Durante meses, Paulina levou uma vida difícil.
Passou fome, necessidade.
Mas por fim, encontrou um emprego em uma loja.
Foi nessa loja que Paulina conseguiu arrumar sua vida.
Esperta como poucas, a moça começa a despertar a atenção de seu patrão, Antenor.
Atenta, procura se esmerar em seu trabalho.
É assim que começa a chamar sua atenção.
Depois, começa a fazer sugestões para incrementar a loja.
Tudo com vistas a impressionar o patrão.
Incomodadas com tanta solicitude, as outras funcionárias começam a reclamar do excesso de presteza de Paulina.
Antenor porém, aprecia a determinação de Paulina e logo a promove de função.
Atenta e aproveitando todas as oportunidades que se apresentam, Paulina começa a mostrar a Antenor, que não está apenas interessada em seu novo trabalho.
E assim, aos poucos, Antenor começa convidando-a para sair, para dançar.
Até um dia finalmente a pede em casamento.
Casando-se, Paulina abandona seu trabalho na loja, e passa a ser responsável, única e exclusivamente pelo lar da família.
A propósito, o casamento foi um espetáculo à parte.
Como se tratava de um homem rico, integrante da alta sociedade da época, o casamento foi notícia em quase todos os jornais.
A festa foi magnífica, com tudo de luxuoso e caro.
Paulina estava finalmente se realizando.
Clóvis, quando viu a notícia do casamento da ex-amante no jornal, comentou:
-- Bem esperta essa Paulina! Esta sabe como agir. Se deu bem!
Nesse período, Marina e Cleide, concluindo os cursos universitários, resolvem participar da formatura.
Assim, é feito.
Depois de anos freqüentando aulas, ouvindo os ensinamentos dos professores, conversando com os colegas de curso, perdendo momentos de diversão para se
dedicarem aos estudos, finalmente as duas amigas terão um momento para celebrar tudo isso.
Otávio – pai de Marina – e Eugênia – mãe de Cleide –, mal cabem em si de tão contentes.
Acompanhando os passos de suas respectivas filhas, ambos não tem do que se queixarem.
Adélia – mãe de Marina – porém, não está nada satisfeita com a escolha da filha.
Muito embora já tenha se passado muito tempo desde que ela decidira se tornar assistente social, sua mãe ainda não aceitou a idéia.
Mas este é apenas um detalhe.
Ricardo, nessa época, já estava casado com sua primeira esposa.
A certa altura, encantado com Eleonora, o rapaz, convencido de que esta era a melhor solução, resolveu se casar às pressas com a moça.
Muito embora não estivesse apaixonado por ela, achava-a atraente e interessante.
Além disso, como não estava iludido com o amor (segundo suas próprias palavras) o casamento tinha tudo para dar certo.
Isso por que Eleonora estava fascinada por ele.
Eugênia ao saber da idéia tresloucada do filho, tentou de todas as maneiras possíveis, demovê-lo da idéia.
Contudo, como fazer uma pessoa teimosa mudar de idéia.
Em dado momento, cansada de tanto dizer conselhos a Ricardo, Eugênia desistiu.
Cansada, comentou:
-- Pois bem! Faça como achar melhor. Só não venha depois chorar no meu ombro, se este casamento não der certo. Eu não quero saber.
Nisso, depois dos três meses de burocracia, finalmente, o casamento se realizou.
Em uma cerimônia realizada no Cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais, casaram-se Eleonora e Ricardo.
Não houve festa, nem cerimônia no religioso.
Cético com relação ao amor, Ricardo dizia que o mesmo não passava de mais uma bobagem que os escritores inventaram para as pessoas passarem o tempo.
Eleonora quando ouvia estas palavras amargas, ficava desapontada.
Contudo, crédula de que poderia fazer Ricardo se apaixonar por ela, usava o casamento como último recurso.
Este era seu intento, ser feliz com o marido, e fazer com que ele fosse feliz ao lado dela.
Era por esta razão, que Eugênia relutava em aceitar o casamento.
Seu filho estava brincando com os sentimentos da moça.
Cleide também não concordava com o gesto precipitado de seu irmão.
Contudo, se sua mãe, não conseguira fazê-lo mudar de idéia, o que ela poderia fazer para evitar que Ricardo cometesse esse erro?
Infelizmente nada.
E assim, o casamento se realizou.
E assim, enquanto Cleide e Marina, ansiosas pela formatura, nessa época só conseguiam pensar na festa e no vestido que iriam usar; Ricardo aproveitava sua lua-de-mel.
Adélia por sua vez, apesar de não concordar com a escolha da filha, foi logo sugerindo modelos de vestidos para ela.
Folheando revistas de moda, Marina demorou para se convencer de qual vestido deveria mandar fazer.
No entanto, mesmo com muitas dúvidas, depois de muito pensar, acabou chegando a uma conclusão.
Eugênia fez o mesmo com Cleide.
E as duas, assim como Adélia e Marina, ficaram semanas para escolher que modelo de vestido fariam.
Mas Cleide escolheu bem.
Em pleno final de 1981, a moda era bastante extravagante.
Mesmo assim, apesar dos excessos da moda, comedidas que eram, no dia da formatura, as duas amigas estavam impecáveis.
Ambas trajavam longos, cada um de uma cor, já que não havia restrições no tocante as cores, bastante alegres.
Ainda assim, estavam elegantes.
Antes é claro, participaram da cerimônia de colação de grau, usando a tradicional beca e o chapéu.
Ordeiramente cada um dos alunos subiu ao palco para pegar seu diploma.
Felizes e emocionados, Eugênia e Otávio, ao verem suas filhas com o diploma nas mãos, não conseguiram se conter.
Aplaudiram-nas.
Adélia, censurando a ambos, comentou que eles estavam atrapalhando o andamento da cerimônia.
Debalde.
Isso por que, por duas vezes, os dois aplaudiram as moças.
A primeira vez, foi quando Cleide pegou seu diploma.
Na segunda vez, aplaudiram Marina.
Mesmo com algumas pessoas olhando para o homem e a mulher que aplaudiam no momento errado, Eugênia e Otávio não se intimidaram e continuaram a aplaudir Cleide e
Marina.
Estavam felizes.
Nisso a colação de grau prosseguiu.
Não tinha jeito.
Os dois estavam orgulhosos pelo esforço empreendido pelas duas.
No tocante a isso Adélia não podia fazer nada.
Somente suportar sua vergonha, pelo que considerava uma inconveniência.
No baile de formatura, mais euforia.
Discursos foram proferidos, valsas foram dançadas.
Taças foram erguidas, e muitos brindes foram feitos.
Durante a valsa, Cleide e Marina dançaram com Claudionor e Antônio, respectivamente.
Segundo Otávio, Adélia e Eugênia, os dois casais mais bonitos da festa.
Animada, a comemoração se estendeu por toda a madrugada.
Otávio e Adélia, também aproveitaram para dançar.
Quando a orquestra contratada, tocou músicas conhecidas por eles, o casal começou a dançar.
Eugênia ficou observando-os de longe.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Passou fome, necessidade.
Mas por fim, encontrou um emprego em uma loja.
Foi nessa loja que Paulina conseguiu arrumar sua vida.
Esperta como poucas, a moça começa a despertar a atenção de seu patrão, Antenor.
Atenta, procura se esmerar em seu trabalho.
É assim que começa a chamar sua atenção.
Depois, começa a fazer sugestões para incrementar a loja.
Tudo com vistas a impressionar o patrão.
Incomodadas com tanta solicitude, as outras funcionárias começam a reclamar do excesso de presteza de Paulina.
Antenor porém, aprecia a determinação de Paulina e logo a promove de função.
Atenta e aproveitando todas as oportunidades que se apresentam, Paulina começa a mostrar a Antenor, que não está apenas interessada em seu novo trabalho.
E assim, aos poucos, Antenor começa convidando-a para sair, para dançar.
Até um dia finalmente a pede em casamento.
Casando-se, Paulina abandona seu trabalho na loja, e passa a ser responsável, única e exclusivamente pelo lar da família.
A propósito, o casamento foi um espetáculo à parte.
Como se tratava de um homem rico, integrante da alta sociedade da época, o casamento foi notícia em quase todos os jornais.
A festa foi magnífica, com tudo de luxuoso e caro.
Paulina estava finalmente se realizando.
Clóvis, quando viu a notícia do casamento da ex-amante no jornal, comentou:
-- Bem esperta essa Paulina! Esta sabe como agir. Se deu bem!
Nesse período, Marina e Cleide, concluindo os cursos universitários, resolvem participar da formatura.
Assim, é feito.
Depois de anos freqüentando aulas, ouvindo os ensinamentos dos professores, conversando com os colegas de curso, perdendo momentos de diversão para se
dedicarem aos estudos, finalmente as duas amigas terão um momento para celebrar tudo isso.
Otávio – pai de Marina – e Eugênia – mãe de Cleide –, mal cabem em si de tão contentes.
Acompanhando os passos de suas respectivas filhas, ambos não tem do que se queixarem.
Adélia – mãe de Marina – porém, não está nada satisfeita com a escolha da filha.
Muito embora já tenha se passado muito tempo desde que ela decidira se tornar assistente social, sua mãe ainda não aceitou a idéia.
Mas este é apenas um detalhe.
Ricardo, nessa época, já estava casado com sua primeira esposa.
A certa altura, encantado com Eleonora, o rapaz, convencido de que esta era a melhor solução, resolveu se casar às pressas com a moça.
Muito embora não estivesse apaixonado por ela, achava-a atraente e interessante.
Além disso, como não estava iludido com o amor (segundo suas próprias palavras) o casamento tinha tudo para dar certo.
Isso por que Eleonora estava fascinada por ele.
Eugênia ao saber da idéia tresloucada do filho, tentou de todas as maneiras possíveis, demovê-lo da idéia.
Contudo, como fazer uma pessoa teimosa mudar de idéia.
Em dado momento, cansada de tanto dizer conselhos a Ricardo, Eugênia desistiu.
Cansada, comentou:
-- Pois bem! Faça como achar melhor. Só não venha depois chorar no meu ombro, se este casamento não der certo. Eu não quero saber.
Nisso, depois dos três meses de burocracia, finalmente, o casamento se realizou.
Em uma cerimônia realizada no Cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais, casaram-se Eleonora e Ricardo.
Não houve festa, nem cerimônia no religioso.
Cético com relação ao amor, Ricardo dizia que o mesmo não passava de mais uma bobagem que os escritores inventaram para as pessoas passarem o tempo.
Eleonora quando ouvia estas palavras amargas, ficava desapontada.
Contudo, crédula de que poderia fazer Ricardo se apaixonar por ela, usava o casamento como último recurso.
Este era seu intento, ser feliz com o marido, e fazer com que ele fosse feliz ao lado dela.
Era por esta razão, que Eugênia relutava em aceitar o casamento.
Seu filho estava brincando com os sentimentos da moça.
Cleide também não concordava com o gesto precipitado de seu irmão.
Contudo, se sua mãe, não conseguira fazê-lo mudar de idéia, o que ela poderia fazer para evitar que Ricardo cometesse esse erro?
Infelizmente nada.
E assim, o casamento se realizou.
E assim, enquanto Cleide e Marina, ansiosas pela formatura, nessa época só conseguiam pensar na festa e no vestido que iriam usar; Ricardo aproveitava sua lua-de-mel.
Adélia por sua vez, apesar de não concordar com a escolha da filha, foi logo sugerindo modelos de vestidos para ela.
Folheando revistas de moda, Marina demorou para se convencer de qual vestido deveria mandar fazer.
No entanto, mesmo com muitas dúvidas, depois de muito pensar, acabou chegando a uma conclusão.
Eugênia fez o mesmo com Cleide.
E as duas, assim como Adélia e Marina, ficaram semanas para escolher que modelo de vestido fariam.
Mas Cleide escolheu bem.
Em pleno final de 1981, a moda era bastante extravagante.
Mesmo assim, apesar dos excessos da moda, comedidas que eram, no dia da formatura, as duas amigas estavam impecáveis.
Ambas trajavam longos, cada um de uma cor, já que não havia restrições no tocante as cores, bastante alegres.
Ainda assim, estavam elegantes.
Antes é claro, participaram da cerimônia de colação de grau, usando a tradicional beca e o chapéu.
Ordeiramente cada um dos alunos subiu ao palco para pegar seu diploma.
Felizes e emocionados, Eugênia e Otávio, ao verem suas filhas com o diploma nas mãos, não conseguiram se conter.
Aplaudiram-nas.
Adélia, censurando a ambos, comentou que eles estavam atrapalhando o andamento da cerimônia.
Debalde.
Isso por que, por duas vezes, os dois aplaudiram as moças.
A primeira vez, foi quando Cleide pegou seu diploma.
Na segunda vez, aplaudiram Marina.
Mesmo com algumas pessoas olhando para o homem e a mulher que aplaudiam no momento errado, Eugênia e Otávio não se intimidaram e continuaram a aplaudir Cleide e
Marina.
Estavam felizes.
Nisso a colação de grau prosseguiu.
Não tinha jeito.
Os dois estavam orgulhosos pelo esforço empreendido pelas duas.
No tocante a isso Adélia não podia fazer nada.
Somente suportar sua vergonha, pelo que considerava uma inconveniência.
No baile de formatura, mais euforia.
Discursos foram proferidos, valsas foram dançadas.
Taças foram erguidas, e muitos brindes foram feitos.
Durante a valsa, Cleide e Marina dançaram com Claudionor e Antônio, respectivamente.
Segundo Otávio, Adélia e Eugênia, os dois casais mais bonitos da festa.
Animada, a comemoração se estendeu por toda a madrugada.
Otávio e Adélia, também aproveitaram para dançar.
Quando a orquestra contratada, tocou músicas conhecidas por eles, o casal começou a dançar.
Eugênia ficou observando-os de longe.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
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