Poesias

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

QUANDO O DIA AMANHECER - CAPÍTULO 47

E o tempo passa.
Considera por Estela, Joana e Cássio – monitores que trabalham na instituição –, com uma de suas melhores alunas, não se cansam de elogiá-la.
Com boas notas, Andressa mostra pendores para os estudos e interesse pelo conhecimento.
Nestes dois anos em que está na instituição, nota-se que a garota terá um grande futuro pela frente, se lhe for dada uma oportunidade.
Satisfeitos, por estarem contribuído um pouco para a formação de Andressa; Estela, Joana e Cássio, sempre comentam com os diretores da instituição que o lugar dela não é lá.
Dizendo que ela teria mais oportunidades lá fora, começam a se preocupar com o futuro de Andressa.
Estela a certa altura, percebendo que a garota quase nunca comenta sobre sua vida, resolve chamá-la para uma conversa.
Afirmando estar encantada com a facilidade que Andressa tem para os estudos, Estela, incentiva a garota a continuar estudando. 
Dizendo que ela pode ir longe, muito longe, comenta que ela nunca deveria ter parado de estudar.
Andressa ao ouvir tais palavras, responde que foi a necessidade que a fez abandonar os estudos.
Quando então a monitora, tenta saber detalhes de sua vida pregressa, a menina agora com quase doze anos, desconversa. 
Dizendo que sua vida não tem nada de interessante para ser contado, começa a mudar de assunto e passa a perguntar sobre o que mais lhe será ensinado.
Estela então lhe conta que lhe ensinará tudo o que ela tiver interesse em aprender.
Andressa ao ouvir isso, fica satisfeita.
Estela percebendo que a garota não se abriria com facilidade, resolve analisar a ficha dela. 
Com a ajuda de outros funcionários, descobre que Andressa fora institucionalizada por conta de um furto. 
Em seguida, ao ler outros documentos, descobre que se trata de uma garota de rua.
Ao saber disso, comenta o assunto com Joana e Cássio, que ficam ainda mais preocupados com o futuro incerto da garota.
Nisso, a garota continua estudando, freqüentando as aulas.
E assim, muito embora a convivência fosse difícil, Andressa consegue levar com algum jeito esta situação.
Tudo muda porém, durante uma rebelião.
Carla, a líder da confusão, aproveita para acertar suas diferenças com Andressa.
Assim, quando a vê sozinha, sem saber para onde ir. 
Perdida entre os corredores do lugar, a moça resolve chamá-la.
Andressa ao ouvir seu nome, fica preocupada. 
Quando resolve ver quem a chama, descobre se tratar de Carla. 
Irritada pergunta:
-- O que você quer?
Carla, já habituada com o jeito de Andressa, comentou:
-- Nada não! Apenas quero saber onde você pensa que vai!
-- Isso não é da sua conta! – responde Andressa, aborrecida.
Carla ri.
Andressa irritada com os modos da moça, resolveu continuar caminhando.
É quando Carla a interrompe:
-- Ei! Eu não lhe dei ordens para continuar andando.
Andressa porém, continua caminhando.
Carla irritada, começa a ir atrás da garota. 
Nervosa, começa a gritar para ela parar.
Andressa por sua vez, continua caminhando.
A moça, ao perceber que não intimidava Andressa, passou a ameaçá-la. 
Dizendo que ela iria se arrepender se não a obedecesse, só conseguiu provocar risos nela.
Andressa não acreditava em suas palavras. 
Por isso, continuava caminhando.
É quando Carla começa a xingá-la. 
A certa altura, cansada de ser ridicularizada por Andressa, começa a correr em sua direção. 
Dizendo que ela iria se arrepender por ter nascido, Carla conseguiu fazer com que Andressa também começasse a correr.
Ligeira, Andressa, conseguiu durante algum tempo, deixá-la para trás.
Foi quando Carla, a ameaçou novamente. 
Dizendo toda a sorte de impropérios, afirmou que quando a pegasse iria acabar com sua raça.
Nisso, ao final do corredor, duas garotas avançam sobre Andressa.
A garota, sem para onde correr, é pega por elas. 
É quando Carla se aproxima, e apontando uma faca para ela, diz:
-- Eu avisei que sua hora ainda ia chegar. Quem mandou não me ouvir. Agora você vai se arrepender do dia em que nasceu.
Andressa percebendo-se sem saída, finalmente demonstra temor.
Carla fica feliz com isso. 
Dizendo que irá matá-la, comenta que depois de completar o serviço ninguém terá coragem de desafia-la. 
Andressa, temerosa, começa a observar os gestos da moça.
Quando Carla pede para as outras internas se afastarem, percebe que terá pouco tempo para agir. 
Por isso, resolve controlar seu medo.
Nisso Carla, segurando-a pelo pescoço, continua a ameaçá-la. 
Aproximando a faca perigosamente de seu rosto, ameaça desfigurar Andressa. 
Sádica, diz que primeiro deformará seu rosto para depois matá-la.
Andressa fica ainda mais nervosa.
Carla, percebendo a tensão de Andressa, fica cada vez mais satisfeita. 
Como se segurasse um troféu, pressionava com mais e força o pescoço dela.
Quando Andressa percebeu que Carla tentava estrangulá-la, resolveu reagir.
Surpresa com a reação de Andressa, deixou cair a faca.
Nisso, Andressa, aproveitando-se da situação, chutou e esbofeteou Carla, que nesse momento tentava recuperar a faca que derrubara.
Rapidamente, Andressa, percebendo onde a faca caíra, resolve pegá-la. Ameaçando
Carla, diz que se ela a deixar escapar, não terá nenhum problema.
Carla porém, não está disposta a aceitar estes termos. 
É quando ameaça avançar contra Andressa.
A garota, percebendo a intenção de Carla, ameaça-á com a faca.
Irritada, só resta a Carla deixá-la ir.
Andressa então, foge dali. 
Percebendo que seria apenas questão de tempo para ser pega, resolve fugir.
Sentindo-se ameaçada com a violência perpretada pelas internas, Andressa, aproveitando-se da confusão armada, e, percebendo um portão semi-aberto, resolve arriscar.
Percebendo que é possível passar pelo vão, foge dali.
Aflita, ao ver do lado de fora, começa a correr. 
Assustada, quer sumir o mais depressa possível dali. 
Corre, corre e corre.
É quando volta a viver nas ruas.

Luciana Celestino dos Santos 
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte. 

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