suas mãos.
Tina e Claus que viam tudo de longe, comemoraram.
Nisso, a garota deu no pé.
E eles, que não eram bobos nem nada, fizeram o mesmo.
Orgulhosos do ato de Andressa, disseram-lhe que estava no caminho certo.
Em seguida, abriram a bolsa e contaram o dinheiro.
Andressa, percebendo que havia uma boa quantia, ficou muito feliz.
Satisfeita, convidou os dois amigos para almoçar.
Pelo muito que ambos fizeram por ela, desta vez seria ela quem providenciaria o almoço.
Animados, Clau e Tina aceitaram prontamente o convite.
Juntos lá se foram eles em direção ao carrinho de hambúrger.
Com o lanche nas mãos, os três comeram com gosto.
Clau e Tina não se cansavam de elogiar a rapidez com que Andressa tomara a bolsa da mulher.
Tais palavras fortaleceram a confiança da garota, que em sua terceira tentativa, também saiu-se bem.
Atenta, observou sua vida durante algum tempo.
Estudou seu comportamento.
Quando percebeu que poderia agir, aproximou-se lentamente, e rapidamente levou a bolsa da senhora.
Revoltada, a mulher começou a gritar que fora assaltada.
Todavia, para sua decepção, ninguém fez nada.
E Andressa correu para longe dali, com o produto do roubo.
A uma grande distância da praça, os três amigos começaram a contar o dinheiro.
Decepcionados, perceberam que não era um grande valor.
Revoltados, falaram:
-- Mas que mulher pão dura. Nem dinheiro tem!
-- É, não se fazem mais vítima como antigamente.
Desapontados, perceberam que a cada dia ficava mais difícil conseguir arranjar um bom dinheiro.
Mesmo assim, não tinham outra saída. Por isso, continuaram roubando.
Pouco a pouco, Andressa foi se tornando ágil e esperta.
Tina, que no começo precisava cheirar cola para ter coragem de abordar alguém, comentou que Andressa era corajosa.
Para ela, praticar um roubo de cara limpa, era algo extraordinário.
Clau concordou.
Andressa então, comentando que não tinha coragem de se drogar, alegou que preferia fazer tudo de cara limpa.
Assim, teria como saber o que estava fazendo e seria mais difícil de ser pega.
Se fosse fazer isso cheirada, acabaria se atrapalhando.
Tina, ao ouvir estas palavras, retrucou.
Dizendo que era justamente o contrário, começou a incentiva a amiga a cheirar cola.
Para ela, era divertido, ficava rindo e dormia mais feliz.
Andressa porém, relutava.
Ao ver o estado que os amigos ficavam no dia seguinte, achava por bem não usar.
Avessa a esse tipo de coisa, procurava se afastar quando Clau e Tina se dispunham a usar.
No entanto, certa vez, ao tentar roubar uma jovem, Andressa quase foi pega.
Desapontada, a garota não conseguiu ganhar nada.
Não fosse uma reserva que tinha, e teria ficado sem comer.
Clau e Tina por sua vez, haviam auferido muito pouco com seus furtos.
E assim, não tiveram como ajudar Andressa.
Em outra tentativa, ao roubar a bolsa de uma mulher, Andressa descobriu que não havia um centavo lá dentro.
Ao se dar conta disso, ficou desesperada.
Afinal de contas, sem dinheiro, como faria para comer?
Clau e Tina, que continuavam em uma maré de azar, não conseguiram quase nada em seus furtos.
Desta forma, não tinham como ajudar Andressa.
Com fome, Andressa sofreu a tarde toda.
Até que a certa altura, Clau e Tina, ofereceram cola a ela.
Dizendo que era bom para espantar a fome, acabaram por convencer a garota, a cheirar.
Famintos, Clau, Tina e Andressa, cheiraram a cola de sapateiro.
Com isso, conseguiram enganar o estômago.
Horas depois, dormiram.
Dormiram e sonharam.
Foi assim que Andressa começou a se encaminhar cada vez mais para o fundo do poço.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
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